Funvic/Taubaté – Blog Saída de Rede http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br Reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Tue, 31 Dec 2019 12:02:55 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Paulista: Taubaté confirma favoritismo e Corinthians mostra força no vôlei http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/10/08/paulista-taubate-confirma-favoritismo-e-corinthians-mostra-forca-no-volei/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/10/08/paulista-taubate-confirma-favoritismo-e-corinthians-mostra-forca-no-volei/#respond Sun, 08 Oct 2017 09:00:47 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=9657

Taubaté e Corinthians fizeram final emocionante (Foto: Rafinha Oliveira / EMS Taubaté Funvic)

A edição 2017 do Campeonato Paulista de vôlei masculino, encerrada na noite deste sábado (7), teve como campeão o time que mais investiu, a Taubaté Funvic. Apesar da falta de entrosamento ainda presente, algo normal para este momento da temporada, a equipe do Vale do Paraíba faturou seu quarto estadual seguido ao bater o Corinthians-Guarulhos em dois jogos: 3 a 1 (25-21, 25-19, 23-25 e 25-16) e 3 a 2 (21-25, 25-19, 21-25, 26-24 e 15-12).

A boa linha de passe formada por Tales, Dante e Lucarelli foi fundamental para que Taubaté segurasse a pressão alvinegra, que em quadra se refletia em um potente saque. Além disso, foi importante contar com um elenco rodado, com nomes como Rapha e Wallace, para se sobressair nos momentos decisivos do quarto e quinto sets. Tais qualidades estão entre as principais armas do time, que ainda contará com o sérvio Ivovic e segue como maior candidato a acabar com a hegemonia do Sada Cruzeiro no cenário nacional.

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Do outro lado da quadra, é preciso reconhecer os méritos de um time que, como bem lembrou o líbero Serginho ao término do jogo, sequer existia há três meses. A despeito do orçamento limitado, o técnico Alexandre Stanzioni conseguiu pinçar peças que, se não são geniais, cumprem bem a função às quais estão designadas. É o caso do ponta Fabio e do oposto Rivaldo. É verdade que faltam opções de ataque e que o banco (ainda?) não acompanha o nível dos titulares, mas não será surpresa se o Timão derrubar alguns favoritos ao longo da próxima Superliga. Fiquem atentos.

Com pouco tempo de descanso, o Taubaté já entra em quadra na quarta (11) para tentar mais um título, o da Supercopa, diante do poderoso Sada Cruzeiro – que, a propósito, também se sagrou campeão de um Estadual, o de Minas, neste sábado. O time azul, coincidentemente, também é o próximo adversário do Corinthians, no sábado (14), quando ambos os times estreiam na Superliga.

E vocês? O que acharam do início de temporada do Taubaté e do Corinthians? Deixem suas opiniões na caixa de comentários.

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Mercado: estreante Sesc desponta como uma das forças da Superliga masculina 2017/2018 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/05/27/mercado-estreante-sesc-desponta-como-uma-das-forcas-da-superliga-masculina-20172018/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/05/27/mercado-estreante-sesc-desponta-como-uma-das-forcas-da-superliga-masculina-20172018/#respond Sat, 27 May 2017 09:00:37 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=7385

Sesc, de Giovane, investe pesado para montagem do time (foto: Alexandre Loureiro/Inovafoto/CBV)

Nesse período em que transferências e especulações ganham espaço no noticiário do vôlei, quem tem acompanhado as movimentações no mercado já deve ter reparado que a debutante equipe do Sesc promete ser um dos protagonistas da temporada 2017/2018 da Superliga masculina, enquanto os grandes de São Paulo passaram por reformulação e o Sada Cruzeiro, numa estratégia que tem dado certo há alguns anos, manteve a base – apesar de uma grande baixa no time titular.

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O Rio de Janeiro não tinha um representante na divisão principal da Superliga masculina desde o fim do RJX, em 2014, e volta ao campeonato nacional com um time que, no papel, tem tudo para chegar, ao menos, entre os quatro primeiros colocados.

Ainda em negociação com o ponteiro da seleção Mauricio Borges, do Arkas Spor (da Turquia), o Sesc foi à Itália para repatriar o ponta João Rafael e o levantador Thiaguinho, do Exprivia Molfetta, e trouxe do vôlei francês o atacante de entrada de rede Levi, campeão da Copa CEV pelo Tours. No mercado interno, contratou o oposto Renan, de ótima temporada pelo JF Vôlei, além do líbero Thiago Brendle e do central campeão olímpico Mauricio Souza, egressos do Campinas.

Com um time jovem e bem qualificado nas mãos, pode ser que o técnico Giovane Gávio tenha mais expectativas do que há um mês, quando disse em entrevista ao Saída de Rede que sua equipe estaria atrás de Sada Cruzeiro, Sesi e Funvic/Taubaté, e que deveria lutar com Minas, Montes Claros e Campinas (antes de o time paulista perder o patrocinador máster).

Aliás, com a queda de investimento do Campinas, que disputará a Superliga sem o patrocínio da Brasil Kirin, São Paulo perde uma de suas forças no vôlei masculino, mas vê Sesi e Funvic/Taubaté se movimentarem bastante para tentar fazer frente ao multicampeão Sada Cruzeiro e ao emergente time do Sesc.

Sesi: equipe remodelada para Superliga 20172018 (Bruno Miani/Inovafoto/CBV)

O Sesi tem sido quem mais move peças no jogo das transferências até aqui. Perdeu Serginho, Riad e Sidão para o Corinthians, Théo para o Bolívar (Argentina) e Bruno para o Modena, mas repatriou o central Gustavão e o ponteiro Piá, que estavam na Argentina, o ponta Lipe, que atuou no vôlei turco, Renato Russomano, que estava na Itália, e o oposto Franco Paese, do Paris Volley, e contratou dois jogadores do Sada Cruzeiro – o atacante Alan e, sobretudo, o armador William.

Além disso, o técnico Rubinho, ex-assistente de Bernardinho na seleção masculina e substituto de Marcos Pacheco na direção da equipe, aguarda o desenrolar da situação de Murilo, que testou positivamente para a substância furosemida num exame antidoping, para saber se poderá ou não aproveitá-lo na nova função: a de líbero.

Bom ressaltar que com a chegada de Lipe e William e a permanência do meio de rede Lucão e do ponta Douglas Souza, o Sesi terá quatro campeões da Rio 2016 no elenco – mesmo número da Superliga que passou.

A aposta num elenco de jogadores experientes e com vasto currículo na seleção se revelou infrutífera na última temporada, quando o time sofreu com lesões e não levantou nenhum troféu.

MVP da Liga Mundial 2016, Ivovic reforça o Taubaté (FIVB)

A Funvic/Taubaté, que perdeu o líbero Mário Jr., o ponta Lucas Lóh e o meio de rede Éder, também foi ao mercado estrangeiro para se reforçar.

Medalhista de ouro em Atenas 2004 e tricampeão mundial pela seleção, o ponteiro Dante, que venceu a liga grega com o PAOK no começo de maio, retorna ao atual vice-campeão brasileiro. Já para o lugar de Éder, que foi para o Trentino, da Itália, veio o central argentino Sebastian Solé, que atuou na equipe italiana. Outro estrangeiro que chega ao Vale do Paraíba é o ponta sérvio Marko Ivovic, que jogou no Asseco Resovia Rzeszów, da Polônia, e foi MVP da Liga Mundial 2016, conquistada por sua seleção.

Para completar uma linha de recepção que deverá ter dois bons ponteiros atacantes que sofrem no passe – Lucarelli e Ivovic –, o argentino Daniel Castellani, que será o treinador do time na temporada, contará com o líbero Thales, ex-Canoas, convocado por Renan Dal Zotto para a seleção.

Base do time mantida: fórmula do sucesso do Sada Cruzeiro (Inovafoto/CBV)

No caminho inverso ao dos maiores orçamentos do vôlei brasileiro, o Sada Cruzeiro pretende manter sua hegemonia fazendo contratações pontuais e apostando no entrosamento do elenco. Por outro lado, isso não esconde que houve uma mudança bastante significativa no plantel cruzeirense.

Em relação ao ano passado, quando perdeu dois nomes importantes de temporadas anteriores (Wallace e Éder), pode-se dizer, em termos meramente matemáticos, que o time mudou ainda menos, já que perdeu apenas um jogador titular. Contudo, a saída do levantador William, substituído pelo armador argentino Nicolás Uriarte, que estava no PGE Skra Belchatów (Polônia), deve indicar que, assim como os rivais, o time vai precisar de um período de adaptação para chegar ao voleibol ideal.

O que diferencia o Sada Cruzeiro da concorrência é que, com o talento de Leal, a força de Simón, a eficiência de Evandro no ataque e o fundo de quadra com Filipe e Serginho, Uriarte não deve tardar a se sentir parte da engrenagem e à vontade para executar seu jogo.

Serginho: novo desafio no Corinthians (Wander Roberto/Inovafoto/CBV)

Enquanto os clubes de médio ou pequeno investimento pouco se movimentaram no mercado, as duas principais equipes da Taça Ouro, que vai levar o campeão à temporada 2017/2018 da Superliga, têm se reforçado.

O Botafogo, semifinalista da Superliga B deste ano, foi buscar na Suíça o levantador Marcelinho, de 42 anos de idade, campeão mundial de 2006 e prata em Pequim 2008.

Já o Corinthians, que está montando um time para jogar em Guarulhos, terá o líbero bicampeão mundial e olímpico Serginho e o central da seleção campeã do mundo em 2010 e vice em Londres 2012, Sidão, além do também meio de rede Riad, que defendeu a seleção na Liga Mundia 2015 – todos estavam no Sesi.

Com o elenco que tem formado, o Corinthians, se de fato conquistar a vaga no nacional, terá um time para fazer mais do que simplesmente lutar para se manter na divisão principal do campeonato.

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Taubaté valoriza final, mas Sada Cruzeiro manda recado: só o tempo para acabar com a hegemonia mineira http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/05/07/taubate-valoriza-final-mas-sada-cruzeiro-manda-recado-so-o-tempo-para-acabar-com-a-hegemonia-mineira/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/05/07/taubate-valoriza-final-mas-sada-cruzeiro-manda-recado-so-o-tempo-para-acabar-com-a-hegemonia-mineira/#respond Sun, 07 May 2017 15:57:03 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=7022
    O Sada Cruzeiro se tornou o primeiro pentacampeão da Superliga (foto: Inovafoto/CBV)

O filme visto há duas semanas na final feminina se repetiu neste domingo (7) no ginásio do Mineirinho. Diante de um adversário valente, que valorizou a conquista, o time favorito manteve a hegemonia e manteve a taça da Superliga. Com um 3 sets a 1 no placar (25-22, 25-22, 18-25, 25-19), o Sada Cruzeiro bateu a Funvic/Taubaté e conquistou o quinto título do torneio, o quarto consecutivo. Foi a primeira equipe desde a criação da Superliga, na temporada 1994/1995, a conquistar o troféu cinco vezes.

Seria injusto considerar apenas a história do quarto set e dizer que Taubaté jogou mal. Não esteve. Sob o comando do técnico Cézar Douglas, o time paulista conseguiu equilibrar os dois primeiros sets e venceu o terceiro com folga. Maior pontuador desta edição, o oposto Wallace correspondeu às expectativas, o bloqueio apareceu e, com exceção da quarta parcial, o saque se manteve em bom nível.

Só no quarto set, pontuado por uma áspera discussão entre Mário Jr. e Danilo Gelinski, foi que os vice-campeões estiveram flagrantemente abaixo do melhor conjunto cruzeirense.

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Se alguém ainda duvidava, o time mineiro mais uma vez provou que a alcunha de “multicampeão” não é casual. Extremamente bem treinado e armado pelo técnico argentino Marcelo Mendez, o Sada está sempre pronto para punir qualquer deslize adversário. Na final, especialmente nos sets mais disputados, essa premissa prevaleceu.

Para ressaltar um valor individual do Cruzeiro na decisão, esse nome poderia ser o de Evandro, a bola de segurança do time, ou Isac, que jogou sua melhor partida na temporada justamente no jogo mais importante, mas parece mais correto dizer o melhor do jogo foi William.

Para ganhar o duelo particular contra Raphael e levar o Sada Cruzeiro à vitória e ao título, o “Mago” teve uma distribuição de bolas irretocável e foi bem, até, no bloqueio – embora sua estatura de 1,86m diga que não deveria se destacar nesse fundamento.

Numa jornada bastante oscilante de Leal, o levantador do time mineiro teve a seu dispor a eficiência Evandro e esperou o quanto pôde para começar a acionar os centrais – e o fez na hora certa.

(Aliás, a vitória num dia ruim do ponteiro cubano naturalizado brasileiro mostra, ainda, que o Cruzeiro sempre tem de onde extrair recursos quando a situação se complica.)

Com o jogo equilibrado na reta final do primeiro set, muito graças ao bloqueio do Taubaté, eis que a equipe mineira se sobressai com Isac e Leal: o central não havia pontuado no ataque, foi acionado três vezes consecutivas por William e pontuou nas três, enquanto o ponta cubano naturalizado brasileiro, que teve dificuldades no ataque, fez a diferença no saque.

Se a equipe começou o segundo set quebrando o passe cruzeirense, Evandro distribuiu pancadas no saque e igualou o marcador. E Filipe, ponteiro passador por excelência, pontuou em ataques importantes para o time conquistar vantagem na parcial.

Foi, então, que o técnico Cezar Douglas mudou e se deu bem. Nas primeiras parciais, o treinador do Taubaté não hesitou em tirar Lucarelli ou Wallace (ou ambos simultaneamente), e, na terceira parcial, pôs Japa no lugar de Lucas Lóh. O ritmo do jogo mudou, Raphael, com o passe mais à mão, melhorou na distribuição e com uma atuação firme de Wallace, o time ganhou sobrevida na decisão.

No quarto set, porém, as rédeas do jogo voltaram para o Sada Cruzeiro. Com a virada de bola facilitada pelos erros de Taubaté no serviço e com o sistema defensivo propiciando contra-ataques, a equipe mineira venceu a parcial com tranqulidade.

Resta a quem gosta de vôlei apenas admirar e aplaudir a equipe mais vitoriosa da história do voleibol masculino do Brasil, o hegemônico e multicampeão Sada Cruzeiro.

Colaborou Carolina Canossa

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Sada Cruzeiro x Funvic/Taubaté: papa-títulos e estreante em finais decidem a Superliga http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/05/06/sada-cruzeiro-x-funvictaubate-papa-titulos-e-estreante-em-finais-decidem-a-superliga/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/05/06/sada-cruzeiro-x-funvictaubate-papa-titulos-e-estreante-em-finais-decidem-a-superliga/#respond Sat, 06 May 2017 18:45:25 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=7010

Cruzeiro e Taubaté tiveram as melhores campanhas da fase classificatória (Montagem sobre fotos de Washington Alves/CBV e Wander Roberto/CBV)

De um lado, o time mais vitorioso do voleibol mundial nos últimos anos. Do outro, um rival que investiu alto para incomodar e finalmente conquistar a primeira Superliga de sua história. É com este panorama que Sada Cruzeiro e Funvic/Taubaté entram na quadra do ginásio do Mineirinho neste domingo (7), às 10 horas (horário de Brasília), para definir o dono da principal taça dada aos clubes brasileiros.

Campeão de quatro das últimas cinco Superligas e de três dos últimos quatro Mundiais, o Sada Cruzeiro tem um favoritismo evidente e comprovado pelos números da atual edição do torneio: em 28 jogos, sofreu apenas uma derrota, justamente para Taubaté. Porém, é preciso ressaltar que essa partida não serve como parâmetro para a decisão porque o técnico Marcelo Mendez optou pelo elenco reserva, visto que já havia assegurado a classificação para os playoffs em primeiro lugar.

Por que a RedeTV! ficou à margem nas finais da Superliga?

Substituído por William Arjona, Bruno deixa Sesi rumo à Itália

 

Wallace tentará o título contra o time que impulsionou sua carreira (Fotos: Wander Roberto/Inovafoto/CBV)

Derrota mesmo o Sada teve apenas uma ao longo desta temporada. Foi por 3 a 2 contra o Sesi na semifinal da Copa Brasil. Curiosamente, na time da Vila Leopoldina acabou sendo derrotado na decisão justamente por Taubaté – a freguesia foi expandida semanas mais tarde, quando o time do interior paulista também eliminou o Sesi na semi da Superliga em quatro partidas. Ou seja: apesar da missão ser difícil, a Funvic possui qualidade suficiente para sair vitoriosa do jogo único deste domingo (veja aqui uma comparação jogador a jogador).

Quais são os pontos-chave que definirão se o Sada vai ganhar mais um troféu para sua lotada galeria ou se Taubaté vai ganhar a primeira final que disputa? Listamos abaixo:

1) Haverá alternativa a Wallace?
Oposto titular na campanha que levou o Brasil ao ouro olímpico na Rio 2016, Wallace vem fazendo uma temporada magnífica com a Funvic Taubaté. Na final contra seu ex-time (de onde só saiu por exigência do ranking de atletas), ele certamente será a bola de segurança do levantador Rapha, mas contra um time com a qualidade do Sada Cruzeiro não dá pra basear o jogo em somente uma opção ofensiva, por melhor que ela seja. O principal nome que surge neste aspecto é o de Ricardo Lucarelli, mas, como o ponteiro deve ser castigado no saque, Lucas Loh e os centrais Éder e Otávio também terão que chamar a responsabilidade

Levantadores serão peças-chave na decisão

2) Duelo de levantadores
Quem acompanhar a final da Superliga 2016/2017 pode esperar um embate especial no saque. O fundamento, que é uma das grandes qualidades do Sada Cruzeiro, é também a principal maneira de evitar que William Arjona jogue tão à vontade com as opções ofensivas que tem à disposição. Diante disto, a maneira com que tanto ele quanto o também consagrado Rapha vão trabalhar em termos de distribuição e precisão tem tudo para fazer a diferença no duelo. Como ambos possuem qualidade de sobra, espera-se uma disputa de alto nível…

Olho nele – Residente no país desde 2012, o cubano Yoandy Leal fará no Mineirinho sua primeira partida como atleta “liberado” para defender a seleção brasileira masculina. As aspas aí são propositais, já que, apesar de a autorização ter saído, o atacante ainda precisa cumprir um período de carência e só poderá vestir efetivamente a camisa amarela em março de 2019. Ídolo da torcida celeste, ele possui o ataque mais eficiente e é o segundo melhor sacador da competição

O dia em que Carlão jogou (e ganhou) uma final de Superliga com o pé quebrado

Leal será reforço para a seleção brasileira em 2019

Curiosidades em números

– Sada e Taubaté já se enfrentaram dez vezes na história da Superliga, com oito vitórias dos mineiros e duas dos paulistas;
– Detalhe: o Cruzeiro nunca perdeu na competição para os próximos adversários jogando em Minas Gerais;
– A final deste domingo terá o recorde de público da Superliga 16/17: a expectativa é de 14.400 pessoas lotando o Mineirinho – até o momento, o recorde da edição são as 7450 pessoas que viram de perto Brasil Kirin x Sesi pela fase classificatória em Belém (PA);
– Cinco campeões olímpicos estarão em quadra: William e Evandro, pelo Sada, e Wallace, Lucarelli e Éder pela Funvic/Taubaté;
– Três cubanos defendem os finalistas: além de Leal, o time mineiro conta com o central Robertlandy Simón, mesma posição de Isbel Mesa, reserva no time do interior paulista;
– O novo recordista de títulos da Superliga também será definido com a final: tanto o líbero Serginho, do Sada, quanto o central Éder, de Taubaté, já levantaram a taça da competição sete vezes cada.

A final da Superliga masculina de vôlei será às 10 horas (horário de Brasília) deste domingo (7), com transmissão ao vivo da TV Globo e do SporTv. No mesmo horário, o duelo também poderá ser visto no site da RedeTv!, que exibirá um compacto com os melhores momentos na TV às 16 horas.

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Por que a RedeTV! ficou à margem nas finais da Superliga? http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/05/04/por-que-a-redetv-ficou-a-margem-nas-finais-da-superliga/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/05/04/por-que-a-redetv-ficou-a-margem-nas-finais-da-superliga/#respond Thu, 04 May 2017 09:00:41 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=6955

Site da CBV informa: só Globo e SporTV transmitirão ao vivo a final da Superliga (reprodução: CBV)

A RedeTV! transmitiu a temporada 2016/2017 da Superliga, cativou um público que pedia voleibol pela TV aberta, mas não vai exibir ao vivo a final do campeonato masculino, entre Sada Cruzeiro e Funvic/Taubaté. A partida, que começa às 10h deste domingo, vai passar na Globo e no SporTV.

A informação não é nova, aparece estampada no site oficial da competição e, para não restar dúvida, a grade de programação do canal paulista reserva o horário do jogo a um programa religioso e relega à partida um VT às 16h.

Na decisão feminina, no último dia 23, a emissora também transmitiu o duelo no domingo à tarde, em reprise, mas mostrou o jogo ao vivo em seu portal na internet – um paliativo.

Taubaté e Cruzeiro: decisão inédita da Superliga (Washington Alves/Inovatofo/CBV)

Não que as transmissões via web sejam irrelevantes, pelo contrário: o leitor mais assíduo do blog deve recordar que o Saída de Rede publicou algumas matérias, há cerca de três meses, ressaltando que seria muito bom para o vôlei nacional que a CBV e os clubes exibissem partidas ao vivo pela rede mundial de computadores – até já falamos sobre a experiência do Maringá e do Cruzeiro.

É preciso ressaltar, no entanto, que chama a atenção que a RedeTV! – que até chegou a fazer transmissões da Superliga B no mês passado mostre o jogo mais importante da competição apenas pela internet. E essa não é a única estranheza notável.

Quando a Superliga chegou aos mata-matas, a tabela contemplou o canal com um número notadamente baixo de jogos. Exibindo vôlei às 22h de quinta-feira e 14h de sábado, restaram-lhe apenas sete transmissões ao vivo: seis do campeonato masculino (cinco jogos das quartas de final e um das semifinais) e só uma partida feminina (o jogo 1 entre Vôlei Nestlé e Fluminense, nas quartas de final).

É claro que o calendário apertado e a incerteza da realização de algumas partidas nos playoffs atrapalham na hora de reservar este ou aquele jogo à emissora. Contudo, observando a configuração da tabela das semifinais dos dois naipes, vê-se que somente o hipotético jogo 5 entre Vôlei Nestlé e Dentil/Praia Clube – confronto definido em três partidas – estava marcado para um horário propenso à RedeTV! (tarde de sábado) e que o jogo 4 entre Sesi e Funvic/Taubaté, ainda que disputado numa noite de quinta-feira, começou às 19h30 (a emissora exibiu a partida em reprise, no mesmo dia).

Curiosamente, o duelo entre Rio do Sul e Terracap/BRB/Brasília, pela terceira rodada da fase classificatória, chegou a ter sua data alterada para que o SporTV pudesse transmiti-la ao vivo. Não cabia, assim, algum remanejamento na tabela dos mata-matas para que os playoffs houvessem tido mais espaço na TV aberta?

Contatada pelo blog, a RedeTV! não quis comentar sobre o assunto – nem dizer se Sada Cruzeiro e Funvic/Taubaté vai ser exibido ao vivo em seu portal.

Rexona vs. Osasco: título carioca e boa audiência no Esporte Espetacular (Inovafoto/CBV)

IBOPE
Se a RedeTV!
não quis transmitir ao vivo a vitória do Rexona-Sesc sobre o Vôlei Nestlé, a Globo, que ainda não havia exibido nenhuma partida desta Superliga, quis e se deu bem. Ao menos, é o que mostram os índices de audiência.

De acordo com dados do Notícias da TV, o Esporte Espetacular do dia 23 de abril, com a transmissão da final da Superliga feminina, teve 11,6 pontos de audiência. Como cada ponto equivale a 70.559 mil domicílios na Grande São Paulo, dá para dizer que mais de 800 mil televisores da maior metrópole do país estavam ligados no jogo que rendeu o 12º título nacional ao Rexona.

Visto isoladamente, o número não parece ser significativo, pois tanto o Auto Esporte, que antecedeu o programa, quanto o Tamanho Família, que o sucedeu na grade, ultrapassaram a marca. Porém, levando em consideração apenas as edições do programa dá para cravar: foi no dia em que exibiu a final da Superliga feminina 2016/2017 que Esporte Espetacular obteve sua maior índice de audiência desde 13 de novembro passado – data do GP do Brasil de F1 (na ocasião, 11,7 pontos).

Obviamente, havia pelo menos dois elementos consideráveis para que tantos televisores estivessem ligados na partida: era uma final de campeonato e a rede separava as duas equipes de maior rivalidade do voleibol brasileiro atual. Mesmo assim, a atenção que a partida despertou não deve passar em branco nem ser esquecida pela CBV nem pelos clubes na hora de negociar cláusulas de direitos de transmissão e cotas de patrocínio.

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Fair play, Theo e Rafa dão sobrevida ao Sesi nas semifinais da Superliga http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/04/22/fair-play-theo-e-rafa-dao-sobrevida-ao-sesi-nas-semifinais-da-superliga/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/04/22/fair-play-theo-e-rafa-dao-sobrevida-ao-sesi-nas-semifinais-da-superliga/#respond Sat, 22 Apr 2017 04:10:42 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=6686

Lucas Lóh (5): fair play em momento decisivo (fotos: Bruno Miani/Inovafoto/CBV)

Numa semana em que um gesto de fair play do zagueiro Rodrigo Caio, do São Paulo, levantou debates sobre ética no esporte, uma atitude semelhante marcou a vitória do Sesi, fora de casa, na noite desta sexta-feira, sobre a Funvic/Taubaté.

No jogo 3 das semifinais da Superliga, o placar do primeiro set apontava 34 a 33 para o time local, quando uma cortada dos visitantes caiu além da quadra adversária. Ao mesmo tempo em que a bola viajava, Lucas Lóh tocou na rede na descida do bloqueio. Os sesistas reclamaram, o árbitro ficou na dúvida, mas o ponteiro encerrou qualquer discussão acusando o toque.

O set prosseguiu e o Sesi venceu por 37 a 35, com 41 minutos de duração – o mais longo do campeonato. Taubaté, mais adiante, chegou a virar para 2 a 1, mas foi batido por 3 sets a 2 (37-35, 21-25, 19-25, 25-21, 15-10).

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É meramente matemático dizer que o ponto possivelmente evitado por Lóh fecharia o set e, pela marcha do placar, poderia ter levado o jogo a um 3-0 em favor da Funvic. Contudo, antes que culpem a honestidade do jogador pelo revés na parcial e que ponham em xeque uma atitude altamente desportiva num jogo de campeonato profissional, é preciso lembrar que (1) o erro dele não foi ter se acusado, mas, sim, ter tocado na rede e, sobretudo, (2) os anfitriões, muito antes desse lance, tinham a parcial completamente na mão.

O Sesi estava perdendo o primeiro set por 20 a 15 e, depois, por 24 a 21. Foi quando Raphael, tendo a opção de Lucarelli pela entrada de rede, acionou duas vezes Wallace pelo fundo de quadra, e o oposto não conseguiu pôr a bola no chão. Essa escolha equivocada do levantador no momento crucial explica melhor a derrota do time da casa num set praticamente ganho do que um lance em que a equipe poderia ter levado vantagem num momento de dúvida do árbitro.

Rio x Osasco: relembre cinco protagonistas em decisões de Superliga

Já a virada do sexteto da Vila Leopoldina no jogo, essa, sim, tem muito mais a ver com os méritos da equipe vencedora do que com equívocos dos vencidos.

Destaque na vitória do Sesi, Theo encara o bloqueio duplo

Com a corda no pescoço e a um set da eliminação, o técnico Marcos Pacheco colocou o ponteiro Fábio e o levantador Rafael, respectivamente, no lugar de Vaccari e de Bruno. As mudanças surtiram efeito: a defesa do Sesi, que não estava conseguindo parar as cortadas dos rivais, melhorou e o ataque, com outro armador, ganhou novo ritmo.

Mas, sobretudo, se o Sesi conseguiu vencer no Ginásio do Abaeté pela primeira vez nesta temporada, o nome de Theo é o que deve ser gravado como o do melhor da partida (aliás, ele foi, mesmo, escolhido o melhor do jogo na votação pela internet).

Mais do que os 31 pontos que marcou, com direito a dois aces, três no bloqueio e pouco mais de 50% de aproveitamento no ataque, o oposto do Sesi participou até da linha de recepção do time. Quando Taubaté distribuía pancadas no saque e vencia os passadores sesistas, Theo virou o quarto homem no passe e, em determinado momento, chegou até a recepcionar o serviço e pontuar no ataque pela entrada de rede.

A série prossegue na próxima quinta-feira. O jogo 4 será em São Caetano do Sul. Já o jogo 3 da outra semifinal, entre Sada Cruzeiro e Brasil Kirin, será na noite deste sábado, em Contagem (MG), às 21h30.

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Lucarelli é a melhor notícia da classificação de Taubaté às semifinais http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/03/27/lucarelli-e-a-melhor-noticia-da-classificacao-de-taubate-as-semifinais/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/03/27/lucarelli-e-a-melhor-noticia-da-classificacao-de-taubate-as-semifinais/#respond Tue, 28 Mar 2017 00:18:17 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=6009

Recuperado, Lucarelli foi o destaque no jogo 3 das quartas (foto: Rafinha Oliveira/Funvic Taubaté)

A Funvic/Taubaté fez valer seu favoritismo nas quartas de final e não demorou mais do que três partidas para eliminar o JF Vôlei. Nas semifinais da Superliga masculina, a equipe do Vale do Paraíba vai enfrentar o Sesi, que também só precisou de três jogos para superar o Minas Tênis Clube. Eles estão no mesmo barco do Sada Cruzeiro, que também bateu o Lebes/Gedore/Canoas sem mais delongas. Em resumo: os mata-matas começaram em ritmo de aquecimento para os três principais elencos da competição.

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No jogo 3 da série, nesta segunda-feira, Taubaté aplicou um 3 a 0 sobre a equipe de Juiz de Fora, com parciais de 25-21, 25-18, 25-14. Com o passe na mão e Lucarelli acertando 68% no ataque, o levantador Raphael pôde trabalhar com tranquilidade.

A recuperação do ponteiro da seleção, aliás, foi a grande notícia para Taubaté nestas quartas de final. Ele sofreu uma lesão no pé, em janeiro, durante a Copa Brasil, e perdeu boa parte do returno. Agora, Lucarelli – que foi eleito o melhor jogador da partida – chegará às semifinais com ritmo de jogo.

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Apesar da atuação apagada na despedida, com apenas oito anotações no ataque em 22 tentativas, o oposto Renan pode comemorar a boa temporada que teve: além de se despedir como maior pontuador da Superliga, o atacante também conquistou o título mundial de clubes como reserva de Evandro, pelo Sada Cruzeiro.

O JF, que, além de Renan, contou também com vários jogadores da base cruzeirense, termina a competição em sétimo lugar. Nada mal para quem, na temporada passada, foi lanterna e precisou vencer a seletiva para se manter na divisão principal do voleibol nacional.

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O duelo entre Funvic/Taubaté e Sesi reedita as três últimas finais de Campeonato Paulista e da Copa Brasil deste ano. Em todas as ocasiões, o time do interior levou a melhor. A outra semifinal será disputada entre Sada Cruzeiro e o vencedor do playoff entre Brasil Kirin e Montes Claros, que jogam em Campinas, na quinta-feira, a terceira partida da série – os paulistas vencem por 2 a 0.

Nas semifinais, o Rexona volta ao Tijuca (Alexandre Loureiro/Inovafoto/CBV )

SEMIFINAIS FEMININAS
A CBV divulgou nesta segunda-feira a tabela das semifinais da Superliga feminina. Chama a atenção que não haja previsão de jogos transmitidos pela RedeTV! nas quatro primeiras rodadas da fase. Como a emissora só transmite partidas nas noites de quinta-feira e tardes de sábado, apenas um eventual quinto jogo entre Vôlei Nestlé e Dentil/Praia Clube caberia nesses parâmetros – isso, se o hipotético confronto for à tarde.

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Nos compromissos em que Rexona-Sesc for mandante, o ginásio utilizado será o do Tijuca, e não a Arena da Barra, onde a equipe havia jogado nas rodadas finais da fase classificatória e nas quartas de final.

Veja como ficou a tabela das semifinais da Superliga feminina:

Jogo 1
31.3 (sexta-feira) – 19h: Vôlei Nestlé x Dentil/Praia Clube
31.3 (sexta-feira) – 21h30: Camponesa/Minas x Rexona-Sesc

Jogo 2
04.4 (terça-feira) – 19h: Dentil/Praia Clube x Vôlei Nestlé
04.4 (terça-feira) – 21h30: Rexona-Sesc x Camponesa/Minas

Jogo 3
07.4 (sexta-feira) – 19h: Vôlei Nestlé x Dentil/Praia Clube
07.4 (sexta-feira) – 21h30: Rexona-Sesc x Camponesa/Minas

Jogo 4 (se necessário)
11.4 (terça-feira) – horário a definir: Dentil/Praia Clube x Vôlei Nestlé
11.4 (terça-feira) – horário a definir: Rexona-Sesc x Camponesa/Minas

Jogo 5 (se necessário)
14.4 (sexta-feira) – horário a definir: Rexona-Sesc x Camponesa/Minas
15.4 (sábado) – horário a definir: Vôlei Nestlé x Dentil/Praia Clube

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Em plena discussão sobre ranking, grandes escancaram superioridade http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/03/24/em-plena-discussao-sobre-ranking-grandes-escancaram-superioridade/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/03/24/em-plena-discussao-sobre-ranking-grandes-escancaram-superioridade/#respond Fri, 24 Mar 2017 09:00:00 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=5888

Lucarelli, Wallace e Éder juntos: ranking não trouxe equilíbrio (foto: Rafinha Oliveira/Taubaté)

Numa semana em que o debate em torno do ranking de jogadores voltou à tona, o fã do vôlei viu Sada Cruzeiro, Sesi e Funvic/Taubaté chegarem a um passo das semifinais da Superliga masculina. E, para que a faca e o queijo pareçam estar ainda mais ao alcance dos grandes, o trio jogará em casa na próxima rodada dos playoffs, o que diminui drasticamente as expectativas de quem sonha (ou sonhava) com séries extensas nessas quartas de final – isso talvez caiba apenas ao duelo entre Brasil Kirin e Montes Claros, que, pelo jogo 1, tende a ir além da terceira partida.

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A CBV alega que o ranking dos jogadores serve para trazer equilíbrio ao certame, diminui a ação do poder econômico na disputa. Na teoria, isso deveria tornar a Superliga – um campeonato de apenas 12 clubes em cada naipe – uma competição de difícil prognóstico, já que os principais atletas do país estariam espalhados por diversos clubes.

Os atletas alegam que o sistema não atende ao fim pretendido, prejudica quem quer jogar no país e não emparelha os pratos da balança do voleibol nacional: os maiores orçamentos, com ou sem as limitações de ranking, seguem numa dianteira que os médios e os pequenos não alcançam.

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Entre as mulheres, as jogadoras de pontuação máxima se queixaram publicamente nesta semana, ao passo que os homens, nesta sexta-feira, vão decidir/saber como funcionará seu campeonato na temporada que vem.

Se precisassem encontrar um argumento contrário às intenções do ranking e, portanto, alinhado à premissa de que os mandatários do vôlei nacional falham em insistir nessa trilha, os jogadores poderiam citar os playoffs da Superliga masculina atual. Os principais elencos do país, recheados de campeões olímpicos e/ou mundiais pela seleção, dão pouca esperança de sucesso a equipes de patamar de investimento inferior: a prática depõe contra o ideal do equilíbrio.

Théo acionado na saída de rede: 21 pontos contra o Minas

OS JOGOS
O Minas Tênis Clube recebeu, em Belo Horizonte, um rival contra quem já havia disputado três partidas na temporada e decidido todas em cinco sets, um adversário combalido, sem seu principal atacante da entrada de rede – Douglas Souza, lesionado no abdômen. Era a ocasião propícia para os minastenistas colocarem o Sesi em dificuldades, talvez pensando num playoff discutido em quatro, cinco partidas, ou, até, temendo a eliminação, já que o ponteiro campeão na Rio 2016 talvez nem volte às quadras antes do final da Superliga. Mas não foi o que aconteceu.

O bloqueio mineiro funcionou bem, anotou 18 pontos (seis de cada um dos centrais, Flávio e Pétrus). Ocorre, no entanto, que o time não foi além disso, não conseguiu explorar a presença de Alan, oposto improvisado como ponteiro, nem a baixa pontuação de Murilo, que voltou ao time titular e, longe ainda da melhor forma física, assinalou somente quatro pontos.

Depois de alguma instabilidade nos dois primeiros sets (vitória apertada na primeira parcial, derrota dilatada na segunda), o time paulista aproveitou-se do saque ineficaz do time da casa. Com uma virada de bola segura e Théo assinalando 21 pontos, o Sesi dobrou a vantagem que tinha no duelo e vai jogar na Vila Leopoldina pensando em encerrar a série pela via mais curta.

“Tem sido difícil, mas era o certo”, diz Bernardinho sobre saída da seleção

Canoas lutou, mas não passou pelo Cruzeiro (Fernando Potrick/Gama)

Por sua vez, o Lebes/Gedore/Canoas tem bons valores, como o ponteiro Gabriel, que foi repatriado do voleibol austríaco e começou o campeonato muito bem, o central Iálisson, de passagem recente pelo Taubaté, e o jovem ponta Alisson Melo, sétimo atacante mais eficiente da Superliga. Mas, dentro do esperado, a equipe não tem sido páreo para o Sada Cruzeiro nos playoffs.

Jogando em casa na segunda partida da série, o time gaúcho até abriu o marcador, teve Alisson Melo assinalando 17 pontos, sendo três em aces, quesito em que empatou com o central Giovanni. A questão é que, do outro lado da rede, havia um time experiente o bastante para esperar e provocar os erros do rival (e foram 35 ao todo). Leal e os centrais Isac e Simón marcaram, respectivamente, 16, 13 e 12 pontos, e a virada foi inevitável.

A série volta para Contagem, no sábado, às 21h30, e só vai novamente ao Rio Grande do Sul em caso de vitória do Canoas.

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Renan no ataque contra Taubaté: a bola de segurança do JF (Rafinha Oliveira/Funvic Taubaté)

A outra partida já realizada na segunda rodada foi entre Funvic/Taubaté e JF Vôlei. Se, em Juiz de Fora, os sétimos colocados da fase classificatória chegaram perto de vencer um set, em Taubaté, não ficaram só no quase. Renan, que defendeu a seleção brasileira no ciclo olímpico passado, marcou 26 dos 48 pontos de ataque de sua equipe, teve aproveitamento de 63% nas cortadas.

Pela boa atuação de seu oposto, os visitantes (ajudados pelos erros que Taubaté cometia – 25 ao todo) ganharam um set. Mas, como só tinham Renan em jornada inspirada, não puderam levar o jogo para o tie break.

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Taubaté teve um inusitado problema com o líbero Mário Jr., que jogou socorrendo-se com um colírio, de palmo em palmo, para aliviar uma irritação nos olhos, mas cumpriu o roteiro e venceu: Wallace, com 20 pontos, e Lucas Lóh, com 60% de aproveitamento no ataque, comandaram o time. Lucarelli, que perdeu boa parte do returno, anotou 12 pontos e parece estar aproveitando os jogos contra a equipe de Juiz de Fora para adquirir ritmo de jogo.

A terceira partida, que será na segunda-feira, mais uma vez em Taubaté, pode ser também a última da série.

Resultados da 2ª rodada dos playoffs da Superliga masculina:

Minas 1 x 3 Sesi (25-27, 25-19, 21-25, 18-25)
Lebes/Gedore/Canoas 1 x 3 Sada Cruzeiro (25-23, 18-25, 15-25, 14-25)
Funvic/Taubaté 3 x 1 JF Vôlei (25-15, 14-25, 25-18, 26-24)
Brasil Kirin x Montes Claros – sábado, às 14h10

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“Tem sido difícil, mas era o certo”, diz Bernardinho sobre saída da seleção http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/03/23/tem-sido-dificil-mas-era-o-certo-diz-bernardinho-sobre-saida-da-selecao/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/03/23/tem-sido-dificil-mas-era-o-certo-diz-bernardinho-sobre-saida-da-selecao/#respond Thu, 23 Mar 2017 09:00:44 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=5820

Colocar um ponto final na sua história com a seleção masculina após 16 temporadas não foi fácil para Bernardinho. Dois meses depois de deixar o cargo, o técnico bicampeão olímpico e tri mundial, que hoje segue no comando do time feminino Rexona-Sesc, reflete sobre o peso da decisão. “Tem sido difícil, mas era o certo. É duro, mas era o correto”, afirmou ao Saída de Rede.

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Na segunda parte da entrevista ao SdR (veja aqui a primeira), Bernardinho fala ainda sobre seu papel na Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) de agora em diante (“não tenho cargo, sou um colaborador”), a relação entre clubes e seleção, a possibilidade de criação de uma liga independente no país, transmissões online e admite que, entre as inúmeras propostas que recebe do exterior, duas mexeram com ele.

Confira nossa conversa com Bernardo Rezende:

Saída de Rede – Qual a importância das transmissões online para a exposição dos patrocinadores?
Bernardinho – Todo tipo de visibilidade para os patrocinadores, desde que se respeitem as normas, é importante. Então as transmissões são fundamentais. Claro que é preciso se organizar, pois é um movimento conjunto. Não pode ser feito um contra o outro. Os clubes têm que ser beneficiados. Vivemos uma crise, ter patrocinadores é uma coisa cada vez mais difícil, então temos que pensar efetivamente nisso. Caso contrário, teremos um decréscimo de investimentos e, com isso, um empobrecimento dos clubes e do voleibol brasileiro, o que não é bom. E a seleção se alimenta dos clubes.

Bernardinho orienta suas atletas durante pedido de tempo (Alexandre Arruda/Rexona-Sesc)

Saída de Rede – Oito dos doze clubes da primeira divisão da Superliga masculina integram a Associação de Clubes de Vôlei (ACV)*. O que você acha da possibilidade de criação de uma liga no país?
Bernardinho – Tem que haver um sentido de liga efetivamente. Muitas vezes cada clube tem seus interesses próprios. Acho que se uma liga surgir atendendo o interesse de todos será bem-vinda, válida. Agora, tem que ter interlocução com a CBV, tem que conversar. Pode até ser que os clubes cheguem a um acordo e administrem a liga, né. Porém, autonomia para negociar não é tão simples. Se alguns dos clubes que estão de fora são importantes, como é o caso do Campinas (Brasil Kirin), então você vai ter que entender o porquê disso. Se é algo tão positivo, por que alguns times estão de fora?

Saída de Rede – Quais os empecilhos para a implantação de uma liga no Brasil?
Bernardinho – O que é uma liga? Uma liga é onde todos lutam, onde todos se beneficiam do bolo. Você briga na quadra, onde você tenta ganhar, só ali. O sentido tem que ser esse, não o de “ah, eu vou querer me beneficiar, eu vou querer prejudicar o outro”. E às vezes o que sinto que é uns clubes não têm interesse no benefício dos outros, olham somente para o interesse próprio. Então temos que fazer uma autoanálise, se realmente a intenção é nobre no sentido de criar uma liga onde todos de alguma forma se beneficiarão. Outra coisa são clubes que apenas chegaram, surgiram quererem também… Ah, calma! Vamos primeiro provar que nós temos condições de estar aí. Há uns com tradição, com história e têm todo o direito de pleitear uma posição de um comando maior, uma autonomia maior para traçar as diretrizes para o seu clube, para os times como um todo, para o campeonato, que já disputam há muito tempo, que é o caso de várias estruturas que estão aí há muitos anos, alguns há décadas. No caso do Rexona são 20 anos.

Técnico se irrita durante partida na Rio 2016 (FIVB)

Saída de Rede – De que maneira esse processo deveria se dar, caso a ideia seja levada adiante?
Bernardinho – Eu acho que, de alguma forma, é preciso pensar numa integração maior num primeiro momento e depois de muitos anos se tornaria isso, uma liga independente… Acho que os passos precisam ser dados. Tem que se pensar na forma de se fazer, se criar responsabilidades claras, punições também, para aquilo que não for cumprido dentro daquelas que seriam as normas. Não é somente criar e depois vem aquilo que é um pouco do sentimento do brasileiro, aquele paternalismo… “Ah, mas a Confederação (Brasileira de Vôlei) não tutela os nossos interesses”. Se é autonomia, então os clubes têm que ter autonomia e a capacidade de gerir a sua própria liga. Aí, acredito eu, a Confederação teria apenas a responsabilidade sobre questões técnicas, como a arbitragem, o regulamento. Mas todas as questões de patrocínio, de marketing seriam tuteladas por essa liga independente. Acho que tudo é uma questão de negociar, ninguém pode se furtar a debater o assunto, buscar soluções, o que for melhor para o voleibol.

Saída de Rede – Como é a relação entre clube e seleção?
Bernardinho – Muitas vezes vejo alguns clubes que têm certa dificuldade em colaborar com a seleção… Eu tenho até dificuldade de falar aqui, minha intenção é colaborar…  É que os clubes são muito importantes, mas a seleção é o carro-chefe do momento, as seleções… Por quê? As seleções formam os ídolos nacionais que os clubes vão querer contratar. “Ah, mas o jogador fica muito tempo na seleção, isso e aquilo”. Mas se o jogador não ficar muito tempo, e o tempo que ele fica lá é necessário para ter um grande resultado, o clube não vai se beneficiar. E sem os ídolos, os clubes não vão ter patrocínios. Isso é um fato. Então às vezes, sabe, há uma forma de se justificar totalmente equivocada. Seleção é o carro-chefe e os clubes são muito necessários e importantes. Eu digo isso porque eu estou à frente de um clube e não é há pouco tempo. A gente tem que entender que sem os ídolos da seleção os clubes não terão condições de se sustentar, pois os patrocinadores querem os grandes ídolos aqui no Brasil.

Saída de Rede – Quando você diz que alguns clubes têm dificuldade em colaborar, vê isso ocorrer mais no masculino ou no feminino?
Bernardinho – Um pouco mais no masculino.

Segundo o treinador, Taubaté não liberou Lipe para uma excursão com a seleção em 2015 (FIVB)

Saída de Rede – Por exemplo…
Bernardinho – Taubaté é um caso especial, com um dirigente bastante peculiar, que é o Ricardo Navajas, que eu não tenho nada contra. Muito pelo contrário, ele faz o trabalho dele, respeito o trabalho dele lá, mas ele nunca teve uma posição de colaboração. Prejudicar nunca prejudicou, agora nunca foi um cara que veio “ah, vamos apoiar”. Ele tem que entender que os ídolos do Taubaté são ídolos que foram feitos na seleção. Veja o Lucarelli… Ele não surgiu lá. Surgiu no Minas (Tênis Clube), depois foi pro Sesi, aí na seleção começou a ter mais maturidade e depois foi pra Taubaté. O Lipe (atualmente no voleibol turco, no Halkbank Ankara) longe de ter começado lá, como tantos outros, o Wallace, o Éder… Há de haver um entendimento sobre essas coisas, é preciso ter um equilíbrio. E a seleção… Eles falam “ah, a seleção quer ter mais tempo”. Mais tempo para se preparar. Em 2015, por exemplo, teve jogador que ficou de fora de uma excursão importante (aos EUA e à Europa), caso do Lipe, porque Taubaté não liberou. A excursão era importante porque fomos impedidos pela Federação Internacional de Vôlei de participar da Copa do Mundo e aquela era a última chance da gente avaliar a equipe na temporada. Eles (Taubaté) pressionaram para não participar, tanto é que o Lipe não viajou.

Saída de Rede – Essa resistência de alguns clubes é pelo desgaste do atleta, risco de lesão? O que eles argumentam?
Bernardinho – O argumento é sempre alguma coisa desse tipo, que os clubes têm mais competições, que é preciso… Digo os clubes de uma forma geral. Claro que no final há o bom senso, você tem o equilíbrio da temporada como um todo… Eu falei desse exemplo (do Taubaté), mas você tem isso nos clubes de uma forma geral, eles têm essa questão da disputa por espaço. As seleções têm que ter um espaço importante para as competições. Contusão acontece na seleção e acontece no clube. Nós todos temos que ter o bom senso de fazer aquilo que deve ser feito. Quando os jogadores se machucam nos clubes, o que acontece eventualmente, a seleção não fica “ah, olha os caras…”. Não, no alto rendimento isso pode acontecer, não é verdade? Terminou a Olimpíada do Rio, apesar de um sentir algo aqui e outro ali, todos estavam aptos a jogar, como jogaram até a final. Numa competição intensa, dura, dia sim, dia não, logo depois de uma Liga Mundial, onde nós chegamos a final também.

“Seleção é o carro-chefe, é fato” (FIVB)

Saída de Rede – Qual a saída para esse impasse?
Bernardinho – Que haja um entendimento que todos são profissionais competentes nos clubes e nas seleções. A intenção da seleção é ganhar títulos. Ao ganhar títulos e formar ídolos, a partir dessas conquistas, com a visibilidade que a seleção tem, os clubes se beneficiam disso, obviamente. Os clubes têm o papel de desenvolver esses jogadores. Sem os clubes as seleções não terão seu processo de alimentação realizado. As seleções precisam dos clubes. É importante que haja entendimento e que um colabore com o outro. Quanto mais as seleções forem vitoriosas e mais os clubes brasileiros desenvolverem grandes atletas e com isso atraírem patrocinadores, melhor para todo o movimento, nós vivemos disso. O problema às vezes é querer olhar apenas para o próprio umbigo. A gente tem que ter uma visão mais do todo, da importância de todos nesse processo. Somos todos peças de um grande mecanismo, mas o mesmo mecanismo, o voleibol brasileiro. Eu não tô agora mais na seleção, mas não adianta, é o carro-chefe, é fato.

Saída de Rede – Como foi deixar o cargo de técnico da seleção masculina depois do ouro na Rio 2016?
Bernardinho – Foi difícil… Mas aquilo nunca foi meu, eu era parte daquilo. Não era um feudo meu, estive lá por um tempo, os resultados foram satisfatórios, afinal fui mantido por um tempo até bastante longo, mas terminou. Agora eu vou colaborar naquilo que for pedido. Se quiserem a minha colaboração, jamais deixarei de colaborar com a seleção e principalmente com o Renan, que no caso está lá hoje e que é um irmão que a vida me deu. Ele é um cara excepcional, uma figura humana de primeiríssima qualidade. Eu tenho certeza que o trabalho dele vai ter um êxito incrível, numa nova forma de fazer. Claro que há um alinhamento, ele conhece muito, estava ali bem perto de todos nós, mas são coisas novas, situações novas.

Sobre Renan: “Figura humana de primeiríssima qualidade” (arquivo pessoal/Renan Dal Zotto)

Saída de Rede – Agora como coordenador técnico, até onde irá sua participação na seleção masculina?
Bernardinho – Na verdade eu não sou nada, sou um colaborador.

Saída de Rede – A CBV anunciou seu nome nesse cargo de coordenador técnico quando o Renan foi apresentado como novo treinador.
Bernardinho – Não, eu não tenho cargo, sou um colaborador. Fui chamado para uma reunião com todos os treinadores, fui lá na CBV, dei os meus pitacos, opiniões, falei, participei… Sempre que eu for chamado e tiver a possibilidade de ir, estarei lá. Agora, não é simples sair, tem sido difícil, mas era o certo. É duro, mas era o correto.

Saída de Rede – Você continua recebendo propostas do exterior?
Bernardinho – Muitas.

Saída de Rede – Alguma te balançou?
Bernardinho – Só as dos Estados Unidos me balançaram. Não pela proposta financeira, mas as possibilidades que elas abrem. Tive também da Europa e da Ásia, mas essas dos Estados Unidos mexeram comigo, vindas de duas universidades.

Saída de Rede – De quais universidades?
Bernardinho – Não quero dizer até porque há treinadores trabalhando lá. Mas me interessa porque envolve a questão da educação, combina área acadêmica e esporte. Isso é algo que eu não tive quando estudante. Eu me formei em economia (em 1984, na PUC-Rio) e queria fazer uma pós-graduação fora. Então poderia ter essa possibilidade agora. E também pelas meninas, minhas filhas (Júlia e Vitória), para elas também seria uma oportunidade interessante. Não tem sentido eu largar a seleção brasileira, uma seleção como essa, para dirigir um grande time na Europa. Que sentido isso tem, não é verdade? Se fosse para treinar um desses times, eu continuaria na seleção.
__________________________

*Sada Cruzeiro, JF Vôlei, Montes Claros, Funvic/Taubaté, Copel Telecom Maringá, Lebes Gedore Canoas, Sesi e Bento Vôlei integram a Associação de Clubes de Vôlei (ACV)

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Entre um susto e outro, favoritos vencem (e Cruzeiro passeia) nos playoffs http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/03/20/entre-um-susto-e-outro-favoritos-vencem-e-cruzeiro-passeia-nos-playoffs/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/03/20/entre-um-susto-e-outro-favoritos-vencem-e-cruzeiro-passeia-nos-playoffs/#respond Mon, 20 Mar 2017 09:00:37 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=5772

Cruzeiro não teve problemas para vencer Canoas (foto: Renato Araújo/Sada Cruzeiro)

Em casa ou fora de seus domínios, os favoritos começaram as quartas de final da Superliga masculina dando um passo na direção da próxima fase. Todos venceram: o Sesi, que flertou com a derrota e salvou-se em cima da hora, a Funvic/Taubaté e o Brasil Kirin, que tiveram de suar a camisa na quadra adversária, e o Sada Cruzeiro, que atropelou.

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A rodada inaugural dos playoffs acentuou o favoritismo cruzeirense ao título. O time nem precisou jogar no mesmo nível do voleibol apresentado no sábado retrasado, na vitória por 3 a 0 sobre o Brasil Kirin, para vencer o Lebes/Gedore/Canoas pelo mesmo placar. Em quadra, a diferença entre o dono da melhor campanha na competição e o oitavo colocado foi resultado do excessivo número de erros dos visitantes e, sobretudo, da eficiência do ataque anfitrião (aproveitamento de 61%).

Sem conseguir parar as cortadas do time da casa – que teve Leal e Evandro atacando juntos 35 bolas e pontuando em 22 delas – e fustigado pelo bloqueio mineiro, que amorteceu muitas investidas dos adversários e propiciou vários contra-ataques, o sexteto gaúcho acabou cometendo 26 erros, concedendo mais que um set inteiro em falhas num jogo de três parciais. O segundo compromisso dessa disputa será em Canoas.

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Sesi: da derrota iminente à virada sobre Minas (Karen Griz/Sesi-SP)

Num caminho oposto ao do Cruzeiro, o Sesi só acordou quando já perdia por 2 a 0 do Minas Tênis Clube. Com o ponteiro Alan no lugar de Murilo, que ainda se recupera de uma lesão no cotovelo e entrou em rápidas passagens a partir do segundo set, o time paulista teve problemas no passe e, em consequência, na virada de bola. O sistema defensivo mineiro levava tanta vantagem sobre o ataque sesista que os muitos contra-ataques desperdiçados nas duas primeiras parciais não fizeram falta aos visitantes.

O ritmo do jogo mudou quando o levantador Rafa e o central Aracaju entraram, respectivamente, no lugar de Bruno e Lucão. Théo e Douglas Souza cresceram na partida e, exigido, o Minas descobriu que seus erros (foram 43 em toda a partida) seriam punidos: no tie break, o time teve o match point na mão, mas o cubano Yordan Bisset atacou para fora. Mesmo jogando mal e contando com um pouco de sorte, a vitória é um alívio para o Sesi, que vai disputar o jogo 2 da série em Belo Horizonte.

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Já para Funvic/Taubaté e Brasil Kirin, que começaram atuando em território adversário, o fator casa pode garantir uma rápida classificação às semifinais. Teoricamente, é claro.

Lucarelli em ação contra JF Vôlei (Rafinha Oliveira/Vôlei Taubaté)

Taubaté enfrentou um valente JF Vôlei – que o havia batido há uma semana – e teve muito trabalho para vencer os dois primeiros sets: em ambas as parciais, os tricampeões paulistas abriram vantagem e viram os rivais, com um bom bloqueio, reagirem perigosamente.

Com o apoio da torcida, o sexteto de Juiz de Fora talvez merecesse conquistar uma parcial, que fosse. Contudo, prevaleceu a experiência do segundo colocado da fase classificatória, que contou com a volta de Lucarelli – recuperado de lesão – ao time titular. Os visitantes frearam o crescimento dos anfitriões e superaram uma equipe que sobrecarregou o oposto Renan e não teve força para lutar no terceiro set.

Agora, para poder voltar a jogar em casa, os mineiros têm a ingrata missão de vencer, ao menos, um dos dois próximos duelos, que serão disputados no interior de São Paulo.

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Na matemática e na tabela, a situação do Brasil Kirin é igual à da Funvic/Taubaté: venceu o Montes Claros em Minas e, agora, ganhar as duas próximas partidas em casa é o que lhe basta para avançar na competição. A diferença é que a missão da equipe campineira (teoricamente, repito) tende a ser mais complicada do que a do time do Vale do Paraíba.

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Os quatro sets do primeiro duelo entre quarto e quinto colocados da Superliga foram definidos por vantagem mínima no placar. Isso não quer dizer, no entanto, que a partida tenha sido um suspense de tirar o fôlego: o Brasil Kirin venceu um jogo mais equilibrado do que emocionante – exceção, talvez, à virada paulista na quarta parcial, depois de estar perdendo por 18 a 13.

Montes Claros conseguiu 62 a 51 em pontos de ataque, mas, longe de fazer uma boa partida, colaborou com a vitória dos visitantes cometendo 35 erros contra 26. Um reflexo da má atuação dos mineiros foi Maurício Souza ter obtido seis aces: o central estava numa ótima jornada no serviço (é verdade) e tem um flutuante que bagunça a linha de passe adversária (outra verdade), mas conquistar SEIS pontos de saque nesse estilo é exagero.

Contudo, se o Brasil Kirin não teve vida fácil, mesmo diante de um adversário em dia instável, não será surpresa se a série se estender para além do jogo 3, embora as duas próximas partidas sejam em Campinas.

Resultados da 1ª rodada dos playoffs da Superliga masculina:

Sada Cruzeiro 3 x 0 Lebes/Gedore/Canoas (25-20, 25-17, 25-17)
Sesi 3 x 2 Minas Tênis Clube (20-25, 23-25, 25-23, 25-23, 18-16)
JF Vôlei 0 x 3 Funvic/Taubaté (27-29, 23-25, 18-25)
Montes Claros 1 x 3 Brasil Kirin (23-25, 27-25, 25-27, 23-25)

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