Fernanda Garay – Blog Saída de Rede http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br Reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Tue, 31 Dec 2019 12:02:55 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 O ano ruim do vôlei feminino brasileiro no Mundial de Clubes http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/12/22/o-ano-ruim-do-volei-feminino-brasileiro-no-mundial-de-clubes/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/12/22/o-ano-ruim-do-volei-feminino-brasileiro-no-mundial-de-clubes/#respond Sun, 22 Dec 2019 09:00:58 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=19550

Vice-campeão na temporada passada, o Minas terminou este Mundial na 5a colocação (Fotos: Divulgação/FIVB)

Com boas recordações e algumas frustrações, 2019 está chegando ao fim. Por isso, o Saída de Rede realizará, a partir deste domingo (22), a tradicional retrospectiva dos principais fatos que marcaram o mundo do vôlei no ano.

Para começar, analisaremos a participação do Itambé Minas e do Dentil Praia Clube, representantes brasileiros no Campeonato Mundial de Clubes feminino. O atual campeão nacional e o vice terminaram o torneio em 5º e 6º, respectivamente. A competição foi realizada em Shaoxing, na China, e deu o primeiro título de sua história ao italiano Conegliano.

A quinta posição do time de Belo Horizonte, contudo, não chegou a ser uma surpresa. Depois de passar várias temporadas como uma equipe de meio de tabela na Superliga feminina, o tradicional clube mineiro fez um dos maiores investimentos para 2018/2019 ao contratar Natália e Gabi, a dupla titular na entrada de rede da seleção brasileira.

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O investimento não poderia ter sido mais acertado. Sob a batuta do talentoso treinador italiano Stefano Lavarini, o Minas viveu uma temporada gloriosa, ganhando todos os campeonatos de que participou (exceto o próprio Mundial, em que foi vice-campeão).

Neste ano, no entanto, o cenário se alterou drasticamente. O time perdeu a poderosa dupla de ponteiras para os gigantes turcos Eczacibasi e VakifBank (segundo e terceiro colocados neste Mundial) e, ainda, o técnico italiano para o Busto Arsizio. Para a delicada reposição, o clube apostou no compatriota Nicola Negro como comandante e nas atacantes Roslandy Acosta (venezuelana) e Deja McClendon (norte-americana).

O conjunto, contudo, ficou desequilibrado. Com performances bastante inseguras na recepção, ou seja, na construção do jogo, e, ainda, na virada de bola, as estrangeiras, que buscavam uma adaptação ao estilo imprevisível da levantadora Macris, pouco fizeram.

Minas apresentou muitas dificuldades na recepção durante o Mundial

Por outro lado, a veterana bicampeã olímpica Thaísa, recém-chegada para esta temporada, se mostrou muito decisiva pelo meio de rede ao lado de Carol Gattaz, um dos principais nomes do plantel, que acabou se machucando na reta final do torneio. Já a também experiente Sheilla, contratada para dividir a saída de rede com Bruna Honório, voltou a jogar neste ano depois de um longo período de inatividade, mas ainda luta para recuperar o voleibol que a consagrou.

Com isso, em outro patamar técnico e tático, a equipe precisou lidar esta imensa reformulação interna. Some-se a isto o nível desta edição do Campeonato Mundial. Com oito equipes em busca do troféu, o torneio, o mais forte dos últimos anos, reuniu alguns dos maiores times do mundo, verdadeiras seleções mundiais que, com enorme aporte financeiro, montaram seus elencos com as melhores jogadoras da atualidade. Assim, com adversários desta categoria, as chances de pódio ficaram ainda mais reduzidas.

Não podemos esquecer, entretanto, que o Minas não enfrentou apenas pedreiras. As derrotas na fase classificatória para o chinês Guandong Evergrande, um dos mais fracos times do campeonato, e para as reservas do Conegliano, equipes que o grupo minastenista, em tese, teria plenas condições de vencer, acabaram sendo um demonstrativo da fragilidade do campeão brasileiro na competição.

Com grande potencial ofensivo, time do Praia Clube não conseguiu render o esperado

Se a posição do Minas não causou tanta estranheza, do seu rival regional se esperava mais. Além de não ter vivido uma reconstrução tão radical – é verdade que perdeu a central bicampeã olímpica Fabiana, um dos pilares do time, e a levantadora norte-americana Lloyd, que não teve uma passagem muito feliz por Uberlândia –, o clube ainda preservou atletas, como a oposta Nicole Fawcett e a ponteira campeã olímpica Fernanda Garay.

Sem falar que o Praia assinou com a dominicana Brayelin Martínez, jogadora que não teve problemas para se adaptar ao vôlei brasileiro e que vem sendo o grande destaque ofensivo da equipe. Trouxe, ainda, a meio de rede Walewska, central campeã olímpica bastante regular que foi uma das figuras mais importantes para o título inédito da Superliga na temporada 2017/2018.

Desta maneira, a equipe teve um começo de temporada bem menos conturbado, batendo, inclusive, o grande rival em duas competições domésticas, o Campeonato Mineiro e a Supercopa. Claro que a expectativa não era que o conjunto aurinegro ganhasse o ouro no Mundial, mas que oferecesse mais resistência aos rivais em função de seu poder de fogo e, quem sabe, até pudesse beliscar um lugar no pódio.

Fernanda Garay sofreu uma fratura no torneio e só voltará a jogar no ano que vem

O grupo comandado pelo técnico Paulo Coco, contudo, não fluiu bem. Ao contrário, enfrentou dificuldades na linha de passe, no sistema defensivo e, especialmente, no ataque. Jogadoras tarimbadas como Garay e Fawcett renderam bem menos do que podiam, sobrecarregando Martínez pelas pontas.

A hesitação da equipe para “matar” os jogos nos momentos-chave em que teve a oportunidade – a partida decisiva contra o chinês Tianjin, ainda na primeira fase, é um exemplo disso – foi outro entrave na difícil campanha do vice-campeão brasileiro na competição. A levantadora Claudinha também passou por instantes de desequilíbrio, fazendo escolhas equivocadas durante as partidas e cometendo erros técnicos que comprometeram a virada de bola.

Neste sentido, o desempenho – e não exatamente a colocação final – tanto do Minas, que esboçou uma melhora no fim da competição, quanto do Praia Clube, acabou sendo mais frustrante, dando uma ideia da posição atual do voleibol feminino brasileiro de clubes no cenário internacional.

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Praia Clube repete na Superliga falhas que mostrou no Mundial de Clubes http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/12/20/praia-clube-repete-na-superliga-falhas-que-mostrou-no-mundial-de-clubes/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/12/20/praia-clube-repete-na-superliga-falhas-que-mostrou-no-mundial-de-clubes/#respond Fri, 20 Dec 2019 09:00:09 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=19521

Equipe de Paulo Coco teve um desempenho oscilante no Mundial de Clubes (Foto: Divulgação/FIVB)

O placar de 3 a 0 (parciais de 25-21, 25-14 e 26-24) decepcionou o torcedor que esteve presente na Arena Praia, em Uberlândia (MG), para acompanhar o clássico entre Dentil Praia Clube, o time da casa, e Sesc-RJ nesta semana. O confronto, válido ainda pela sétima rodada da Superliga feminina de vôlei em função da participação mineira no Mundial de Clubes, acabou decretando o primeiro revés da equipe de Paulo Coco na competição.

Com o resultado, o grupo, que começou a temporada de forma assertiva, ganhando a Supercopa e o Campeonato Mineiro 2019, caiu para a quarta colocação na tabela da Superliga, somando 18 pontos em sete partidas disputadas (seis vitórias e uma derrota).

No primeiro duelo pós-Mundial, a equipe de Paulo Coco chegou a vencer com desenvoltura o Sesi Bauru em sets diretos. A dominicana Brayelin Martínez, recém-chegada, e a norte-americana Nicole Fawcett foram as maiores pontuadoras com 16 e 15 acertos, respectivamente. Contudo, a vulnerabilidade, a quantidade de erros (21 contra apenas 12 do Praia) e as falhas na recepção bauruense acabaram colaborando para o resultado.

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Já contra o Sesc, um adversário que tem apresentado campanha bem mais sólida do que Bauru, o que surpreendeu os torcedores do Praia não foi exatamente a derrota, algo natural diante de uma equipe que, apesar das mudanças para este ano, permanece entre os candidatos ao título. O que causou espanto foi a maneira como o time foi derrotado em casa.

Obviamente, esperava-se que o Sesc jogasse a partida em Uberlândia com “a faca entre os dentes”, uma vez que o grupo vinha de uma derrota também dolorosa em sets diretos para o Itambé Minas dentro da casa do rival. Apesar desta expectativa, o Praia, sem continuidade e poder de reação, pouco produziu e foi facilmente batido pelas cariocas.

Um dos aspectos que mais evidenciaram a fragilidade mineira no jogo foi o rendimento na virada de bola. Enquanto o time vice-campeão brasileiro anotou apenas 34 pontos no ataque, a equipe de Bernardinho fez 47. A maior pontuadora do duelo foi a oposta Tandara Caixeta com 17 acertos. Pelo lado praiano, Fawcett anotou 14.

Ocorre que a falta de consistência no fundamento e as falhas nas tomadas de decisão em momentos-chave são problemas que já tinham aparecido no Mundial, torneio em que as mineiras terminaram na 6ª posição. Apenas para exemplificar, a ponteira Fernanda Garay anotou 3 pontos no jogo de estreia contra o turco VakifBank. A oposta Fawcett fez 8. O mesmo aconteceu diante do italiano Novara.

Equipe sucumbiu em casa diante do Sesc (Foto: Divulgação/Dentil Praia Clube)

Garay, que vinha recuperando a melhor forma física após lesão, acabou sofrendo uma fratura no nariz durante a competição na China, passou por cirurgia aqui no Brasil e só retornará à equipe no ano que vem. Com isso, sem ter com quem dividir a responsabilidade pela virada de bola, a dominicana Martínez foi – durante o Mundial – e continua sendo a atleta mais decisiva de modo geral, mesmo improvisada na entrada de rede.

Tanto que entre as atacantes de ponta do time, ela é a que tem maior percentual de aproveitamento de ataque nas estatísticas da Superliga (está em 5º lugar com 54%, tendo pontuado 85 vezes em 158 tentativas). A outra representante é a central Carol, que colocou 44 bolas no chão das 74 recebidas e está na 3ª posição.

Apesar da melhora esboçada na reta final do Mundial, quando a chance de pódio já havia escapado, a irregularidade nos fundamentos – o bloqueio, a recepção e a defesa também têm deixado a desejar – segue comprometendo o padrão de jogo da equipe do Triângulo Mineiro. Fato é que o time de Paulo Coco tem enorme potencial a ser desenvolvido no decorrer desta Superliga. A expectativa, portanto, é que o conjunto retome o caminho das boas apresentações, “dê liga” e faça jus ao investimento feito para esta temporada.

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Em grande jogo, Praia peca nos detalhes e perde a segunda no Mundial http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/12/05/em-grande-jogo-praia-peca-nos-detalhes-e-perde-a-segunda-no-mundial/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/12/05/em-grande-jogo-praia-peca-nos-detalhes-e-perde-a-segunda-no-mundial/#respond Thu, 05 Dec 2019 14:36:35 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=19299

Nesta quinta-feira (5), o Praia Clube voltou a perder no Mundial de Clubes (Fotos: Divulgação/FIVB)

Foi um grande duelo. O primeiro set contra o chinês Tianjin deu a impressão de que o Dentil Praia Clube construiria uma história diferente daquela escrita pelo compatriota e rival regional Itambé Minas no Mundial de Clubes feminino. Contudo, mesmo sem a estrela Ting Zhu, que sentiu uma lesão no punho e deixou a quadra na terceira parcial, o time asiático impediu a primeira vitória do time brasileiro na competição.

Para tanto, se valeu da eficiência da ótima Yingying Li, uma jovem ponteira em ascensão, que ajudou a equipe a superar o Praia de virada no tie-break (parciais de 25-21, 25-19, 22-25, 16-25 e 16-14) na manhã desta quinta-feira (5), no Centro Olímpico de Shaoxing (China).

Com o segundo resultado negativo, a equipe mineira acabou eliminada do Mundial, já que o seu próximo adversário, o italiano Novara, já está garantido nas semifinais, com dois triunfos – sobre o mesmo Tianjin e o VakifBank. Já a equipe chinesa ainda tem chances de classificação.

O time de Paulo Coco fez uma primeira parcial muito boa, jogando de igual para igual contra o Tianjin. Com volume e aproveitamento satisfatório nos contra-ataques, a equipe mostrou evolução também na virada de bola, fundamento em que ficou muito aquém no confronto de estreia contra o turco VakifBank. Destaque para a dominicana Martínez, improvisada na entrada, e para a norte-americana Fawcett.

Lesionada, Zhu deixou a partida no final do terceiro set

Contudo, algumas escolhas equivocadas da levantadora Claudinha e os erros cometidos pela equipe na reta final do set favoreceram o adversário que ainda contou com o excelente trabalho de Ting Zhu tanto no ataque quanto no bloqueio (a estrela chinesa marcou 9 pontos somente nesta parcial, mostrando serviço no ataque, no bloqueio, no passe e na defesa).

Mas o jogo do Praia começou a desandar a partir da segunda etapa. Além de continuar falhando em momentos decisivos, a equipe apresentou um baixo aproveitamento no bloqueio. Mais desatento no sistema defensivo, o conjunto uberlandense não resistiu por muito tempo. Já adversário, com o seu habitual volume, jogou solto e sem pressão em casa.

Vale ressaltar, ainda, a eficiência do bloqueio chinês, do ataque e o saque que castigou a linha de passe brasileira, impedindo uma distribuição equilibrada da levantadora Claudinha. Já o serviço praiano, por outro lado, se mostrou inofensivo e pouco incomodou a recepção rival.

As comandadas de Paulo Coco reagiram e ganharam a primeira parcial no Mundial a partir da retomada do bom nível mostrado no começo do duelo. Mais ligado no sistema defensivo e com inspirado desempenho de Martinez e Fawcett no sideout – vale pontuar, ainda, o crescimento da ponteira Fernanda Garay -, a equipe passou a errar menos e sacar melhor.

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Contudo, é importante mencionar que a saída da ponta Ting Zhu na reta final do set acabou sendo determinante também para a queda de rendimento do adversário de modo geral, uma vez que a campeã olímpica estava desequilibrando a partida em todos os fundamentos.

Assim, com Ting Zhu fora, o Tianjin ficou mais frágil (somente no ataque, a queda foi expressiva, com o rival vencendo por 15 a 8). Sem ter nada com isso, o time mineiro melhorou significativamente e manteve o padrão da parcial anterior. Quanto colocado no Mundial passado, o grupo ainda cresceu no bloqueio, amortecendo a maioria das bolas do ataque adversário. A linha de passe também esteve menos vulnerável e mais organizada.

As equipes seguiram trocando pontos no tie-break. Instável no ataque, a norte-americana Destinee Hooker também acabou substituída no começo do set decisivo. O Praia, entretanto, não conseguiu aproveitar as oportunidades que teve no sideout, e acabou pecando nos detalhes, permitiu a virada chinesa. A reviravolta na partida também passou pelo rendimento da jovem ponteira Li, de 19 anos, que assumiu a responsabilidade e virou bolas muito importantes na reta final.

Braylein Martinez foi a maior pontuadora do jogo com 24 pontos, seguida por Fernanda Garay, que fez 20. Fawcett marcou 16. No lado chinês, Li, Zhu e Hooker marcaram 23, 19 e 17 vezes, respectivamente.

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Fernanda Garay elogia força do Praia e acredita em pódio no Mundial http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/11/27/fernanda-garay-elogia-forca-do-praia-e-acredita-em-podio-no-mundial/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/11/27/fernanda-garay-elogia-forca-do-praia-e-acredita-em-podio-no-mundial/#respond Wed, 27 Nov 2019 09:00:13 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=19184

Confiante, Fernanda Garay pensa que seu time pode conquistar uma medalha no Mundial de Clubes 2019 (Fotos: Divulgação/Dentil Praia Clube)

Uma das principais estrelas mantidas no plantel do Dentil Praia Clube para a temporada 2019/2020, a experiente campeã olímpica Fernanda Garay está otimista com a participação de sua equipe na próxima edição do Campeonato Mundial de Clubes feminino, que será disputado entre os dias 3 e 8 de dezembro em Shaoxing, na China.

Quarto colocado no ano passado, o time de Uberlândia terá adversários difíceis logo na primeira fase da competição. Afinal, o grupo B ainda é formado pelo chinês Tianjin Bohai, pelo italiano Novara e pelo turco e atual tricampeão VakifBank.

No entanto, campeã por Osasco no ano de 2012, em Doha (Qatar) – naquela oportunidade, as comandadas de Luizomar de Moura, então vencedoras também do Sul-Americano e da Superliga, superaram o Rabita Baku, do Azerbaijão, em sets diretos –, a ponteira aposta na força do elenco praiano que tem outras atletas experimentadas, além da jovem e talentosa ponta/oposta dominicana Brayelin Martínez.

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Mundial de Clubes 2019 terá reencontro entre Minas e Natália na primeira fase

“Há alguns anos, o time mantém uma equipe de altíssimo nível e não é à toa que está chegando às finais da Superliga. Perdemos nossa capitã, mas recebemos a nossa capitã do título de volta. Acredito que as contratações foram bem estudadas para suprir alguns pontos que nos fizeram falta na última temporada”, salientou a jogadora, fazendo referência à partida da central Fabiana rumo ao Hisamitsu Springs, do Japão, e ao retorno da meio de rede Walewska, capitã na temporada 2017/2018, quando o Praia faturou o título nacional pela primeira vez.

A jogadora é um dos destaques nas estatísticas de saque da Superliga

Com foco total em Uberlândia, Garay vem de uma séria lesão no tornozelo direito, que, inclusive, a deixou de fora das finais da Superliga passada contra o arquirrival Itambé Minas. Recuperada, tem se esforçado para atingir o melhor nível físico e técnico, além de buscar a melhor sintonia com suas companheiras até a estreia no Mundial contra o VakifBank, no dia 3. “O entrosamento é algo que a gente vem aprimorando no dia a dia. Acredito que estamos caminhando na direção certa”, ressaltou, elogiando em seguida o trabalho que vem sendo feito em equipe.

“Trabalhamos em conjunto com um elenco forte, uma comissão técnica experiente, uma diretoria engajada e patrocinadores que acreditam no projeto. Isso é o que vem nos fazendo fortes todos esses anos”, destacou.

Determinada, a jogadora afirmou que espera que o grupo faça bonito no campeonato. “A expectativa é de representarmos bem o voleibol brasileiro. Claro que eu acredito em chances de pódio. Temos um grupo muito competitivo e que pensa grande. Vamos trabalhar jogo a jogo, buscando fazer nosso melhor para tentar traduzir o esforço em vitórias”, concluiu.

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Voleicast: quais são as chances do Brasil no Mundial de Clubes feminino? http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/11/26/voleicast-quais-sao-as-chances-do-brasil-no-mundial-de-clubes-feminino/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/11/26/voleicast-quais-sao-as-chances-do-brasil-no-mundial-de-clubes-feminino/#respond Tue, 26 Nov 2019 09:00:11 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=19174

Com problemas no ataque pelas pontas neste começo de temporada, o Minas enfrentará adversários complicados na competição (Foto: Ignácio Costa/MTC)

O Campeonato Mundial de clubes de vôlei feminino 2019 começa na terça-feira da semana que vem (3) com a promessa de ser um dos mais equilibrados dos últimos anos. Sediado na cidade de Shaoxing, na China, a competição terá oito equipes na luta pelo troféu: os anfitriões Guangdong Evergrande e Tianjin Bohai, os italianos Novara e Conegliano, os turcos Vakifbank (atual tricampeão) e Eczacibasi e os brasileiros Itambé Minas e Dentil Praia Clube.

Todos estão divididos em dois grupos de quatro equipes cada que se enfrentarão. Os dois melhores de cada grupo avançam à semifinal, sendo que o primeiro encara o segundo da outra chave. A partir de então, as partidas serão disputadas em esquema de mata-mata para a definição dos finalistas e do campeão.

Em função do nível dos times em disputa, será complicado o Minas repetir o feito da edição passada. Para quem não lembra, em uma partida histórica, o time campeão brasileiro superou o poderoso Eczacibasi na semifinal e acabou superado pelo Vakifbank na decisão, terminando com o vice-campeonato.

Este é o assunto da 14ª edição do Voleicast, o podcast de vôlei do Saída de Rede. No programa, as jornalistas Carolina Canossa e Janaina Faustino avaliam quais são as chances dos brasileiros no torneio, chamando a atenção para o atual momento de instabilidade vivido pelo time minastenista, que perdeu o técnico italiano Stefano Lavarini e as ponteiras Natália e Gabi, protagonistas na vencedora campanha do ano passado, e contratou as bicampeãs olímpicas Thaísa e Sheilla.

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Natália e Gabi mostram serviço na Europa a menos de um ano da Olimpíada de Tóquio

– Ouça nos outros episódios do Voleicast: qual é o equilíbrio de forças da Superliga feminina e da Superliga masculina?

Além disso, analisamos as possibilidades e o começo de temporada do Praia Clube, equipe que não manteve em seu plantel nomes de respeito, como a bicampeã olímpica Fabiana e a levantadora norte-americana Carli Lloyd. Por outro lado, assinou com a ponta/oposta domincana Braylein Martinez e preservou jogadoras, como a passadora Fernanda Garay e a oposta americana Nicole Fawcett. As novas peças indicam que, aparentemente, o time de Uberlândia conseguiu fazer escolhas mais acertadas na recomposição do elenco para 2019/2020. Apontamos, ainda, quais são as equipes favoritas ao título.

É só apertar o play abaixo:

Também é possível ouvir o Voleicast no seu celular através dos principais agregadores de podcast do mercado, caso do Spotify, Google Podcasts, Podcasts da Apple, Breaker e PocketCasts.

E você, concorda com as jornalistas? Na sua opinião, o Itambé Minas pode surpreender e repetir a campanha do ano passado no Mundial de Clubes? E o Praia Clube, tem chances de medalha? Diga o que acha através da caixa de comentários abaixo, na nossa fanpage no Facebook, no nosso Twitter, no nosso Instagram ou pelo e-mail saidaderede@uol.com.br. Você também pode aproveitar a oportunidade para dar sugestões, fazer críticas ou até mesmo elogiar o Voleicast.

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Em temporada pré-olímpica, lesões viram preocupação extra entre os atletas http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/11/25/em-temporada-pre-olimpica-lesoes-viram-preocupacao-extra-entre-os-atletas/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/11/25/em-temporada-pre-olimpica-lesoes-viram-preocupacao-extra-entre-os-atletas/#respond Mon, 25 Nov 2019 09:00:14 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=19164

Tandara diz ter voltado ao Brasil com o objetivo de se preparar melhor para a Olimpíada (Foto: Marcio Rodrigues/ACE/Divulgação)

A aproximação da Olimpíada traz aos atletas da elite do voleibol brasileiro não somente a expectativa de uma convocação, mas uma preocupação extra: como prevenir uma lesão que possa culminar num doloroso corte às vésperas da competição mais esperada por todos ao mesmo tempo em que é preciso ser profissional e se doar ao máximo pelos clubes que pagam seus salários?

Tandara Caixeta admite que este é um tema que percorre sua mente. Inclusive, a opção dela em deixar o voleibol chinês e defender o Sesc-RJ na atual Superliga foi feita justamente pensando em estar na melhor forma possível para defender a seleção brasileira em Tóquio 2020.

“Claro que existe a disputa por vaga com algumas jogadoras e é preciso tomar cuidados. Optei por estar no Brasil para me cuidar fisicamente e estar perto da minha família”, comentou a oposta, que jogou pouco nos últimos meses devido a uma séria lesão no tornozelo esquerdo sofrida enquanto defendia o Guangdong Evergrande. “Tudo influencia e, a partir do momento que a cabeça está tranquila, as coisas fluem. Era exatamente isso que eu queria. Me sinto mais leve aqui no Sesc”, garantiu.

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Com a experiência de duas medalhas olímpicas de ouro no currículo, a líbero Fabi também aponta que o aspecto psicológico é tão importante quanto o físico nesta reta final de ciclo olímpico.

“Como toda temporada que antecede os Jogos Olímpicos, os jogadores querem mostrar serviço. Fica sempre aquela contagem regressiva para saber quem estará na lista final. Os atletas tem que conter essa ansiedade, manter a cabeça focada, saber o que precisam fazer para se cuidar mentalmente e fisicamente ao longo do ano”, comentou a ex-atleta, que trabalha como comentarista do SporTv desde que se aposentou, em 2018.

Wallace ganhou um período extra de descanso antes de voltar a jogar pelo Sesc RJ (Foto: Divulgação/CBV)

Há, porém, quem prefira não pensar nisso. É o caso da ponteira Fernanda Garay, que, apesar de ser um nome bastante cotado para estar na lista de 12 convocadas por José Roberto Guimarães, diz que a seleção não é seu foco no momento.

“Eu tenho um desafio muito grande que é estar da melhor forma possível nesta Superliga. A seleção não está nos meus planos e representar bem o Dentil/Praia Clube é o meu primeiro objetivo. Se eu conseguir ter uma boa temporada e o Zé Roberto achar que eu possa contribuir com a seleção, é um outro momento, mas agora não estou pensando nisso”, garantiu.

Da parte dos clubes, o primeiro pensamento também é de foco total na Superliga, mas alguns cuidados extras também acabam sendo tomados. A equipe masculina do Sesc-RJ, por exemplo, vem desenvolvendo um trabalho especial com o oposto Wallace e o ponta Maurício Borges, dois prováveis convocados por Renan Dal Zotto para a Olimpíada.

“A nossa preocupação é termos os nossos atletas íntegros para toda a temporada, pois, se eles chegarem bem no final, consequentemente, também estarão bem para a seleção. É um cuidado que se tem todos os anos, mas, nesta temporada, aproveitamos para dar um longo período de descanso para o Wallace fazer uma temporada íntegra, fisicamente falando. Com o Borges também se trabalha numa continuidade de ganho de força, de velocidade e potência em virtude do que ele perdeu em virtude da cirurgia no joelho que ele fez na temporada passada”, explicou Giovani Foppa, preparador físico da equipe.

Fabi também aponta um “tempero extra” consequente de uma temporada pré-olímpica. Segundo ela, a briga entre os atletas por uma vaga nas limitadas convocações, que acabam por aumentar a competitividade dos torneios: “Além das jogadoras que já estão no radar da seleção, as que não estão vão querer mostrar seu vôlei. Vale a pena acompanhar. Quem estiver ligado na Superliga certamente vai assistir bons jogos, bons embates. Espero que seja um campeonato sem lesões e que todo mundo consiga jogar no mais alto nível”.

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Mundial de Clubes 2019 terá reencontro entre Minas e Natália na 1ª fase http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/08/26/mundial-de-clubes-2019-tera-reencontro-entre-minas-e-natalia-na-1a-fase/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/08/26/mundial-de-clubes-2019-tera-reencontro-entre-minas-e-natalia-na-1a-fase/#respond Mon, 26 Aug 2019 22:22:07 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=18172

Jogadora fundamental para o Itambé Minas tanto na conquista da Superliga quanto na campanha do vice-campeonato mundial recente, a ponteira Natália estará do outro lado da quadra na próxima temporada (Foto: Orlando Bento/MTC)

O próximo Campeonato Mundial de Clubes feminino, que será realizado entre os dias 3 e 8 de dezembro, em Shaoxing (China), promete ser um dos mais equilibrados torneios dos últimos anos. Pelo menos, é o que sugerem os grupos divulgados nesta segunda-feira (26) pela Federação Internacional de Vôlei (FIVB).

A competição, que não terá a participação do Osasco Audax em função da falta de recursos financeiros para custear a indicação da entidade, não deixará de ter um atrativo especial para outro tradicional clube brasileiro. Logo na primeira fase, pela chave A, o Itambé Minas, atual campeão da Superliga e vice-campeão mundial no ano passado, reencontrará a ponteira Natália, uma das mais importantes atletas da vitoriosa campanha mineira.

A atleta será um dos reforços do poderoso turco Eczacibasi para a temporada de clubes 2019/2020. Cabe ressaltar que o Minas chegou àquela decisão batendo justamente a equipe europeia de virada em uma semifinal histórica por 3 a 2 com uma atuação primorosa da ponteira, que marcou 31 pontos.

O time liderado pelo brasileiro Marco Aurélio Motta contratou a atacante para o lugar da norte-americana Jordan Larson, mas manteve sua base com jogadoras, como a ponta sul-coreana Yeon Koung Kim, a oposta sérvia Tijana Boskovic – apontada por muitos como uma das melhores atacantes da atualidade ao lado da italiana Paola Egonu –, a central Lauren Gibbmeyer e a líbero Simge Aköz.

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O clube mineiro, por outro lado, passou por uma grande reestruturação, já que além de Natália e do técnico Stefano Lavarini, hoje treinador da Coreia do Sul e do italiano Busto Arsizio, também perdeu a ponta Gabi, contratação do tricampeão (bi consecutivo) VakifBank. Assim, sob o comando de Nicola Negro, o representante brasileiro buscará um lugar no pódio com as experientes bicampeãs olímpicas Sheilla e Thaísa, que regressaram ao clube depois de muitos anos, a levantadora Macris e a meio de rede Carol Gattaz, entre outras.

Além do vice-campeão e do medalhista de bronze, o grupo A ainda terá o chinês Guangdong Evergrande, nova equipe da russa Tatiana Kosheleva (ex-Sesc-RJ) que conquistou o terceiro lugar em 2013, e o fortíssimo Conegliano, atual campeão italiano e vice da Champions League. Com nomes para lá de reconhecidos no mundo do vôlei, entre eles, a ponta norte-americana Kimberly Hill e a líbero Monica De Gennaro, o Conegliano assinou com oposta Egonu.

No grupo B, o Dentil Praia Clube, vice-campeão brasileiro e quarto colocado no Mundial passado, também terá novidades para encarar o chinês Tianjin Bohai Bank Volleyball Club, o italiano Novara e o VakifBank. A principal delas será a ponteira dominicana Brayelin Martínez, que poderá compor uma dupla de força na entrada de rede uberlandense ao lado da campeã olímpica Fernanda Garay.

Outra arma ofensiva do time de Paulo Coco na busca por uma medalha será a oposta Nicole Fawcett, que seguirá para a sua terceira temporada no interior mineiro. A central Walewska, campeã da Superliga com as praianas em 2017/2018, retornou à equipe e tem condições de se destacar pelo meio de rede ao lado de Carol.

Atual bicampeão mundial de clubes, o turco VakifBank terá várias caras novas a partir desta temporada (Foto: Divulgação/FIVB)

Também reformulado com a saída de Egonu para o Conegliano, o Novara, atual campeão da Champions League e vice italiano, preservou a central Cristina Chirichella e investiu na ponteira búlgara Elitsa Vasileva, na armadora americana Micha Hancock e nas experientes Jovana Brakosevic (oposta sérvia que perdeu espaço na seleção para Boskovic) e Valentina Arrighetti (meio de rede).

Já o VakifBank, de Giovanni Guidetti, também teve baixas significativas para a temporada. Além da chinesa Ting Zhu, grande estrela do time que jogará na liga local pré-olímpica, perdeu a oposta holandesa Lonneke Sloetjes e a ponta americana Kelsey Robinson. Mas, para defender o bi no Mundial, contará com a eficiência da brasileira Gabi, da jovem revelação sueca Isabelle Haak e da ótima levantadora sérvia Maja Ognjenovic, comandante da seleção europeia, que deverá travar uma disputa interessante com Cansu Ozbay, titular da equipe turca.

Diferentemente da competição no naipe masculino, que deverá sofrer mudanças a partir de 2020, com a possibilidade de ser decidida em confronto único entre campeão europeu e o sul-americano, o regulamento do Mundial de Clubes feminino segue os moldes da edição anterior. Com as oito equipes divididas em dois grupos de quatro, todas se enfrentarão dentro de suas respectivas chaves e os dois primeiros colocados de cada grupo avançam para as semifinais e a consecutiva final.

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Carol Gattaz: “Essa superação e essa vitória são do grupo” http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/04/27/carol-gattaz-essa-superacao-e-essa-vitoria-sao-do-grupo/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/04/27/carol-gattaz-essa-superacao-e-essa-vitoria-sao-do-grupo/#respond Sat, 27 Apr 2019 09:00:43 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=16577

Minas conquistou o terceiro título nacional em sua história (Foto: Gaspar Nóbrega/Inovafoto/CBV)

Superação. Esta foi a palavra mais usada pelas jogadoras do Itambé Minas para definir a campanha praticamente perfeita que culminou na conquista do título – o terceiro de sua história – da Superliga feminina de vôlei nesta sexta-feira (26). Depois de 17 anos de espera, o tradicional clube mineiro voltou a ocupar o lugar mais alto do pódio ao derrotar novamente, em pleno Sabiazinho, em Uberlândia (MG), seu rival estadual Dentil Praia Clube de virada por 3 sets a 1, com parciais de 17-25, 25-23, 25-14 e 28-26.

Em entrevista ao SporTV, a meio de rede Carol Gattaz, capitã e um dos símbolos da equipe, afirmou que a determinação do time serviu de motivação para ela, que enfrentou problemas físicos e chegou a ser substituída por Mayany durante o confronto.

“Essa superação e essa vitória foram do grupo. Foi tudo sensacional. O tempo todo nós estivemos juntas. Tive essas câimbras e não estava conseguindo voltar, mas o time permaneceu unido. Sinto muito orgulho dessa equipe. Estou muito emocionada por ter conseguido esse título”, destacou a central, que retornou ao jogo e marcou o último ponto – de bloqueio – que deu o troféu ao Minas no quarto set.

O técnico Stefano Lavarini, responsável pela temporada impecável que rendeu ainda o Campeonato Mineiro, a Copa Brasil, o Sul-Americano e o vice-campeonato mundial ao time mineiro, foi eleito o melhor treinador da Superliga. Em tom de despedida, ele exaltou a grandeza do clube.

“Eu só quero agradecer. O Minas já havia ganhado antes de eu vir para cá e vai ganhar de novo quando eu não estiver mais aqui porque é um clube de grande tradição. Eu aproveitei a organização do clube e dos times que me deram a oportunidade de treinar. (…) Quero agradecer também às meninas, que são fantásticas, e às comissões dessas duas temporadas. Para mim, foram períodos incríveis do ponto de vista humano e profissional”, elogiou o treinador, que desembarcou em Belo Horizonte na temporada passada, mas deve assumir o Busto Arsizio em 2019/2020.

A ponta Natália, uma das peças-chave para a conquista, também enalteceu a capacidade de superação do time, que soube mudar o rumo da partida depois de perder a primeira parcial.

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“Essa foi uma temporada difícil com muitos jogos e campeonatos. Só nós sabemos o quanto trabalhamos e sofremos durante todos esses meses. A gente sabia que não seria um jogo fácil. Começamos mal o primeiro set, mas tínhamos consciência da qualidade da equipe. Então essa reviravolta foi para fechar com chave de ouro mesmo, para mostrar que esse é o nosso espírito. Eu só tenho que agradecer e dar parabéns ao time, que soube manter a cabeça boa para ser campeão”, declarou.

Gabi fez coro com suas companheiras de time: “Esse foi um dos grupos mais gostosos com quem eu já joguei. Nós nos divertimos, lutamos uma pela outra, nos superamos. Foi uma temporada cansativa com muitos campeonatos. (…) A Natália carregou a gente em momentos importantes, a Carol também. O time esteve junto o tempo inteiro. Acho que isso fica como lição. Quando se joga junto, com o pé no chão e acreditando, essas coisas fazem a diferença”, frisou a ponteira.

Pelo lado do Dentil/Praia Clube, o técnico Paulo Coco lamentou a perda do título, mas elogiou a dedicação de suas comandadas.

“Vamos continuar trabalhando para sermos mais fortes na próxima temporada. Fizemos um jogo equilibrado, lutamos muito. Tivemos um ano de muito aprendizado, com problemas físicos, uma temporada exigente, mas a equipe se entregou e lutou até o último momento. Conseguimos o título inédito da Supercopa, mas o Minas mereceu pela temporada que fez. Foi mais regular durante o ano e elas são merecedoras da conquista”, disse.

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De virada, Minas bate Praia novamente e é campeão da Superliga feminina http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/04/26/final-jogo-2-superliga-feminina/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/04/26/final-jogo-2-superliga-feminina/#respond Sat, 27 Apr 2019 02:38:31 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=16565

Tradicional, Minas fez uma temporada quase perfeita no vôlei brasileiro (Fotos: Gáspar Nóbrega/Inovafoto/CBV)

A espera de 17 anos acabou: um dos mais tradicionais clubes poliesportivos do Brasil, o Minas Tênis Clube voltou a se sagrar campeão da Superliga feminina de vôlei. A conquista do time, atualmente patrocinado pelo Itambé, se deu na noite desta sexta-feira (26) com uma nova vitória sobre o Dentil/Praia Clube na série melhor-de-três que decidiu a taça, desta vez por 3 sets a 1, com parciais de 17-25, 25-23, 25-14 e 28-26. O jogo foi disputado no ginásio Sabiazinho, em Uberlândia (MG).

A repetição dos títulos das temporadas 1992/1993 (quando a Superliga ainda se chamava Liga Nacional) e 2001/2002 é o ponto alto de uma temporada quase perfeita da equipe de Belo Horizonte, que já havia faturado o Campeonato Mineiro, a Copa Brasil e o Campeonato Sul-americano – curiosamente, todas essas conquistas também se deram sobre o Praia, que sonhava com o bi na principal competição nacional de clubes.

Ao Minas, faltou apenas o Campeonato Mundial. Mas nem isso pode ser lamentado: a prata faturada na China foi um resultado e tanto considerando-se a diferença de investimento em relação aos ricos times turcos, tal qual o tricampeão VakifBank, cuja principal estrela é a ponteira chinesa Ting Zhu.

O retorno aos bons tempos é reflexo direto da competência do técnico Stefano Lavarini. Desconhecido do grande público, o italiano chegou a Belo Horizonte há dois anos como uma aposta do Minas que se revelou bastante acertada. Bom gestor de grupo e estudioso, logo em seus primeiros meses faturou o Sul-americano, que credenciou o Minas para o Mundial. A sequência de bons resultados despertou o interesse de seus compatriotas e Lavarini deve assumir o Busto Arsizio na próxima temporada, além da seleção da Coreia do Sul.

Destaque ainda para a levantadora Macris: eleita a MVP do torneio, ela foi o destaque individual de uma equipe que contou com um ataque poderoso formado pelas consagradas Natália, Gabi e Carol Gattaz – a central, aliás, foi a responsável pelo ponto do título mesmo depois de sofrer com intensas câimbras. Em sua primeira grande chance como titular, a oposta Bruno Honório também fez uma boa Superliga. Olho ainda na jovem Mayany, que aos 22 anos mostrou ser um dos grandes talentos da nova geração do voleibol brasileiro.

PRESSIONADO, PRAIA MOSTRA CORAGEM

Precisando desesperadamente da vitória para levar a final ao terceiro e decisivo duelo, o Praia começou o jogo embalado pela torcida lotou o ginásio Sabiazinho. Sem poder contar com Fernanda Garay, que machucou o tornozelo direito em uma queda na primeira partida, o técnico Paulo Coco optou por Michelle e Rosamaria como dupla de ponteiras.

A escolha não deixou de ser surpreendente, uma vez que Michelle havia ido muito mal no embate anterior, deixando a quadra zerada. E foi justamente ela o maior destaque no começo da partida, pontuando em todos os fundamentos. O saque agressivo da equipe de Uberlândia também proporcionou ao bloqueio brilhar novamente, assim como já havia acontecido no primeiro jogo. Dominante, o Praia só não levou a parcial com mais tranquilidade porque desperdiçou contra-ataques em excesso.

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Um ajuste no serviço, que passou a ser um flutuante acelerado, colocou o Minas novamente no jogo a partir do segundo set, com direito a 9 a 6 no placar. Uma boa sequência de saques de Michelle, porém, permitiu ao Praia virar para um 16 a 13. Lavarini então ousou, colocando as jovens Bruninha e Malu em quadra, no lugar de Macris e Bruna. O baixo rendimento da americana Nicolle Fawcett também foi decisivo para que o time da casa não conseguisse manter a vantagem, encerrado em um ataque de Natália.

NATÁLIA BRILHA, PRAIA RESSUSCITA E GABI DECIDE

Levantadora Macris foi eleita a melhor jogadora da Superliga

Falando em Natália, ela foi o grande nome do terceiro set, já com Macris de volta: com ataques e bloqueios dela, o Minas não demorou a abrir uma vantagem de 15 a 07 diante de um Praia apático, que cometia erros bobos, especialmente nas ações ofensivas. Paulo Coco tentou de tudo, mas não conseguiu impedir a virada, deixando a equipe da casa mais pressionada do que nunca.

E parecia mesmo que a conquista do Minas viria em mais um set tranquilo, dada as dificuldades do Praia em se reencontrar. Quando a vantagem rival estava em 19 a 15, o Praia deu um último suspiro, através de sua capitã Fabiana. Bem no bloqueio e no ataque, a bicampeã olímpica trouxe a equipe de volta ao jogo: com um 23-21, houve chances reais de levar a partida para o tie-break.

Foi então que brilhou Gabi: focada e determinada, a ponteira virou ataques dificílimos, estendendo a etapa para além dos 25 pontos. Foi então que, depois de um match point desperdiçado, Carol Gattaz encerrou o jogo e o campeonato, colocando o Minas de volta ao topo.

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Em jogo emocionante, Minas abre 1 a 0 na final da Superliga feminina http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/04/21/jogo-1-final-superliga-feminina-18-19/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/04/21/jogo-1-final-superliga-feminina-18-19/#respond Sun, 21 Apr 2019 16:40:15 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=16505

Garay se machucou quando o Praia tinha 24 a 23 no primeiro set (Foto: Wander Roberto/Inovafoto/CBV)

Campeão da Superliga feminina pela última vez há 17 anos, o Itambé Minas deu um importante passo de volta ao ponto mais alto do pódio da competição neste domingo de Páscoa (21). Em duelo realizado no ginásio do Mineirinho, em Belo Horizonte, a equipe comandada pelo italiano Stefano Lavarini abriu 1 a 0 na série melhor-de-três ao fazer 3 sets a 2 sobre o Praia, com parciais de 28-26, 25-22, 17-25, 17-25 e 15-06.

O Minas contou com um incidente para chegar ao resultado positivo: uma das principais estrelas do time de Uberlândia, Fernanda Garay torceu o tornozelo direito ao pisar no pé de Mara ao tentar um bloqueio no fim do primeiro set, saindo de quadra carregada. Com um inchaço muito grande no local, a campeã olímpica foi obrigada a acompanhar o restante da partida no banco de reservas e ainda fará exames para saber a gravidade da lesão.

Enganou-se, porém, aqueles que pensaram que a perda seria decisiva para as pretensões da equipe de Uberlândia na partida: valente e com um excelente trabalho no bloqueio, o Praia pouco a pouco foi minando a confiança das adversárias, levando o confronto para o tie-break. Foi aí que o Minas voltou a brilhar: com a reserva Mayani bloqueando bem, uma importante e decisiva vantagem de 7 a 1 foi aberta em poucos minutos, sendo fundamental para o resultado final.

No próximo jogo, programado para sexta-feira (26) às 21h30 (horário de Brasília), em Uberlândia, a vitória será essencial caso o Praia queira repetir o título da temporada passada. Se necessária, uma terceira partida acontecerá em 3 de maio novamente no Mineirinho para definir o campeão.

FAWCETT E COCO BRILHAM, MAS NÃO É SUFICIENTE

Apesar do histórico de quatro derrotas em cinco jogos contra o Minas nesta temporada – incluindo as finais dos Campeonatos Sul-americano, Mineiro e da Copa Brasil -, o Praia não se intimidou nos primeiros minutos do confronto deste domingo. Forçando o saque na líbero Léia e com um bloqueio bastante agressivo, as comandadas do técnico Paulo Coco pressionaram o Minas desde o início, só não conseguindo uma vantagem mais confortável porque apenas a oposta Nicole Fawcett tinha um bom aproveitamento no ataque.

A americana, aliás, manteve a excelente performance ao longo de toda a partida, terminando como a maior pontuadora, com 30 acertos. Já no Minas, a levantadora Macris tinha à disposição um leque maior de opções, apostando especialmente na também oposta Bruna Honório e na ponteira Gabi.

Não há como negar o baque momentâneo da lesão de Garay no Praia, visto que, no momento do ocorrido, o Praia tinha o set point da primeira parcial (24-23). A saída forçada de uma jogadora do nível da ponteira, o time de Uberlândia não só tomou a virada no set como também acabou superado na etapa seguinte, por 25 a 22.

Foi então que brilhou a estrela de Paulo Coco. Com as reservas Michelle e Ellen de ponteiras (a titular Michelle não estava bem no ataque), um saque que incomodou demais a recepção adversária e um bloqueio extremamente acertado, o Praia voltou para o jogo, ganhando o terceiro set com facilidade. No quarto, o roteiro se repetiu, com as jogadoras do Minas apresentando falhas banais em todos os fundamentos, especialmente no ataque.

MINAS VAI COM TUDO NO TIE-BREAK

O momento era todo do Praia, mas novamente o improvável aconteceu: com a jovem Mayany no lugar de Mara, que sentiu câimbras, foi o Minas quem detonou no bloqueio, abrindo rapidamente 7 a 1 no placar. A concentração de bolas em Fawcett pesou, o time de Uberlândia não conseguiu encaixar uma boa sequência e saiu de quadra derrotado. Resta saber o quanto a decepção de não conseguir concretizar a virada e a possível ausência de Garay vão pesar não só para o Praia como para o Minas no próximo jogo.

*Ao contrário do informado anteriormente, Nicole Fawcett marcou 30 e não 29 pontos

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