Giovane Gavio – Blog Saída de Rede http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br Reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Tue, 31 Dec 2019 12:02:55 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Em jogo de erros, Sesc cresce no ataque e quebra invencibilidade de Taubaté http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/12/19/em-jogo-de-erros-sesc-cresce-no-ataque-e-quebra-invencibilidade-de-taubate/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/12/19/em-jogo-de-erros-sesc-cresce-no-ataque-e-quebra-invencibilidade-de-taubate/#respond Thu, 19 Dec 2019 03:22:03 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=19504

Sesc se reabilita na Superliga e derrota o líder Taubaté (Foto: Orlando Bento/MTC)

O atropelamento diante do Sesi-SP, no último domingo (15), em partida válida pela 8a rodada da Superliga masculina, exigia uma reação. E foi em busca desta recuperação que o Sesc-RJ recebeu, na noite desta quarta-feira (19), no Tijuca Tênis Clube (RJ), a equipe do EMS Taubaté Funvic, líder do torneio.

E em uma partida tecnicamente abaixo do esperado, o time comandado por Giovane Gávio se reabilitou e conquistou uma vitória importante no tie-break (25-18, 26-28, 25-19, 23-25 e 15-13), impondo a primeira derrota ao atual campeão da competição.

Em um começo de jogo disputado ponto a ponto até a metade da primeira parcial, o time mandante mostrou uma postura bem diferente daquela diante do Sesi. Mais concentrada e disciplinada em termos táticos, apresentou bom volume de jogo e melhorou em praticamente todos os fundamentos. E o bom rendimento no bloqueio, na virada de bola e principalmente no saque acabou dando a vitória ao Sesc.

Por outro lado, enfrentando grandes dificuldades na linha de passe com Lucarelli, Douglas Souza e Thales, Taubaté não conseguiu manter o padrão de jogo habitual na competição, prejudicando a distribuição das jogadas do levantador Rapha, que precisou recorrer às previsíveis bolas empinadas pelas extremidades. Além disso, a impressionante quantidade de erros de ataque e de saque (12 ao total contra apenas 5 do adversário) foi determinante para a derrota do campeão paulista na parcial.

O time comandado por Giovane Gávio manteve a pressão no saque e a consistência tanto na recepção quanto no sideout na etapa subsequente. Já os comandados de Renan Dal Zotto, apesar das falhas em demasia (10 no total), conseguiram equilibrar o confronto na parte final do set através do ataque e da potência do serviço.

O representante paulista, contudo, acabou empatando o jogo com o crescimento dos dois ponteiros: Lucarelli, que liderou a reação do time a partir do saque e da virada de bola, e Douglas Souza, que marcou três bloqueios seguidos no fim da parcial.

Desconcentradas, as equipes se perderam um pouco no terceiro set. Os erros de saque e de ataque se avolumaram, gerando grande queda na qualidade técnica do confronto. Entretanto, o bloqueio e a virada de bola do septeto carioca fizeram a diferença na reta final. Destaque para meio de rede Flávio Gualberto e o oposto Wallace. O oponente, por outro lado, seguiu cometendo erros em série, tanto que o set acabou definido em duas bolas para fora de Lucarelli.

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Apesar do equilíbrio entre as equipes na quarta parcial (e da diminuição dos erros), o Sesc seguiu dando trabalho ao sistema defensivo do interior paulista com muita eficiência no ataque. Diferentemente do ocorrido no duelo anterior, em que apenas o oposto Wallace segurou o time na virada de bola, o ponta argentino Martínez e o campeão olímpico Maurício Borges também estiveram muito mais compromissados e regulares no sideout. Eles também mostraram serviço no fundo de quadra.

Mantendo uma diferença de dois pontos até o final, o campeão carioca, no entanto, permitiu novamente o empate de Taubaté em 23 a 23 e a consequente virada a partir de um falha do levantador Marlon em uma tentativa de bola de segunda e de uma bola de Wallace para fora no ataque.

Em um tie-break lá e cá, o jogo acabou decidido no detalhe. As falhas de Taubaté voltaram a aparecer – sobretudo no saque -, colocando o time da casa em vantagem no momento crucial do set. E foi justamente em um erro de comunicação entre os comandados de Renan que a partida acabou: Douglas Souza e Maurício Souza tocaram, juntos, na mesma bola. Ao total, os paulistas cederam incríveis 47 pontos em falhas ao rival e receberam 29. Deste modo, caiu o único invicto na Superliga masculina.

Os maiores pontuadores do jogo foram Wallace e Lucarelli com 21 acertos. Pelo Sesc, se sobressaíram, ainda, Maurício Borges, Flávio e Martínez, que pontuaram 13, 12 e 11 vezes, respectivamente. Por Taubaté, o meio de rede Maurício Souza fez 15 seguido do marroquino Mohamed Alhachdadi, que pôs 13 bolas no chão. Lucão e Douglas Souza colaboraram com 11 cada.

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Giovane diz que Sesc precisa de mais jogos e projeta evolução na Superliga http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/12/17/giovane-diz-que-sesc-precisa-de-mais-jogos-e-projeta-evolucao-na-superliga/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/12/17/giovane-diz-que-sesc-precisa-de-mais-jogos-e-projeta-evolucao-na-superliga/#respond Tue, 17 Dec 2019 09:00:16 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=19497

Giovane acredita que o time poderá subir de produção com mais tempo em quadra (Fotos: Marcio Mercante)

“Jogamos mal”. Com esta frase, sem rodeios, o técnico Giovane Gávio, do Sesc-RJ, definiu a performance de seu time na incontestável derrota por 3 sets a 0 (parciais de 25-20, 25-18 e 25-16) para o Sesi-SP neste domingo (15). O duelo na Vila Leopoldina, em São Paulo, encerrou a 8ª rodada da Superliga masculina 2019/2020.

Com um padrão de jogo bastante irregular neste início de temporada, o Sesc, uma das equipes de maior investimento da Superliga, chegou ao terceiro revés em 8 partidas (ainda foi derrotado pelo Vôlei Renata por 3 a 2 e pelo Sada Cruzeiro em sets diretos). Assim, o time carioca caiu para a quarta posição na tabela, somando 16 pontos. O EMS Taubaté Funvic é o líder com 24, o Sesi aparece logo em seguida com 20 e o Sada Cruzeiro tem 18.

“A equipe não jogou o que a gente esperava, né? O Sesi sacou muito bem, quebrou o nosso passe e dificultou bastante o nosso trabalho no ataque. Jogaram o tempo inteiro na frente, com vantagem no placar. Em momento algum nós conseguimos colocá-los em dificuldades. Não foi uma boa partida. Jogamos mal”, apontou Giovane, reconhecendo a superioridade do rival.

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“O time não mostrou poder de reação. Ficou acuado, jogando sempre atrás com uma diferença muito grande no placar. E não conseguimos executar o nosso plano. Ou seja, a gente ainda busca o nosso padrão para atuar nesse nível”, complementou o levantador Marlon.

Toda esta diferença também ficou evidente nos números. O Sesc cedeu 24 pontos em erros e recebeu apenas 11 do adversário. A deficiência do ataque pelas pontas foi outro indicativo de que o sistema de jogo carioca está desequilibrado: enquanto o oposto Alan teve a colaboração do ponteiro Fábio na virada de bola (o primeiro marcou 16 vezes e o segundo fez 13), entre os comandados de Giovane apenas o campeão olímpico Wallace ultrapassou os dois dígitos, tendo 14 acertos.

Outro aspecto que chamou a atenção não apenas no jogo contra o Sesi foi a ineficácia do saque carioca e a consequente liberdade com que o levantador William atuou em praticamente todo o confronto, arriscando jogadas difíceis com seus atacantes tanto pelo meio quanto pelas pontas. Neste sentido, para Marlon, o serviço é o principal fundamento que precisa ser melhorado.

Para o levantador campeão mundial, Sesc ainda precisa melhorar o nível de atuação na Superliga

Só que o time precisará subir logo de produção, uma vez que o próximo adversário, nesta quarta-feira (18), será justamente Taubaté, o atual líder que perdeu apenas um set no campeonato e vem mostrando, pelo desempenho, que é a equipe a ser batida na Superliga masculina.

“É mais um grande jogo para nós. Taubaté tem jogadores importantes, decisivos. Será um momento especial para a gente colocar o nosso time em um padrão ideal, para mostrar que a nossa equipe tem força e reage em um cenário negativo. E, ainda, para a gente elevar o nosso moral e jogar com mais confiança no segundo turno”, colocou Marlon.

O treinador concordou com o seu levantador e frisou que o time precisa de mais tempo em quadra para evoluir.

“Contra Taubaté, outro time muito forte, que saca bem, teremos que ser um pouco mais agressivos. Vamos precisar equilibrar o sideout para o jogo ficar mais igual. Esse é o nosso objetivo. Pode soar um pouco como desculpa, mas a nossa diferença para as equipes que disputaram o Campeonato Paulista é que nós estamos no 8º jogo da temporada e eles estão no 26º. Então, sem dúvida, isso faz um pouco de diferença, mas vamos crescer ainda durante a competição”, finalizou Giovane.

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Em jogo de muitos altos e baixos, Campinas espanta má fase e vence o Sesc http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/11/24/em-jogo-de-muitos-altos-e-baixos-campinas-espanta-ma-fase-e-vence-o-sesc/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/11/24/em-jogo-de-muitos-altos-e-baixos-campinas-espanta-ma-fase-e-vence-o-sesc/#respond Sun, 24 Nov 2019 03:02:00 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=19146

Time de Horacio Dileo quebrou a invencibilidade do time carioca na Superliga (Foto: Marcos Ribolli/Vôlei Renata)

Uma das equipes mais renovadas e de maior investimento para a temporada 2019/2020, o Sesc-RJ, comandado por Giovane Gávio, recebeu o vice-campeão paulista Vôlei Renata, do argentino Horacio Dileo, neste sábado (23), em confronto válido pela quarta rodada do primeiro turno da Superliga masculina de vôlei.

E em uma partida de muitos altos e baixos, o time carioca, jogando no ginásio do Tijuca Tênis Clube (RJ), foi surpreendido pela equipe campineira. Com mais volume, os visitantes venceram o jogo no tie-break, com parciais de 24-26, 20-25, 25-22, 25-21 e 9-15. Foi o segundo resultado positivo dos paulistas, que vinham em uma fase ruim após o vice-campeonato estadual. Já o Sesc amargou a primeira derrota na competição.

A equipe da casa não começou bem o jogo. Desconcentrada, apresentou muitas dificuldades para recepcionar o saque campineiro, especialmente do habilidoso levantador argentino Gonzalez e do ponteiro Vaccari. Assim, sem o passe A, restou ao experiente armador Marlon, ex-Fiat Minas, recorrer às previsíveis bolas empinadas para as extremidades. O oposto Wallace acabou sendo a bola de segurança do Sesc neste primeiro set e em todo o duelo (ele terminou como o maior pontuador com 27 acertos).

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Os representantes do interior paulista, em contrapartida, além de colocarem bastante pressão no serviço, também se sobressaíram com boas coberturas de defesa e com disposição no ataque tanto pelo meio quanto pelas pontas. Apesar da performance instável e das falhas (foram 11 contra apenas 4 do time visitante), o Sesc conseguiu se manter próximo do rival no marcador até o final da parcial. No entanto, o Campinas mostrou mais eficiência ofensiva no momento decisivo e largou na frente.

Mais aguerrido, o Sesc buscou se recuperar na segunda parcial. Contudo, os problemas na recepção continuaram fragilizando o conjunto carioca. As falhas no sideout e no saque também comprometeram o desempenho dos comandados de Giovane Gávio. Já o Campinas seguiu com bom rendimento na virada de bola e trabalhou de maneira taticamente organizada, conjugando bem a relação bloqueio-defesa.

O técnico Giovane, então, tentou mudar o rumo do confronto lançando o talentoso levantador Matías Sanchez à quadra. Contando com uma recepção um pouco mais constante, o armador argentino teve uma boa passagem, imprimindo velocidade ao jogo e acionando mais seus centrais Flávio e Gustavão. Além disso, o time de Campinas também apresentou uma queda, cometendo erros (10 contra 5 do adversário) que foram salutares para a vitória carioca no set.

Em um jogo de muitas alternâncias, o Sesc, mais confiante, cresceu em praticamente todos os fundamentos no quarto set – principalmente no bloqueio e no ataque, com destaque para Wallace – e apresentou um jogo bem mais fluido com o levantador Sanchez em quadra. Esperava-se, assim, que os donos da casa fossem virar o jogo. No entanto, o time voltou a se desestabilizar, desperdiçando contra-ataques e se perdendo em erros bobos. Isso propiciou o crescimento adversário e foi determinante para o primeiro revés dos cariocas na Superliga.

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Joia da Argentina, Matías Sanchez comemora a chance de jogar no Sesc-RJ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/11/15/joia-da-argentina-matias-sanchez-comemora-a-chance-de-jogar-no-sesc-rj/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/11/15/joia-da-argentina-matias-sanchez-comemora-a-chance-de-jogar-no-sesc-rj/#respond Fri, 15 Nov 2019 09:00:38 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=19084

Uma das contratações do Sesc para a temporada, Matías Sanchez é um dos melhores jogadores argentinos da nova geração (Fotos: Marcio Mercante)

Para os jornalistas argentinos, ele é uma das grandes promessas da seleção masculina de vôlei. Ágil e inventivo, vem brilhando desde as categorias de base, onde acumula prêmios individuais, como o de melhor levantador do Campeonato Mundial Infanto-juvenil de 2013, do Juvenil de 2015 e do Sub-23 de 2017.

Em uma modalidade esportiva em que a altura vem sendo cada vez mais priorizada – em alguns casos, até se sobrepondo à técnica –, ele, com apenas 1,75cm, nada contra a corrente e desafia a escrita de que só há espaço para os baixinhos no vôlei se for na função de líbero. Estamos falando de Matías Sanchez, de 23 anos, reforço do Sesc-RJ para a temporada 2019/2020.

O jogador chamou a atenção de muitos no Brasil atuando com extrema habilidade pelo argentino Obras San Juan no último Sul-Americano de Clubes, em Belo Horizonte (MG). Na competição, conquistou a medalha de bronze e, novamente, foi escolhido o melhor levantador. Além disso, convocado pelo técnico Marcelo Mendez neste ano, se destacou pela seleção principal da Argentina e levou o ouro nos Jogos Pan-Americanos de Lima, no Peru.

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Contratado para atuar na equipe carioca ao lado de Marlon, experiente levantador campeão mundial, e de campeões olímpicos como o oposto Wallace e o ponta Maurício Borges, Sanchez conta, nesta entrevista exclusiva ao Saída de Rede, que se sente plenamente integrado e que já identificou diferenças entre a Superliga e o campeonato de seu país.

“Minha adaptação está indo muito bem. Meus companheiros de time me ajudam bastante e já me sinto parte do grupo, à vontade com o idioma. É um time com ótimas pessoas. O campeonato brasileiro é melhor que o argentino, com atacantes mais fortes, menos defesas por jogo e mais pontos de bloqueio, ataque e saque. Outra diferença é o tipo de bola, bem mais rápida do que aquela que usamos lá na Argentina”, revela o atleta vice-campeão do campeonato local na temporada 2018/2019.

“Estou gostando muito de atuar no Sesc, um clube que sempre busca ganhar todos os títulos que disputa. Jogar aqui é gratificante, especialmente porque estou ao lado de grandes jogadores como o Wallace e um grande treinador [Giovane Gávio]. Fica mais fácil jogar [risos]. As equipes aqui no Brasil estão muito niveladas por cima e o Sesc procura ganhar tudo o que compete”, reforça.

Melhor levantador da liga argentina na temporada passada, Matías é bem mais baixo do que a grande maioria dos atletas que atuam nesta posição no cenário internacional. Entre os seus colegas de seleção, por exemplo, o consagrado Luciano De Cecco, titular absoluto da equipe, tem 1,91cm. Já Nico Uriarte, que se sobressaiu por aqui no Sada Cruzeiro e no EMS Taubaté Funvic, mede 1,92cm. Nada disso, entretanto, parece assustá-lo.

“Os jogadores estão cada vez mais altos no vôlei. Mas, como sempre falo, o levantador precisa, em primeiro lugar, levantar. Depois cada um treina mais aquilo que acha que é melhor para o seu crescimento a fim de compensar a baixa estatura” afirma, categórico.

O Sesc é um dos times de maior investimento na Superliga masculina

Não por acaso, seu grande ídolo da posição é o campeão olímpico William Arjona, jogador também conhecido por não ser muito alto – mede 1,86cm. Antes de fazer história no Cruzeiro, o brasileiro construiu uma carreira de imenso sucesso no país vizinho com a camisa do Bolívar. Tanto que chegou a ser convidado para se naturalizar e defender a seleção albiceleste.

“Sempre me espelhei muito no William enquanto ele jogava tanto na liga argentina quanto aqui. É o melhor levantador que já vi. Tem um jogo muito preciso e você nunca sabe para onde ele vai levantar. Ele sabe o que fazer em cada momento do jogo”, elogia, complementando que será diferente enfrentá-lo na Superliga. “Minha expectativa é muito boa e jogar contra ele vai ser uma grande experiência, mas claro que durante a partida tenho que pensar no melhor para o meu time”, ressalta.

Em relação à sua seleção, classificada de forma antecipada para os Jogos Olímpicos de Tóquio no torneio Pré-Olímpico, Matías se mostra otimista. “Este ano conseguimos fazer partidas com um padrão de jogo mais forte e agressivo, o que nos manteve próximos das grandes seleções. O time também passou por uma grande mudança com um treinador que deu oportunidades aos mais atletas jovens, fortalecendo a nossa confiança”.

“Acredito que, se a Argentina continuar fazendo bons jogos como este ano, terá muitas chances de fazer uma grande Olimpíada em Tóquio”, finaliza ele, mencionando que acredita em um futuro bastante promissor para a equipe. Futuro do qual, diga-se de passagem, ele tem plenas condições de fazer parte.

*Colaborou Carolina Canossa

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Brasil se impõe sobre os russos e conquista o bronze no Mundial Sub-21 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/07/27/brasil-se-impoe-sobre-os-russos-e-conquista-o-bronze-no-mundial-sub-21/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/07/27/brasil-se-impoe-sobre-os-russos-e-conquista-o-bronze-no-mundial-sub-21/#respond Sat, 27 Jul 2019 13:48:36 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=17806

Seleção masculina superou a Rússia neste sábado (27), ficando com a medalha de bronze no Mundial (Fotos: Divulgação/FIVB)

Após ter sido duramente derrotada pelo Irã na semifinal da 20ª edição do Campeonato Mundial Sub-21, mantendo um hiato de dez anos sem título na competição, a seleção masculina se recuperou emocionalmente e garantiu um lugar no pódio na manhã deste sábado (27).

Na cidade de Manama (Bahrein), o time de Giovane Gávio bateu a Rússia em sets diretos na disputa pelo bronze, com parciais de 21-25, 25-27 e 12-25. Assim, o Brasil retornou ao pódio em Mundiais nesta categoria depois de seis anos. A última conquista havia sido a medalha de prata na Turquia em 2013.

O selecionado nacional já havia superado o representante do Leste Europeu – terceiro colocado no Mundial de 2017 – de virada na segunda fase do campeonato por 3 a 1 (21-25, 25-22, 25-20 e 25-22), apostando na força do saque para desestabilizar a frágil linha de passe europeia, na boa marcação de bloqueio e na eficiência dos contra-ataques.

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Para conseguir o segundo triunfo, os comandados de Giovane repetiram a estratégia e contaram também com o excesso de erros dos europeus, que deram 10 pontos aos brasileiros somente na primeira parcial (22 ao total contra 15). O bloqueio também desequilibrou a partida a favor do Brasil especialmente no último set – foram 10 pontos anotados neste fundamento contra 4 dos russos.

Depois de uma segunda parcial em que esteve a maior parte do tempo em desvantagem no placar, se impondo na reta final, a seleção pouco foi incomodada no set derradeiro, quando chegou a abrir 20 a 11 sobre os adversários. Os maiores destaques brasileiros foram o central Guilherme Voss, com 13 pontos marcados – 7 somente de bloqueio –, e os ponteiros Angellus da Silva e Victor Birigui com 11 acertos cada.

Equipe de Giovane Gávio conquistou a quarta medalha de bronze na história da competição

Esta foi a quarta medalha de bronze do time verde e amarelo na história do Campeonato Mundial na categoria Sub-21 – o país havia terminado na terceira posição nas edições de 1977, 1989 e 1999. A seleção ainda possui quatro ouros e seis pratas, sendo a segunda maior vencedora do torneio atrás apenas da própria Rússia, que soma dez ouros incluindo as conquistas como União Soviética. Além disso, o pódio nesta edição já foi importante para deixar para trás a triste marca de 2017, quando o Brasil saiu zerado dos Mundiais em todas as categorias.

E em um confronto bastante equilibrado na tarde deste sábado, o Irã levou o ouro na competição ao vencer a Itália por 3 sets a 2, parciais de 25-17, 17-25, 23-25, 25-22 e 12-15. Vale lembrar que os asiáticos já são campeões mundiais na categoria Sub-19.

*Atualizado às 15h33

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Brasil perde a semi para o Irã e mantém jejum no Campeonato Mundial sub-21 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/07/26/brasil-perde-a-semi-para-o-ira-e-mantem-jejum-no-campeonato-mundial-sub-21/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/07/26/brasil-perde-a-semi-para-o-ira-e-mantem-jejum-no-campeonato-mundial-sub-21/#respond Fri, 26 Jul 2019 17:50:11 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=17790

Seleção brasileira sub-21 disputará o bronze contra a equipe russa (Foto: Divulgação/FIVB)

Não será desta vez que a seleção brasileira masculina sub-21 tentará o penta no Campeonato Mundial da categoria, que está sendo disputado na cidade de Manama, capital do Bahrein. Nesta sexta-feira (26), o time comandado por Giovane Gávio, que encerrou a segunda fase do torneio na primeira posição do grupo E, foi superado pelo Irã na semifinal em sets diretos (parciais de 20-25, 14-25 e 17-25).

Desde 2009 sem subir ao lugar mais alto do pódio na competição, a seleção fez uma campanha satisfatória no torneio com cinco vitórias em seis partidas. No entanto, o time não resistiu ao poderio de ataque da emergente força do Oriente Médio, que chegou a fazer expressivos 25 a 14 e 25 a 17 nas últimas parciais. Outro aspecto que chamou bastante a atenção no confronto foi o estrago causado pelo saque iraniano na linha de passe verde-amarela – foram 9 pontos diretos neste fundamento contra nenhum dos brasileiros.

O maior pontuador do confronto foi o oposto Porya Yali, responsável por 17 acertos, seguido de seu compatriota Amirhossein Esfandiar, ponta que colocou 14 bolas no chão. O destaque brasileiro foi o ponta Victor Birigui, com apenas 10 acertos. O jogador, que vinha sendo a bola de segurança do Brasil, ocupando a segunda posição nas estatísticas de melhor aproveitamento no ataque do torneio, não conseguiu ter a mesma regularidade diante dos iranianos.

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A conquista da vaga na decisão do Campeonato Mundial é mais um indicativo da ascendência do Irã no cenário internacional com forte investimento na base. Vale lembrar que os asiáticos são os atuais campeões da competição na categoria sub-19. Este avanço já tem se refletido na seleção adulta, que, embora ainda não tenha conquistado nenhum título relevante, já vem dando trabalho às grandes potências da modalidade, como o Brasil, há algum tempo.

Os iranianos buscarão o ouro contra a seleção italiana, que venceu de virada a Rússia na outra semi por 3 sets a 1, parciais de 24-26, 25-19, 25-22 e 25-21. A decisão será neste sábado (27), às 13h (horário de Brasília). Mais cedo, às 9h, a seleção brasileira tentará o bronze contra os russos.

É importante salientar que as equipes brasileiras de base buscam uma recuperação nos Mundiais, já que em 2017 nenhuma seleção subiu ao pódio no torneio. Foi o pior ano para o Brasil em toda a história da competição. Contudo, abrindo esta temporada, a seleção feminina sub-20 já decepcionou, terminando o torneio na sexta colocação – foi também o resultado mais negativo entre todos do país nesta categoria.

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Revés da Itália elimina a seleção brasileira do Mundial feminino Sub-20 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/07/18/reves-da-italia-elimina-a-selecao-brasileira-do-mundial-feminino-sub-20/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/07/18/reves-da-italia-elimina-a-selecao-brasileira-do-mundial-feminino-sub-20/#respond Thu, 18 Jul 2019 23:13:36 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=17730

Seleção feminina Sub-20 perdeu para a China nesta rodada e dependia de uma vitória das italianas sobre as russas para chegar à semi (Fotos: Divulgação/FIVB)

Nesta quinta-feira (18), a seleção feminina foi eliminada na segunda fase do Campeonato Mundial Sub-20, que vem sendo disputado na cidade de Aguascalientes, no México. Para avançar à semifinal, a equipe dependia de um triunfo da já classificada Itália sobre a Rússia em partida válida pelo grupo E, o mesmo do Brasil.

A Azzurra chegou a abrir 2 a 0 no placar, mas tomou a virada do time russo que venceu por 3 sets a 2 (parciais de 25-22, 25-21, 21-25, 20-25 e 11-15). Assim, as italianas passaram em primeiro lugar na chave e as russas em segundo (ambas somando duas vitórias em três jogos). Brasileiras e chinesas ficaram de fora da briga pelo título com dois revezes.

O time liderado por Hairton Cabral passou a depender das italianas após sofrer a derrota mais cedo para a China por 3 sets a 2 (parciais de 25-21, 23-25, 25-20, 20-25 e 15-11). Com dificuldades no passe, a equipe verde-amarela concentrou praticamente todo o jogo nas extremidades, utilizando pouco as bolas de primeiro tempo com as centrais.

A maior pontuadora do confronto foi a oposta Kisy Nascimento, com 25 acertos, seguida da ponteira Julia Bergmann, que colaborou com 15. Outro aspecto que chamou a atenção na partida foi o elevado número de erros das brasileiras (31 contra 21 das asiáticas). Com a eliminação precoce, o Brasil mantém o preocupante jejum de mais de uma década sem vencer o torneio e buscará o quinto lugar.

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Equipe liderada por Giovane Gávio passou pelos campeões poloneses na estréia do Mundial Sub-21

Já em Manama, capital do Bahrein, a seleção brasileira estreou com vitória sobre a Polônia no grupo D do Mundial Sub-21 masculino. O placar foi de 3 a 1, com parciais de 23-25, 25-23, 18-25 e 19-25. Vale lembrar que os poloneses venceram a competição em 2017 e também são bicampeões mundiais consecutivos na categoria adulta (ao total, a Polônia tem 3 títulos com a seleção principal).

O ponta Victor Birigui, que também já teve passagem pela seleção adulta na Liga das Nações 2018, foi o maior pontuador brasileiro com 14 acertos. O meio-de-rede Edson Junio da Paixão apareceu logo em seguida com 12 pontos. Os europeus deram 36 pontos em falhas ao time de Giovane Gávio e receberam 22.

A equipe pode encaminhar a classificação para a próxima etapa se vencer o Canadá em jogo programado para as 10h30 desta sexta-feira (19).

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Como os principais times masculinos se organizam para a próxima temporada? http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/06/27/como-os-principais-times-masculinos-se-organizam-para-a-proxima-temporada/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/06/27/como-os-principais-times-masculinos-se-organizam-para-a-proxima-temporada/#respond Thu, 27 Jun 2019 09:00:24 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=17377

Depois de se sagrar campeão por Taubaté na última temporada, o ponteiro argentino Facundo Conte se transferiu para o Cruzeiro (Foto: Reprodução/Instagram)

A temporada 2018/2019 de clubes ficou marcada pelo fim da supremacia do Sada Cruzeiro e pelo surgimento de um novo campeão na Superliga masculina. Depois de oito finais consecutivas – e seis títulos conquistados neste período -, a equipe do técnico argentino Marcelo Mendez caiu na semi diante do EMS Taubaté Funvic, que mais tarde conquistaria pela primeira vez em sua história o título do torneio, derrotando o Sesi-SP.

A partir desta nova configuração de forças no cenário de vôlei masculino, o Saída de Rede traça, assim como no feminino, um panorama sobre como estão sendo montados os principais elencos para a disputa da temporada 2019/2020 de clubes no Brasil.

Apostando na manutenção de parte da base para a conquista do bi na Superliga, Taubaté seguirá sob o comando de Renan Dal Zotto. Além da permanência do técnico da seleção brasileira por mais um ano, a equipe do Vale do Paraíba renovou os contratos dos ponteiros Lucarelli e Douglas Souza, do meio de rede Lucão, do líbero Thales, do levantador Rapha e do oposto Leandro Vissotto.

Campeão e MVP da Superliga na temporada passada, Lucarelli renovou o contrato com Taubaté (Foto: Guilherme Cirino)

Os taubateanos, entretanto, não seguraram algumas das peças mais importantes para o triunfo inédito na competição. O ponteiro Facundo Conte, decisivo nas finais contra o Sesi, foi contratado pelo Cruzeiro. O armador Nico Uriarte e o oposto Abouba, fundamentais nas inversões 5-1, também deixaram o time.

O argentino optou por retornar ao seu país, onde defenderá o Bolívar, atual campeão local e também da Libertadores de vôlei. Já o oposto Abouba será um dos reforços do Vibo Valentia, da Itália. Outra baixa do time de Renan será o meio de rede Otávio – que não teve uma temporada tão regular –, também já confirmado na Raposa.

Os dirigentes, no entanto, agiram rápido e anunciaram a contratação do oposto marroquino Mohamed Al Hachdad, que se destacou no Campeonato Italiano pelo mesmo Vibo Valentia, encerrando a fase classificatória como o terceiro maior pontuador com 515 acertos. Além disso, tentando suprir a ausência de Conte, o clube confirmou a volta do ponta Lipe, que atuou justamente pelo Sesi no ano passado. O jogador já havia defendido o atual campeão brasileiro em duas oportunidades.

Adversário de Taubaté com o Sesi-SP, Lipe retornará ao time do Vale do Paraíba na temporada 2019/2020 (Foto: Ana Patrícia e Gaspar Nóbrega/Inovafoto/CBV)

O central Maurício Souza, ex-Sesc-RJ, o armador Carísio e o líbero Rogerinho, ambos ex-Minas, e o meio de rede Petrus, que atuou no último ano no São Francisco/Ribeirão, também estarão à disposição de Renan.

Já o Sesi tenta dar fim à sequência de vice-campeonatos (bateu na trave contra o Cruzeiro em 2017/2018 e, novamente, diante de Taubaté), apostando em uma mescla entre os atletas mais experientes e outros mais jovens. Para tanto, renovou o contrato do técnico Rubinho e de jogadores, como o veterano levantador e capitão William, o ponteiro Lucas Lóh, o central Éder e o líbero Pureza.

A equipe ainda manteve o ponta/líbero Murilo, que estará em sua 11ª temporada na Vila Leopoldina. Não se sabe, contudo, se ele voltará a atuar na entrada de rede, como chegou a ser ventilado, ou se permanece como líbero. A chegada de outro veterano, o central Sidão, que vestiu a camisa do Corinthians-Guarulhos na última temporada, também foi confirmada. Ele substituirá Gustavão, que assinou com o Sesc.

Quem também assinou por mais um ano foi o oposto Alan, maior pontuador da última Superliga e atleta imprescindível na campanha do vice-campeonato. Reserva de Wallace na Liga das Nações, ele também vem se sobressaindo na seleção brasileira com performances bastante consistentes.

Entre as novidades, o time paulista “repatriou” os jovens Daniel Pinho (oposto) e Vitor Birigui (ponteiro), atletas formados nas categorias de base que estavam emprestados ao Vôlei Um Itapetininga, e não renovou com o armador Evandro, o oposto Franco e o ponta Renato Russomano.

Alan é uma peça-chave no esquema do técnico Rubinho (Foto: Helcio Nagamine/Fiesp)

É importante colocar que um dos aspectos salientados pelo treinador Rubinho para justificar a derrota para Taubaté na final da Superliga foi justamente o poderio do elenco adversário. Neste sentido, vamos aguardar para ver se com essas peças bem ajustadas ao coletivo, o Sesi poderá fazer frente aos principais rivais na próxima temporada.

Procurando retomar a hegemonia perdida na principal competição nacional, o Cruzeiro focou no investimento da dupla de ponteiros. Além de ter tirado o argentino Conte do rival Taubaté, se apressou para anunciar Gord Perrin, capitão da seleção canadense, para repor a saída do norte-americano Taylor Sander, que se transferiu para o Dínamo de Moscou.

Perrin estava no Belogorie Belgorod, da Rússia, e será o segundo canadense a vestir a camisa celeste (seu compatriota Frederic Winters também jogou pela Raposa entre 2014 e 2016). Aliás, o pesado investimento na entrada de rede foi o motivo alegado pelo clube para não renovar o contrato com o central francês Le Roux, que teve uma passagem difícil pela equipe mineira em função da falta de entrosamento com o levantador Fernando Cachopa.

O canadense Gord Perrin foi contratado para resolver, ao lado de Conte, o problema na entrada de rede cruzeirense (Foto: Reprodução/Instagram)

Os pontas Rodriguinho e Filipe, contudo, seguem no time. O primeiro necessita de mais rodagem e experiência enquanto que o segundo, há dez anos no Cruzeiro, exerce uma liderança essencial no grupo, mas não demonstra o mesmo vigor físico.

Para a próxima temporada, a Raposa também não contará com o líbero Serginho, atleta mais longevo da equipe ao lado de Filipe. Depois de nove temporadas e 34 títulos conquistados, o jogador, de 40 anos, não teve o contrato renovado. Para o seu lugar, Marcelo Mendez apostará em Lukinha, que chega após boa temporada em Campinas.

Nesta dança das cadeiras, a equipe azul também assinou com os centrais Otávio, Pingo (ex-Minas), o experiente armador Rodriguinho Leme – que deverá se revezar com Cachopa –, e manteve em seus quadros os opostos Evandro e Luan, além do central Isac.

Outro time que decepcionou na temporada passada e seguirá em busca de uma recuperação é o Sesc, de Giovane Gávio. A equipe, que permaneceu na liderança da última Superliga em boa parte da fase preliminar para depois sofrer uma queda drástica no segundo turno, vem se movimentando no mercado seguindo as adequações necessárias diante da possível diminuição de investimentos decorrente da promessa governamental de reformulação no Sistema S. Contudo, as mudanças no elenco deverão ser profundas.

O oposto Wallace, principal estrela do time, o ponteiro Maurício Borges, o central Thiago Barth e o líbero Tiago Brendle estão garantidos para o próximo ano. Em contrapartida, os ponteiros Rozalin Penchev e Japa não renovaram, assim como o armador Everaldo, o meio de rede Aracaju e o levantador Thiaguinho – os dois últimos defenderão o Rennes, da França.

Uma das equipes de maior investimento da Superliga, o Sesc-RJ decepcionou nesta temporada e sofrerá mudanças no próximo ano (Foto: Erbs Jr.)

Para a armação, foram anunciados o experiente Marlon, ex-Fiat Minas, e o habilidoso Matías Sanchez, que chamou a atenção pela atuação no Sul-Americano, em Belo Horizonte, comandando o argentino Obras San Juan. O Sesc também confirmou a chegada de outro argentino, o ponta Jan Martinez, que atuava no Bolívar.

Com a partida do campeão olímpico Maurício Souza para Taubaté, os cariocas acertaram a contratação de Gustavão e do talentoso central Flavio Gualberto, que deixa o Minas, seu clube formador, após uma longa passagem.

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Com chance de voltar a incomodar os times de maior investimento, o Vôlei Renata e o Minas também se reestruturam. Mantido à frente do clube de Belo Horizonte há seis temporadas, o treinador Nery Tambeiro poderá contar, apesar da perda de algumas peças valiosas nesta janela de mercado, com o líbero Maique, que hoje também se destaca na seleção brasileira, e os opostos Davy e Felipe Roque, além do ponta Henrique Honorato.

O time ainda fechou com os ponteiros argentinos Lucas Ocampo (ex-Bolívar) e Nícolas Lazo (ex-UPCN), o armador Rodrigo Ribeiro e o central Deivid, ambos vindos do Maringá. Outros reforços confirmados são o meio de rede Matheus Alejandro, ex-Almeria e o levantador Bernardo Westermann, que estava no Itapetininga.

Sexto colocado na última Superliga, o Vôlei Renata segue em negociação com alguns jogadores, mas já renovou com o levantador argentino Demian Gonzalez, os ponteiros Gabriel Vaccari e Bruno Canuto, e os centrais Michel e Luizinho.

O que você achou dos principais times da próxima temporada do vôlei masculino no Brasil? Quem se reforçou melhor? Deixe a sua opinião abaixo!

Ouça o Voleicast, o podcast de vôlei do Saída de Rede

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Semifinal da Superliga masculina será teste de fogo para Sesc-RJ e Taubaté http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/04/06/semifinal-da-superliga-masculina-sera-teste-de-fogo-para-sesc-rj-e-taubate/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/04/06/semifinal-da-superliga-masculina-sera-teste-de-fogo-para-sesc-rj-e-taubate/#respond Sat, 06 Apr 2019 09:00:47 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=16372

Os opostos Wallace e Alan vão travar uma disputa particular na série que tem o Sesi-SP como favorito (Foto: Divulgação/Sesi-SP)

Após a definição e o início da disputa da fase semifinal da Superliga entre as mulheres, os duelos no naipe masculino começarão neste sábado (6). O vencedor será definido em uma série melhor de cinco.

É importante frisar que, como esperado, as quatro equipes de maior investimento conquistaram suas vagas nesta reta final. Contudo, Sesi-SP e Sada Cruzeiro, times que fizeram a final na temporada passada, chegam aos playoffs em um nível acima dos rivais Sesc-RJ e EMS Taubaté Funvic. Confira a análise do Saída de Rede.

Sesi-SP x Sesc-RJ

Chegou a hora da verdade para o Sesc-RJ. Uma das equipes de maior aporte financeiro na atual temporada, o time carioca começou a 25ª edição da Superliga de forma avassaladora, se mantendo na ponta da competição durante boa parte do primeiro turno. A partir do final do ano, contudo, o Sesc caiu drasticamente de rendimento e desandou.

Problemas físicos e técnicos passaram a assombrar a equipe do técnico Giovane Gávio. As contusões dos ponteiros Maurício Borges e Rozalin Penchev, aliadas à vulnerabilidade na linha de passe e à instabilidade emocional do grupo foram fatores que colaboraram para o declínio.

O grupo chegou a acumular cinco derrotas consecutivas no returno do campeonato. Além disso, caiu diante do arrojado (mas tecnicamente inferior) Fiat Minas nas quartas de final da Copa Brasil e perdeu a final da Copa Libertadores por incontestáveis 3 a 0 para o Bolívar-ARG. No entanto, com um plantel de selecionáveis, como o citado Maurício Borges, o oposto Wallace, o meio de rede Maurício Souza – melhor bloqueador da competição – e o líbero Thiago Brendle, a equipe indica que está novamente em uma curva ascendente no momento mais importante do torneio.

Apesar dos problemas, o Sesc se classificou de forma contundente para a semi, eliminando o próprio Minas. Para tanto, contou com grande atuação de Wallace, que segue como o maior destaque individual do time. Assim, nesta etapa, enfrentará o Sesi-SP, atual vice-campeão brasileiro que fez a campanha mais consistente da fase classificatória.

A equipe se apoia em uma robusta linha de passe formada por Murilo, Lucas Loh e Lipe (que aparece nas estatísticas como o quinto melhor na recepção ao lado de seu companheiro Renato, segundo colocado) para entregar todas as bolas nas mãos do habilidoso William. Neste sentido, para desestabilizar o passe paulista, o saque carioca precisará funcionar.

Na temporada, o retrospecto é favorável à equipe carioca. Foram duas vitórias – no primeiro turno e na semi da Copa Libertadores – contra uma dos paulistas no returno da Superliga. Outro ingrediente que promete apimentar esta disputa é o duelo dos opostos Wallace e Alan, os dois maiores pontuadores da competição. Enquanto o carioca mantém a liderança com larga vantagem (436 pontos), Alan, seu ex-companheiro dos tempos de Sada Cruzeiro que hoje brilha como um dos melhores atacantes do torneio, é o terceiro colocado, com 364 acertos.

Confrontos:

Sábado (6), às 19h, no Sesi Vila Leopoldina, em São Paulo (SP)

Terça-feira (9), às 19h, no Tijuca Tênis Clube, no Rio de Janeiro (RJ)

Sábado (13), às 19h, no Sesi Vila Leopoldina, em São Paulo (SP)

Terça-feira (16), às 19h, no Tijuca Tênis Clube, no Rio de Janeiro (RJ)

Sexta-feira (19), às 20h30, no Sesi Vila Leopoldina, em São Paulo (SP)

Todos com transmissão do SporTV2

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Taubaté, de Renan Dal Zotto, tem feito uma campanha abaixo do esperado com um time repleto de estrelas (Foto: Rafinha Oliveira/EMS Taubaté Funvic)

EMS Taubaté Funvic x Sada Cruzeiro

Assim como o Sesc, Taubaté também passou por um período bastante conturbado na temporada. Com um elenco estrelado formado por jogadores que dispensam maiores apresentações, casos de Lucarelli, Rapha, Leandro Vissoto, Conte e Lucão, entre outros, a equipe do Vale do Paraíba fez uma campanha para lá de irregular, acumulando performances inseguras e resultados negativos.

Como uma evidência do desencontro vivido pelo time do Vale do Paraíba, Renan Dal Zotto, treinador da seleção brasileira, é o terceiro a comandar a equipe que conquistou apenas o Campeonato Paulista na temporada (seu antecessor foi Ricardo Navajas, supervisor técnico do clube). Quando ainda estava sob o comando de Daniel Castellani, Taubaté foi eliminado na semifinal da Copa Brasil pelo Minas e terminou a Copa Libertadores na quarta colocação, jogando em casa, no ginásio do Abaeté.

A missão de Renan continua sendo, portanto, dar um padrão de jogo ao conjunto que precisa crescer e justificar todo o investimento realizado. A tarefa, entretanto, não será fácil. Depois de encerrar a série de quartas contra o destemido Campinas somente no último confronto, Taubaté terá que mostrar se de fato tem condições de chegar à final justamente diante do Cruzeiro, um adversário para lá de indigesto.

Após ter passado por um grande processo de reconstrução com a perda de algumas peças, a equipe celeste – atual campeã que busca o hepta no torneio – foi eliminada precocemente no último Campeonato Mundial de Clubes, mas voltou a mostrar sua força ao conquistar o tetra na Copa Brasil e o Sul-Americano, além de terminar a fase classificatória da Superliga na segunda posição, dois pontos atrás do líder Sesi.

Já nos confrontos da temporada, melhor para a Raposa, que cedeu apenas um set aos taubateanos. Deste modo, prestes atravessar outra reformulação motivada pela saída do ponteiro Taylor Sander, que atuará no Dínamo Moscou, o time mineiro, no entanto, sinaliza que está focado nesta fase final do campeonato.

Assim como o passador norte-americano (quinto maior pontuador e segundo melhor na recepção), outro poderoso artifício ofensivo do time de Marcelo Mendez é o meio de rede francês Le Roux, que lidera as estatísticas como o melhor sacador da competição. Aliás, vale lembrar que o central teve performance decisiva na primeira vitória sobre o organizado Maringá nas quartas de final.

Confrontos:

Sábado (6), às 21h30, no Riacho, em Contagem (MG)

Terça-feira (9), às 21h30, no Abaeté, em Taubaté (SP)

Sábado (13), às 21h30, no Riacho, em Contagem (MG)

Terça-feira (16), às 21h30, no Abaeté, em Taubaté (SP)

Sábado (24), às 19h30, no Riacho, em Contagem (MG)

Todos com transmissão do SporTV2

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Favoritos sofrem, mas largam na frente nos playoffs da Superliga masculina http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/03/25/favoritos-sofrem-mas-largam-na-frente-nos-playoffs-da-superliga-masculina/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/03/25/favoritos-sofrem-mas-largam-na-frente-nos-playoffs-da-superliga-masculina/#respond Mon, 25 Mar 2019 09:00:22 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=16252

Em um confronto equilibrado contra o Vôlei Renata, time de Taubaté só conseguiu vencer no quinto set (Foto: Rafinha Oliveira/EMS Taubaté Funvic)

Os candidatos ao título da Superliga masculina de vôlei não encontraram facilidade na estreia dos playoffs da competição. Exceto o Sesi-SP, que passou com relativa tranquilidade pelo Vôlei Um Itapetininga, impondo 3 a 0 (25-23, 25-19 e 25-19), os demais enfrentaram dificuldades diante de seus respectivos adversários.

EMS Taubaté Funvic, Sesc-RJ e Sada Cruzeiro sofreram para derrotar Vôlei Renata, Fiat Minas e Copel Telecom Maringá, respectivamente, em casa, diante de suas torcidas. As equipes jogaram contra times que, apesar do investimento menor, têm se mostrado competitivos e taticamente bastante organizados ao longo da temporada.

Os comandados de Renan Dal Zotto só conseguiram bater os campineiros no tie-break em um confronto muito disputado, com parciais de 25-14, 25-17, 25-27, 21-25 e 15-12. O time do Vale do Paraíba começou o jogo de forma extremamente agressiva, sobretudo no saque, quebrando a linha de passe rival e inibindo as ações ofensivas do oposto Daniel Cagliari e do ponteiro Gabriel Vaccari, referências do levantador Demian Gonzalez.

A partir do terceiro set, contudo, os donos da casa caíram de produção, principalmente no saque e no ataque, e começaram a cometer erros, permitindo a reação da perigosa equipe do argentino Horacio Dileo. Além disso, o jogo ainda foi marcado por polêmicas com a arbitragem.

Para o técnico Renan, a diferença no placar nas duas primeiras parciais não reflete o histórico de confrontos entre os times. “O Campinas é um time bastante competitivo, muito bem treinado já há alguns anos. Começamos muito bem os dois primeiros sets, quase impecáveis, com placares dilatados que não refletem o que realmente é o jogo entre Taubaté e Campinas. O terceiro, quarto e quinto sets, sim”, frisou. Prova disso é que na fase classificatória Taubaté chegou a perder por 3 a 0 para os campineiros.

Assim, o treinador acredita que o duelo da próxima quarta-feira (27), no Ginásio do Taquaral, será novamente equilibrado. “Esse é o jogo que nós temos que esperar na quarta-feira, em Campinas. Apesar de termos cometido muitos erros, como no terceiro set, a avaliação é que superamos as dificuldades e vencemos. Agora é partir para mais uma partida muito difícil na casa deles”, explicou o técnico.

O central Lucão, que marcou 18 pontos no cotejo, fez coro com Renan. “Acredito que nos dois primeiros sets ficou uma discrepância muito grande a nosso favor porque sacamos muito bem. Nos dois sets seguintes, eles equilibraram o serviço e nós não conseguimos manter o mesmo nível. (…) Nossos jogos contra eles são sempre complicados. Eles têm uma equipe muito bem treinada e com grandes jogadores”, destacou.

Sesc-RJ voltou a oscilar e mostrou dificuldades diante do aguerrido Fiat Minas (Foto: Erbs Jr.)

No outro duelo, o placar de 3 a 1 (26-24, 20-25, 28-26 e 25-22) a favor do Sesc diante dos mineiros pode transmitir a equivocada ideia de que a equipe de Giovane Gávio abriu a vantagem no mata-mata com tranquilidade. No entanto, como esperado, não foi isso o que aconteceu no Ginásio do Tijuca Tênis Clube, no Rio.

Em um jogo repleto de erros, o Minas, mais uma vez, deu muito trabalho aos donos da casa. Vale lembrar que o time de Belo Horizonte venceu os cariocas por 3 sets a 1 no returno e ainda eliminou os rivais na semifinal da Copa Brasil. Neste sábado, os visitantes só não levaram a partida para o tie-break porque cederam uma quantidade enorme de pontos em falhas (32 ao total contra 30 dos adversários).

Na terceira parcial, por exemplo, os mineiros tiveram a oportunidade de fazer 2 a 1 no placar quando chegaram ao set point (24 a 22), mas não mantiveram a regularidade para fechar. O time de Nery Tambeiro poderia ter causado sérios problemas aos cariocas, uma vez que se saiu melhor no sideout (foram 61 pontos contra 51).

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O líbero Rogerinho, que atuou tanto no passe quanto na defesa, já que Maique, seu companheiro de posição, está com dengue, enfatizou que as falhas do Minas foram determinantes para a derrota. “Cometemos muitos erros de saque. E a gente não pode errar tanto em um jogo equilibrado como esse. O Sesc teve mais tranquilidade para administrar esses erros e venceu a partida. Agora, vamos jogar em casa, o que é sempre bom, e precisamos ganhar”, ressaltou.

O oposto Wallace, maior pontuador do confronto, com 25 acertos, enalteceu o equilíbrio da equipe e destacou a importância da vantagem construída em casa na série que definirá o semifinalista em melhor de três. Para ele, o confronto na Arena Minas, na quarta-feira (27), poderá ser ainda mais complicado.

“Erramos muitos saques. Eles também erraram, mas conseguimos fazer um bom jogo e saímos daqui com um resultado importante. Esse era o nosso objetivo e a equipe se comportou bem. Tivemos calma para manter o equilíbrio nos momentos mais difíceis. Sabíamos que seria duro porque o time do Minas joga certinho e nos obriga a ter muita paciência. Era fundamental sair na frente e agora temos outro jogo muito difícil na casa deles”, disse o jogador, que ultrapassou a marca de 400 pontos na Superliga.

Organizada e eficiente, equipe de Maringá por pouco não derrotou o Cruzeiro no ginásio do Riacho (Foto: Agênciai7/Sada Cruzeiro)

Neste domingo (24), em pleno ginásio do Riacho, em Contagem (MG), foi a vez do atual campeão Sada Cruzeiro suar a camisa para superar o brigador e eficiente Maringá por 3 sets a 2, com parciais apertadas de 21-25, 25-18, 25-23, 25-27 e 17-15, no jogo mais emocionante da rodada que também teve problemas com a arbitragem.

Tensa e abatida emocionalmente desde o primeiro set pela força do variado saque paranaense, a Raposa, que já havia sofrido para vencer o rival no primeiro turno, também última parcial, não conseguiu se encontrar em boa parte do confronto. Com um desempenho aquém do esperado na linha de passe e no sistema defensivo, a equipe de Marcelo Mendez ainda cometeu muitos erros (35 contra 29 do adversário) e, por pouco, não deixou escapar a vitória.

O time de Maringá, impondo um volume de jogo que incomodou bastante, chegou a ter 9 a 5 no tie-break, mas, curiosamente, o fundamento utilizado ao longo de toda a partida pelos visitantes para desmobilizar a equipe adversária foi justamente a arma cruzeirense para virar o jogo.

A reação veio a partir do serviço do meio de rede Le Roux, que desafogou o time em vários momentos com ótimas sequências (o francês fez 6 aces ao total). O saque do ponteiro Rodriguinho também foi fundamental na última parcial. Outro destaque foi o norte-americano Taylor Sander, maior pontuador do jogo, com 27 bolas no chão.

Em entrevista ao SporTV, o técnico Alessandro Fadul mostrou descontentamento com a derrota após um duelo tão equilibrado, mas exaltou a performance de seus comandados.

“É claro que satisfeito a gente nunca fica com uma derrota, independentemente de quem tenha sido o nosso adversário. Mas ficamos contentes com o desempenho. Nosso compromisso era manter o nível que tivemos em toda a temporada. Deixamos escapar algumas oportunidades de decidir a partida, mas não podemos tirar o mérito da equipe do Cruzeiro”, salientou, lembrando que as passagens de Le Roux e Rodriguinho pelo saque fizeram toda a diferença.

O treinador ainda deixou claro que o time azul terá que se desdobrar novamente na quinta-feira (28), no Ginásio Chico Neto, em Maringá (PR), se quiser vencer o próximo confronto, se classificando para as semifinais.

“Viemos aqui e enfrentamos uma forte equipe de igual para igual. A série está aberta. Temos mais um jogo em casa, onde a gente sempre vai bem. Eu espero que a gente continue pressionando a equipe do Cruzeiro. Ninguém vai ganhar uma partida só com o peso da camisa ou com os títulos que teve na história. Se eles quiserem a segunda vitória vão ter que se impor novamente como fizeram hoje”, completou.

O central Isac elogiou o adversário, mas reconheceu que o time precisa corrigir falhas importantes. “Acho que devemos comemorar primeiro a vitória. Muitas coisas não fizemos bem, não cumprimos o que foi determinado na reunião e o que a gente treinou. Foi um jogo difícil. Maringá vem jogando bem e, mais uma vez, demonstrou isso. Nosso time tem que melhorar, seguir numa crescente porque estamos falhando em momentos cruciais”, concluiu.

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