fim – Blog Saída de Rede http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br Reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Tue, 31 Dec 2019 12:02:55 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Aos 37, Dante anuncia aposentadoria do vôlei http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2018/03/19/aos-37-dante-anuncia-aposentadoria-do-volei/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2018/03/19/aos-37-dante-anuncia-aposentadoria-do-volei/#respond Mon, 19 Mar 2018 23:50:53 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=12443

Dante foi um dos jogadores mais vitoriosos a defender a seleção brasileira (Foto: Reprodução/Instagram)

Campeão olímpico e tricampeão mundial com a seleção brasileira, Dante anunciou que deixará as quadras após o término da Superliga. Aos 37 anos, o ponteiro atualmente defende a camisa da EMS Taubaté Funvic.

Natural de Itumbiara (GO), Dante dará maiores detalhes de sua decisão em entrevista coletiva na manhã de quarta-feira (21), no ginásio do Abaeté, em Taubaté. Ele está em sua segunda passagem pela equipe do Vale do Paraíba (também jogou lá entre 2014 e 2015), que investiu alto para formar um elenco em condições de quebrar a hegemonia do Sada Cruzeiro no cenário nacional. Com a lesão de Ricardo Lucarelli, ele tem formado a dupla de ponteiros da equipe com o sérvio Marko Ivovic.

Dante começou a jogar vôlei aos 14 anos na escola. Profissionalizou-se bem jovem e já aos 19 estreou pela seleção brasileira, onde permaneceria por 13 anos. Além dos títulos citados, neste período também conquistou duas pratas olímpicas, sete Ligas Mundiais e três Copas do Mundo.

Em sua carreira, Dante rodou o mundo defendendo o Três Corações (1999-2000), Suzano (2000-2001), Minas Tênis Clube (2001-2002), Modena-Itália (2002-2005), Panathinaikos-Grécia (2005-2008), Dínamo Moscou-Rússia (2009-2011), RJX (2011/2013), Panasonic Panthers-Japão (2013-2014 e 2015), EMS Taubaté Funvic (2014/2015), São José Vôlei (2015), PAOK-Grécia (2015-2016) e EMS Taubaté Funvic (2017-atual).

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Caso Unilever: encerramento de patrocínio é triste, mas não o fim do mundo http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/03/14/caso-unilever-encerramento-de-patrocinio-e-triste-mas-nao-o-fim-do-mundo/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/03/14/caso-unilever-encerramento-de-patrocinio-e-triste-mas-nao-o-fim-do-mundo/#respond Tue, 14 Mar 2017 21:25:02 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=5675

Apoio do Rexona será encerrado com o Mundial de clubes, em maio (Foto: Marcio Rodrigues/MPIX)

A bomba solta por Fernanda Venturini na segunda (13) teve sua confirmação oficial no fim da tarde desta quarta (14): depois de 20 anos, a Unilever decidiu sair do vitorioso projeto iniciado em Curitiba e amadurecido no Rio de Janeiro. O ponto final da parceria será dado no Mundial de Clubes, programado para maio, no Japão.

Claro que a chegada de uma notícia como esta jamais será boa. Diante das dificuldades cada vez maiores neste período de ressaca olímpica, perder um apoiador de tal porte pode significar a saída de atletas de alto nível do país, sem contar com o menor incentivo na formação de jogadoras. Porém, não deve ser tratado como o fim do mundo. Explico as razões:

Seleção masculina perde mais uma peça-chave após saída de Bernardinho

Satisfeita, CBV busca patrocinadores para expandir transmissões online

– A saída não foi repentina. Boatos de uma possível mudança de estratégia no marketing da Unilever já estavam ocorrendo há pelo menos um ano e meio. A empresa, por exemplo, teve a sensibilidade de fazer uma transição adequada com o Sesc para não deixar profissionais sem trabalho de uma hora para outra, diferente do que já aconteceu em outras rupturas. Para quem não se lembra, em 2014 a Amil chegou a anunciar a substituição do técnico José Roberto Guimarães por Paulo Coco apenas uma semana antes de retirar o investimento, pegando as próprias atletas de surpresa;

– Apesar de ainda não estar claro qual será o nível de investimento do Sesc na próxima temporada, o time continuará na ativa. Mesmo que o orçamento seja menor, há a esperança de ao menos jovens atletas terem uma oportunidade de despontar em alto nível. Vale destacar que o Sesc já apoia um time masculino no Rio, comandado por Giovane Gávio, com um dinheiro razoável para a disputa da Superliga B;

Projeto começou no Paraná, onde ficou até 2003 (Fotos: Divulgação)

– O Rexona não é o primeiro e, infelizmente, não será a última equipe a passar por isso no vôlei nacional. Mas, ainda assim, o esporte continua. Pouco após a conquista do primeiro ouro olímpico no feminino, em Pequim 2008, o Bradesco decidiu romper o apoio dado a Osasco através da Finasa. Houve um certo pânico da época, mas o time está na ativa até hoje ao lado de um novo patrocinador, a Nestlé, que em 2011/2012 praticamente repetiu a escalação da seleção brasileira na equipe.

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A situação do vôlei brasileiro de clubes é perfeita? Longe disto. Há muita coisa a ser feita ainda. Aumentar a visibilidade dos patrocinadores, inclusive com a menção dos nomes deles pela Rede Globo, detentora dos direitos de transmissão, é essencial. Mas, culpar apenas isso e a crise econômica vivida pelo Brasil pela saída da Unilever do vôlei, é analisar a situação de forma rasa.

Amil encerrou o projeto no vôlei uma semana após anunciar troca de técnicos

Isso porque crises econômicas não são exatamente uma novidade no país, que já viveu outros momentos de finanças em baixa desde 1997, data do início do apoio da Unilever ao time de Bernardinho. Além disso, nunca a Globo se dispôs a falar os nomes reais das equipes em quadra, sempre apelando para denominação de clubes ou das cidades nas quais são sediados. Ainda assim, a empresa permaneceu no jogo durante 20 anos e, quem conhece um mínimo de marketing e ambiente corporativo, sabe que isso não aconteceu por solidariedade. Se não desse retorno, eles certamente não teriam ficado tanto tempo no projeto. O mesmo acontece com outros times e grandes empresas que investem no esporte: ninguém colocaria dinheiro (que não é pouco) no vôlei se o produto não fosse bom.

Ciclos acabam e estratégias mudam. É da vida. Ao invés de se lamentar e promover uma “caça às bruxas”, quem gosta de vôlei precisa trabalhar (ou cobrar) mudanças no que não está bom. Só assim o Brasil continuará a crescer na modalidade.

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