Dani Lins – Blog Saída de Rede http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br Reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Tue, 31 Dec 2019 12:02:55 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Dani Lins admite revanche contra o Barueri: “Todos estão engasgados” http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/11/23/dani-lins-admite-revanche-contra-o-barueri-todos-estao-engasgados/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/11/23/dani-lins-admite-revanche-contra-o-barueri-todos-estao-engasgados/#respond Sat, 23 Nov 2019 09:00:40 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=19137

Dani Lins é a capitã do time de Bauru na temporada 2019/2020 (Foto: Ricardo Bufolin)

Três semanas após a surpreendente vitória do São Paulo/Barueri sobre o Sesi Vôlei Bauru que eliminou o time comandado por Anderson Rodrigues do Campeonato Paulista, as duas equipes voltam a se encontrar neste sábado (23), às 19 horas, no ginásio Panela de Pressão, em Bauru (SP). Desta vez, a partida será válida pela Superliga feminina de vôlei e a levantadora Dani Lins admite que há um clima de revanche contra as adversárias, que acabaram posteriormente se sagrando campeãs estaduais.

“Vai ser um jogo revanche, todos estão engasgados com o nosso último encontro na quadra. Sabemos que não jogamos bem naquele jogo, e as meninas foram campeãs paulista, mostrando a força delas. Agora é a nossa chance de mostrar o nosso potencial, de colocar em prática tudo que a gente vem treinando e batalhando para fazer um ótimo campeonato”, comentou a atleta.

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Tropeços elevam a temperatura no Sesi Bauru neste início de Superliga

Os dois times possuem campanhas parecidas na competição: enquanto Barueri acumula duas vitórias em três jogos, o Sesi tem uma partida a menos, com um resultado positivo e outro negativo. O duelo é fundamental para que as equipes não se distanciem dos adversários do topo da tabela, que venceram seus três primeiros jogos na competição: Itambé/Minas, Dentil/Praia Clube, Osasco/Audax e Sesc-RJ.

“A Superliga é longa, e cada jogo é matar um leão. Não podemos nos abalar por um jogo que já foi, vamos focar no próximo e dar o nosso melhor em quadra. O objetivo é se concentrar e buscar a vitória. Contamos com a nossa torcida para agitar o Ginásio Panela de Pressão”, comentou Dani Lins.

Do outro lado da quadra, a levantadora Juma garante que sua equipe não deixou a vitória no Estadual “subir à cabeça”: “Esperamos um jogo mais difícil do que na semifinal do Paulista. O Sesi Vôlei Bauru é uma equipe forte e experiente. Elas devem estar estudando muito o nosso time. Espero que nosso grupo consiga fazer um grande jogo, independentemente do resultado final”.

O duelo entre Sesi e Barueri será transmitido em TV aberta, pela TV Cultura.

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Tropeços elevam a temperatura no Sesi Bauru neste início de temporada http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/11/14/tropecos-elevam-a-temperatura-no-sesi-bauru-neste-inicio-de-temporada/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/11/14/tropecos-elevam-a-temperatura-no-sesi-bauru-neste-inicio-de-temporada/#respond Thu, 14 Nov 2019 09:00:49 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=19077

Um dos “grandes” da Superliga, o Sesi Bauru segue em busca de recuperação (Foto: Ricardo Bufolin/ECP)

A maré não anda boa para o lado do Sesi Bauru. Um dos times que mais fez investimentos para esta temporada 2019/2020 em busca do sonhado título inédito da Superliga feminina, Bauru passou, na estreia da competição, por mais um tropeço, aumentando ainda mais a pressão sobre o treinador Anderson Rodrigues e suas jogadoras.

O revés por 3 sets a 2 (parciais de 25-22, 26-24, 23-25, 17-25 e 15-10) diante do Pinheiros, na casa do rival, demonstrou que a equipe do interior paulista, que tem em seu elenco atletas de peso, como a oposta Polina Rahimova, a levantadora campeã olímpica Dani Lins e a ponta/oposta Tifanny, vem enfrentando dificuldades contra adversários que, pelo menos no papel, são tecnicamente inferiores.

Obviamente, não podemos ignorar o fato de estarmos em começo de temporada, o que dá margem a certa oscilação. Contudo, na partida desta terça-feira (12), o que se viu foi um time hesitante que não obteve sucesso na tentativa de impor o seu ritmo de jogo e chegou a estar perdendo por 2 a 0 no placar.

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Contando com o poder de decisão de Rahimova na saída de rede – a atacante azeri anotou 30 pontos no jogo –, Bauru conseguiu empatar e levar o jogo para o tie-break. A quantidade enorme de erros (34 ao total), no entanto, acabou freando a reação. O destaque de Pinheiros foi a oposta Edinara – responsável por 25 acertos –, que deixou a quadra carregada em função de uma lesão no joelho esquerdo.

O fato é que, em busca de uma identidade, o Sesi, que também contratou recentemente a ponta norte-americana Sarah Wilhite e a meio de rede Mayhara, ex-Sesc-RJ, parece sofrer com as frequentes mudanças efetuadas no time titular, o que pode prejudicar a continuidade e o entrosamento entre as atletas.

Semifinalistas na Superliga 2018/2019, quando eliminaram as cariocas do tradicional Sesc-RJ nas quartas de final, as bauruenses já haviam amargado uma dura derrota na semana passada. Depois de passarem invictas pela primeira fase do Campeonato Paulista, somando 6 vitórias em 6 jogos, as comandadas de Anderson Rodrigues venceram o São Paulo Barueri, equipe sensação deste começo de temporada, no confronto de ida da semi por 3 sets a 0.

Na partida de volta, entretanto, o time, campeão paulista no ano passado, foi surpreendido em casa pelo grupo da Grande São Paulo, repleto de jovens valores recém-chegados da base, e acabou atropelado de virada por 4 a 0 (3 a 0 no tempo normal e o golden set). Na fase seguinte, a equipe de José Roberto Guimarães ainda bateu o Osasco Audax e levou o primeiro título paulista. Sem dúvida, são revezes difíceis de digerir para uma equipe montada para brigar com os “grandes” pelos títulos da temporada.

Assim, tentando espantar a má fase, o Sesi volta à quadra na sexta-feira (15) para enfrentar o Curitiba, no ginásio Panela de Pressão, em Bauru, em jogo válido pela segunda rodada da Superliga.

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Como os principais times estão se montando para a próxima temporada? http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/06/26/como-os-principais-times-estao-se-montando-para-a-proxima-temporada/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/06/26/como-os-principais-times-estao-se-montando-para-a-proxima-temporada/#respond Wed, 26 Jun 2019 09:00:57 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=17363

De volta ao Itambé Minas, clube que a revelou, Sheilla promete ser uma das atrações da temporada 2019/2020 de clubes no Brasil (Foto: Divulgação/MTC)

Enquanto a temporada feminina de seleções segue a pleno vapor com a Liga das Nações, a primeira competição do ano, o mercado permanece agitado entre os principais elencos femininos do país com anúncios oficiais de contratações e manutenção de peças importantes para a temporada 2019/2020. Entre mudanças drásticas e surpresas, a disputa pelo troféu da Superliga promete ser acirrada.

O Itambé Minas, campeão depois de 17 anos, foi um dos clubes que mais precisou se reestruturar após a ótima temporada 2018/2019. De cara, perdeu o técnico italiano Stefano Lavarini, grande responsável pela conquista de quatro dos cinco torneios disputados pelo time de Belo Horizonte. Depois de 2 anos no Brasil, ele optou por retornar à sua terra natal para comandar o Busto Arsizio. Para o seu lugar, o Minas aposta em seu compatriota Nicola Negro, que treinava o Trentino Rosa, equipe da série A2 do vôlei italiano.

Pretendendo repetir o feito da temporada passada, o Minas também investiu nas bicampeãs olímpicas Sheilla e Thaisa. A oposta, que deu uma pausa na carreira após a Rio-2016 para, no ano passado, se tornar mãe de gêmeas, retorna ao vôlei no clube que a revelou. A jogadora ainda manifestou o desejo de voltar a vestir a camisa da seleção brasileira. Entretanto, apesar do talento inquestionável, será necessário observar em quais condições físicas e técnicas a atacante, de 35 anos, voltará às quadras depois de tanto tempo de inatividade.

Vale mencionar que os dirigentes resolveram buscar uma nova opção na saída de rede depois que Bruna Honório, que fez uma ótima temporada com o time azul e branco, precisou se submeter a uma cirurgia para retirada de um tumor benigno no coração. Ainda que esteja tendo uma ótima recuperação, por enquanto não há previsão de volta às quadras.

Thaisa será um dos reforços do Minas para a temporada (Foto: Divulgação/MTC)

Outra revelação do clube, a meio de rede Thaisa também regressa depois de 14 anos. A jogadora, ex-Hinode Barueri, mostrou estar recuperada da grave lesão que sofreu no joelho esquerdo em 2017. Tanto que ultrapassou, na última Superliga, a incrível marca dos mil bloqueios marcados na história da competição. A atleta fará dupla com Carol Gattaz, que teve o contrato renovado. Já as centrais Mara e Mayany, peças igualmente fundamentais na engrenagem ofensiva do Minas, vestirão as camisas de Osasco Audax e Barueri, respectivamente.

Além disso, a equipe teve outras baixas de difícil reposição: a dupla Natália e Gabi, titular na entrada de rede da seleção brasileira e na exitosa temporada minastenista, também deixou a capital mineira. Nesta terça-feira (25), Gabi foi oficialmente anunciada como reforço do multicampeão turco VakifBank, do técnico italiano Giovanni Guidetti, substituindo a chinesa Ting Zhu, que jogará na liga local nesta temporada olímpica.

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Natália também já havia sido confirmada como reforço do Eczacibasi, arquirrival do VakifBank, no lugar da norte-americana Jordan Larson. Para tentar suprir estas carências na entrada, o Minas contratou a venezuelana Roslandy Acosta e a norte-americana Deja McClendon. Por outro lado, de contrato renovado, a levantadora Macris e a líbero Léia continuam no time.

Deste modo, se a equipe campeã nacional teve perdas consideráveis, o vice Dentil Praia Clube conseguiu manter parte significativa de sua base titular, o que pode ser uma vantagem frente ao rival regional em termos de entrosamento e preservação do padrão de jogo.

O clube renovou com o técnico Paulo Coco, as ponteiras Fernanda Garay e Michelle, a central Carol, a oposta norte-americana Nicole Fawcett e a líbero Suelen. Além disso, anunciou a ponteira Pri Daroit, ex-Fluminense, e trouxe de volta a central Walewska e a levantadora Claudinha. Vale lembrar Wal e Claudinha tiveram grande destaque na campanha do primeiro título de Superliga conquistado pelas praianas na temporada 2017/2018.

Walewska retornará ao Dentil Praia Clube, time onde se sagrou campeã nacional na temporada 2017/2018 (Foto: Gisa Alves)

Neste sentido, o time tem muito a ganhar com o retorno da central, uma atleta bastante experiente que ainda pode atuar em alto nível. Já a armadora, ex-Osasco, retorna para a sua sexta passagem pelo Praia no lugar da norte-americana Carli Lloyd, que não rendeu o esperado e defenderá o Eczacibasi ao lado de Natália. Uma perda relevante promete ser a da central bicampeã olímpica Fabiana, que tem proposta do Hisamitsu Springs, do Japão, e não deverá permanecer na equipe aurinegra.

Além disso, a oposta Paula Borgo, atual titular da seleção brasileira na ausência de Tandara, não teve o contrato renovado e assinou com o Fluminense. As ponteiras Ellen e Rosamaria também não ficam em Uberlândia. A primeira atuará em Osasco enquanto que a segunda foi anunciada pelo Perugia, equipe que já viveu tempos áureos na Itália, mas que perdeu espaço e investimentos caindo para a segunda divisão. O time voltou à elite nesta temporada e contratou Rosamaria para jogar como oposta. Esta primeira experiência internacional pode ser uma oportunidade para que ela se firme como jogadora.

Terceiro colocado na última Superliga, o tradicional Osasco também segue o seu processo de montagem do time para a próxima temporada, apostando na reformulação. Sem usufruir do mesmo poderio econômico dos mineiros, investe em peças que lhe conferem razoáveis chances de conquistar uma medalha.

O primeiro anúncio de relevo do time de Luizomar de Moura foi o nome da levantadora Roberta, que está com a seleção brasileira na Liga das Nações. Depois de 9 anos, ela deixou o rival histórico Sesc-RJ para vestir a camisa do time de São Paulo.

Após 9 anos no Sesc, Roberta surpreendeu ao assinar com o arquirrival Osasco (Foto: Reprodução/Twitter)

A equipe ainda renovou com a líbero Camila Brait (será a 12a temporada da jogadora em Osasco) e assinou com as centrais Bia, que também estava no Sesc, e Mara, as ponteiras Ellen e Vanessa Janke, ex-Bauru, além da ponteira/oposta Fernanda Tomé. Com passagem por Balneário Camboriú na última temporada, a meio de rede Adriani Vilvert também chega para compor o elenco.

Os adversários devem permanecer atentos ao Sesi Vôlei Bauru, equipe liderada por Anderson Rodrigues que venceu o último Campeonato Paulista e alcançou o melhor resultado da sua história ao chegar à semifinal da Superliga deixando o Sesc-RJ, de Bernardinho, fora do grupo dos quatro melhores pela primeira vez em 20 anos.

Além de ter mantido a base titular com as centrais Valquíria e Andressa, a líbero Tássia e as ponteiras Gabi Cândido e Tifanny – que também pode atuar como oposta –, o conjunto do interior paulista contratou a meio de rede Mayhara, que atuava no Sesc, a veterana levantadora campeã olímpica Dani Lins, ex-Barueri, e as estrangeiras Polina Rahimova e Sarah Wilhite.

Tifanny renovou o contrato com o Sesi Bauru (Foto: Erbs Jr.)

Rahimova já passou por clubes importantes da Europa e vem para substituir a italiana Valentina Diouf, que deixou o time em baixa após uma temporada bastante irregular. Com 58 acertos, a atleta azeri chegou a ser recordista no número de pontos anotados em uma partida oficial, quando ainda jogava na liga japonesa. Esta marca, entretanto, foi ultrapassada recentemente por sua compatriota Jana Kulan, que fez 60.

Assim, se tiver uma linha de passe mais eficiente e um conjunto menos instável, o Sesi Bauru, com este poderio de ataque, terá todas as chances de ir longe de novo na próxima temporada.

Desejando recuperar o prestígio de outrora, o Sesc, maior campeão da história da Superliga que não chegou sequer à disputa das semifinais na última temporada, optou por uma reestruturação drástica.

Para começar, duas contratações de peso que podem mudar o time de patamar no próximo ano: para a armação, apostou em Fabíola, ex-Bauru, e surpreendeu ao não renovar com Roberta. O time de Bernardinho ainda fechou com Tandara, a melhor oposta do país na atualidade. Será a primeira vez que a atacante trabalhará com o técnico na Superliga.

Tandara, inclusive, estava nos planos do técnico José Roberto Guimarães para participar da fase final da Liga das Nações, na China, mas um edema no músculo reto abdominal a tirou do torneio.

Impossibilitada de jogar as finais da Liga das Nações por causa de um edema abdominal, Tandara é o principal reforço do Sesc-RJ para a próxima temporada (Foto: Divulgação/FIVB)

A oposta Monique, uma das figuras mais identificadas com o projeto, deixou a equipe depois de 5 anos para jogar no Praia ao lado da irmã gêmea Michelle. Outras novidades do Rio de Janeiro são: a meio de rede Lara, ex-Fluminense, para o lugar de Bia; a ponteira Amanda, que volta a defender o projeto onde esteve durante 10 anos; e a líbero Natinha, que atuou em Barueri na temporada 2018/2019.

A chegada da líbero para o lugar de Gabiru representa uma tentativa de dar mais estabilidade à linha de passe do Sesc, um dos maiores problemas enfrentados por Bernardinho no último ano. O Sesc ainda trouxe a central Milka, ex-Barueri, e renovou com a ponteira dominicana Peña, a meio de rede Juciely – um dos símbolos do time – e Drussyla, ponteira que sofreu com problemas físicos e pouco atuou no último ano.

Correndo por fora, o Barueri, de Zé Roberto, perdeu inúmeras jogadoras nesta janela de mercado e, sem grandes recursos, está sofrendo para se reconstruir. Entre os principais nomes, além da chegada da meio de rede Mayany, a talentosa levantadora Juma e a ponteira Tainara permanecem.

O que você está achando da montagem dos principais times para a próxima temporada do vôlei feminino no Brasil? Quem se reforçou melhor? Deixe a sua opinião abaixo!

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Por que a seleção brasileira tem acumulado pedidos de dispensa? http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/04/25/por-que-a-selecao-brasileira-tem-acumulado-pedidos-de-dispensa/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/04/25/por-que-a-selecao-brasileira-tem-acumulado-pedidos-de-dispensa/#respond Thu, 25 Apr 2019 09:00:50 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=16541

Problemas físicos, familiares e desgaste afetam a seleção a pouco mais de um ano da Olimpíada de Tóquio (Foto: Divulgação/FIVB)

O campeão da Superliga feminina ainda nem foi definido, mas o técnico José Roberto Guimarães já sabe: não poderá contar com pelo menos sete jogadoras com as quais gostaria de trabalhar na temporada 2019 da seleção brasileira: Adenízia, Camila Brait, Dani Lins, Drussyla, Gabi Cândido e Tássia pediram dispensa do time nacional, além de Thaísa, que anunciou um “adeus” à equipe. E a lista pode aumentar nos próximos dias, já que ainda faltam serem chamadas as atletas dos finalistas Dentil/Praia Clube e Itambé Minas.

Diante de tantas desistências, a pergunta que fica é: por que o Brasil tem sofrido com tantos pedidos de dispensas? O Saída de Rede conversou com pessoas ligadas à seleção feminina para responder a esta pergunta.

A primeira coisa a se ressaltar é que não há um boicote. Dani Lins e Thaísa, por exemplo, sofrem com problemas físicos sérios: enquanto a levantadora provavelmente passará por uma cirurgia nas costas nas próximas semanas, a central teve uma séria lesão no joelho esquerdo há dois anos e quer diminuir o ritmo jogando apenas por clubes para aumentar a longevidade da carreira – o físico também foi o responsável pelo afastamento de Drussyla e é uma preocupação para a oposta Tandara, que, com problemas no pé, terá o trabalho focado no Pré-Olímpico de agosto.

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O caso de Tássia é familiar: depois da morte da mãe, o avô atualmente se encontra com saúde extremamente debilitada. Já Gabi Cândido lida com a síndrome do pânico. Adenízia precisa de tempo para ficar com a família (a mãe passará por uma cirurgia) e se preparar para o casamento. Camila Brait, que em 2016 decidiu não defender mais a seleção após ser cortada da Olimpíada, agora diz que quer “entender como seriam as possíveis mudanças na minha vida atual” antes de aceitar uma volta, uma vez que tem uma filha pequena.

Diante destas alegações, o “SdR” apurou que a comissão técnica não se preocupa com a possibilidade de uma crise interna a pouco mais de um ano da Olimpíada de Tóquio. Procurado pela reportagem, o técnico José Roberto Guimarães limitou-se a dizer que vai se pronunciar apenas na terça-feira (30), quando receberá a imprensa nos treinos que já vem realizando em Saquarema (RJ).

Com um problema no pé, Tandara quase engrossou a lista de dispensas, mas fará um trabalho focado no Pré-Olímpico

CANSAÇO E DESGASTE

Mas é claro que nem tudo são flores. O “SdR” também constatou que há um sentimento generalizado entre as jogadoras de elite de que não vale mais a pena sacrificar tanto o físico como a vida com a família em prol da seleção brasileira. Além da maior importância dada por cada uma à vida fora das quadras, é fato que o calendário do vôlei é pesado, reduzindo os dias de férias das atletas – o Brasil é a única das grandes equipes internacionais a jogar a maioria das competições com força máxima.

Trata-se de uma decisão que, diga-se a verdade, rendeu muitos títulos à seleção, tendo os 12 títulos do extinto Grand Prix como principal exemplo, além do entrosamento que gerou as medalhas de ouro nas Olimpíadas de Pequim 2008 e Londres 2012. Mas que também cobra um preço.

Há ainda um outro fator nesta série de dispensas: um certo desgaste com o trabalho de Zé Roberto. “O povo já está meio de saco cheio, digamos assim”, afirmou uma pessoa ligada à seleção brasileira, cujo nome será preservado. A sondagem de veteranas, como Sheilla e Carol Gattaz, para voltar a defender o Brasil, incomoda algumas jogadoras mais novas, receosas com a possibilidade de perderem os dias de descanso sem ganhar, em troca, oportunidades suficientes para mostrar seu trabalho e terem chances reais de jogarem a Olimpíada de Tóquio.

Trabalhar a ansiedade das jovens ao mesmo tempo que gerencia as lesões e busca bons resultados visando Tóquio 2020 mesmo sem ter todas as peças que gostaria à disposição é o grande desafio de Zé Roberto este ano. A pressão é grande, especialmente num país imediatista como o Brasil. Resta saber como a seleção lidará com isso.

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*Errata: ao contrário do anteriormente informado, Tandara foi inscrita na Liga das Nações. A informação já foi corrigida.

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Atentos ao pós-carreira, jogadores de vôlei apostam no empreendedorismo http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/03/15/de-olho-no-pos-quadra-jogadores-de-volei-apostam-no-empreendedorismo/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/03/15/de-olho-no-pos-quadra-jogadores-de-volei-apostam-no-empreendedorismo/#respond Fri, 15 Mar 2019 09:00:49 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=16120

Dani Lins e Sidão (à direita na foto) costumam receber amigos do vôlei como Camila Brait e Ana Tiemi na hamburgueria que possuem em São Paulo (Foto: Reprodução/Instagram)

Ser atleta significa, na maioria das vezes, instabilidade, demora para alcançar uma renda que permita uma vida confortável (quando isso é possível) e aposentadoria do esporte antes dos 40 anos. Assim, diante de tanta vulnerabilidade, o empreendedorismo tem sido um caminho bastante trilhado para a manutenção da tranquilidade financeira após o auge da carreira.

Nas quadras de vôlei, tal alternativa culminou com a sociedade entre o casal Dani Lins e Sidão, multimedalhistas com as seleções brasileiras, e Adenízia, que também tem uma história de conquistas com a camisa amarela. O trio é dono de uma hamburgueria, a [D] Burguer, localizada no bairro da Vila Mariana, em São Paulo.

“A oportunidade surgiu através do Victor, noivo da Adenízia. Somos muito amigos e uma vez disse que tinha vontade de entrar em algum negócio para investir em algo diferente. Somos um total de seis sócios, eles me convidaram para entrar como sócio investidor. A hamburgueria ainda é pequena, mas a gente pensa em expandir no futuro, apesar da dificuldade que é abrir negócios aqui no Brasil”, explicou Sidão.

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Atualmente defendendo o Corinthians-Guarulhos, Sidão, 36, pretende, nos próximos anos, investir em um curso superior justamente para suprir a defasagem teórica que a rotina intensa de treinos e jogos lhe impôs.

“Penso em fazer um curso de Administração ou algo do gênero. Como a gente sabe, a carreira do atleta acaba cedo, com 38 ou 39 anos, e na vida, estamos apenas na metade”, observou o central. “Pelo fato de ter a carreira mais curta, a gente tem que tentar expandir os nossos investimentos para vários lados. Dinheiro no banco, abrindo negócios, bolsa de valores e é isso o que tentamos fazer”, complementou.

Dani, por sua vez, confessa que mantém maior distância dos negócios (“Eu aprovo os hambúrgueres e ele toca as outras coisas da hamburgueria!”, brinca), mas também tem planos para quando não jogar mais. “Minha área é mais para ONGs de animais, pretendo fazer parte de várias entidades de ajuda a animais abandonados. Mas lógico que gostaria de aprender sobre tudo isso. Daí, o Sidão me ensina, porque ele é muito bom com isso”, garantiu.

ADENÍZIA: DOIS EMPREENDIMENTOS E AJUDA DO NOIVO  

Adenízia: “Se eu tivesse começado a empreender antes, estaria com um patrimônio maior e com mais tranquilidade” (Foto: Reprodução/Instagram)

No caso de Adenízia, o relacionamento com Victor culminou também na sociedade de outro bar em São Paulo, o Oh Freguês, na Freguesia do Ó.  “Meu noivo já é do ramo faz tempo, é especializado em administração e me mostrou como seriam bons investimentos, já que estou pensando no pós-carreira”, contou a meio-de-rede, de 32 anos.

Jogando na Itália desde 2016, onde defende o Savino Del Bene Scandicci, Adenízia diz que procura visitar os estabelecimentos e saber como estão as coisas sempre que vem ao Brasil. Ela também tem planos de voltar a estudar para participar mais do dia a dia dos negócios.

“Se eu tivesse começado antes, estaria com um patrimônio maior e com mais tranquilidade. Essa é a necessidade que temos de grandes profissionais para o atleta, que sejam mais participativos na nossa vida financeira, não só na hora de fechar contratos”, destacou.

THIAGUINHO: EMPREENDIMENTO DESDE CEDO

 

“Vício” em açaí fez Thiaguinho virar dono de uma franquia na Paraíba (Foto: Arquivo Pessoal)

Falando em começar antes, o levantador Thiaguinho, de 25 anos, possui uma unidade da franquia de uma loja de açaí, a Maria Pitanga Açaiteria, em Recife (PE) – considerado um dos nomes mais promissores da nova geração, o jogador atualmente mora no Rio de Janeiro, onde joga pelo Sesc-RJ.

A ideia do empreendimento surgiu de uma maneira curiosa, através da esposa do jogador, Luiza. “Estávamos em uma unidade e ela resolveu perguntar se era uma franquia, pois éramos viciados no açaí de lá (risos). Conversamos com o dono e ele explicou como funcionava. Já saímos de lá amadurecendo a ideia”, comentou o atleta.

Por conta dos compromissos no vôlei, Thiaguinho designou os irmãos Ylton e Michel para a administração do dia a dia do negócio, sempre que possível com a sua supervisão. “Acompanho o rendimento diário da loja, e estou falando constantemente com os meus irmãos sobre como podemos melhorar as vendas, dando ideias de como divulgar, etc”, explicou.

MARIA ELISA: INVESTIMENTO NO ESPORTE E PLANOS OUSADOS

Escolinhas de Maria Elisa no Rio contam com mais de 230 alunos (Fotos: Arquivo pessoal)

Há também quem resolva investir em no próprio esporte. É o caso de Maria Elisa, campeã do Circuito Mundial de vôlei de praia em 2014 e que, hoje em dia, forma ao lado de Carol Solberg uma das duplas mais fortes do Brasil.

Graças à parceria com um amigo, que tinha uma escola de futevôlei e treinamento funcional no Rio de Janeiro, ela expandiu o negócio com aulas de vôlei de praia em novembro de 2016, antecipando um plano que pretendia colocar em prática só depois que deixasse as quadras. Deu tão certo que o empreendimento atualmente conta com quatro filiais: Barra, Recreio, Taquara e Ipanema, somando mais de 230 alunos.

Assim como os demais colegas de profissão, a rotina intensa faz com que Maria Elisa confie a administração do negócio a um familiar, o marido Paulo Victor, e outros dois amigos, Bruno Fragoso e o Thiago Costa.

“Nas férias ou nos períodos com menos viagens eu consigo participar mais, algo que gosto muito, pois é bom estar em contato com os alunos, ensinar, aprender… O mais legal é que acaba virando um grupo mesmo, as vezes rola churrasco, reunião, então é muito gratificante. Quando eu me aposentar, espero poder participar mais ainda”, declarou a jogadora.

Ela, que também faz faculdade de Educação Física, tem planos ousados para o futuro. “Quando parar de jogar, com certeza irei administrar estes núcleos: pretendo ter cinco escolas mais um projeto social que deve acontecer até o final do ano em São Conrado para os moradores da Rocinha. Posso dizer que meu marido está administrando agora e preparando o terreno para mim”, destacou.

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*Atualizado às 11h15

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Com direito a 15 a 0, Brasil faz boa estreia no Mundial feminino de vôlei http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2018/09/29/com-direito-a-15-a-0-brasil-faz-boa-estreia-no-mundial-feminino-de-volei/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2018/09/29/com-direito-a-15-a-0-brasil-faz-boa-estreia-no-mundial-feminino-de-volei/#respond Sat, 29 Sep 2018 06:47:05 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=14521

Seleção feminina teve boa estreia no Campeonato Mundial (Foto: Divulgação/FIVB)

Por Janaina Faustino

Em busca da tão almejada medalha de ouro no Campeonato Mundial, a seleção brasileira feminina de vôlei estreou com vitória diante da inexperiente equipe de Porto Rico na madrugada deste sábado (29), na cidade de Hamamatsu, no Japão. O grupo do técnico José Roberto Guimarães venceu a partida por 3 sets a 0, com parciais de 27-25, 25-12 e 25-7.

Vivendo um momento de incertezas causado por uma crise nas categorias de base, a seleção brasileira não chega à competição com o favoritismo de outrora. É que além da enorme dificuldade para descobrir e revelar novas joias, os maus resultados e a ausência de pódio nas duas primeiras competições da temporada (a Liga das Nações e o Montreux Volley Masters) aliados aos problemas físicos de jogadoras fundamentais, cooperaram para a criação de um clima de desconfiança em relação à participação da equipe no torneio.

Com o triunfo sobre a frágil seleção de Porto Rico, no entanto, o Brasil inicia bem a sua caminhada, demonstrando estar disposto a passar por cima de todos os obstáculos para chegar longe no campeonato. Vale salientar, ainda, que o Brasil está em um grupo bastante acessível, com Sérvia e República Dominicana se destacando como os adversários mais complicados. O fato de ter caído em uma chave com muitos rivais inexpressivos representa uma faca de dois gumes: se, por um lado, serve para que as atletas sejam testadas e ganhem ritmo de jogo para a próxima fase, por outro, pode gerar dúvidas em torno do nível de competitividade da equipe, tendo em vista que há o risco de a seleção alcançar a etapa subsequente da competição sem ter enfrentado mais rivais de peso.

Em termos de retrospecto, diferentemente de Porto Rico, que não dispõe de qualquer tradição no torneio (participou de sete edições), a seleção bicampeã olímpica já esteve presente em 16 campeonatos mundiais e bateu na trave em três oportunidades, perdendo a final para Cuba, em 1994, e para a seleção russa, em 2006 e 2010. Este foi o terceiro duelo entre as duas equipes em toda a história da competição, e o Brasil venceu todos os jogos.

O técnico José Roberto Guimarães iniciou o confronto com Dani Lins no levantamento, Carol e Bia pelo meio, Gabi e Fernanda Garay na entrada de rede, Tandara na saída e Suellen como líbero. Já o treinador José Mieles optou pela levantadora Valentim, as centrais Jusino e Reyes, as ponteiras Enright e Santana, a oposta Ocasio e a líbero Venegas.

O começo da partida foi bastante equilibrado e a equipe brasileira enfrentou grandes dificuldades para impor o seu ritmo de jogo. Sem conseguir deslanchar completamente no placar, o conjunto de José Roberto Guimarães apresentou falhas importantes no sistema de recepção e a defesa demonstrou insegurança na cobertura de algumas bolas fáceis que caíram na quadra brasileira. Sem o passe nas mãos, a levantadora Dani Lins acionou pouco as centrais Bia e Carol, optando por jogar com as extremidades (Gabi e Fernanda Garay foram os destaques). Pressionado e cometendo muitos erros (10 ao total neste set), o Brasil sofreu para vencer a parcial também em função da distribuição corajosa da levantadora Valentim, que utilizou as centrais Reyes e Jusino nas bolas de primeiro tempo, e das defesas da seleção adversária.

Com a linha de passe mais estabilizada e cedendo menos pontos ao rival, a seleção brasileira venceu o segundo set com facilidade. Vale ressaltar que o sistema defensivo também passou a funcionar com maior eficiência técnica, o que propiciou vários contra-ataques. Pressionada pelo saque e pelo bloqueio brasileiro (foram 11 pontos neste fundamento, sendo 4 somente da central Bia), a equipe caribenha cometeu muitos erros (12 somente na segunda parcial) e não mais ofereceu resistência ao Brasil. A ponteira Fernanda Garay, em um ótimo retorno à seleção, terminou a partida como a maior pontuadora, com 12 bolas no chão.

No terceiro set, a equipe chegou a abrir impressionantes 15 a 0 em uma passagem de saque da central Carol, impedindo qualquer tipo de reação adversária. A seleção de Porto Rico se perdeu completamente, cedendo 26 pontos ao Brasil no total, e o técnico José Roberto aproveitou para dar ritmo às jogadoras (apenas Adenízia não entrou em quadra). Além de Fernanda Garay, Tandara e Bia também se sobressaíram no duelo com 10 e 9 pontos, respectivamente. O jogo foi finalizado em 25-7.

Brasil busca a primeira medalha da temporada no Mundial Feminino

No Mundial feminino do Japão, o SporTV2 transmitirá os seguintes jogos:

Domingo (30)
1h40 – Brasil x República Dominicana
7h20 – Turquia x China

Segunda (1)
7h20 – Sérvia x Brasil

Terça (2)
7h20 – EUA x Coreia do Sul

Quarta (3)
7h20 – Quênia x Brasil

Quinta (4)
7h20 – Brasil x Cazaquistão

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Com bloqueio ofensivo, Brasil abre Montreux derrotando as russas http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2018/09/04/com-bloqueio-ofensivo-brasil-abre-montreux-derrotando-as-russas/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2018/09/04/com-bloqueio-ofensivo-brasil-abre-montreux-derrotando-as-russas/#respond Tue, 04 Sep 2018 19:32:22 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=14258

Crédito: Montreux Volley Masters

Por Daniel Rodrigues

O primeiro teste no tradicional Torneio de Montreux (Suíça) não poderia ter sido melhor. Em um dos clássicos do voleibol mundial, Brasil e Rússia protagonizaram uma bela partida na tarde desta terça-feira (04). Com uma postura bem mais agressiva em relação as apresentações anteriores, as brasileiras souberam reverter o placar desfavorável no primeiro set e triunfaram, de virada, diante de suas rivais por 3 a 1, com parciais de 24-26, 25-21, 25-21 e 25-23.

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Fome, exploração infantil e assassinato marcam vida de promessa do vôlei

Pela primeira vez na temporada, o técnico José Roberto Guimarães pôde escalar a ponteira Fernanda Garay entre as titulares. Completaram o time principal Dani Lins, Rosamaria, Gabi, Carol, Thaisa e a líbero Suelen, recuperada de uma cirurgia na mão direita.

Os momentos iniciais desta nova formação foram um pouco tensos e o forte bloqueio russo assustou. Somente na primeira parcial, foram 5 pontos da Rússia no fundamento, contra nenhum das brasileiras. As atacantes de extremidade demonstraram dificuldade de driblar suas marcadoras e o desenvolvimento do jogo brasileiro foi seriamente comprometido.

Após o “susto” inicial, que durou até cerca da metade do segundo set, quando as russas lideravam o placar por 13 a 8, o Brasil mostrou uma nova faceta. Com um espirito enérgico, mas muita lucidez, as comandadas do técnico Zé Roberto souberam reconstruir o confronto e através da liderança das mais experientes conseguiram se recuperar no marcador. O bloqueio verde e amarelo, até então ineficiente, passou a funcionar, assim como o saque, pressionando as europeias. Mais soltas e confiantes, as brasileiras não só passaram a frente, como fecharam a parcial com relativa tranquilidade (25 a 21).

Daí em diante o que se viu foi um Brasil solto e ditando o ritmo do duelo. Com a ponteira Drussyla no lugar de Fernanda Garay (responsável por 8 pontos, em 2 sets disputados), o grupo não deixou o padrão cair e seguiu agredindo as adversárias com autoridade. Controlando o fundo de quadra e com um bloqueio matador (16 contra 11 da Rússia), principalmente por parte das centrais, as brasileiras conquistaram uma importante vitória no torneio que antecede a competição mais importante do ano, o Campeonato Mundial.

Entre os destaques individuas, é inevitável não citar Gabi. Com 18 pontos, a jogadora demonstrou uma liderança formidável tanto na rede, como na recepção. Sempre muito centrada, a ponteira foi o termômetro da equipe nesta partida de estreia. Rosamaria, que atuou como oposta, também merece ser exaltada.A jogadora do Dentil Praia pontuou 16 vezes w  mostrou que versatilidade é uma de suas vantagens. Ainda é cedo para afirmar, mas Rosa deu um importante passo rumo a sua possível ida para o Mundial. Pelo lado russo, a oposta Nataliya Goncharova foi o grande trunfo, com 19 bolas no chão.

Ainda existem ajustes que precisam ser revistos, como o melhor aproveitamento de Thaisa no ataque, principalmente visando que a jogadora ganhe confiança para os desafios decisivos. Porém, Dani Lins apresentou um ótimo repertório de jogadas e parece estar bastante próxima de sua melhor condição física.

O próximo compromisso das brasileiras será nesta quarta (05), às 16h15, contra a Polônia. Na partida que abriu a competição, disputa a manhã desta terça, a China, sem suas principais estrelas, derrotou as donas da casa por 3 sets a 0 (25-21, 25-14 e 25-10).

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Seleção feminina usa torneio amistoso para últimos ajustes antes do Mundial http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2018/09/04/selecao-feminina-usa-torneio-amistoso-para-ultimos-ajustes-antes-do-mundial/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2018/09/04/selecao-feminina-usa-torneio-amistoso-para-ultimos-ajustes-antes-do-mundial/#respond Tue, 04 Sep 2018 09:00:42 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=14252

Na Suíça, seleção principal terá a volta de jogadoras importantes como Natália, Thaísa e Dani Lins em um torneio internacional (Foto: Divulgação/FIVB)

Comandada pelo técnico José Roberto Guimarães, a seleção brasileira feminina de vôlei faz, a partir desta terça-feira (4), seu último grande teste antes do início do Campeonato Mundial, programado para o fim do mês: o Montreux Volley Masters, torneio amistoso que reúne na Suíça outras fortes equipes no cenário internacional, tais como Rússia, Itália, China e Turquia.

A estreia será justamente contra as russas, às 13h45 (horário de Brasília). Na quarta, o desafio será contra a Polônia, às 16h15, enquanto na sexta (7) a equipe encerra sua participação na primeira fase diante de Camarões, também às 16h15. Todos os jogos terão transmissão da “ESPN Extra” e do “Watch ESPN” e os dois melhores times do grupo avançam à semifinal para duelar com os dois melhores da outra chave, composta por Itália, China, Turquia e Suíça.

Fome, exploração infantil e assassinato: jovem talento do vôlei tem história de superação

Para o Brasil, o campeonato será de fundamental importância para que jogadoras como Dani Lins, Natália e Thaisa, que viveram questões físicas nos últimos meses, ganhem entrosamento com o elenco que ficou em quarto lugar na Liga das Nações – o mesmo se aplica à ponteira Fernanda Garay, que volta ao grupo depois de ganhar um período de folga da comissão técnica para cuidar de sua vida pessoal.

“O Montreux Volley Masters servirá de parâmetro para nossa principal competição da temporada, o Mundial. Assim, saberemos o que precisamos melhorar para o futuro”, comentou Zé Roberto, que não terá à disposição central Bia, com uma subluxação no ombro direito e a melhor jogadora do Brasil até o momento da temporada, a oposta Tandara, que se recupera de uma inflamação também no ombro direito.

A levantadora Roberta reforçou o discurso de evolução propagado pelo treinador. “Agora no Mountreux, a gente precisa trabalhar muita coisa, como os pontos que Zé tem visto de fragilidade, a forma que a gente precisa reagir, crescer e se fortalecer. Coletivamente, como grupo, estamos tentando crescer cada vez mais e se ajudar, pois sabemos o quanto precisamos estar fortes e unidas para o Campeonato Mundial, que é muito difícil. O Montreaux vai ser bom pro time ganhar um ritmo e uma cara”, analisou.

A ponteira Rosamaria, por sua vez, falou da importância já do primeiro duelo, contra a Rússia. “Essa partida contra a Rússia representará um bom teste para a equipe. A Rússia fez uma boa Liga das Nações e vencemos o jogo contra elas no quinto set. É uma equipe alta que evoluiu bastante. Vamos focar no nosso jogo para fazermos uma boa partida”, comentou.

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Definição do time titular

Com o retorno de atletas importantes, o Montreux também será uma ótima oportunidade de Zé Roberto definir o time que será o titular no Mundial do Japão. Um dos duelos mais interessantes é justamente o que envolve Roberta e Dani Lins, que vai para seu primeiro grande desafio depois de passar pela cesárea que marcou o nascimento de sua primeira filha, Lara, em fevereiro.

“Eu acho engraçado porque trabalhei com a Dani só uma vez em clube, no meu primeiro ano no Sesc. Eu ainda era muito novinha, mas ela passou tanta coisa boa para mim, deixou tanta coisa legal que continuamos nos dando muito bem. Mesmo jogando longe, eu mandava mensagem pedindo ajuda e ela respondia”, revelou Roberta. “Acho que é isso que faz dela uma levantadora tão brilhante e vitoriosa como tem se tornado. Admiro muito o esforço, tudo o que a Dani passou depois da gravidez para voltar, o quanto ela busca estar na melhor forma. Acho que ela é a melhor levantadora que o Brasil tem e me sinto lisonjeada de podermos trabalhar juntas”, afirmou.

O Brasil participará do Montreux com as levantadoras Dani Lins e Roberta, a oposta Monique, as ponteiras Fernanda Garay, Natália, Gabi, Amanda, Rosamaria e Drussyla, as centrais Thaisa, Adenízia e Carol e as líberos Suelen e Gabiru.

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Problemas em amistosos reforçam importância do Montreux para o Brasil http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2018/08/25/problemas-em-amistosos-reforcam-importancia-do-montreux-para-o-brasil/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2018/08/25/problemas-em-amistosos-reforcam-importancia-do-montreux-para-o-brasil/#respond Sat, 25 Aug 2018 09:00:16 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=14175

(Créditos: Alexandre Loureiro/Inovafoto/CBV)

Por Daniel Rodrigues

Foram quatro partidas amistosas envolvendo a seleção brasileira feminina e os Estados Unidos, que nem estavam com força máxima:  a líbero Kelsey Robinson, a levantadora Carly Lloyd, a central Foluke Akinradewo, as ponteiras Jordan Larson e Kimberly Hill e a oposta Kelly Murphy sequer viajaram com o grupo. Ainda assim, foram quatro triunfos para equipe norte-americana, sendo um deles por 3 sets a 0, dois por 3 sets a 1 e outro no tie-break.

É verdade que o time comandado por José Roberto Guimarães também não contou com sua força máxima nos duelos que visaram a preparação para o Campeonato Mundial, que começa no dia 29 de setembro. Fernanda Garay, Natália e a líbero Suelen não foram escaladas entre as 14 jogadoras, pois não apresentavam condições físicas ideais de jogo. As três têm papel fundamental no esquema tático brasileiro e podem dar um upgrade interessante com seus futuros retornos, mas suas ausências não devem ser justificativa para as quatro derrotas consecutivas.

Leia também: Recepção não funciona e Brasil fecha série de amistosos com quatro derrotas

Dez anos do ouro em Pequim: como o Brasil se superou e calou os críticos?

O que se pôde ver nos jogos contra as atuais campeãs mundiais foi uma seleção brasileira ainda sem identidade, apática. O grupo parecia sem confiança e liderança, principalmente nos momentos mais críticos. As oscilações tão presentes na Liga das Nações também seguem assombrando a equipe e preocupam para a disputa do Campeonato Mundial.

O retorno de Dani Lins e Thaisa foi positivo, mas ainda é preciso muita paciência e tempo para que ambas retomem ao voleibol que costumavam apresentar, algo plenamente justificável pelo longo período que estiveram longe das quadras. Outro ponto alto ficou por conta da ponteira Gabi, destaque absoluto pelo lado brasileiro nos amistosos. A jovem atleta do Minas mostrou-se bastante preparada e suas condições físicas parecem bastante próximas dos 100%. Bem em todos os fundamentos, Gabi foi a principal atacante e bola de segurança entre as brasileiras.

Destaque da seleção ao longo da atual temporada, a oposta Tandara deixou a desejar desta vez e não foi a jogadora decisiva que tanto chamou a atenção na Liga das Nações. A forte marcação das adversárias pode ser um dos motivos do desempenho abaixo do habitual, assim como o fato de ela estar se preparando física e tecnicamente para voltar ao auge somente daqui a um mês. De qualquer maneira, a “Tandaradependência” apresentada nos últimos compromissos da seleção pauta e provavelmente continuará pautando a estratégia dos rivais brasileiros, que fundamentam sua marcação de acordo com a grande quantidade de bolas recebida pela jogadora. Desta forma, Tandara passa a ter mais dificuldade de fazer pontos e compromete o sistema tático da equipe. Para o Mundial, esta filosofia precisa e deve ser modificada, com o objetivo de descentralizar a distribuição de bolas levantas para a campeã olímpica.

Outro fato preocupante, e que impossibilita levantadas mais criativas, é a recepção brasileira. A linha de passe demonstrou muita insegurança e foi alvo de vários pontos norte-americanos. A líbero Gabiru estava desconfortável na posição e não passou a confiança necessária às suas ponteiras. Sem o passe na mão das levantadoras, o Brasil se tornou presa fácil para o obediente time de Karch Kiraly.

Entre as centrais, o ponto alto foi o bloqueio. Mesmo com as jogadas aceleradas dos Estados Unidos, o fundamento funcionou na medida do possível e segue sendo um diferencial da equipe bicampeã olímpica. Já no ataque, a participação pelo meio de rede foi seriamente comprometida pelos problemas na recepção. O Brasil tem boas centrais, que precisam receber mais bolas, podendo se tornar uma importante válvula de escape das levantadoras.

A seleção brasileira ainda tem pouco mais de um mês para engrenar e encontrar o seu melhor padrão de jogo. O Volley Masters de Montreux, que será disputado 4 e 9 de setembro, na Suíça, nunca teve tanta importância para o Brasil. A competição deverá ser a oportunidade de ver todas as jogadoras em ação e finalmente analisar como o grupo se comportará com as titulares definidas pelo técnico José Roberto Guimarães. Na chave brasileira no torneio também estão Rússia, Polônia e Camarões. Do outro lado aparecem China, Turquia, Itália e as anfitriãs.

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Brasil B volta a sofrer no passe e se despede da Copa Pan com derrota http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2018/07/14/brasil-b-volta-a-sofrer-no-passe-e-se-despede-da-copa-pan-com-derrota/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2018/07/14/brasil-b-volta-a-sofrer-no-passe-e-se-despede-da-copa-pan-com-derrota/#respond Sat, 14 Jul 2018 23:50:26 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=13860

Muito bem organizado taticamente, o time conta com jogadoras muito promissoras, como a ponteira Alexa Gray e a oposta Kiera Van Ryk (Crédito: Divulgação/Norceca)

Por Daniel Rodrigues

O saldo poderia ter sido melhor. É essa a sensação deixada após o último compromisso da seleção brasileira na Copa Pan-Americana. Na partida valendo a medalha de bronze, disputada na noite deste sábado (14), as comandadas do técnico Wagão foram derrotadas pelo Canadá, equipe sem grande expressão no vôlei mundial, por 3 sets a 0 (25-19, 25-20 e 25-21). Desta forma, apesar das três vitórias iniciais na fase classificatória, o Brasil perdeu os dois desafios da etapa final e terminou a competição na quarta colocação.

Após a atuação fraca diante das dominicanas na semifinal, Wagner Coppini optou por iniciar o confronto deste sábado com a líbero Natinha, no lugar de Tássia. No entanto, a substituição não surtiu efeito, apesar das boas defesas da atleta, e o Brasil seguiu com a recepção muito inconstante.

O filme da semifinal se repetiu e todas as reservas foram utilizadas, com exceção da central Milka. As alterações, mais uma vez, não trouxeram grandes mudanças à equipe, que seguiu sem conseguir desenvolver o seu melhor voleibol.

Vale destacar a atuação impecável da jovem equipe canadense. Muito bem organizado taticamente, o time conta com jogadoras muito promissoras, como a ponteira Alexa Gray e a oposta Kiera Van Ryk. Ambas lideraram o Canadá ao triunfo e as estatísticas de pontuação.

Pelo lado brasileiro, fica evidente que Dani Lins e Thaisa, jogadoras mais experientes, ainda precisam aprimorar o ritmo de jogo para o Campeonato Mundial, já que são peças fundamentais para o grupo verde e amarelo, no torneio. Já as jogadoras mais jovens poderiam ter aproveitado melhor a oportunidade dada durante o torneio, deixando um sinal de alerta aceso para o futuro do voleibol do país.

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