Bruno – Blog Saída de Rede http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br Reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Tue, 31 Dec 2019 12:02:55 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Para o bem e para o mal: os fatos que marcaram o vôlei em 2019 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/12/23/para-o-bem-e-para-o-mal-os-fatos-que-marcaram-o-volei-em-2019/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/12/23/para-o-bem-e-para-o-mal-os-fatos-que-marcaram-o-volei-em-2019/#respond Mon, 23 Dec 2019 09:00:20 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=19562

O italiano Civitanova ganhou os títulos mais importantes em 2019 (Foto: Divulgação/FIVB)

Taubaté campeão da Superliga masculina pela primeira vez, Lube Civitanova no topo do mundo, França decepcionando de novo, Itambé Minas dominando o cenário nacional, Earvin Ngapeth preso, Sérvia triunfando na Europa…

Qual foi “o assunto” do vôlei em 2019? Sem dúvida, assim como em outros anos, foram vários os acontecimentos que movimentaram as redes sociais e mobilizaram os fãs da modalidade. O Saída de Rede fez uma seleção dos fatos mais relevantes.

Confira o sobe e desce do vôlei neste ano em ordem alfabética:

SOBE

Civitanova

Equipe do levantador Bruno fechou o ano com a conquista do Mundial de Clubes, em Betim (MG) (Foto: Divulgação/FIVB)

Considerado por muitos a melhor equipe de vôlei masculino da atualidade, o italiano Lube Civitanova soube angariar tamanho prestígio ao longo do ano. Afinal, não foi pouco o que o time comandado pelo experiente Ferdinando De Giorgi realizou em 2019. Com jogadores do naipe dos brasileiros Bruno e Leal, além de Juantorena e Simon em sua “linha de frente”, o Civitanova ganhou o Scudetto pela quinta vez em sua história e, uma semana depois, conquistou o segundo troféu da Liga dos Campeões da Europa, o mais importante torneio interclubes do continente.

Somando 11 vitórias em 11 jogos na competição, os italianos venceram o Zenit Kazan na final, equipe que se tornou o maior papa-títulos recente da Europa, interrompendo uma hegemonia de quatro anos da equipe russa. Foi uma façanha e tanta, uma vez que o último clube daquele país que conseguiu vencer a Champions League foi o Trentino nas temporadas 2008/2009, 2009/2010 e 2010/2011. Como se não bastasse, o Civitanova fechou o ano com chave de ouro ao colocar em sua galeria o único troféu que ainda faltava: o de campeão mundial.

Itambé Minas

A equipe mineira ganhou praticamente tudo na temporada 2018/2019 (Foto: Orlando Bento/FIVB)

A temporada 2018/2019 foi, seguramente, uma das mais vitoriosas da história do brasileiro Itambé Minas. Um dos nossos mais tradicionais clubes, o Minas sempre teve a sua importância valorizada no cenário nacional, mas, nos últimos anos, vinha sendo aquele time que apenas participava da mais relevante competição interclubes do país.

Com a chegada de reforços de peso, como as ponteiras Gabi e Natália, além da manutenção de outras jogadoras fundamentais, como Carol Gattaz e Macris, e do técnico italiano Stefano Lavarini, o grupo ganhou o Campeonato Mineiro, a Copa Brasil, o Sul-Americano e, depois de um jejum de 17 anos, a Superliga feminina.

O único título que restou foi o do Mundial de Clubes 2018, onde ficou com uma valorosa medalha de prata. A equipe perdeu algumas peças para a temporada 2019/2020 e está passando por um processo de reconstrução. No Mundial deste ano, alcançou o 5º lugar.

Já nesta Superliga pré-olímpica, o representante mineiro, hoje liderado por Nicola Negro, manteve a talentosa levantadora Macris e ainda conta com nomes, como a central bicampeã olímpica Thaísa, que vem retornando ao melhor de sua forma. A equipe está na vice-liderança do campeonato, somando 8 vitórias em 8 partidas.

Renan Dal Zotto

Renan teve um 2019 especial tanto no clube quanto na seleção (Foto: Divulgação/FIVB)

Homenageado pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) pelo segundo ano consecutivo como o melhor técnico do país, Renan também teve um 2019 especial. Ele levou a seleção masculina de vôlei à conquista do 32º título do Campeonato Sul-Americano, classificou o Brasil para a Olimpíada de Tóquio no Pré-Olímpico – a competição mais importante da temporada, vencida de forma dramática em Varna, na Bulgária –, e, de quebra, ainda faturou a Copa do Mundo de maneira invicta.

Renan também brilhou na temporada de clubes 2018/2019. O treinador assumiu o EMS Taubaté Funvic, uma das mais prestigiadas equipes da Superliga masculina, em fevereiro. Repleto de estrelas e selecionáveis, o time patinava na competição e enfrentava uma crise interna motivada por discordâncias entre o plantel e o técnico argentino Daniel Castellani que, demitido, foi interinamente substituído por Ricardo Navajas, supervisor técnico do clube.

No comando, Renan não apenas mudou a forma da equipe atuar, construindo uma base titular e um padrão de jogo muito mais estável, como ainda levou o representante do Vale do Paraíba a ganhar um inédito título nacional.

Sérvia

Seleção sérvia chegará forte nos Jogos de Tóquio (Foto: Divulgação/FIVB)

A Sérvia dominou completamente a Europa neste ano de 2019. Campeã mundial em 2018 e medalhista de prata na Rio 2016, a seleção feminina já vem fazendo um ciclo olímpico de encher os olhos. Liderada por Zoran Terzic, se sagrou campeã europeia pela terceira vez ao vencer a perigosa Turquia, do técnico italiano Giovane Guidetti, na casa do rival.

Para tanto, contou com o brilho da oposta Tijana Boskovic, uma das melhores jogadoras do mundo, e de sua “coadjuvante de luxo”, a forte ponteira Brankica Mihajlovic, além da talentosa levantadora Maja Ognjenovic. Trata-se de mais uma demonstração de que a equipe é uma das fortes candidatas ao ouro na Olimpíada do ano que vem.

Equipe masculina se redimiu depois de ter caído no Pré-Olímpico diante da seleção italiana (Foto: Divulgação/FIVB)

A seleção masculina, usualmente instável, não decepcionou desta vez. Cerca de duas semanas após a conquista feminina, os homens também levaram o tri na competição, derrotando a ascendente Eslovênia na final em Paris (França). O grupo teve o auxílio de um novo comandante, o técnico Slobodan Kovac, que substituiu Nikola Grbic logo após o torneio Pré-Olímpico.

O oposto Aleksandar Atanasijevic, que costuma “pipocar” nos grandes torneios com a Sérvia, foi o grande destaque ao lado do habilidoso ponteiro Uros Kovacevic. O título, sem sombra de dúvida, dá mais confiança e credencia o representante dos Bálcãs entre os favoritos à conquista da vaga olímpica na concorrida repescagem continental de janeiro.

Taubaté

Taubaté venceu a mais importante competição interclubes do país pela primeira vez (Foto: William Lucas/Inovafoto/CBV)

A temporada 2018/2019 da Superliga masculina ficou marcada pelo aparecimento de um novo campeão. Mas, o começo dos trabalhos em Taubaté foi bastante alvoroçado. Com orçamento alto, a equipe formada por jogadores da categoria de Lucarelli, Conte, Rapha e Lucão, entre outros, não engrenava e os títulos não apareciam.

O Campeonato Paulista parecia muito pouco para um elenco tão poderoso. Por isso, a quarta colocação na experimental Libertadores do vôlei, disputada em casa, acabou sendo o estopim para a demissão do argentino Castellani.

A vinda de Renan Dal Zotto, entretanto, mudou tudo. Para ganhar a Superliga pela primeira vez, o grupo do Vale do Paraíba interrompeu uma sequência de seis títulos do multicampeão Sada Cruzeiro, batendo o time celeste na semifinal, e ainda venceu o disciplinado Sesi na decisão inédita.

O título acabou representando ainda uma espécie de redenção para o campeão olímpico Lucarelli, que depois de permanecer cerca de oito meses parado se recuperando de uma lesão no tendão da Aquiles, voltou a jogar e foi uma peça indispensável na exitosa temporada taubateana. Tanto que saiu como MVP do torneio.

DESCE

Earvin Ngapeth

Ngapeth foi preso em Minas Gerais após flagrante por importunação sexual (Foto: Divulgação/FIVB)

Um dos melhores jogadores do mundo na atualidade, o ponteiro Earvin Ngapeth não cansa de se envolver em confusões e polêmicas fora das quatro linhas. Após a final do Mundial de Clubes masculino, disputado em Betim (MG), o atleta, uma das estrelas da seleção francesa e do time russo Zenit Kazan, foi a uma boate de Belo Horizonte acompanhado de outros colegas e, após dar um tapa nas nádegas de uma frequentadora do local, acabou preso em flagrante pelo crime de importunação sexual.

Detido durante quase dois dias no Complexo Penitenciário de Segurança Máxima Nelson Hungria, em Contagem, Ngapeth foi solto após pagamento de fiança no valor de R$50 mil e responderá ao processo em liberdade. Cabe lembrar que não é a primeira vez que o nome do ponteiro é destaque nas páginas policiais.

Entre outros eventos, ele foi preso em 2015 ao agredir um funcionário de uma estação de trem de Marselha, na França, e perdeu a carteira de habilitação em 2017 por dirigir alcoolizado e provocar um acidente em Modena, na Itália.

Seleção francesa

Seleção francesa não consegue ganhar um título de grande expressão (Foto: Divulgação/FIVB)

Enquanto o seu principal astro não para de causar problemas fora das quadras, a seleção francesa de vôlei, uma das mais técnicas do mundo, segue colecionando fracassos. Assim como na Rio 2016, no Europeu de 2017 e no Campeonato Mundial de 2018, os “bleus” voltaram a decepcionar.

A primeira queda foi no torneio Pré-Olímpico, quando a equipe foi facilmente batida pela campeã mundial Polônia e perdeu a chance de se garantir antecipadamente na Olimpíada de Tóquio.

O segundo tombo no ano foi ainda mais doloroso. Disputando a fase final do Campeonato Europeu em casa, algo que a Federação local via como uma oportunidade para promover o vôlei no país, a seleção foi eliminada na semifinal pela equipe sérvia, que se sagraria campeã posteriormente, calando os 12 mil torcedores que lotaram a Arena Paris, na capital francesa.

Em baixa no cenário internacional, o grupo, que tem atletas para lá de respeitáveis, como o central Le Roux e o líbero Jenia Grebennikov, precisará buscar forças para se reconstruir e encarar o duríssimo classificatório continental para os Jogos de Tóquio.

Vôlei russo

Rússia corre o risco de não participar da Olimpíada de Tóquio (Foto: Divulgação/FIVB)

Há tempos sob suspeita – e perdendo credibilidade em função disso –, o esporte russo sofreu um baque neste final de ano. O país foi banido pela Agência Mundial Antidoping (WADA) das competições internacionais pelos próximos quatro anos, incluindo a Olimpíada do ano que vem. A decisão, obviamente, afetou diretamente o tradicional e vitorioso vôlei russo, detentor de inúmeros títulos, incluindo quatro medalhas de ouro olímpicas com os homens.

A propósito, o atual time composto por jogadores do naipe de Maxim Mikhaylov, Egor Kliuka e Dmitry Volkov, era considerado um dos candidatos ao pódio em Tóquio. Não é de hoje, entretanto, que atletas da seleção masculina vêm sendo citados em relatórios da WADA sob a suspeita de terem feito uso de substâncias proibidas.

O Comitê Olímpico Internacional (COI) manifestou pleno apoio à Agência, mas o caso ainda será julgado em última instância pelo Tribunal Arbitral do Esporte (TAS, na sigla em francês). Já a Federação Internacional de Vôlei (FIVB) se pronunciará apenas ao final do processo.

Zenit Kazan

Zenit Kazan teve um desempenho muito ruim no Mundial de Clubes (Foto: Divulgação/FIVB)

Um dos clubes mais vencedores do voleibol mundial, o russo Zenit Kazan não viveu uma boa jornada neste 2019. Os problemas, entretanto, não começaram este ano. A queda precoce no Mundial de Clubes do ano passado foi um indicativo de que a equipe estava passando por turbulências.

Vale lembrar que o clube perdeu o astro polonês Wilfredo León e o norte-americano Matt Anderson, jogadores que formavam a espinha dorsal do time e que ajudaram a transformá-lo em uma potência mundial.

A perda do título nacional (após cinco conquistas) para o surpreendente Kuzbass Kemerovo e da Champions League para o Civitanova foi a confirmação de que o grupo precisaria se reconstruir. Com Ngapeth e Sokolov como titulares, além de Mikhaylov improvisado na ponta, o conjunto, no entanto, ainda parece buscar a identidade perdida.

O fiasco da participação no Mundial de Clubes, em Betim, é uma demonstração disso. A equipe teve atuações tecnicamente muito ruins, desinteressadas e preguiçosas. Mas, ainda assim, garantiu a medalha de bronze, sendo beneficiado pelo formato do campeonato formulado pela Federação Internacional, que teve apenas quatro competidores. O brasileiro Sada Cruzeiro ficou com o vice e o catari Al-Rayyan em quarto.

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Sada luta, mas é derrotado por Civitanova, de Leal e Bruno, no Mundial http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/12/04/sada-luta-mas-e-derrotado-por-civitanova-de-leal-e-bruno-no-mundial/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/12/04/sada-luta-mas-e-derrotado-por-civitanova-de-leal-e-bruno-no-mundial/#respond Thu, 05 Dec 2019 02:19:48 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=19292

Levantador da seleção brasileira, Bruno Rezende atua pelo Civitanoca no voleibol de clubes (Foto: Divulgação/FIVB)

Em duelo de bom nível disputado na noite desta quarta-feira (4), o Lube Civitanova bateu o Sada Cruzeiro pela segunda rodada da fase classificatória do Mundial masculino de clubes. Jogando no ginásio Divino Braga, em Betim (MG), o time italiano fez 3 sets a 0, parciais de 25-23, 30-28 e 25-15.

Embalado pela boa vitória sobre o Zenit Kazan, da Rússia, na estreia do torneio, o Sada tentou utilizar a mesma tática, com saques eficientes para quebrar a linha de recepção rival e surpreender os atuais campeões europeus. O Civitanova, porém, não só segurou a pressão como respondeu com a mesma arma, dificultando a vida dos donos da casa, que ainda foram capazes de equilibrar as ações nos dois primeiros sets, antes de perderem completamente a concentração na terceira parcial, a mais tranquila de todas.

Ao todo, o Civitanova conseguiu nove pontos oriundos em aces, cinco a mais que os donos da casa – três deles foram feitos por dois velhos conhecidos da torcida cruzeirense, o ponteiro Leal (dois pontos de saque) e o central Simon. No reencontro contra sua ex-equipe, os dois jogadores nascidos em Cuba receberam algumas vaias, mas, no geral, foram tratados com muito respeito pelos torcedores brasileiros.

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O bloqueio também foi um fator fundamental para a vitória do Civitanova, que marcou dez pontos no fundamento, contra apenas três dos brasileiros. Individualmente, o central polonês Mateusz Bieniek foi o grande destaque do jogo, com 16 pontos (oito de ataque, quatro de saque e quatro de bloqueio), enquanto Leal colocou 14 bolas no chão, Simon seis e o levantador brasileiro Bruno Rezende outras três. Pelo lado do Cruzeiro, a maior pontuação ficou com o oposto Evandro (15 pontos), seguido pelo ponteiro canadense Gordon Perrin (13).

Com uma vitória e uma derrota, o Sada Cruzeiro volta à quadra às 20h30 (horário de Brasília) desta quinta-feira (5) para encarar o Al-Rayyan, do Catar – apesar de teoricamente ser o time mais fraco do campeonato, a equipe árabe quase complicou a vida do Zenit Kazan no início da noite desta quarta (4), perdendo por 3 a 1 (21-25, 25-20, 25-23 e 25-21).

A equipe russa, aliás, será a próxima adversária do invicto Civitanova, em duelo programado para 18 horas. Vale lembrar que o Mundial masculino de clubes 2019 é disputado apenas por estas quatro equipes, de forma que a fase classificatória serve apenas para a definição das semifinais, que serão jogadas no sábado (7).

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Lesionado, Bruno pode voltar a defender o Civitanova na final da Supercopa http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/10/28/lesionado-bruno-pode-voltar-a-defender-o-civitanova-na-final-da-supercopa/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/10/28/lesionado-bruno-pode-voltar-a-defender-o-civitanova-na-final-da-supercopa/#respond Mon, 28 Oct 2019 09:00:05 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=18890

Levantador brasileiro se lesionou durante o treinamento para o jogo contra o Milão no Campeonato Italiano (Foto: Reprodução/Internet)

A temporada de clubes acabou de começar na Itália e o atual campeão Lube Civitanova, de Bruno e Leal, já tem uma preocupação: neste fim de semana, o levantador da seleção brasileira masculina de vôlei, que está em sua segunda passagem pelo clube, sofreu uma leve torção no tornozelo direito durante os treinamentos e ainda passará por uma avaliação para saber quando poderá retornar definitivamente, atuando em uma partida inteira.

Isto porque, mesmo lesionado, ele chegou a entrar em quadra nas inversões 5-1 (com o oposto iraniano Ghafour, reforço para temporada 2019/2020) promovidas pelo técnico italiano Fefè De Giorgi no confronto deste domingo (27) contra a equipe do Milão pelo Campeonato local.

O levantador belga Stijn D’Hulst, reserva do brasileiro, acabou jogando como titular e conduziu o Civitanova à vitória em sets diretos, com parciais de 25-22, 25-15 e 25-20. Com o triunfo, o terceiro consecutivo, o time, que ainda tem no elenco estrelas como o ponteiro italiano Juantorena, e o meio de rede cubano Simon, manteve a liderança na competição com 9 pontos.

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Voleicast #10: Renan brilha e Brasil é campeão da Copa do Mundo masculina

O esperado, entretanto, era que o jovem Azaria Gonzi, de 19 anos, oriundo das categorias de base, atuasse na posição, já que D’Hulst havia sido liberado pelo clube para regressar à sua terra natal para estar ao lado da família após o falecimento de seu pai. O atleta, contudo, teve uma atitude admirável e pediu para voltar a tempo de disputar a partida válida pela terceira rodada.

“Passamos por dias complicados por razões humanas e pela lesão do Bruno. Vi muita sensibilidade por parte de D’Hulst, que decidiu vir e ajudar a equipe. Tudo isso compactou o grupo. (…) Esse gesto de Stijn certamente permanecerá dentro de todos nós”, enalteceu o técnico De Giorgi.

O ponteiro Juantorena, maior pontuador do confronto com 17 acertos, também elogiou o companheiro. “Nós respondemos muito bem a todas estas dificuldades. Parabéns ao D’Hulst pelo gesto corajoso em um momento muito complicado. Ele jogou com determinação, é um grande homem e campeão. Depois dessa grande vitória, começamos a pensar na final contra o Modena”, afirmou o jogador, referindo-se ao duelo pela Supercopa que acontecerá em casa, na próxima sexta-feira (1).

A expectativa é que Bruno, ouro na Copa do Mundo de vôlei com a seleção brasileira, possa estar 100% recuperado para defender o atual campeão local e europeu neste confronto.

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Em teste de fogo na Copa do Mundo, Brasil bate os EUA com grande atuação http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/10/10/em-teste-de-fogo-na-copa-do-mundo-brasil-bate-os-eua-com-grande-atuacao/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/10/10/em-teste-de-fogo-na-copa-do-mundo-brasil-bate-os-eua-com-grande-atuacao/#respond Thu, 10 Oct 2019 10:38:16 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=18668

Com performance memorável, a seleção brasileira venceu os americanos em sets diretos nesta quinta-feira (10) (Fotos: Divulgação/FIVB)

A seleção brasileira masculina de vôlei passou no primeiro grande teste na Copa do Mundo do Japão. Nesta quinta-feira (10), jogando na cidade japonesa de Hiroshima, o Brasil bateu a equipe norte-americana, atual campeã do torneio e adversária direta na luta pelo título, com uma exibição de encher os olhos por incríveis 3 sets a 0, com parciais de 23-25, 22-25 e 17-25.

Os Estados Unidos foram à quadra com o oposto Anderson, os ponteiros Russell e Muagututia, o levantador Christenson, os centrais Holt e Smith, e o líbero Erik Shoji. Já Renan optou por Bruno na distribuição, Leal e Lucarelli nas pontas, Maurício Souza e Lucão pelo meio, Alan na saída e Thales como líbero.

Em um jogo com ótimo nível técnico, ambos os times iniciaram a primeira etapa com grande intensidade, troca de saques forçados e poucas falhas. O enorme equilíbrio também se refletiu no placar, que se manteve parelho em todo o tempo.

Quando o Brasil conseguia abrir dois ou três pontos de vantagem, sobretudo através do saque – destaque para Leal e Lucarelli, que tiveram excelentes passagens no fundamento -, os americanos recuperavam utilizando a mesma arma e o sideout. Diante da eficiência rival no serviço, eles chegaram a executar a recepção com quatro jogadores – o oposto/ponteiro Matt Anderson, um dos maiores astros da seleção que, bem marcado, teve uma atuação apagada no ataque, também compôs a linha de passe.

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No Voleicast #9: Seleção masculina tem bom início, mas ainda será testado na Copa do Mundo

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Em uma parcial tão igual, o Brasil acabou largando na frente com bom aproveitamento no bloqueio e nos contra-ataques – Leal foi o desafogo na reta final, anotando 7 pontos ao total.

Como esperado, a seleção americana permaneceu dando muito trabalho ao time de Renan, não permitindo que os brasileiros desgarrassem no marcador na etapa complementar. Apesar da visível queda de rendimento das equipes no saque nesta segunda parcial, o ótimo volume de jogo verde e amarelo apareceu no momento crucial do set a partir de grandes defesas do líbero Thales, gerando contra-ataques certeiros convertidos em pontos por Alan e Leal, que voltaram a brilhar.

O Brasil manteve a concentração e a intensidade na terceira parcial. Com imensa dificuldade na virada de bola e no bloqueio – para se ter uma ideia, os EUA marcaram o seu primeiro ponto no fundamento somente nesta última parcial enquanto que o time de Renan fez 8 no total -, os rivais foram perdendo a força e a confiança na partida em função da imposição do padrão de jogo dos atuais campeões olímpicos.

O Brasil segue líder da Copa do Mundo com 21 pontos

O levantador Bruno, que pouco vinha acionando os centrais, passou a jogar com o meio – principalmente Lucão -, prendendo a marcação adversária e liberando as pontas. Deste modo, em um confronto em que todos os jogadores tiveram grande atuação, Alan e Leal anotaram mais pontos, com 16 e 15 acertos, respectivamente.

Lucarelli, que fez o seu melhor jogo na competição mostrando serviço em todos os fundamentos, foi o terceiro maior pontuador do Brasil com 10 bolas no chão. Do outro lado, o ponta Aaron Russell marcou 16 vezes.

Com o triunfo, o Brasil permaneceu na liderança isolada da competição com 21 pontos. Os americanos caíram para a terceira posição, somando 16, e a Polônia assumiu a vice-liderança com 18. A seleção volta à quadra nesta sexta-feira (11), às 2h, para enfrentar a seleção da Tunísia.

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Com brilho de Alan e Leal, Brasil vence o Egito na Copa do Mundo http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/10/04/com-brilho-de-alan-e-leal-brasil-vence-o-egito-na-copa-do-mundo/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/10/04/com-brilho-de-alan-e-leal-brasil-vence-o-egito-na-copa-do-mundo/#respond Fri, 04 Oct 2019 11:14:41 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=18612

Com a vitória, a seleção assumiu a liderança isolada na competição, somando 3 triunfos em 3 jogos (Fotos: Divulgação/FIVB)

Assim como ocorreu no último encontro entre as equipes, no torneio Pré-Olímpico de agosto, a seleção brasileira masculina de vôlei voltou a vencer o Egito, chegando à sua terceira vitória na Copa do Mundo. Na manhã desta sexta-feira (4), a equipe de Renan Dal Zotto passou pelo brigador time africano em Nagano (Japão), fazendo 3 a 1, com parciais de 25-19, 21-25, 25-19 e 25-22. Com o triunfo, o Brasil assumiu a liderança isolada na competição.

Com a mesma formação que iniciou as partidas anteriores, os atuais campeões olímpicos começaram o confronto cometendo alguns erros de saque que acabaram mantendo o equilíbrio contra o bem azeitado time egípcio. O bom volume de jogo e o ótimo rendimento nos contra-ataques, entretanto, fizeram com que a seleção brasileira conseguisse colocar uma diferença de 5 pontos (18 a 13) a partir da metade do primeiro set.

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Concentrada, a equipe de Renan encaminhou a vitória na parcial a partir da evolução no saque, que conseguiu quebrar a recepção africana em diversos momentos. As boas coberturas de defesa e o aproveitamento no ataque (destaque para a grande atuação do oposto Alan, que marcou 8 pontos apenas neste set) selaram a vantagem brasileira. A nota negativa foi para o ponteiro Lucarelli, que anotou apenas 1 ponto de saque.

O time liderado pelo holandês Gido Vermeulen tentou mostrar força na segunda parcial principalmente com a melhora na recepção e na virada de bola, chegando à parada obrigatória com 1 ponto à frente (16 a 15). Os brasileiros, por outro lado, demonstraram uma queda no saque. Outro fundamento que funcionou pouco no Brasil foi o bloqueio.

Ouça no Voleicast: seleção feminina termina a Copa do Mundo na quarta posição e mostra que tem muito a evoluir até os Jogos de Tóquio

Buscando melhorar o aproveitamento do ataque pelas pontas, o técnico Renan lançou Douglas Souza à quadra no lugar de Lucarelli. O jogador, contudo, não entrou bem e acabou substituído. Assim, na base da empolgação, a equipe africana venceu o set superando o Brasil no sideout (ao total, foram 16 a 11 no fundamento) e no serviço, que causou problemas à linha de passe brasileira.

Oposto brasileiro voltou a se sobressair no jogo contra os egípcios

Com o saque e o bloqueio mais agressivos e o desempenho seguro especialmente de Alan na saída e Leal na entrada, a seleção colocou o pé no acelerador abrindo 16 a 9 no placar do terceiro set. Os egípcios ainda esboçaram uma reação, mas a equipe verde e amarela impôs o seu jogo se valendo também da diminuição do ritmo adversário no serviço. O final da parcial ainda teve um momento inusitado, quando o oposto brasileiro executou uma recepção com um dos pés, terminando a jogada com um ponto de Maurício Borges.

O técnico holandês escalou um time com várias alterações no quarto set. E a equipe correspondeu endurecendo o jogo com um saque potente e uma virada de bola novamente efetiva. Com Flávio e Maurício Borges mantidos em quadra, a seleção, em contrapartida, passou por momentos de instabilidade em função de algumas falhas técnicas do armador Bruno nos levantamentos.

Contudo, o time soube crescer no sideout – Leal acabou sendo o desafogo, virando bolas difíceis – na reta final e tirou proveito dos erros do oponente – foram 28 falhas ao total contra 23 dos brasileiros.

O maior pontuador do cotejo foi Leal, com 22 bolas no chão, seguido de perto por Alan, que marcou 20. O central Lucão também apareceu com 14 acertos. O próximo desafio do Brasil será contra a desfalcada equipe russa, que perdeu para a Austrália por 3 sets a 2, com parciais de 16-25, 25-22, 28-26, 21-25 e 12-15. O jogo está programado para este sábado (5), às 2h.

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Ataque faz a diferença e Brasil estreia na Copa do Mundo com vitória http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/10/01/ataque-faz-a-diferenca-e-brasil-estreia-na-copa-do-mundo-com-vitoria/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/10/01/ataque-faz-a-diferenca-e-brasil-estreia-na-copa-do-mundo-com-vitoria/#respond Tue, 01 Oct 2019 10:30:30 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=18570

Seleção brasileira venceu o time canadense nesta terça-feira (1) (Fotos: Divulgação/FIVB)

Nesta terça-feira (1º), a seleção brasileira masculina de vôlei iniciou a sua caminhada em busca do terceiro título da Copa do Mundo. Jogando em Nagano, no Japão, a equipe de Renan Dal Zotto estreou na 14ª edição da competição com uma vitória tranquila por 3 a 0 diante do Canadá, com parciais de 25-14, 25-22 e 25-14.

O técnico Renan Dal Zotto entrou em quadra com praticamente todos os seus titulares: Bruno no levantamento, Leal e Lucarelli na entrada de rede, Maurício Souza e Lucão pelo meio, Alan na saída e Thales como líbero (Maique não esteve no revezamento na posição). O único que não está disputando a competição é o oposto Wallace, que ganhou folga do restante da temporada de seleções.

O time brasileiro foi dominante desde o começo da partida. Com bom rendimento na virada de bola e um saque pesado que desestruturou a linha de passe adversária, os tricampeões olímpicos rapidamente abriram 15 a 9 no marcador. Chamou a atenção, ainda, o bloqueio, que “achou” o ataque rival tocando em muitas bolas, o volume de jogo com boas coberturas na defesa e a disposição na execução dos fundamentos neste confronto de estreia.

O levantador Bruno, com um bom passe durante a maior parte desta primeira parcial, também fez uma distribuição equilibrada das jogadas, utilizando tanto as bolas rápidas pelo meio – o central Lucão foi o maior pontuador com 6 acertos – quanto pelas extremidades.

Mais organizado e cometendo menos erros, o selecionado canadense, que não contou com o técnico Glenn Hoag no banco de reservas, tentou uma reação a partir do segundo set principalmente através do saque e do bloqueio. O ataque também ganhou em eficiência com o crescimento do ponta Nicholas Hoag e do oposto Vernon-Evans. Assim, a equipe colocou 5 pontos de diferença no marcador (18 a 13).

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O Brasil, em contrapartida, perdeu em eficiência no serviço, no bloqueio, no sideout e no sistema defensivo. O passe também voltou a falhar. Na reta final, contudo, a seleção conseguiu o empate em 22 a 22 e a virada no placar a partir de uma sequência forte de saques de Leal e da entrada de Felipe Roque e Cachopa na inversão 5-1. E um erro do ataque canadense acabou ampliando a vantagem do time de Renan.

Pretendendo fechar logo a partida, o Brasil voltou à quadra em ritmo novamente acelerado. Mais mobilizado, construiu uma margem de 19 a 8 no placar com facilidade. O técnico Renan ainda aproveitou para fazer novas experiências com Cachopa Felipe Roque e Maurício Borges.

E foi justamente a intensidade no serviço e na virada de bola que determinaram o triunfo em sets diretos. Tanto que a equipe fez 43 pontos de ataque contra 31. No saque a seleção fez 7 aces contra apenas 1 dos adversários. Em relação aos erros, 19 para o Canadá e 13 para o Brasil.

O maior destaque ofensivo do jogo foi o oposto Alan, responsável por 14 acertos. Os pontas Lucarelli e Leal apareceram logo em seguida, com 11 e 10 pontos, respectivamente. Vencedora da Copa do Mundo em 2003 e 2007, a seleção brasileira voltará à quadra às 6h desta quarta-feira (2) para encarar a perigosa equipe australiana. Assim como o torneio no naipe feminino, a competição é disputada em sistema de pontos corridos. Todos jogam contra todos e o time que somar mais pontos fica com o troféu.

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Fã do vôlei nacional, técnico de Portugal diz que aprendeu com brasileiro http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/08/19/fa-do-volei-nacional-tecnico-de-portugal-diz-que-aprendeu-com-brasileiro/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/08/19/fa-do-volei-nacional-tecnico-de-portugal-diz-que-aprendeu-com-brasileiro/#respond Mon, 19 Aug 2019 09:00:09 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=18125

Hugo Silva comanda a seleção portuguesa há seis anos (Fotos: Divulgação/FIVB)

Com relações secularmente estabelecidas em diversos campos, Brasil e Portugal também mantêm uma franca conexão quando o assunto é vôlei. É o que afirma Hugo Silva, técnico da seleção masculina que hoje ocupa a 31ª posição no ranking mundial da Federação Internacional de Vôlei (FIVB). Vencedora da Copa Challenger de 2018, a equipe debutou na elite da modalidade na Liga das Nações desta temporada, chegando a enfrentar o time de Renan Dal Zotto.

Em entrevista ao Saída de Rede, o comandante português falou, entre outros assuntos, sobre a admiração dos lusitanos pelo vôlei brasileiro e a relevância de Chico dos Santos – treinador que integrou, durante muitos anos, a vitoriosa comissão técnica de Bernardinho, que colecionou títulos com a seleção verde-amarela masculina – para o desenvolvimento do esporte no país.

Assim como no Brasil, o vôlei também é uma das modalidades mais praticadas em Portugal. No entanto, Hugo Silva explica que o campeonato local carece de uma estrutura profissional que permita que técnicos e jogadores possam viver exclusivamente do esporte.

“São poucas as equipes profissionais em Portugal. Talvez tenhamos duas ou três no máximo com dois ou três jogadores profissionais. Nunca é o time completo. Os atletas precisam sair daqui para conseguir viver do esporte. Já esteve pior, mas as coisas estão melhorando com o aparecimento de clubes importantes, como o Sporting, que surgiu há dois anos. Lá eu tive a possibilidade de trabalhar, e fomos campeões. É com o surgimento destes clubes que as coisas vão crescendo”, aponta o técnico que esteve à frente do Sporting da temporada 2017/2018 até maio deste ano, acumulando a função de treinador da seleção principal.

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Há seis anos como comandante da seleção masculina (ele ainda atuou durante oito anos como auxiliar), Hugo participou da campanha que conduziu Portugal ao 5º lugar na extinta Liga Mundial de 2005, o melhor resultado do time em uma competição de nível mundial. Também esteve com o grupo na conquista do vice-campeonato da segunda divisão do torneio em 2015, contando com a colaboração valiosa do brasileiro Chico dos Santos, que já havia tido uma breve passagem pelo cargo.

“Chico esteve cá em 2006 e teve um papel muito relevante, dando qualidade aos nossos jogadores e à nossa equipe. Foi importante por trazer novos métodos de trabalho e eu aprendi muito com ele. Para mim, ele está entre os melhores treinadores do mundo. Em termos de treino, talvez seja o melhor do mundo. Não conheço muitos treinadores como ele. Nós, portugueses, e eu, em particular, tive a sorte de aprender bastante com os ensinamentos dele”, ressalta o treinador.

“Ele esteve comigo também em 2015 e nós fomos responsáveis por este segundo lugar na segunda divisão da Liga Mundial. E acredito que Chico teve um papel fundamental na mudança de mentalidade do treinador português. Hoje o técnico português tem muita qualidade, já não dependemos tanto do treinador estrangeiro. De qualquer forma, um dos grandes problemas é o pouco profissionalismo, pois ainda não há muito dinheiro no nosso campeonato. (…) São poucos os técnicos que vivem só do voleibol. Talvez quatro ou cinco no máximo. Mas, em termos de conhecimento do vôlei, não fica nada atrás”, complementa Hugo, destacando que, ainda assim, vê com bons olhos o intercâmbio entre portugueses e estrangeiros.

Ainda em relação ao Brasil, Hugo Silva afirma que o vôlei nacional é bastante conhecido e apreciado pelos portugueses, especialmente a geração campeã olímpica em 2004, considerada por muitos como a melhor seleção de todos os tempos.

“O vôlei brasileiro é conhecido em todo o mundo. Portanto, não é por acaso que talvez seja a melhor seleção do mundo. Na pior das hipóteses, está ali entre as três melhores. A própria língua ajuda muito tanto para vermos as partidas na televisão quanto para acompanharmos os próprios comentários dos jogos brasileiros. Mas a seleção que mais marcou os portugueses foi a de Giba, Dante, Ricardinho. É uma geração sobre a qual ainda hoje se fala muito e, sem dúvida, foi a geração de ouro do Brasil a que nós sempre estivemos muito atentos”, elogia.

Técnico português afirma que o campeonato local precisa de mais investimentos para se desenvolver

“Atualmente, Bruno, William e Wallace são os jogadores top mundial que talvez sejam os mais conhecidos por nós. Mas, no geral, os portugueses têm uma ideia muito positiva do voleibol brasileiro e veem como o melhor do mundo”, pontua o treinador, que jogou contra os comandados de Renan Dal Zotto no torneio em que terminaram na quarta posição. Neste confronto, realizado na terceira semana da competição na cidade portuguesa de Gondomar, o time verde-amarelo sofreu bastante com o saque balanceado do rival, mas alcançou a vitória por 3 a 0.

“Conseguimos complicar bastante aquele jogo para eles. O próprio Brasil também [se complicou] com algumas experiências que estava a fazer, com a inclusão do Leal com Lucarelli e algumas dificuldades com o jogo no primeiro toque [recepção]. E nesta partida contra nós o treinador brasileiro mudou, procurou melhorar um pouco a recepção, o que dificultou muito o nosso jogo. É óbvio que a diferença continua a ser grande entre a seleção portuguesa e a brasileira. Já esteve mais distante, estamos mais próximos em termos de qualidade de jogo, mas o nível individual continua a fazer muita diferença. Nós não temos os talentos que o Brasil dispõe e nos fazemos valer pelo coletivo”, analisa.

Para ele, a seleção lusitana, 15ª colocada ao final da Liga das Nações, só conseguirá atuar de igual para igual com grandes seleções no cenário internacional se construir um padrão de jogo sólido e, sobretudo, coletivo. O treinador ainda chama a atenção para a necessidade de se minimizar os erros em partidas de alto nível – naquele duelo contra os atuais campeões olímpicos, por exemplo, sua equipe cometeu 14 erros (8 de saque) somente na primeira parcial. Ao total, os europeus tiveram 29 falhas, o que acabou determinando os rumos do confronto.

“Se não tivermos um coletivo forte dificilmente poderemos ganhar jogos. Aqui não existem craques. Temos dois ou três bons jogadores, que passam mais tempo lá fora, jogando em campeonatos como o polonês e o francês. O Alex [ponteiro Alexandre Ferreira, maior destaque do time] e o Miguel talvez sejam os melhores jogadores. O resto são atletas muito esforçados. Mas, com um conjunto forte focando nos aspectos táticos, podemos equilibrar as partidas, como fizemos contra o Brasil”, salienta, reconhecendo que o excesso de erros, sobretudo de saque, foram decisivos para o revés.

Portugueses disputarão o Campeonato Europeu em setembro

E seu time precisará corrigir todas as falhas até o próximo mês, quando disputará o Campeonato Europeu entre os dias 12 e 29 de setembro. No grupo A ao lado de Itália, França, Bulgária, Grécia e Romênia, Portugal enfrentará os rivais dentro do grupo e os quatro primeiros colocados passarão para a etapa eliminatória. Para o técnico, entretanto, a missão será árdua.

“Aqui é o continente mais duro e competitivo do vôlei. Basta ver a qualificação para a Olimpíada. É muito difícil para uma equipe europeia ir aos Jogos Olímpicos. E o Campeonato Europeu é muito complicado. O nosso grupo tem equipes como Itália, França, Bulgária, que jogaram o Pré-Olímpico, não pararam. Nós estamos parados porque não temos competição, vamos agora retomar a preparação para o torneio. Já assim é difícil para nós”, coloca.

Como uma demonstração do alto nível de competitividade europeia sobre a qual fala Hugo Silva, as mencionadas França e Bulgária não garantiram a vaga em Tóquio 2020 e terão que jogar uma repescagem continental duríssima em janeiro. Apesar das dificuldades, ele se mostra animado com o Europeu.

“Vamos fazer de tudo para passar para a próxima fase porque seria histórico. Portugal nunca passou para uma etapa seguinte no Europeu, ficamos sempre na primeira. Temos ambição e vontade de fazer história para poder dar um passo à frente e melhorar o voleibol português, sabendo de antemão que será muito difícil. Mas nós acreditamos que dentro das dificuldades somos capazes de fazer coisas muito boas como foi a qualificação no ano passado para a Liga das Nações”, conclui.

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Leal: “Falei para mim mesmo que eu tinha que ganhar esse jogo” http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/08/11/leal-falei-para-mim-mesmo-que-eu-tinha-que-ganhar-esse-jogo/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/08/11/leal-falei-para-mim-mesmo-que-eu-tinha-que-ganhar-esse-jogo/#respond Sun, 11 Aug 2019 21:50:08 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=18050

Para Leal, jogo contra a Bulgária foi sua melhor atuação pela seleção (Foto: Divulgação/FIVB)

Se tem uma palavra que define a atuação de Yoandy Leal no duelo contra a Bulgária pelo Pré-Olímpico, ela é confiança. E não se trata de impressão só de quem viu a partida de fora: em entrevista após o jogo, o próprio ponteiro admitiu que estava determinado a fazer história neste domingo (11), quando foi o grande líder da virada alcançada pelo time nacional diante de seis mil torcedores adversários em Varna.

“Acho que foi a minha melhor partida pela seleção”, comentou o jogador, que nasceu em Cuba, já defendeu a seleção de sua terra-natal, mas naturalizou-se brasileiro e, desde junho deste ano, passou a defender a camisa amarela. “Tive que chamar a responsabilidade, falei para o Bruno dar mais bolas para mim. Eu curto esses momentos no jogo. Falei para minha mesmo que eu tinha que ganhar. Joguei muito concentrado, fazendo o impossível para vencer”, celebrou o jogador, que marcou 22 pontos.

Admitindo que uma derrota e a consequente necessidade de disputa de um Pré-Olímpico continental em janeiro seria um baque para a equipe, Leal anda apontou dois fatores decisivos para a virada: a capacidade de luta e a entrada de Ricardo Lucarelli no lugar de Maurício Borges como o segundo ponteiro.

“A gente jogou no coração. Foi uma partida muito difícil: 2 a 0 contra na Bulgária, que estava jogando muito bem e o Renan decidiu fazer a troca, colocando o Lucarelli. Sabíamos que começaríamos a jogar com bola alta, porque não somos grandes passadores para jogar sempre com bola boa, mas somos dois atacantes que fazemos muito bem o trabalho na bola alta. E essa mudança foi muito boa, não? A Bulgária sentiu, o saque ficou mais pesado e isso foi um bom caminho a seguir. Estou muito feliz pelo resultado”, analisou.

Quem também estava tão feliz quanto cansado foi o levantador Bruno, capitão da equipe. Admitindo nem estar conseguindo pensar direito depois de tamanho esforço, ele reconheceu que esteve mal nas duas primeiras parciais, mas também celebrou os brios dos companheiros de seleção.

“Entramos nervosos e não jogamos bem no primeiro set, principalmente por escolhas erradas que eu fiz, o que acabou comprometendo nosso ataque. No segundo set, até demos uma melhorada, mas perdemos a confiança na metade da parcial. Depois, nos olhamos no olho e dissemos: “Gente, temos que lutar. Podemos até perder, mas temos que lutar”. E o time foi muito valente de sair desse caldeirão com a vitória. Estamos de parabéns”, resumiu, aliviado.

*Entrevistas concedidas a Euclides Bonfim Neto, em Varna (Bulgária)

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Leal comanda virada e seleção masculina garante vaga em Tóquio 2020 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/08/11/brasilxbulgaria-pre-olimpico-volei-masculino/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/08/11/brasilxbulgaria-pre-olimpico-volei-masculino/#respond Sun, 11 Aug 2019 20:28:03 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=18034

Estreante da temporada na seleção, ponteiro Leal (ao centro) foi decisivo para a classificação (Fotos: Divulgação/FIVB)

Era de conhecimento geral que a naturalização de Yoandy Leal daria um toque a mais de qualidade para a seleção brasileira masculina de vôlei. Mas, na tarde deste domingo (11), o cubano deu sua primeira grande contribuição ao voleibol verde-amarelo ao liderar a virada do time nacional diante da Bulgária em partida válida pela chave A do primeiro Pré-Olímpico para Tóquio 2020. Em duelo emocionante, os comandados de Renan Dal Zotto bateram o time da casa e sua fanática torcida de virada, por 3 sets a 2, parciais de 23-25, 19-25, 32-30, 25-16 e 15-11.

Disputado diante dos olhos de seis mil pessoas no Palácio de Cultura e Esportes de Varna, a decisiva partida pode ser dividida em duas partes: até o fim do terceiro set, o Brasil teve uma de suas piores atuações da temporada, com saque ineficiente e baixo aproveitamento na virada de bola. Longe da Olimpíada desde Londres 2012, a Bulgária chegou até mesmo a ter o match point, mas psicologicamente sentiu demais o baque a partir do momento que não conseguiu fechar o jogo, errando demais nas duas parciais decisivas.

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A virada brasileira significa que a América do Sul terá três representantes na Olimpíada de Tóquio, já que a Argentina também assegurou seu lugar neste fim de semana ao passar por um grupo que tinha Canadá, Finlândia e China. Esta vaga será decidida em um Pré-Olímpico continental em janeiro. Será justamente contra seus vizinhos europeus que a Bulgária agora terá que lutar para voltar a participar dos Jogos, algo que não acontece desde Londres 2012.

Os demais times que carimbaram o passaporte rumo ao Japão neste fim de semana foram os Estados Unidos, a Rússia, a Polônia e a Itália. Por ser sede, os japoneses já tinham sua presença confirmada.

Grande destaque individual do jogo, Leal marcou 22 pontos, sendo 21 de ataque e um de bloqueio. Pela Bulgária, o oposto Tsvetan Sokolov foi o responsável por colocar 19 bolas no chão.

Brasileiros celebram a classificação antecipada para a Olimpíada

ATUAÇÃO TENEBROSA ANTES DA RETOMADA

O que se viu na seleção brasileira nos dois primeiros sets foi uma repetição dos erros cometidos na fase final da Liga das Nações, onde a equipe terminou apenas na quarta colocação depois de liderar a fase classificatória: saque que, quando não acabava em erro, pouco incomodava o adversário, sistema de bloqueio-defesa perdido e dificuldades na recepção do serviço flutuante.

Para piorar, as atuações individuais também estavam abaixo da média: o levantador Bruno, por exemplo, distribuiu mal o jogo e foi impreciso tecnicamente, enquanto o oposto Wallace nem de longe lembrava o jogador que foi o destaque da conquista do ouro na Olimpíada do Rio.  Embalada pela torcida, a Bulgária não só contava com a força de Sokolov, seu principal jogador, como também  via boas performances de Martin Atanasov e Rozalin Penchev, substituto de Todor Skrimov, que virou o pé logo no começo da segunda parcial. Ex-Sesc, Penchev superava sua dificuldade no passe ao optar, sempre que possível, pelo toque para iniciar os contra-ataques.

Foi então que Dal Zotto agiu, colocando Ricardo Lucarelli no lugar de Maurício Borges para aumentar o poderio do ataque brasileiro. O saque também melhorou e o Brasil passou a pressionar a Bulgária, que se via cada vez mais pressionada por um resultado histórico. Na base do sufoco, a seleção conseguiu evitar a derrota em um eletrizante terceiro set.

Bulgária se abateu ao não conseguir fechar o jogo no terceiro set

LEAL BRILHA NO ATAQUE

A sobrevivência mudou o equilíbrio psicológico da partida, deixando os brasileiros cada vez mais confiantes. Isso é especialmente válido para Leal, que passou a ser a bola de segurança de Bruno, mas também pôde ser visto com Lucarelli e, principalmente, Wallace, agora o desafogo quando a marcação sobre os ponteiros apertava e uma ótima opção no saque. À frente do placar desde o começo do quarto set, o Brasil obrigou o técnico rival, Silvano Prandi, a desistir da etapa, gradativamente poupando seus titulares para o inevitável tie-break.

A tática, porém, não foi bem sucedida: apesar de a Bulgária ter equilibrado um pouco mais as ações no quinto set, a confiança brasileira, especialmente de Leal, já estava lá em cima. O cansaço físico também passou a pesar e, conforme o Brasil impunha sua vantagem, o barulhento ginásio foi se silenciando de resignação. No último ponto, o time da casa ainda recorreu ao desafio em busca de um milagre que salvasse a partida, mas as imagens mostraram que nada irregular aconteceu e a vaga era mesmo do Brasil.

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Brasil supera instabilidade e bate Porto Rico na estreia do Pré-Olímpico http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/08/09/brasil-supera-instabilidade-e-bate-porto-rico-na-estreia-do-pre-olimpico/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/08/09/brasil-supera-instabilidade-e-bate-porto-rico-na-estreia-do-pre-olimpico/#respond Fri, 09 Aug 2019 15:41:18 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=17982

Seleção masculina não foi brilhante, mas conseguiu derrotar a equipe porto-riquenha na estreia do Pré-Olímpico (Fotos: Divulgação/FIVB)

Como esperado, a seleção brasileira masculina de vôlei superou, na manhã desta sexta-feira (9), a limitada equipe porto-riquenha na estreia do torneio Pré-Olímpico. Atuando no Palácio de Esportes e Cultura de Varna, na Bulgária, o time de Renan Dal Zotto não esteve bem na primeira e na terceira parciais, mas venceu o adversário em sets diretos, parciais de 25-23, 25-19 e 25-19.

Para tanto, contou com o ponteiro Maurício Borges, escalado como titular no lugar de Leal – MVP do campeonato amistoso Memorial Wagner, preparatório para este quadrangular olímpico – para dar mais estabilidade à linha de passe. Apesar de ter falhado em alguns momentos, o jogador de fato mostrou mais consistência no fundamento enquanto esteve em quadra. Não custa lembrar que a recepção, sobretudo do saque flutuante, causou enorme dor de cabeça ao Brasil na Liga das Nações, competição em que terminou em quarto lugar.

Além de Borges, para a estreia no torneio que vale vaga na Olimpíada de Tóquio do ano que vem, o treinador optou por Lucarelli na entrada, Bruno na armação, Flavio e Isac pelo meio e Wallace na saída, além dos líberos Tales e Maique.

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Em busca de sua primeira participação em Jogos Olímpicos, a seleção de Porto Rico conseguiu fazer um primeiro set parelho com o Brasil investindo na eficiência do saque e da virada de bola. Do outro lado da quadra, falhando no sistema defensivo e, consequentemente, sem grande volume de jogo, o septeto brasileiro passou por alguns momentos de vulnerabilidade no passe e cedeu vários pontos especialmente de saque em erros ao adversário (foram 11 somente nesta primeira etapa contra 6 dos rivais).

Sem engrenar e aparentando alguma desconcentração, a seleção conseguiu abrir a vantagem no placar a partir de uma boa passagem de Lucarelli pelo saque na reta final do set. A inversão 5-1 com Cachopa e Alan no lugar de Bruno e Wallace também funcionou relativamente bem. Vale destacar ainda que o Brasil se valeu do nervosismo dos porto-riquenhos, que não conseguiram manter o nível de atuação e acabaram falhando nos momentos-chave da parcial.

Passada a pressão inicial, os brasileiros souberam impor seu padrão de jogo e ampliaram o placar com mais tranquilidade. Para se ter uma ideia, se no set preliminar os atuais campeões olímpicos cometeram 11 falhas, no segundo a equipe errou apenas 4 vezes, demonstrando mais intensidade em todos os fundamentos.

Mais à vontade e agressiva na segunda etapa, a seleção verde-amarela também teve mais efetividade no sideout – foram 19 pontos de ataque e também de contra-ataque, o que evidencia ainda o crescimento do sistema defensivo.

Seleção fez um jogo morno contra Porto Rico

Enganou-se, contudo, quem imaginou que o time brasileiro deslancharia de vez no set derradeiro. Sem a consistência e a intensidade apresentadas na segunda parcial, a equipe voltou a cometer erros bobos e a oscilar na recepção na primeira metade da parcial. O técnico Renan investiu, com sucesso, novamente na inversão 5-1 e também em Douglas Souza, escalado para o lugar de Maurício Borges na segunda parcial.

E foi com a virada de bola e o bloqueio que a equipe, mesmo sem brilhar, conseguiu encontrar o caminho da vitória na estreia do torneio classificatório. Ao total, o time errou 22 vezes na partida. Os maiores pontuadores brasileiros foram Lucarelli e Isac, com 14 e 13 acertos, respectivamente.

O levantador Bruno fez uma análise do desempenho da equipe e exaltou a vitória. “O que aconteceu no feminino serviu de exemplo para a gente não cair em nenhuma armadilha. Porto Rico não tinha nada a perder (…). No primeiro set, não conseguimos quebrar a recepção deles e o levantador jogou o tempo todo com o passe na mão, acionando muito a primeira bola. E a gente estava com dificuldades de tocar no bloqueio e defender”, observou.

Lucarelli foi o maior pontuador do jogo com 14 acertos

“Acho que contou também a tensão da estreia, o que fez com que a gente patinasse um pouco. Nos saímos melhor no segundo set, o saque funcionou e rodamos bem. Já no terceiro, eles vieram para o tudo ou nada. Acho que não podemos também perder a paciência e cometer erros gratuitos. Mas quando mantivemos a calma, tocando em bolas, contra-atacando e bloqueando, conseguimos vencer, o que era o mais importante neste primeiro jogo”, acrescentou o jogador.

Para o ponteiro Lucarelli, o Brasil precisa melhorar em vários aspectos, especialmente na marcação de pontos diretos do bloqueio, e deve estar preparado para partidas mais complicadas. “Hoje em dia não tem mais time bobo. Todo mundo sabe jogar e se não entrarmos espertos, vamos sofrer. Mas soubemos reagir bem. O time começou tenso no primeiro set e o saque não funcionou. Mas a partir do segundo o serviço melhorou e isso facilitou o jogo pra gente. Sabemos que temos que melhorar, mas saímos felizes com a vitória”, destacou.

Em relação à titularidade na entrada de rede, o maior pontuador do confronto ressaltou que ninguém tem vaga cativa e que é o técnico Renan quem decide qual jogador será o titular de acordo com a necessidade de cada partida. “O mais importante disso tudo é que a gente sabe que todos os ponteiros estão bem. É uma briga muito sadia e todo mundo sempre está disposto a dar o seu máximo para garantir a vaga. A seleção tem esse luxo [quatro pontas] e precisa usar de acordo com as qualidades e particularidades de cada um”, finalizou.

*Entrevistas concedidas a Euclides Bomfim Neto

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