Confederação Brasileira de Vôlei – Blog Saída de Rede http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br Reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Tue, 31 Dec 2019 12:02:55 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 América Vôlei “engrossa” lista de problemas da Superliga masculina http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/11/19/america-volei-engrossa-lista-de-problemas-da-superliga-masculina/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/11/19/america-volei-engrossa-lista-de-problemas-da-superliga-masculina/#respond Tue, 19 Nov 2019 09:00:50 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=19100

Equipe mineira admitiu que está enfrentando dificuldades financeiras na Superliga masculina (Foto: América Vôlei/Divulgação)

Nem bem começou e a Superliga masculina de vôlei já tropeça em obstáculos. Além da deserção do Botafogo, antes mesmo do início da competição, e da lastimável participação do Ponta Grossa Vôlei – substituto do time carioca – na segunda rodada, chegou a vez do América Vôlei, de Montes Claros (MG), anunciar que deu “carta branca” aos jogadores com os quais mantinha vínculo para buscarem outros clubes.

Em comunicado divulgado nesta segunda-feira (18), o clube admitiu que não dispõe de recursos financeiros para bancar a participação na Superliga. O América alega que, para manutenção da temporada 2019/2020, se estruturou com o Projeto de Lei de Incentivo do Estado de Minas Gerais e com dois projetos de Lei de Incentivo ao Esporte Federal.

Entretanto, segundo o time do Norte de Minas, na quarta-feira (6), a comissão de avaliação da Lei de Incentivo Federal rejeitou o projeto que previa justamente o custeio de bolsas de incentivo ao esporte para os jogadores. Como resposta, o clube entrará com um recurso no próximo mês requerendo a liberação dos valores já acertados.

“Diante dos fatos expostos, para não cometermos os mesmos erros de outras equipes do presente e do passado no voleibol, informamos aos atletas que são custeados por nós que, em função da não liberação destes recursos para utilização, estes teriam liberdade de buscarem outro clube que garantisse o sustento deles e de suas famílias”, informou a nota, se valendo do fato de que o regulamento da Superliga permite que os profissionais troquem de clube dentro da mesma divisão até a realização da quinta rodada, prevista para ocorrer nos dias 30 de novembro e 1 de dezembro.

Este, no entanto, não é o primeiro imbróglio no qual se envolve a equipe. A própria realização de sua inscrição – confirmada pela Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) – nesta Superliga foi bastante polêmica. Para quem não lembra, a equipe de Montes Claros “alugou” sua vaga para o Corinthians-Guarulhos na temporada passada.

No entanto, de acordo com as regras do Fair Play financeiro da Superliga, para que a inscrição fosse validada seria necessário que o Corinthians apresentasse um termo com a assinatura dos atletas, comprovando o pagamento dos salários atrasados. Como não foram remunerados, os profissionais se recusaram. Montes Claros, então, abriu processo contra os profissionais e teve a sua inscrição avalizada pela CBV.

Para esta temporada, o América assegura que não dispensou nenhum atleta e que apenas deixou os profissionais livres para seguirem o caminho que desejarem. A nota ainda complementa que, em caso de saída, o projeto buscará suprir tais perdas de acordo com os recursos disponíveis.

Leia mais:

Ouça no Voleicast #12: o equilíbrio de forças da Superliga masculina 2019/2020

Joia da Argentina, Matías Sanchez comemora a chance de jogar no Sesc-RJ

Confira abaixo a íntegra da nota do América Vôlei:

O América Vôlei, para estruturação e organização financeira nesta temporada 2019/20, se organizou com o Projeto de Lei de Incentivo do Estado de Minas Gerais e com outros dois Projetos de Lei de Incentivo Esporte Federal, todos aprovados e com recursos captados já nas contas do projeto. As Leis de Incentivo ao Esporte possibilitam a destinação, por parte de pessoas físicas ou jurídicas, de um percentual do Imposto de Renda para o desenvolvimento e aprimoramento das atividades desportivas no Brasil.

Dentre os projetos supracitados, dois foram colocados em execução e tiveram suas autorizações pelos órgãos competentes. Todas as despesas contidas nos mesmos garantem a estrutura necessária para a manutenção da equipe, pagamentos de salários em dia da Comissão Técnica, moradia e alimentação dos atletas, além de outros itens descritos.

O terceiro projeto contém as bolsas de incentivo ao esporte para os atletas, referente à Lei de Incentivo Federal. Mesmo com os recursos para custeamento dessa despesa já disponíveis nas contas do clube, infelizmente, no último dia 06 deste mês, devido à negativa de alguns ajustes solicitados por nós, este projeto foi rejeitado pela comissão de avaliação da Lei de Incentivo Federal. Como resposta imediata, já preparamos o recurso para a próxima reunião, marcada para o final do mês, solicitando assim a liberação imediata para utilização dos valores captados.

Diante dos fatos expostos, para não cometermos os mesmos erros de outras equipes do presente e do passado no voleibol, informamos aos atletas que são custeados por nós que, em função da não liberação destes recursos para utilização, estes teriam liberdade de buscarem outro clube que garantisse o sustento deles e de suas famílias. Os atletas agradeceram pela sinceridade e pela transparência no qual o fato foi tratado. Um dos pilares deste projeto, desde que voltou à Montes Claros, é a verdade.

Ao longo desses anos de projeto em Montes Claros, nosso objetivo sempre foi honrar todos os nossos compromissos, sendo claros, diretos e transparentes com todos aqueles que aqui já passaram.

Em nenhum momento houve dispensa de algum atleta, mas demonstramos preocupação com o presente e futuro dos que aqui estão, principalmente porque, conforme regulamento da Superliga, estes teriam até a quinta rodada para mudarem de clube da mesma divisão. Todas as informações acima podem ser confirmadas pelos próprios atletas.

Caso ocorra alguma saída, informaremos a todos, buscando o melhor para o atleta nesta conjuntura. O América Vôlei, neste caso, buscará a rápida reposição das peças dentro das condições da equipe no momento.

Nossas forças estão todas concentradas para a resolução desta situação, para que possamos representar Montes Claros da melhor forma possível.

Siga o Voleicast no Instagram: @voleicast

Curta o Saída de Rede no Facebook!

Siga-nos no Twitter: @saidaderede

]]>
0
Etapa de Roma encaminha classificação das duplas brasileiras rumo a Tóquio http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/09/08/etapa-de-roma-encaminha-classificacao-das-duplas-brasileiras-rumo-a-toquio/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/09/08/etapa-de-roma-encaminha-classificacao-das-duplas-brasileiras-rumo-a-toquio/#respond Sun, 08 Sep 2019 23:46:41 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=18270

Ágatha e Duda praticamente carimbaram o passaporte rumo a Tóquio na etapa de Roma (Fotos: Divulgação/FIVB)

Neste domingo (8), a etapa cinco estrelas de Roma, na Itália, encerrou a temporada 2019 do Circuito Mundial de vôlei de praia e praticamente determinou quais serão as duplas (em ambos os naipes) que representarão o Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio, no segundo semestre de 2020.

Entre as mulheres, Ágatha e Duda, líderes da corrida olímpica brasileira, saíram da competição com a prata – a terceira medalha consecutiva – ao perderem a decisão para as alemãs Ludwig e Kozuch por 2 a 0, com parciais de 19-21 e 17-21. Apesar da derrota, a dupla manteve a ponta com folga ao acumular 810 pontos na corrida, contabilizando 6.320. Segundo Ágatha, o time não obteve sucesso na tentativa de colocar em prática o padrão de jogo planejado.

“Quando se chega neste nível da competição, das quartas de final em diante, a tática tem que funcionar, e se não estiver funcionando é preciso encontrar uma alternativa. Não soubemos aproveitar as oportunidades que tivemos de contra-ataque e nosso saque não fez a diferença que vinha fazendo. E tecnicamente não conseguimos nos igualar a elas. Mas ainda estamos em um momento de crescimento e isso é importante”, ponderou.

Já Ana Patrícia/Rebecca, dupla segunda colocada na disputa por uma vaga em Tóquio, faturou o bronze ao superar as suíças Heidrich e Vérge-Dépré de virada 2 a 1, parciais de 19-21, 21-18 e 16-14. Foi o nono pódio alcançado pelas brasileiras na temporada. Com isso, somaram 720 pontos, chegando aos 6.150. Esta pontuação abriu enorme diferença (1.130) para Carol Solberg e Maria Elisa, que estão na terceira posição com 5.020.

Ana Patrícia e Rebecca levaram o bronze na competição

Ouça no Voleicast: Seleção feminina mantém hegemonia no Campeonato Sul-Americano 

Para Rebecca, a recuperação da confiança foi fundamental para a conquista do bronze. “Tivemos um belo espetáculo. Chegamos a perder o primeiro set e conversamos muito no intervalo, pois precisávamos mudar a história na segunda parcial. Não desistimos em momento algum e foi muito importante essa medalha”, destacou.

No naipe masculino, Alison e Álvaro foram eliminados na primeira rodada do mata-mata, mas seguem na liderança com 5.600, apenas 50 pontos a mais do que Evandro e Bruno, dupla que caiu nas quartas de final e está na segunda posição na corrida. O terceiro lugar é ocupado por André Stein e George, que somam 4.810 (740 pontos a menos).

Há apenas mais um torneio classificatório quatro estrelas previsto – o de Chetumal, no México – para acontecer entre os dias 13 e 17 de novembro. De acordo com a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), contudo, serão consideradas todas as etapas quatro e cinco estrelas que ocorrerem até 20 de fevereiro de 2020.

Somente os eventos de quatro e cinco estrelas do Circuito Mundial, além do Campeonato Mundial, são contabilizados na corrida olímpica brasileira, cada um com peso correspondente. As equipes terão uma média dos 10 melhores resultados obtidos, podendo descartar os piores. Cada país pode ser representado por, no máximo, duas duplas em cada naipe.

CONFIRA A CORRIDA OLÍMPICA BRASILEIRA:*

Feminino:

Ágatha/Duda – 6320

Ana Patrícia/Rebecca – 6150

Carol Solberg/Maria Elisa – 5020

Talita/Taiana – 4280

Fernanda Berti/Bárbara Seixas – 4090

Masculino:

Alison/Álvaro Filho – 5600

Evandro/Bruno Schmidt – 5550

André Stein/George – 4810

Guto/Saymon – 3130

Pedro Solberg/Vítor Felipe – 2800

*Soma dos 10 melhores resultados

Curta o Saída de Rede no Facebook!

Siga-nos no Twitter:@saidaderede

]]>
0
Chateado, Heller analisa imbróglio envolvendo CBV e Comissão de Atletas http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/09/04/chateado-heller-analisa-imbroglio-envolvendo-cbv-e-comissao-de-atletas/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/09/04/chateado-heller-analisa-imbroglio-envolvendo-cbv-e-comissao-de-atletas/#respond Wed, 04 Sep 2019 09:00:48 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=18245

Após inscrição irregular de Montes Claros na Superliga, André Heller renunciou à presidência da Comissão de Atletas (Foto: Divulgação/André Heller)

Após conversar com o Saída de Rede sobre suas recordações acerca da conquista do lendário ouro olímpico em Atenas 2004, o multicampeão André Heller falou a respeito de seu desapontamento com a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), explicando os motivos que o fizeram renunciar, junto com os demais membros, ao cargo de presidente da Comissão de Atletas de Vôlei de Quadra.

Atual embaixador e coordenador da equipe Vôlei Renata, de Campinas, o ex-central também tem uma trajetória muito bem-sucedida trabalhando com coaching, gestão esportiva e de pessoas desde 2010. Como palestrante motivacional, costuma participar de diversos eventos por mês em escolas, empresas e universidades.

Mesmo com todas estas atividades, Heller assumiu a presidência da Comissão em 2016 pretendendo fazer com que a voz dos jogadores tivesse mais ressonância e peso nas decisões tomadas nos bastidores do esporte. Ainda faziam parte do grupo os ex-atletas Kid (vice-presidente) e Fabi, além de Renatinha e Lucarelli. Em termos práticos, a Comissão buscava atuar na defesa dos interesses dos profissionais e estabelecia uma espécie de ponte entre eles e a Confederação.

Uma crise, no entanto, se instaurou recentemente entre o grupo e a Confederação Brasileira de Vôlei. O estopim foi a inscrição, avalizada pela entidade, do time de Montes Claros – que atuará com o nome de América-MG – na Superliga masculina 2019/2020. A equipe mineira havia “alugado” sua vaga para o Corinthians-Guarulhos na temporada passada.

Contudo, de acordo com Fair Play financeiro que rege o regulamento da Superliga, para que a inscrição de Montes Claros fosse efetivada seria necessário que a equipe paulista, que terminou a última temporada na 9ª colocação, apresentasse uma lista com as assinaturas de jogadores e comissão técnica, comprovando o pagamento de todos os salários atrasados. Os profissionais, no entanto, se negaram a assinar o documento, uma vez que o Corinthians permanece em dívida. Montes Claros, então, processou os atletas e teve sua inscrição aprovada pela Confederação, causando indignação entre os integrantes da Comissão dos Atletas.

E mais:

Voleicast: Campeonato Sul-Americano feminino e calendário do vôlei são temas do 6º episódio

Giba tem nova prisão decretada, mas consegue habeas corpus preventivo

Bernardinho busca consistência em “temporada de resgate” do Sesc-RJ

Confira abaixo a entrevista em que André Heller comenta o caso:

Saída de Rede – Qual é o tamanho da decepção quando você lida com um fato como esse da Comissão?

André – Sinceramente, não foi um problema. Fiz uma escolha individual quando resolvi liderar, há alguns anos, esse processo com a Comissão de Atletas. Eu sabia de todas as possibilidades. Tinha convicção daquilo que eu queria, do meu objetivo e, em contrapartida, conhecia também a realidade. Sabia que a CBV [Confederação Brasileira de Vôlei] não concordaria com tudo o que a gente gostaria de fazer. Tinha noção de que poderia acontecer de os atletas não se engajarem também. E imaginava que poderia me indispor com várias pessoas, como aconteceu. Então eu sabia de tudo, mas estava disposto a isso. (…)

Houve um investimento financeiro de todos nós, colocamos dinheiro do nosso bolso nesse processo e alguns problemas aconteceram. Mas em momento algum isso nos desmotivou. Tivemos conquistas enormes, participamos de todas as reuniões ao longo desses anos com os clubes, federações, confederação. Estivemos presentes nas assembleias ordinárias organizadas pela CBV, participamos também daquelas que elegeram o presidente da entidade com direito a voto. Implantamos o Fair Play financeiro, que foi a maior conquista.

Mas, por uma opção da CBV de não seguir o regulamento estipulado por ela mesma e pelos clubes, aceitando uma equipe que não está inscrita regularmente no campeonato, nós nos reunimos e decidimos não mais fazer parte desse ambiente. Porque essa não é uma escolha técnica. É uma escolha moral e ética. Quando você opta por não seguir uma norma ou um regulamento, você está quebrando uma lei, uma regulamentação. Você segue pelo lado da antiética. Para mim, os valores da nossa Comissão e os meus valores pessoais são mais importantes.

As coisas mais importantes para mim são moral, ética e honestidade. O esporte me ensinou isso. E se a própria Confederação Brasileira de Vôlei não segue esta norma, eu não quero mais fazer parte. Por isso, todos nós decidimos renunciar porque além de todo o trabalho que nós vínhamos tendo e dos gastos financeiros, estávamos realizando um trabalho voluntário que nos tomava um tempo gigantesco. A partir dessa quebra de regra nós resolvemos que não mais estaríamos dispostos a abrir mão do tempo com a família e outros compromissos profissionais para estar nesse ambiente.

SdR – Mas em tudo você consegue ver um lado positivo, mesmo quando as coisas não saem da melhor maneira.

André – Sim, o esporte me ensinou isso também. Eu venho de uma família extremamente humilde. Os meus pais não tiveram a possibilidade de estudar, mas, com muita sabedoria, lutaram bastante para os três filhos estudarem. Eu tenho duas irmãs que são professoras há muito tempo no Rio Grande do Sul. Eu também amo a sala de aula. E é também uma questão de observação. Eu aprendi isso com a minha mãe, que é a maior líder da minha vida. Meus pais nos ensinaram que quando acontece um problema ou uma dificuldade, a gente pode optar por considerar isso uma derrota e se frustrar ou pode ver essa dificuldade como uma nova chance, uma possibilidade de tentar outra vez, mais fortalecido depois da experiência anterior.

Eu não quero, portanto, perder meu tempo, que é o nosso ativo mais precioso, pensando nos problemas que acontecem. Sempre tento refletir sobre o que eu posso fazer de melhor agora. Claro que não é fácil. Nós somos humanos e estamos sujeitos a falhas. Eu falho muito, inclusive. Mas é uma maneira de viver a vida que eu, sinceramente, escolhi para a minha família, esposa e filhos. As dificuldades não aparecem, elas já fazem parte do caminho. E quando você se depara com elas, é preciso decidir se você vai parar por aí ou se deseja seguir. Parece meio idealista, mas é uma forma de encarar a vida. E eu prefiro que seja assim.

*Colaborou Carolina Canossa

Curta o Saída de Rede no Facebook!

Siga-nos no Twitter: @saidaderede

]]>
0
Nona colocação da seleção masculina no Mundial sub-19 reitera crise na base http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/08/30/nona-colocacao-da-selecao-masculina-no-mundial-sub-19-reitera-crise-na-base/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/08/30/nona-colocacao-da-selecao-masculina-no-mundial-sub-19-reitera-crise-na-base/#respond Fri, 30 Aug 2019 18:17:21 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=18196

Seleção sub-19 comandada pelo técnico Magoo ficou em nono lugar no Mundial (Foto: Divulgação/FIVB)

Um bronze em três torneios disputados. Este é o saldo do Brasil nos Campeonatos Mundiais 2019 das categorias de base até o momento. Com a vitória em sets diretos da seleção masculina sub-19 sobre a República Tcheca (parciais de 25-13, 25-21 e 25-19) nesta sexta-feira (30), na Tunísia, os comandados de Fabiano Ribeiro, o Magoo, terminaram a competição em 9º lugar.

Os maiores pontuadores brasileiros foram o oposto Darlan Ferreira e o ponta Paulo Vinícius da Silva com 11 e 9 pontos, respectivamente. O Brasil, contudo, não precisou fazer muita força para vencer, já que acabou beneficiado pela enorme quantidade de erros dos europeus (33 ao total contra 16). A seleção italiana se sagrou campeã do torneio ao bater a Rússia na decisão por 3 sets a 1 (26-24, 21-25, 25-19 e 25-18). O bronze ficou com a Argentina, que superou o Egito pelo mesmo placar (parciais de 25-19, 25-19, 23-25 e 25-17).

Com 9ª posição neste “torneio de consolação”, a equipe brasileira sub-19 se manteve fora do pódio, seguindo os passos da seleção feminina sub-20, que participou do Mundial em julho, no México, e amargou a 6ª colocação. Estes resultados, entretanto, confirmam um prognóstico que já vem sendo “desenhado” há algum tempo: o declínio eloquente do país nestas competições de base.

Leia mais:

Seleções de base do Brasil buscam resgatar hegemonia em Mundiais

Base feminina de vôlei: por que não estão surgindo novos talentos?

Se o bronze da seleção masculina no torneio sub-21 foi relevante para pelo menos romper com a terrível marca de 2017, quando o Brasil não teve nenhum representante nos pódios em todas as categorias dos Campeonatos Mundiais, esta medalha representa mais um sinal de crise para um país que, desde 1977, quando a Federação Internacional de Vôlei (FIVB) passou a promover as competições, se tornou o maior vencedor da história em todas as faixas etárias nos dois naipes.

A evolução considerável capitaneada pelo investimento pesado de algumas seleções de base no cenário internacional – caso de algumas tradicionais, como a Polônia, e outras emergentes, como o Irã e a Argentina – e, em oposição, a redução significativa dos recursos da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) para que os atletas possam excursionar pela Europa, fazendo uma preparação mais adequada para os Mundiais, são alguns dos fatores que explicam este enfraquecimento.

O país só terá mais uma chance de buscar mais uma medalha nesta temporada. A seleção feminina sub-18 já está no Cairo, capital egípcia, para a disputa do Mundial na categoria. O time liderado pelo técnico Hylmer Dias estreia na sexta-feira (6) contra Porto Rico.

*Atualizado às 22h09

Ouça o Voleicast, o podcast de vôlei do Saída de Rede

Curta o Saída de Rede no Facebook!

Siga-nos no Twitter: @saidaderede

]]>
0
Lei muda, mas CBV dá jeito de manter atletas do vôlei sem poder http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/03/26/lei-muda-mas-cbv-da-jeito-de-manter-atletas-do-volei-sem-poder/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/03/26/lei-muda-mas-cbv-da-jeito-de-manter-atletas-do-volei-sem-poder/#respond Tue, 26 Mar 2019 09:00:25 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=16273

Modelo escolhido pela CBV para se adequar à Lei é custoso e favorece cartolas das Federações estaduais (Foto: Divulgação/CBV)

Por Demétrio Vecchioli, do Blog Olhar Olímpico

Em assembleia realizada em hotel de frente para o mar em Natal (RN) no sábado (23), a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) alterou seu estatuto para cumprir o que manda (ou vai mandar) a lei no que diz respeito à participação dos atletas nos colégios eleitorais. Mas o fez de modo a não tirar o poder da mão de quem sempre esteve no poder: as federações estaduais. Tudo na base do jeitinho brasileiro.

Diferente de grande parte das demais confederações olímpicas brasileiras, a CBV deu ampla participação à classe dos atletas apenas na assembleia geral eleitoral, conhecida pela sigla AGE, que se reúne a cada quatro anos para escolher o presidente. Nas demais discussões, como aprovação de contas, votação de orçamento e alteração de estatuto, responsabilidades da assembleia ordinária (AGO), os atletas continuam com pouco espaço. São dois representantes da comissão de vôlei de praia e outros dois da comissão de vôlei de quadra, contra 27 votos de federações e dois de clubes.

Pela lei 13.756/2018, sancionada no fim do ano passado, a partir de maio os estatutos das confederações precisam ser alterados para que os atletas tenham direito a 1/3 dos votos nos colégios eleitorais. Em outras modalidades, a solução foi a óbvia: votam 14 representantes da comissão de atletas e 27 federações. Na prática, isso significa que, unidos, os atletas precisam do apoio de sete estados para terem maioria na eleição. O vôlei encontrou uma fórmula mágica. As 27 federações votam com peso seis, assim como quatro representantes da comissão. Além deles, também votam 54 atletas indicados pelas Comissões Estaduais de Atletas, cada um com peso um, e oito medalhistas olímpicos, também com peso um.

O modelo tem tudo para dar errado. A começar pelo fato de os atletas representarem seu estado, em eleições organizadas pelas federações estaduais. Uma fórmula que tende a perpetuar a concentração de poder na mão dos cartolas que comandam essas federações e que, principalmente fora dos grandes centros, têm muito mais ascendência sobre esses representantes dos atletas do que teria a comissão de atletas.

Além disso, o modelo é custoso. Hoje, participam da assembleia um total de 33 pessoas. A CBV paga viagem e hospedagem a todas elas até o local da eleição. Pelas novas regras, esse número mais do que triplicaria, para 102 pessoas. A CBV diz que uma comissão vai estudar um novo regimento para a assembleia, que vai decidir se o financiamento será mantido – vale lembrar que, passada a Olimpíada de 2016, a entidade teve uma redução em suas receitas com a queda de 17% no valor do patrocínio pago pelo Banco do Brasil.

Caso não seja, é de se esperar que seja maior a ausência de atletas representantes de estados mais distantes dos grandes centros, a maioria deles amadores. Quanto menos atletas aparecerem para votar, melhor para os presidentes de federações, sempre presentes em eventos assim. E, como a história não esconde, pior para o vôlei brasileiro.

Demétrio Vecchioli, jornalista nascido em São Roque (SP), é graduado e pós-graduado pela Faculdade Cásper Líbero. Começou na Rádio Gazeta, foi repórter na Agência Estado e no Estadão. Focado na cobertura olímpica, produziu o Giro Olímpico para o UOL e reportagens especiais para a revista IstoÉ 2016. Criador do Olimpílulas, foi colunista da Rádio Estadão e blogueiro do Estadão, pelo qual cobriu os Jogos do Rio-2016. 

]]>
0
Com Minas Gerais como favorito, Pré-Olímpico segue sem sede definida http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/03/13/com-minas-gerais-como-favorito-pre-olimpico-segue-sem-sede-definida/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/03/13/com-minas-gerais-como-favorito-pre-olimpico-segue-sem-sede-definida/#respond Wed, 13 Mar 2019 09:00:38 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=16101

O estado de Minas Gerais é o favorito para sediar o torneio Pré-Olímpico (Foto: Divulgação/FIVB)

Um mês após o anúncio oficial da Federação Internacional de Vôlei (FIVB) de que a seleção brasileira feminina disputaria o torneio Pré-Olímpico de agosto em casa, não há ainda uma definição da sede onde Brasil, República Dominicana, Camarões e Azerbaijão buscarão, em confrontos válidos pelo grupo D, a vaga para os Jogos de Tóquio, em 2020.

Procurado pelo Saída de Rede, Marco Túlio Teixeira, vice-presidente da Confederação Sul-Americana de Vôlei (CSV), organizadora do evento, afirmou que como a entidade entrou no processo de implementação apenas em fevereiro – depois que a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) e as federações dos demais países, sem recursos, abriram mão do direito de receber a competição em função do custo de R$2 milhões –, algumas conversas ainda precisam ser iniciadas.

“Começamos a trabalhar apenas em fevereiro. Como é um projeto de alto custo, algumas definições foram atrapalhadas pelo Carnaval. Por exemplo, está em época de renegociação da FIVB com as TVs. E os direitos de televisão são da FIVB. Então, eles precisam nos dizer qual canal fará as transmissões para que possamos elaborar o projeto comercial. Além disso, como necessariamente precisamos de apoio dos governos estaduais, municipais e até federal, pelas leis de incentivo, estamos conversando com as secretarias”, salienta.

Segundo o dirigente, situação semelhante vive a CBV com a Liga das Nações (VNL). Isto porque foi comunicado também pela Federação Internacional que o Brasil receberia três etapas da segunda edição do campeonato. Uma feminina, no primeiro fim de semana das disputas, entre 21 e 23 de maio, contando com Rússia, China e República Dominicana. E duas masculinas: a primeira entre 21 a 23 de junho, contra Alemanha, Bulgária e Rússia, e a segunda entre de 28 a 30 de junho, em que os adversários serão Canadá, França e Itália.

Contudo, ainda não há nenhuma definição acerca destas sedes. “Não se sabe qual canal vai transmitir. Há uma competição para jogar, mas ainda não sabem onde serão os jogos da Liga das Nações. O que tem nos atrapalhado é a televisão. Não temos ideia se a transmissão será de uma TV aberta ou fechada. Isso influencia no interesse dos apoiadores”, ressalta, colocando que, por se tratar de um evento olímpico, os patrocinadores que tradicionalmente apoiam a CBV terão prioridade na escolha da sede do torneio classificatório de agosto.

Leia mais:

Seleção feminina joga Pré-Olímpico em casa; masculina vai para a Bulgária

A 500 dias da Olimpíada, vôlei de praia brasileiro começa a definir vagas

Ponteiro Camejo tenta conseguir cidadania esportiva russa para disputar a Olimpíada de Tóquio

A entidade, entretanto, segue em negociações com vários estados interessados em receber as partidas, especialmente Minas Gerais, Pernambuco e Rio de Janeiro. A previsão é que até o final de março ou início de abril um local possa ser oficialmente anunciado.

Bastante citado em função da organização do último Campeonato Sul-Americano nos naipes feminino e masculino (vencido por Itambé Minas e Sada Cruzeiro, respectivamente), o estado de Minas Gerais carrega certo “favoritismo” na escolha. Mas, Marco Tulio Teixeira frisa que não descarta nenhuma candidatura.

“Como nós estávamos fazendo o Sul-Americano aqui, o primeiro orçamento do projeto foi baseado em custos de Minas Gerais. Mas, normalmente, em um evento desse porte, dependemos de custos de hotel, transporte, ginásio com capacidade mínima, liberação de datas para realização dos jogos. Então, o estado está mais adiantado nesta pesquisa. Mas, mesmo aqui, nós ainda não estivemos na Secretaria de Esportes nem com o governador para saber sobre a possibilidade. Está tudo em aberto”, aponta.

Vale lembrar que a Confederação também se dispôs a organizar o evento porque deseja que Brasil e Argentina carimbem logo seus passaportes ainda no torneio classificatório deste ano. Isto abriria a possibilidade de um terceiro país sul-americano participar dos Jogos de Tóquio, já que as últimas vagas serão distribuídas em janeiro de 2020 nas disputas continentais.

Curta o Saída de Rede no Facebook!

Siga-nos no Twitter: @saidaderede

]]>
0
Sede do grupo da seleção feminina no Pré-Olímpico sai até o começo de março http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/02/01/sede-do-grupo-da-selecao-feminina-no-pre-olimpico-sai-ate-o-comeco-de-marco/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/02/01/sede-do-grupo-da-selecao-feminina-no-pre-olimpico-sai-ate-o-comeco-de-marco/#respond Fri, 01 Feb 2019 19:44:46 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=15779

Confederação Sul-americana assumiu os custos da organização do Pré-Olímpico porque quer que Brasil e Argentina se classifiquem ainda em 2019 (Foto: Divulgação/FIVB)

A expectativa tomou conta dos torcedores assim que a FIVB (Federação Internacional de Vôlei) divulgou que a seleção brasileira feminina jogará o Pré-Olímpico de agosto em casa: qual cidade vai sediar a primeira tentativa das bicampeãs olímpicas de se classificar para Tóquio 2020? Segundo a Confederação Sul-americana de vôlei (CSV), organizadora da disputa que também contará com República Dominicana, Camarões e Azerbaijão, a resposta deve sair em breve.

“Até o fim de fevereiro ou começo de março já devemos estar com isso definido”, afirmou Tulio Teixeira, vice-presidente da da CSV em entrevista ao Saída de Rede. Quatro estados brasileiros já iniciaram conversas com a CSV para a disputa: Ceará, Minas Gerais, Pernambuco e Rio de Janeiro. A entidade, porém, está aberta para negociações com outros Estados/cidades interessados em abrigar as partidas e descarta a possibilidade de fazer os jogos em algum país vizinho.

Um dos requisitos que tem sido feito aos candidatos é um ginásio grande, que possa abrigar muitos torcedores. “Queremos pelo menos cinco mil lugares, pois assim conseguiremos gerar bilheteria”, ressalta Teixeira. Presença de patrocinadores e possibilidade de transmissão dos jogos pela TV também serão fatores a serem considerados.

Leia mais:

Seleção feminina joga Pré-Olímpico em casa; masculina vai para a Bulgária

SEM DINHEIRO, CBV NÃO SE CANDIDATOU A SEDE

A organização do Pré-Olímpico feminino foi parar nas mãos da Confederação Sul-americana após a CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) e as federações dos demais países do grupo da seleção feminina abdicarem do direito de sediar a disputa devido aos custos, que giram em torno de R$ 2 milhões.

Diante disto, a CSV entrou na concorrência, visto que tem interesse que Brasil e Argentina, seus únicos representantes nos torneios de agosto, garantam lugar na Olimpíada ainda este ano. Jogando em casa, teoricamente brasileiros e argentinos aumentam as chances de se classificarem logo, permitindo que a América do Sul ganhe um terceiro representante nos Jogos, já que as últimas vagas em Tóquio 2020 serão definidas em janeiro de 2020, através de Pré-Olímpicos continentais.

A CSV, inclusive, trabalha para trazer o grupo C do Pré-Olímpico feminino para a Argentina (a chave, que conta também com Estados Unidos, Bulgária e Cazaquistão, é a única que ainda não teve o país-sede divulgado até agora). No masculino, também houve uma sondagem neste sentido, mas Bulgária e China exerceram o direito de organizar a disputa respectivamente nos grupos de Brasil e Argentina – o critério estabelecido pela FIVB foi a posição no ranking mundial: quem estivesse na frente, tinha preferência para receber o torneio e assim sucessivamente.

Apesar de não estar diretamente envolvida na organização, a CBV será convidada a ajudar pelos parceiros sul-americanos por conta do know how neste tipo de evento. Vale ressaltar que a entidade que comanda o vôlei brasileiro também gostaria de ver suas seleções garantidas na Olimpíada na primeira oportunidade, pois a disputa de um novo Pré-Olímpico em janeiro acarretaria em um custo extra na preparação dos times nacionais e na interrupção do calendário da Superliga.

Curta o Saída de Rede no Facebook!

Siga-nos no Twitter:@saidaderede

]]>
0
Cubano Leal é liberado para defender a seleção brasileira em março de 2019 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/05/04/cubano-leal-e-liberado-para-defender-a-selecao-brasileira-em-marco-de-2019/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/05/04/cubano-leal-e-liberado-para-defender-a-selecao-brasileira-em-marco-de-2019/#respond Thu, 04 May 2017 19:23:51 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=6969

Naturalizado brasileiro desde o fim de 2015, Leal é um dos melhores ponteiros do mundo na atualidade (Foto: Divulgação/Sada Cruzeiro)

O técnico Renan Dal Zotto recebeu uma excelente notícia: nesta quinta-feira (4), a Federação Internacional de Vôlei (FIVB) autorizou o cubano Yoandy Leal a defender a seleção brasileira de vôlei masculino a partir de março de 2019.

Os período de dois anos de carência são uma exigência da entidade que comanda o voleibol mundial para jogadores naturalizados. Atleta do Sada Cruzeiro desde 2012, Leal é considerado um dos melhores ponteiros passadores do mundo por conta de seu enorme potencial ofensivo e saque extremamente potente.

Vice-campeão mundial com a seleção de Cuba em 2010, Leal se identificou tanto com o Brasil que entrou com um pedido de naturalização, aceito pelo governo brasileiro em dezembro de 2015. No último mês de janeiro, a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) enviou à Norceca (Confederação Centro, Norte-americana e do Caribe de Vôlei) um pedido de transferência de federação para Leal. A solicitação foi então repassada à Federação Cubana, que deu seu aval e devolvida à Norceca, que a enviou à FIVB em março – por isso, os dois anos de carência para Leal contam a partir deste mês e já estão sendo computados.

Atacante foi tri mundial de clubes desde que chegou ao Sada Cruzeiro (Foto: Washington Alves/Inovafoto/CBV)

O ocorrido na reunião do Conselho de Administração da FIVB nesta quinta (4) foi o aval meramente protocolar da entidade e que chega às vésperas da decisão da Superliga masculina. No próximo domingo (7), o Sada Cruzeiro, de Leal, enfrenta a Funvic/Taubaté em busca de seu quinto título da competição, o quarto consecutivo. A equipe mineira também conquistou três dos últimos quatro Mundiais de clubes, todos com o cubano em quadra.

Toda a demora no processo para que ele pudesse jogar na seleção brasileira ocorreu por conta das dificuldades que a Federação Cubana impõe para liberar seus atletas – o mesmo ocorreu com Taismary Aguero e Osmany Juantorena (já autorizados a defender a Itália) e Wilfredo León, que ainda aguarda o ok para vestir a camisa da Polônia. A CBV justifica que só enviou a documentação à Norceca em janeiro porque “estava aguardando o momento mais apropriado para dar entrada no pedido de transferência do atleta”.

A seleção brasileira masculina de vôlei vive um momento de transição na função de ponteiro passador no início deste novo ciclo olímpico: apesar da presença do ótimo Ricardo Lucarelli, nomes como Murilo e Lipe dificilmente terão idade e/ou vontade para atender às convocações de Renan Dal Zotto até 2020. Sem Leal, a alternativa seria recorrer a Lucas Loh e Maurício Borges, que nunca se consolidaram no time nacional, ou a jovens como Douglas Souza, João Rafael e Allison Melo.

Curta o Saída de Rede no Facebook!

Siga-nos no Twitter: @saidaderede

]]>
0
De volta ao vôlei, Cimed faz investimento de R$ 10 mi e parceria com a CBV http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/04/21/de-volta-ao-volei-cimed-faz-investimento-de-r-10-mi-e-parceria-com-a-cbv/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/04/21/de-volta-ao-volei-cimed-faz-investimento-de-r-10-mi-e-parceria-com-a-cbv/#respond Fri, 21 Apr 2017 14:30:06 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=6650

Hoje técnico da seleção masculina, Renan comandou o projeto da Cimed em Florianópolis (Foto: Luiz Pires/Vipcomm/Divulgação)

Numa época em que as vacas emagreceram bastante no esporte olímpico brasileiro, e que atletas e entidades se queixam da queda brusca de investimentos, o voleibol nacional encontrou um parceiro de peso na iniciativa privada. Ou melhor, reencontrou.

Trata-se do Grupo Cimed, que até as Olimpíadas de Tóquio, em 2020, pretende investir R$ 10 milhões na modalidade. O montante inclui também o valor que a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) receberá da empresa do ramo farmacêutico em uma parceria que substitui a recém-encerrada união com a Nivea.

Bruno e Lucão: a caminho da Itália ou do Sesc

Jogadora a jogadora, quem leva a melhor na final da Superliga: Rexona ou Vôlei Nestlé?

“A Cimed é um parceiro que vai fornecer toda a parte de suplementos e remédios para todas as seleções em Saquarema, da base ao adulto”, afirma o diretor comercial e de marketing da CBV, Douglas Jorge. “A gente está fechado com eles para todos os eventos de quadra e acertando para a praia. Assim, eles vão pegar o guarda-chuva completo”, explicou o dirigente.

Entre as temporadas 2005/2006 e 2011/2012, a Cimed patrocinou a equipe mais premiada do vôlei masculino do Brasil naquele período. O time de Florianópolis, que na primeira metade do projeto teve como técnico e dirigente Renan Dal Zotto (treinador da seleção masculina desde janeiro), conquistou quatro Superligas e o Sul-Americano de Clubes de 2009. Dentre os atletas que passaram por aquela equipe estão os campeões olímpicos Bruno e Lucão, além dos medalhistas de prata Sidão e Thiago Alves.

Afastada da modalidade desde então, a empresa já havia dado sinais de que estaria novamente interessada no vôlei em fevereiro, quando fechou um acordo para estampar sua marca nas camisas de líbero, backdrops e placas de quadra do Sada Cruzeiro, atual campeão brasileiro e tricampeão mundial. Para a CBV, o retorno ajuda a minimizar parte da perda do aporte financeiro oriundo de seu maior patrocinador, o Banco do Brasil.

Levantador Bruno engrenou na carreira jogando pela Cimed (Foto: Divulgação/CBV)

“Com relação aos nossos patrocínios, apesar de sofrermos uma redução de valores com nosso principal apoiador (o Banco do Brasil), conseguimos manter um plano até Tóquio 2020. Não diria que estamos em uma posição confortável, mas realmente vamos conseguir ter um projeto para brigar por medalhas”, garantiu Douglas Jorge, obedecendo à política da CBV, não diz o valor injetado na confederação pelos patrocinadores.

Curta o Saída de Rede no Facebook!

Siga-nos no Twitter: @saidaderede

Além da Cimed, a CBV terá como parceiros, até 2020, Gatorade, Mikasa, Asics e, apesar da redução dos valores, o Banco do Brasil. A Gol tem contrato com a entidade até 2018. Já a Delta e a Sky, cujos contratos vencem neste ano, podem renová-los com a confederação até 2019. E o rol dos patrocinadores não deve parar por aí.

“Ainda temos uma cota livre, que são os ‘naming rights’ da Superliga, algo que conseguimos retomar agora e que antes não podíamos usar devido a contratos com TV”, afirmou Douglas Jorge. “Assim que vendermos, vamos fazer várias benfeitorias na Superliga”, prometeu o dirigente.

* Colaborou João Batista Jr.

]]>
0
Dani Lins fala sobre briga com a CBV: “Só recebemos apoio até agora” http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/04/06/dani-lins-fala-sobre-briga-com-a-cbv-so-recebemos-apoio-ate-agora/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/04/06/dani-lins-fala-sobre-briga-com-a-cbv-so-recebemos-apoio-ate-agora/#respond Thu, 06 Apr 2017 09:00:57 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=6224

Dani Lins diz que jogadoras estão indo “passo a passo” na luta contra o ranking (Foto: João Neto/Fotojump)

Preocupadas em buscar o que julgam melhor para si, as principais jogadoras de vôlei do Brasil decidiram tomar uma atitude drástica: há pouco mais de uma semana, entraram com um mandado de segurança contra a CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) pedindo o fim do ranking que estabelece regras para as contratações da Superliga.

No caso da edição feminina de 2017/2018, haverá, na verdade, uma única regra: cada time só poderá contar com duas atletas classificadas como nível sete, o máximo possível. São elas: a levantadora Dani Lins, as centrais Thaisa e Fabiana, as ponteiras Natália, Gabi, Jaqueline e Fernanda Garay, e a oposta Sheilla, além da ponteira/oposta Tandara – esta última, a única a não participar da ação judicial, apesar de publicamente apoiar o movimento.

Contra o ranking, atletas do masculino também cogitam ir à Superliga

Ricardinho vai contra a corrente: “O Brasil ainda precisa do ranking”

Em conversa exclusiva com o Saída de Rede, Dani Lins garantiu que o grupo tem recebido um enorme apoio.

“Até agora, pelo menos entre as pessoas que a gente encontra, não houve crítica. Foi só apoio mesmo. Acho que todos entenderam o nosso lado, da liberdade de jogar onde quisermos. Todo mundo quer que as atletas que estão no exterior e sempre defenderam o Brasil voltem a jogar aqui. Querem uma Superliga mais unida com os ídolos”, destacou a atleta. Segundo ela, que defende o Vôlei Nestlé (único time a ter votado a favor da extinção total do ranking), o suporte acontece, inclusive, por parte de gente diretamente envolvida com o vôlei. “(Vem) Principalmente daí. As pessoas de fora do vôlei são mais leigas, mas viram a nossa nota de repúdio e costumam comentar ‘que absurdo isso, por que só com vocês? Tem que acabar com isso'”, contou.

Quem leva mais público aos ginásios da Superliga? Descubra!

Curta o Saída de Rede no Facebook ou siga-nos no Twitter

Para Dani, disputa pelo ranking pode atrapalhar jogadoras envolvidas nas fases decisivas da Superliga

Nada de boicote por enquanto

Questionada se ela e as colegas cogitam atitudes mais radicais caso não obtenham o que querem, como um boicote à seleção ou à próxima Superliga, Dani garantiu que esta é uma possibilidade que não passou pela cabeça delas por enquanto.

“A gente não pensou em nada disso ainda. Estamos indo passo por passo. O primeiro foi tentar conversar (com a CBV), mas ninguém nos deu ouvidos. O segundo foi ir à Justiça. Estamos com fé que tudo vai dar certo o mais rápido possível, ainda mais nessa fase de semis e final (de Superliga), pois, querendo ou não, atrapalha quem está jogando”, afirmou.

Segundo o advogado das atletas, Carlos Heitor Pioli Filho, o mandado de segurança deve demorar, no máximo, um mês para gerar uma resposta. A pressa das jogadoras é justificável, visto que, com o fim da temporada de clubes, entre abril e maio, abre-se a principal janela do mercado do vôlei. “E todo mundo tem que estar com a vida já meio decidida”, lembrou Dani Lins.

]]>
0