Campeonato Mundial – Blog Saída de Rede http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br Reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Tue, 31 Dec 2019 12:02:55 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Com racismo crescente, Itália vence Mundiais de Clubes com atletas negros http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/12/13/com-racismo-crescente-italia-vence-mundiais-de-clubes-com-atletas-negros/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/12/13/com-racismo-crescente-italia-vence-mundiais-de-clubes-com-atletas-negros/#respond Fri, 13 Dec 2019 09:00:33 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=19463

Grande estrela do vôlei na atualidade, Egonu já reconheceu publicamente ter sido vítima de racismo (Fotos: Divulgação/FIVB)

“Estou muito orgulhosa desse time e não queremos parar”. A frase, repetida nos principais jornais italianos, é da jovem oposta Paola Egonu, um dos maiores fenômenos do vôlei mundial na atualidade, em entrevista após a conquista do primeiro troféu do seu time, o Conegliano, no Campeonato Mundial de Clubes, em Shaoxing (China). A atleta de 20 anos não cansa de quebrar recordes e marcou assombrosos 38 pontos na semi contra o tricampeão VakifBank e 33 na final contra o bi Eczacibasi, potências turcas que se tornaram presenças constantes na competição.

E a festa italiana nesta edição não poderia ter sido maior. Afinal, o Lube Civitanova também venceu no naipe masculino, superando o tricampeão Sada Cruzeiro na decisão em Betim (MG). Letais no ataque e no saque, Osmany Juantorena e Yoandy Leal foram os destaques individuais do duelo, anotando 20 pontos cada.

Assim, exultantes, as publicações locais festejaram o fato de o país ter sido recolocado no topo no naipe feminino, uma vez que o último triunfo da Azzurra no Mundial aconteceu no longínquo 1992, quando o Ravenna venceu o brasileiro Minas Tênis Clube. Entre os homens, a última conquista foi a do Trentino, que chegou ao penta no ano passado.

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Curiosamente, entretanto, as equipes triunfaram nesta edição do Mundial tendo atletas negros como protagonistas. Afinal, a italiana Egonu, o cubano naturalizado italiano Osmany Juantorena, o brasileiro naturalizado Yoandy Leal e o cubano Robertlandy Simon são alguns dos maiores craques da liga local de clubes, vista como a mais forte do mundo – Egonu e Juantorena ainda são peças indispensáveis à seleção. Sem falar em outros jogadores, como o polonês naturalizado León, que hoje brilha no Perugia, time que não participou da competição.

E todos eles são destaque justamente neste momento em que a extrema direita avança e as manifestações de racismo, xenofobia e intolerância atingem níveis aterrorizantes e inimagináveis em várias esferas do país, inclusive, no esporte. O que vem acontecendo há tempos no futebol, por exemplo, é uma demonstração evidente de que a situação está completamente fora de controle. A própria Egonu, conforme mostrado aqui no blog, já foi vítima do ódio racial, tendo, ainda, a sua nacionalidade questionada por ser descendente de nigerianos.

Sem fazer referência ao problema, as publicações locais se renderam ao talento dos atletas – o “Corriere Della Sera”, por exemplo, cravou “Egonu magnífica e Leal implacável: a Itália retorna ao topo do mundo”. O “Tuttosport” exaltou o trabalho realizado em conjunto pelo Civitanova na busca pelo troféu inédito, e escreveu “Juantorena e Leal comandam a equipe em direção à histórica vitória”.

Leal vive um momento excepcional na carreira

Já o “La Gazzetta dello Sport” utilizou adjetivos como “gigantesca” e “superlativa” para se referir ao desempenho de Egonu. Foi bastante ilustrativo, contudo, perceber que apesar de todos os elogios, alguns torcedores colocaram o potencial da atacante em dúvida. Implacáveis nas críticas, afirmaram que ela não foi tão decisiva assim no Campeonato Mundial de seleções, em 2018, e na semifinal do Campeonato Europeu deste ano.

Para quem não lembra, a Itália foi superada pela Sérvia, da também espetacular Tijana Boskovic, nas duas oportunidades. No Mundial do ano passado, a equipe foi derrotada no tie-break. Já no Europeu disputado entre agosto e setembro, a Azzurra caiu por 3 a 1, terminando o continental com o bronze. O representante dos Bálcãs ficou com o ouro nos dois torneios.

Apesar das derrotas, Egonu mostrou o porquê é considerada uma das melhores atacantes do mundo. Na decisão do Mundial, ela marcou outros 33 pontos, além de ter anotado 45 na histórica semifinal contra a China, terminada também apenas no tie-break. Especificamente nesta semi, ela se tornou a maior pontuadora de toda a história dos Campeonatos Mundiais, ultrapassando a marca da cazaque Yelena Pavlova, que fez 40 no jogo em que sua equipe perdeu por 3 a 2 para os Estados Unidos, em 2006. Já na semi do Europeu, a jogadora pontuou 26 vezes, sendo o maior destaque ofensivo do jogo.

Um dos melhores jogadores do mundo, Juantorena fez uma grande partida contra o Cruzeiro

O excesso de erros, no entanto, acabou comprometendo o rendimento do time nos dois confrontos. Talvez tenha faltado à Itália uma atuação mais consistente também por parte da jovem e talentosa levantadora Ofelia Malinov, que se equivocou na distribuição das jogadas. Além disso, o time careceu de maior efetividade no ataque por parte de outras jogadoras, dividindo com Egonu a responsabilidade na virada de bola.

Neste sentido, reconhecendo o poder de decisão da atleta e o fato de o vôlei ser um esporte coletivo, o “Corriere Della Sera” fez uma espécie de “mea culpa”, destacando que “Egonu recebeu mais críticas do que realmente merecia” e que ela foi uma “MVP indiscutível” neste Mundial de Clubes.

Indiscutível também deve ser o nível de apreensão com o qual esses atletas precisam conviver na Europa e, em especial, na Itália, sabendo que serão alvos preferenciais em qualquer circunstância, sobretudo se não derem resultado. Ainda que nem todos (ou poucos) se manifestem publicamente, não há dúvidas de que devem ser enormes os desafios cotidianos. O que se espera é que todos sigam em frente, jogando o seu melhor voleibol, sem medo das críticas, e que não se calem diante de qualquer forma de violência ou preconceito.

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Livro de Bebeto de Freitas tem mico com Senna e brigas da Geração de Prata http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/11/04/livro-de-bebeto-de-freitas-tem-mico-com-senna-e-brigas-da-geracao-de-prata/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/11/04/livro-de-bebeto-de-freitas-tem-mico-com-senna-e-brigas-da-geracao-de-prata/#respond Mon, 04 Nov 2019 09:00:42 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=18965

Falecido em 2018, Bebeto de Freitas só teve tempo de ver dois capítulos prontos de sua biografia (Foto: Divulgação)

Mais de vinte páginas dobradas: este foi o resultado da minha leitura do livro “ Bebeto de Freitas – O que eu vivi”, escrito pelo jornalista Rafael Valesi e publicado pela editora 7 Letras. A ideia inicial era destacar cinco histórias para o texto a ser publicado no blog, mas a leitura fluiu tão bem que, no fim, eu precisei fazer um enorme trabalho de edição para não contar tudo aqui.

Desde a relação com outros dois memoráveis membros da família, o tio João Saldanha e o primo Heleno de Freitas, até o trabalho no futebol do Botafogo e do Atlético-MG, Bebeto repassa sua vida com histórias saborosas e percepções de tudo o que viveu. O vôlei, que embasou sua vida profissional e o alçou ao estrelado, ocupa a maior parte das páginas, tornando a publicação obrigatória para quem é fã da modalidade.

Entre as diversas as passagens dignas de nota, estão o tapa da mãe em uma cubana na arquibancada de um jogo de Pan-Americano, José Roberto Guimarães tentando manter a compostura após ser acidentalmente queimado com chá quente no Japão, a rápida passagem pelo Flamengo como jogador, o trabalho na experimental (e extinta) liga profissional americana, as provocações que fazia aos italianos no futebol, os bastidores da semifinal do Mundial de 1998 contra o Brasil, a decepção com o comunismo e as brigas com Carlos Arthur Nuzman… Decidi, no entanto, me limitar às cinco abaixo para escrever este texto.

Vale ressaltar, porém, que a maior preocupação de Bebeto com a publicação (que não chegou a ver finalizada por ter morrido em março de 2018), foi utilizá-la para espalhar suas ideias de política esportiva, como a massificação da atividade física por meio de clubes, a regionalização de campeonatos e a maior participação de atletas e treinadores nas decisões das Federações. “No Brasil, o conceito básico sobre o que é esporte está totalmente equivocado, e é por isso que não evoluímos nesta questão”, afirma.

Quem quiser saber mais sobre este que certamente é um dos maiores nomes da história do voleibol mundial pode adquirir o livro no site da Livraria Travessa (R$ 52,65 na data de publicação deste texto).

NUZMAN IMITANDO UMA GALINHA

Os desmandos de Carlos Arthur Nuzman no esporte brasileiro o tornaram um inimigo mortal de Bebeto de Freitas, mas nem sempre foi assim. Amigos na juventude, quando o técnico considerava o dirigente um “cara correto”, os dois atuaram juntos nas quadras com a camisa do Botafogo e viveram momentos inusitados. Na final do Troféu Brasil de 1972, por exemplo, o futuro presidente do COB (Comitê Olímpico Brasileiro) foi o tempo inteiro provocado pela torcida do Minas Tênis Clube com uma comparação com uma das principais cantoras nacionais à época por conta dos cabelos loiros compridos:

– Vanusa! Vanusa! Vanusa!

A afronta, porém, não surtiu efeito e o Botafogo, mesmo jogando em Belo Horizonte, venceu por 3 a 0 e ficou com a taça. A resposta em quadra, porém, não foi suficiente para Nuzman, que, após sumir por um momento, reapareceu na entrega das medalhas com um saquinho. Ao ser provocado pelos mineiros novamente, abriu o pacote e começou a jogar milho na torcida, imitando uma galinha “com direito a cocoricó”. “Todo mundo caiu na gargalhada”, lembrou Bebeto.

Treinador esteve à frente da seleção masculina de vôlei nas Olimpíada de 1984 e 1988

CHEFE REFORÇOU DELIBERADAMENTE O RIVAL

Ao longo das páginas, Bebeto não esconde sua admiração por Antônio Carlos de Almeida Braga, o Braguinha, maior mecenas do esporte olímpico brasileiro. Responsável pela equipe da Atlântica-Boa Vista, uma das mais fortes do país nos anos 80, o empresário chamou o treinador ao seu gabinete semanas após a conquista do Campeonato Brasileiro de 1981, onde estavam dirigentes da Pirelli, maior rival da época, interessados em contratar dois dos destaques da equipe carioca, Amauri e Xandó.

“Você não vai deixar, né?”, perguntou Bebeto, antes de, atônito, ouvir a resposta do patrão: “Claro, é lógico que eles irão jogar na Pirelli”.

Não era brincadeira: os dois jogadores, de fato, foram para o adversário, para revolta de Bebeto: “Como o senhor faz uma coisa dessas?”. A réplica foi uma lição e se tornou uma das bases dos ideais esportivos do futuro dirigente: “Ô garoto, vai trabalhar, pois preciso pagar o seu salário. Sem adversários, esse voleibol não vai crescer. Precisamos de adversários”. De fato, a rivalidade entre cariocas e paulistas impulsionou o esporte naquele momento, culminando com a medalha de prata na Olimpíada de 1984.

DESGASTES E BRIGAS NA SELEÇÃO DE 1984

Falando na “Geração de Prata”, Bebeto afirma diversas vezes que o grupo que comandava e acabou fazendo história nos Jogos de Los Angeles tinha um ambiente complicado, com problemas de relacionamento causados principalmente pela fama repentina dos atletas: “Alguns jogadores executavam jogadas maravilhosas em parceria dentro da quadra, mas fora dela queriam distância do companheiro”.

Segundo Bebeto, Nuzman, então presidente da Confederação Brasileira de Vôlei, não só sabia como permitia que alguns atletas ferissem contratos da CBV com patrocinadores. Tal situação culminou com uma discussão de mais de seis horas já com o torneio em andamento na Califórnia, “em que colocamos para fora  que estava engasgado”. Apesar de o técnico acreditar que a “lavação de roupa” foi fundamental para a chegada à final, o fato é que no dia seguinte o Brasil foi surpreendido por 3 a 1 pela Coreia do Sul, precisando obrigatoriamente vencer os Estados Unidos no encerramento da primeira fase para avançar às semis.

O confronto decisivo contra os americanos quebrou um dos principais planos da comissão técnica, que era evitar o máximo possível mostrar seus segredos contra os donos da casa – amistosos, inclusive, tinham sido deliberadamente evitados com este objetivo. Com a classificação ameaçada, o Brasil jogou tudo o que sabia e venceu os EUA por 3 a 0. Para isso, no entanto, expôs todo sua estratégia para os rivais, que se aproveitaram disso dias depois, quando as equipes se reencontraram na grande final, vencida por eles com um 3 a 0 tranquilo. “Perdemos a medalha de ouro olímpica para nós mesmos”, lamentou Bebeto, se referindo à derrota para os sul-coreanos.

Brasileiro foi campeão mundial com a Itália em 1998

MICO DIANTE DE AYRTON SENNA

Em 1992, já como técnico  do Maxicono Parma, da Itália, Bebeto reencontrou Braguinha às vésperas do GP de Ímola para um jantar. Devido a um imprevisto, precisou ir ao restaurante com um carro antigo, um Croma turbo  com um “problema técnico considerável”: cliques que faziam os faróis apagarem e acenderem com frequência.

Ao chegar ao hotel exclusivo da Fórmula 1, onde Braguinha se hospedava por conta de sua amizade com Ayrton Senna, a quem também ajudou, Bebeto escondeu seu “possante” no fundo de um estacionamento lotado de carrões de luxo. Apresentado ao tricampeão, o empresário, para desespero do treinador, afirmou: “Vamos no seu carro”

Depois de caminhar “uma eternidade no estacionamento”, lá estava Bebeto, um dos homens mais ricos do Brasil, um ídolo mundial e seu manager apertados num carro que foi “clicando” até o destino final.  “A cara de incredulidade do dono do restaurante foi impagável. O italiano olhava para o Ayrton, depois para o carro, em seguida para o Ayrton novamente…”

Em tempo: durante todo o trajeto e o jantar, enquanto Braguinha sacaneava Bebeto, o piloto de uma aula sobre carros e segurança…

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SEMIFINAL DE MUNDIAL CONTRA O BRASIL

A despeito de todas as desavenças com a CBV e as críticas públicas aos dirigentes do voleibol brasileiro, Bebeto nega ter sentido um prazer especial em ter eliminado a seleção brasileira na semifinal do Mundial de 1998, quando se sagraria campeão comandando a seleção italiana. “Essa partida mexeu comigo como nenhuma outra (…) Naquele dia, meus olhos não fecharam de jeito nenhum”.

Após a vitória por 3 a 2 diante do seu país e de jogadores que ajudou a formar, ficou sentado no banco de reservas, sem reação. Só despertou quando o levantador Maurício passou por ele e fez uma graça: “E aí, seu viadinho, não vai falar com a gente?”

Serviço:

Bebeto de Freitas – O que eu vivi
Rafael Valesi
254 páginas

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Brasil e Polônia fazem “final informal” da Copa do Mundo de vôlei masculino http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/10/12/brasil-e-polonia-fazem-final-informal-da-copa-do-mundo-de-volei-masculino/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/10/12/brasil-e-polonia-fazem-final-informal-da-copa-do-mundo-de-volei-masculino/#respond Sat, 12 Oct 2019 14:24:58 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=18712

Brasil, de Renan Dal Zotto, vem fazendo excelente campanha na Copa do Mundo (Fotos: Divulgação/FIVB)

Em um campeonato de pontos corridos não há uma final propriamente dita, mas alguns jogos valem por uma decisão. É o caso do duelo entre as seleções de vôlei masculino de Brasil e Polônia, que se enfrentam às 3 horas da manhã deste domingo (13) pela Copa do Mundo.

Respectivamente líderes e vice-líderes da competição, brasileiros e poloneses devem definir nesta partida quem ficará com o título do último grande torneio entre países de 2019. Ainda invicta e com apenas dois sets perdidos em toda a disputa, a equipe comandada por Renan Dal Zotto leva ligeira vantagem, mantendo boas chances de levantar a taça mesmo com uma derrota no tie-break.

Do outro lado da rede, porém, haverá um adversário duríssimo, vencedor dos dois últimos Campeonatos Mundiais derrotando justamente o Brasil em ambas as ocasiões e que agora conta com o reforço do cubano naturalizado polonês Wilfredo León, fenômeno que passou a se destacar no vôlei profissional ainda adolescente.

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Mas o Brasil também conta com um reforço cubano: Yoandy Leal, que desde o início da atual temporada está liberado para vestir a camisa amarela em competições internacionais. Ao lado do central Lucão e do oposto Alan, que vem aproveitando a folga de Wallace de forma brilhante, o ponteiro tem sido um dos destaques da seleção nesta Copa do Mundo.

No primeiro encontro entre ambos por seleções, há pouco mais de dois meses em um torneio amistoso, deu Brasil por 3 a 1. E, para repetir o bom resultado no Japão, o caminho passa por foco e muito estudo dos rivais. “Se quisermos jogar bem contra a Polônia, que é um time muito forte, não podemos cometer muitos erros, dar pontos de graça. Temos que atuar bem não só contra o ótimo sistema de bloqueio-defesa deles, mas em todos os fundamentos”, destacou o técnico brasileiro, Renan Dal Zotto.

Comandada pelo belga Vital Heynen, Polônia já perdeu para os EUA nesta Copa do Mundo

Pelo lado da Polônia, a tática é jogar o favoritismo para o lado brasileiro. Técnico do time, o belga Vital Heynen deu, inclusive, a entender que pode não entrar no jogo com força máxima, já que vem aproveitando o torneio para fazer uma série de testes com o elenco, inclusive com o oposto Kurek, que recentemente passou por uma grave lesão nas costas.

“Eu acho que o Brasil já abriu tanta vantagem na tabela, que, mesmo que a gente vença, eles serão os campeões. Nosso plano aqui na Copa do Mundo é conseguir fazer boas partidas, rodar muitos atletas e é isso que vamos fazer no próximo jogo: um monte de caras jogando e ver se eles conseguem ir bem. O Brasil merece ser campeão porque foi o melhor time até agora. Da nossa parte, vamos ver onde estamos”, afirmou.

Independente disto, a expectativa é de uma grande partida de vôlei em Hiroshima.  Vale lembrar que, depois do jogo contra a Polônia, o Brasil ainda enfrentará o Japão (segunda, às 7h20) e a Itália (terça, às 3h), que joga o torneio com sua equipe reserva. Já a Polônia fecha sua participação na disputa contra Canadá e Irã, nos mesmos dias.

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Brasil encerra temporada de Mundiais na base com duas medalhas de bronze http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/09/16/brasil-encerra-temporada-de-mundiais-na-base-com-duas-medalhas-de-bronze/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/09/16/brasil-encerra-temporada-de-mundiais-na-base-com-duas-medalhas-de-bronze/#respond Mon, 16 Sep 2019 23:03:53 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=18381

Assim como a seleção masculina sub-21, a feminina sub-18 terminou o Mundial na terceira colocação (Foto: Divulgação/FIVB)

País detentor do maior número de medalhas na história dos Campeonatos Mundiais de base, o Brasil terminou a temporada 2019 com dois bronzes. Depois da terceira posição alcançada pela seleção masculina sub-21, a equipe feminina sub-18 também garantiu, após um hiato de seis anos, um lugar no pódio ao superar a China por 3 sets a 1 (25-18, 25-18, 22-25 e 27-25) no torneio realizado recentemente no Egito.

Foi a décima medalha do Brasil nos Mundiais nesta categoria. Até então, a seleção contabilizava três ouros, quatro pratas e dois bronzes. Nas edições de 2015 e 2017, a equipe chegou apenas ao 11º e 10º lugares, respectivamente. Já o ouro foi conquistado pela última vez em 2009.

O grupo liderado por Hylmer Dias, que estreou como treinador do time sub-18, fez uma campanha com duas derrotas em oito partidas. O bronze acabou sendo uma revanche contra as asiáticas, uma vez que as brasileiras levaram uma surra de 3 a 0 das rivais na fase de grupos – com direito a 25-13 e 25-15 nos dois primeiros sets.

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A reação veio no set derradeiro, quando o conjunto verde e amarelo foi superado em uma parcial mais apertada de 25-23. O outro revés foi na semifinal por 3 sets a 0 (18-25, 18-25 e 14-25) diante dos Estados Unidos, que se sagraram campeões da competição ao vencerem a Itália por 3 a 2 (25-17, 19-25, 25-18, 22-25 e 15-10).

Apesar da conquista, a seleção chinesa teve um desempenho melhor do que a brasileira no ataque (ao total, foram 38 pontos contra 31). O Brasil, em contrapartida, foi mais eficiente no bloqueio com 14 acertos – 4 a mais do que o representante asiático. O que acabou fazendo a diferença a favor do time verde e amarelo foi o excesso de erros do adversário – foram 44 pontos dados de graça contra 28. A maior pontuadora do duelo foi a oposta Ana Cristina, que marcou 23 vezes.

Os outros resultados do Brasil nos Mundiais foram o nono lugar no masculino sub-19 e o sexto no feminino sub-20. Por isso, as duas medalhas de bronze geram certo alívio por apontarem um desempenho melhor do que aquele de 2017, quando o país não emplacou nenhum time nos pódios em todas as categorias. Por outro lado, elas reforçam a extrema urgência por mais investimentos que possam favorecer a revelação de novos talentos.

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Nona colocação da seleção masculina no Mundial sub-19 reitera crise na base http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/08/30/nona-colocacao-da-selecao-masculina-no-mundial-sub-19-reitera-crise-na-base/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/08/30/nona-colocacao-da-selecao-masculina-no-mundial-sub-19-reitera-crise-na-base/#respond Fri, 30 Aug 2019 18:17:21 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=18196

Seleção sub-19 comandada pelo técnico Magoo ficou em nono lugar no Mundial (Foto: Divulgação/FIVB)

Um bronze em três torneios disputados. Este é o saldo do Brasil nos Campeonatos Mundiais 2019 das categorias de base até o momento. Com a vitória em sets diretos da seleção masculina sub-19 sobre a República Tcheca (parciais de 25-13, 25-21 e 25-19) nesta sexta-feira (30), na Tunísia, os comandados de Fabiano Ribeiro, o Magoo, terminaram a competição em 9º lugar.

Os maiores pontuadores brasileiros foram o oposto Darlan Ferreira e o ponta Paulo Vinícius da Silva com 11 e 9 pontos, respectivamente. O Brasil, contudo, não precisou fazer muita força para vencer, já que acabou beneficiado pela enorme quantidade de erros dos europeus (33 ao total contra 16). A seleção italiana se sagrou campeã do torneio ao bater a Rússia na decisão por 3 sets a 1 (26-24, 21-25, 25-19 e 25-18). O bronze ficou com a Argentina, que superou o Egito pelo mesmo placar (parciais de 25-19, 25-19, 23-25 e 25-17).

Com 9ª posição neste “torneio de consolação”, a equipe brasileira sub-19 se manteve fora do pódio, seguindo os passos da seleção feminina sub-20, que participou do Mundial em julho, no México, e amargou a 6ª colocação. Estes resultados, entretanto, confirmam um prognóstico que já vem sendo “desenhado” há algum tempo: o declínio eloquente do país nestas competições de base.

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Se o bronze da seleção masculina no torneio sub-21 foi relevante para pelo menos romper com a terrível marca de 2017, quando o Brasil não teve nenhum representante nos pódios em todas as categorias dos Campeonatos Mundiais, esta medalha representa mais um sinal de crise para um país que, desde 1977, quando a Federação Internacional de Vôlei (FIVB) passou a promover as competições, se tornou o maior vencedor da história em todas as faixas etárias nos dois naipes.

A evolução considerável capitaneada pelo investimento pesado de algumas seleções de base no cenário internacional – caso de algumas tradicionais, como a Polônia, e outras emergentes, como o Irã e a Argentina – e, em oposição, a redução significativa dos recursos da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) para que os atletas possam excursionar pela Europa, fazendo uma preparação mais adequada para os Mundiais, são alguns dos fatores que explicam este enfraquecimento.

O país só terá mais uma chance de buscar mais uma medalha nesta temporada. A seleção feminina sub-18 já está no Cairo, capital egípcia, para a disputa do Mundial na categoria. O time liderado pelo técnico Hylmer Dias estreia na sexta-feira (6) contra Porto Rico.

*Atualizado às 22h09

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Brasil se impõe sobre os russos e conquista o bronze no Mundial Sub-21 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/07/27/brasil-se-impoe-sobre-os-russos-e-conquista-o-bronze-no-mundial-sub-21/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/07/27/brasil-se-impoe-sobre-os-russos-e-conquista-o-bronze-no-mundial-sub-21/#respond Sat, 27 Jul 2019 13:48:36 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=17806

Seleção masculina superou a Rússia neste sábado (27), ficando com a medalha de bronze no Mundial (Fotos: Divulgação/FIVB)

Após ter sido duramente derrotada pelo Irã na semifinal da 20ª edição do Campeonato Mundial Sub-21, mantendo um hiato de dez anos sem título na competição, a seleção masculina se recuperou emocionalmente e garantiu um lugar no pódio na manhã deste sábado (27).

Na cidade de Manama (Bahrein), o time de Giovane Gávio bateu a Rússia em sets diretos na disputa pelo bronze, com parciais de 21-25, 25-27 e 12-25. Assim, o Brasil retornou ao pódio em Mundiais nesta categoria depois de seis anos. A última conquista havia sido a medalha de prata na Turquia em 2013.

O selecionado nacional já havia superado o representante do Leste Europeu – terceiro colocado no Mundial de 2017 – de virada na segunda fase do campeonato por 3 a 1 (21-25, 25-22, 25-20 e 25-22), apostando na força do saque para desestabilizar a frágil linha de passe europeia, na boa marcação de bloqueio e na eficiência dos contra-ataques.

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Para conseguir o segundo triunfo, os comandados de Giovane repetiram a estratégia e contaram também com o excesso de erros dos europeus, que deram 10 pontos aos brasileiros somente na primeira parcial (22 ao total contra 15). O bloqueio também desequilibrou a partida a favor do Brasil especialmente no último set – foram 10 pontos anotados neste fundamento contra 4 dos russos.

Depois de uma segunda parcial em que esteve a maior parte do tempo em desvantagem no placar, se impondo na reta final, a seleção pouco foi incomodada no set derradeiro, quando chegou a abrir 20 a 11 sobre os adversários. Os maiores destaques brasileiros foram o central Guilherme Voss, com 13 pontos marcados – 7 somente de bloqueio –, e os ponteiros Angellus da Silva e Victor Birigui com 11 acertos cada.

Equipe de Giovane Gávio conquistou a quarta medalha de bronze na história da competição

Esta foi a quarta medalha de bronze do time verde e amarelo na história do Campeonato Mundial na categoria Sub-21 – o país havia terminado na terceira posição nas edições de 1977, 1989 e 1999. A seleção ainda possui quatro ouros e seis pratas, sendo a segunda maior vencedora do torneio atrás apenas da própria Rússia, que soma dez ouros incluindo as conquistas como União Soviética. Além disso, o pódio nesta edição já foi importante para deixar para trás a triste marca de 2017, quando o Brasil saiu zerado dos Mundiais em todas as categorias.

E em um confronto bastante equilibrado na tarde deste sábado, o Irã levou o ouro na competição ao vencer a Itália por 3 sets a 2, parciais de 25-17, 17-25, 23-25, 25-22 e 12-15. Vale lembrar que os asiáticos já são campeões mundiais na categoria Sub-19.

*Atualizado às 15h33

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Brasil perde a semi para o Irã e mantém jejum no Campeonato Mundial sub-21 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/07/26/brasil-perde-a-semi-para-o-ira-e-mantem-jejum-no-campeonato-mundial-sub-21/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/07/26/brasil-perde-a-semi-para-o-ira-e-mantem-jejum-no-campeonato-mundial-sub-21/#respond Fri, 26 Jul 2019 17:50:11 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=17790

Seleção brasileira sub-21 disputará o bronze contra a equipe russa (Foto: Divulgação/FIVB)

Não será desta vez que a seleção brasileira masculina sub-21 tentará o penta no Campeonato Mundial da categoria, que está sendo disputado na cidade de Manama, capital do Bahrein. Nesta sexta-feira (26), o time comandado por Giovane Gávio, que encerrou a segunda fase do torneio na primeira posição do grupo E, foi superado pelo Irã na semifinal em sets diretos (parciais de 20-25, 14-25 e 17-25).

Desde 2009 sem subir ao lugar mais alto do pódio na competição, a seleção fez uma campanha satisfatória no torneio com cinco vitórias em seis partidas. No entanto, o time não resistiu ao poderio de ataque da emergente força do Oriente Médio, que chegou a fazer expressivos 25 a 14 e 25 a 17 nas últimas parciais. Outro aspecto que chamou bastante a atenção no confronto foi o estrago causado pelo saque iraniano na linha de passe verde-amarela – foram 9 pontos diretos neste fundamento contra nenhum dos brasileiros.

O maior pontuador do confronto foi o oposto Porya Yali, responsável por 17 acertos, seguido de seu compatriota Amirhossein Esfandiar, ponta que colocou 14 bolas no chão. O destaque brasileiro foi o ponta Victor Birigui, com apenas 10 acertos. O jogador, que vinha sendo a bola de segurança do Brasil, ocupando a segunda posição nas estatísticas de melhor aproveitamento no ataque do torneio, não conseguiu ter a mesma regularidade diante dos iranianos.

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A conquista da vaga na decisão do Campeonato Mundial é mais um indicativo da ascendência do Irã no cenário internacional com forte investimento na base. Vale lembrar que os asiáticos são os atuais campeões da competição na categoria sub-19. Este avanço já tem se refletido na seleção adulta, que, embora ainda não tenha conquistado nenhum título relevante, já vem dando trabalho às grandes potências da modalidade, como o Brasil, há algum tempo.

Os iranianos buscarão o ouro contra a seleção italiana, que venceu de virada a Rússia na outra semi por 3 sets a 1, parciais de 24-26, 25-19, 25-22 e 25-21. A decisão será neste sábado (27), às 13h (horário de Brasília). Mais cedo, às 9h, a seleção brasileira tentará o bronze contra os russos.

É importante salientar que as equipes brasileiras de base buscam uma recuperação nos Mundiais, já que em 2017 nenhuma seleção subiu ao pódio no torneio. Foi o pior ano para o Brasil em toda a história da competição. Contudo, abrindo esta temporada, a seleção feminina sub-20 já decepcionou, terminando o torneio na sexta colocação – foi também o resultado mais negativo entre todos do país nesta categoria.

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Revés da Itália elimina a seleção brasileira do Mundial feminino Sub-20 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/07/18/reves-da-italia-elimina-a-selecao-brasileira-do-mundial-feminino-sub-20/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/07/18/reves-da-italia-elimina-a-selecao-brasileira-do-mundial-feminino-sub-20/#respond Thu, 18 Jul 2019 23:13:36 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=17730

Seleção feminina Sub-20 perdeu para a China nesta rodada e dependia de uma vitória das italianas sobre as russas para chegar à semi (Fotos: Divulgação/FIVB)

Nesta quinta-feira (18), a seleção feminina foi eliminada na segunda fase do Campeonato Mundial Sub-20, que vem sendo disputado na cidade de Aguascalientes, no México. Para avançar à semifinal, a equipe dependia de um triunfo da já classificada Itália sobre a Rússia em partida válida pelo grupo E, o mesmo do Brasil.

A Azzurra chegou a abrir 2 a 0 no placar, mas tomou a virada do time russo que venceu por 3 sets a 2 (parciais de 25-22, 25-21, 21-25, 20-25 e 11-15). Assim, as italianas passaram em primeiro lugar na chave e as russas em segundo (ambas somando duas vitórias em três jogos). Brasileiras e chinesas ficaram de fora da briga pelo título com dois revezes.

O time liderado por Hairton Cabral passou a depender das italianas após sofrer a derrota mais cedo para a China por 3 sets a 2 (parciais de 25-21, 23-25, 25-20, 20-25 e 15-11). Com dificuldades no passe, a equipe verde-amarela concentrou praticamente todo o jogo nas extremidades, utilizando pouco as bolas de primeiro tempo com as centrais.

A maior pontuadora do confronto foi a oposta Kisy Nascimento, com 25 acertos, seguida da ponteira Julia Bergmann, que colaborou com 15. Outro aspecto que chamou a atenção na partida foi o elevado número de erros das brasileiras (31 contra 21 das asiáticas). Com a eliminação precoce, o Brasil mantém o preocupante jejum de mais de uma década sem vencer o torneio e buscará o quinto lugar.

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Equipe liderada por Giovane Gávio passou pelos campeões poloneses na estréia do Mundial Sub-21

Já em Manama, capital do Bahrein, a seleção brasileira estreou com vitória sobre a Polônia no grupo D do Mundial Sub-21 masculino. O placar foi de 3 a 1, com parciais de 23-25, 25-23, 18-25 e 19-25. Vale lembrar que os poloneses venceram a competição em 2017 e também são bicampeões mundiais consecutivos na categoria adulta (ao total, a Polônia tem 3 títulos com a seleção principal).

O ponta Victor Birigui, que também já teve passagem pela seleção adulta na Liga das Nações 2018, foi o maior pontuador brasileiro com 14 acertos. O meio-de-rede Edson Junio da Paixão apareceu logo em seguida com 12 pontos. Os europeus deram 36 pontos em falhas ao time de Giovane Gávio e receberam 22.

A equipe pode encaminhar a classificação para a próxima etapa se vencer o Canadá em jogo programado para as 10h30 desta sexta-feira (19).

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Seleções de base do Brasil buscam resgatar hegemonia em Mundiais http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/07/18/selecoes-de-base-do-brasil-buscam-resgatar-hegemonia-em-mundiais/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/07/18/selecoes-de-base-do-brasil-buscam-resgatar-hegemonia-em-mundiais/#respond Thu, 18 Jul 2019 09:00:32 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=17726

Seleção feminina Sub-20 comemora vitória contra a equipe russa (Foto: Divulgação/FIVB)

Se a temporada 2019 das seleções principais feminina e masculina de vôlei tem sido de preparação visando os torneios Pré-Olímpicos de agosto – que classificarão os campeões dos respectivos grupos para a Olimpíada de Tóquio –, para as categorias de base o ano não é menos importante. Afinal, 2019 é ano dos Campeonatos Mundiais.

Enquanto o Sub-21 masculino começa nesta quinta-feira (18), em Manana, capital do Bahrein, a seleção feminina disputa a 20ª edição da competição na categoria Sub-20 até domingo (21) nas cidades de León e Aguascalientes, no México. Completam o calendário o Mundial Sub-19 masculino, que ocorrerá entre 21 e 30 de agosto na Tunísia, e o Sub-18 feminino, a ser realizado entre 5 e 14 de setembro na cidade do Cairo, no Egito.

A expectativa é que 2019 seja um ano de recuperação para as categorias de base do Brasil, já que em 2017, pela primeira vez desde 1985, o país não subiu ao pódio em nenhuma das competições internacionais disputadas.

Desde 2007 sem conquistar o ouro na categoria Sub-20, a equipe feminina liderada por Hairton Cabral terminou a última edição do torneio na quinta posição. Assim, o time luta para quebrar este jejum de doze anos na competição que começou com 16 seleções reunidas em quatro grupos de quatro times jogando entre si na primeira etapa. Seguindo o regulamento, os dois melhores de cada chave se classificaram para a fase seguinte com a formação de outros dois grupos de quatro participantes.

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Contando com nomes como as ponteiras Tainara Santos e Julia Bergmann, o Brasil encerrou a primeira fase do campeonato na segunda colocação da chave D, somando duas vitórias em três jogos. Assim, avançou ao grupo E, onde foi superado pela Itália em sets diretos (25-27, 21-25 e 18-25) e derrotou a Rússia nesta quarta-feira (17) também por 3 a 0 (22-25, 23-25 e 14-25). Com o resultado, a equipe se manteve viva no Mundial e enfrentará a atual campeã China nesta quinta (18), às 14h30, em busca de uma vaga na semifinal.

Apesar do preocupante hiato de mais de uma década, a seleção brasileira ainda é a maior campeã da história do Campeonato Mundial Sub-20, com seis ouros, cinco pratas e dois bronzes (contabilizando 13 medalhas).

Também criado em 1977, o Mundial Sub-21 masculino terá a participação do Brasil e outras 15 seleções que seguirão o mesmo regulamento da competição no naipe feminino. Os comandados de Giovane Gávio buscam o 5º título na competição (a última vez que o time subiu ao lugar mais alto do pódio foi em 2009).

Na chave D, eles estreiam nesta quinta-feira (18), às 10h30, contra a atual campeã Polônia. Canadá e Itália serão os demais adversários na primeira fase. A Rússia é a maior recordista de títulos da competição com 10 medalhas de ouro (incluindo as conquistas ainda como União Soviética). O Brasil aparece logo em seguida com quatro ouros, seis pratas e três bronzes.

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Russos viram sobre donos da casa e são campeões mundiais de vôlei de praia http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/07/07/russos-viram-sobre-donos-da-casa-e-sao-campeoes-mundiais-de-volei-de-praia/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/07/07/russos-viram-sobre-donos-da-casa-e-sao-campeoes-mundiais-de-volei-de-praia/#respond Sun, 07 Jul 2019 18:29:10 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=17594

Krasilnikov (de boné escuro) olha a taça que tanto sonhou em conquistar (Foto: Divulgação/FIVB)

O cenário era adverso: aproximadamente 12 mil pessoas lotaram a arena de vôlei de praia montada em Hamburgo (Alemanha) para apoiar a jovem dupla local Julius Thole e Clements Wicker na final do Campeonato Mundial, principal evento do calendário da modalidade atrás apenas da Olimpíada. Mas os russos Viacheslav Krasilnikov e Oleg Stoyanovskiy conseguiram, com uma ótima estratégia de saque e ataques agressivos, superar as dificuldades para faturar a taça pela primeira vez.

O duelo foi encerrado em 2 sets a 1, parciais de 19-21, 21-17 e 15-11. É o primeiro título da parceria, sendo que Krasilnikov havia ficado com o bronze no último Mundial, há dois anos, quando jogava ao lado de Nikita Liamin. Stoyanovskiy, por sua vez, se tornou o campeão mundial mais jovem da história do vôlei de praia, com 22 anos, 9 meses e 11 dias.

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“Mal posso acreditar que eu sou campeão agora. Nem sei o que dizer”, comentou um emocionado Krasilnikov. “É incrível, não consigo descrever meu sentimento. Foi para isso que eu trabalhei tantos anos”, complementou.

Na disputa pela medalha de bronze, os noruegueses Mol e Sorum bateram os americanos Bourne e Crabb por 19-21, 21-15 e 15-10. Melhor dupla da atual temporada do Circuito Mundial, eles eram favoritos ao título, mas pararam diante dos alemães na semifinal.

Ao todo, quatro duplas brasileiras disputaram o título, mas, depois de uma excelente fase de grupos, o melhor resultado ficou por conta de André e George, que perderam nas quartas de final para Bourne e Crabb.

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