Brasil Kirin – Blog Saída de Rede http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br Reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Tue, 31 Dec 2019 12:02:55 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Brasil Kirin deixa o vôlei, mas Campinas segue na Superliga http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/05/26/brasil-kirin-deixa-o-volei-mas-campinas-segue-na-superliga/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/05/26/brasil-kirin-deixa-o-volei-mas-campinas-segue-na-superliga/#respond Fri, 26 May 2017 09:00:05 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=7349

A equipe campineira terminou a Superliga 2016/2017 em quarto lugar (foto: Wander Roberto/Inovafoto/CBV)

A Brasil Kirin, empresa do ramo de bebidas cujo controle mudou de mãos este ano, não vai renovar o contrato com o time de vôlei masculino de Campinas, que na Superliga 2016/2017 terminou em quarto lugar. A equipe, porém, segue com suas atividades, garantiu ao Saída de Rede o gestor do projeto, Fernando Maroni. O clube, de propriedade da Entertainment Sports Management (ESM), conta com os seis cotistas menores da temporada passada e, segundo Maroni, agregou mais dois – os nomes são mantidos em sigilo até que seja definido o limite de cotas pela ESM. O time procura um patrocinador master para a temporada 2017/2018. Outra opção, revelou o gestor, é ampliar ainda mais o número de cotistas.

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Patrocinador tem novo dono
O fim do patrocínio ainda não foi oficialmente anunciado porque o contrato se encerra no dia 10 de junho. A Brasil Kirin, que pertencia ao grupo japonês Kirin, foi comprada pela multinacional holandesa Heineken. A aquisição ocorreu em fevereiro, mas somente no início deste mês a transação recebeu o sinal verde do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A Heineken, conforme o SdR apurou, não tem interesse em investir na modalidade no momento.

O blog procurou a Brasil Kirin para falar sobre o encerramento da parceria com o time do interior paulista. A produtora de bebidas se manifestou por meio de uma nota: “A Brasil Kirin informa que encerrará o patrocínio do time masculino de Campinas, o Vôlei Brasil Kirin, a partir de junho de 2017. A empresa tem muito orgulho em ter feito parte da trajetória de sucesso do time Brasil Kirin por quatro anos. Além do time profissional, apoiou fortemente a formação de jovens atletas nas categorias de base e o pilar social, realizado por meio do projeto Vôlei em Rede, em parceria com o Instituto Compartilhar”.

O Campinas mantém equipes nas categorias de base e, por ter captado recursos do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) via Lei Paulista de Incentivo ao Esporte, a Brasil Kirin terá que permanecer apoiando as equipes juvenil, infantojuvenil e infantil até dezembro deste ano, mesmo tendo deixado a parceria com o time adulto.

Dileo, que já treinou Minas e Maringá, vai para segunda temporada em Campinas (Cinara Picollo/Vôlei Brasil Kirin)

Dileo permanece
O clube já renovou com o técnico argentino Horacio Dileo. “Estou muito confortável e feliz no Campinas. Mesmo com a nossa limitação de recursos na temporada passada, creio que fizemos um trabalho muito bom, houve bastante comprometimento”, disse o treinador ao SdR. Além do clube, Dileo treinará, agora na temporada de seleções, a equipe masculina da Colômbia, papel que já desempenhou de 2010 a 2012.

Após o final da Superliga 2015/2016, o Brasil Kirin esteve ameaçado de desmanche e perdeu atletas importantes, que ajudaram o time a chegar ao vice-campeonato naquela edição, como o ponta Lucas Lóh e o levantador argentino Demián González. O patrocinador segurou Maurício Souza e o líbero Tiago Brendle, entre outros, e apesar das oscilações a equipe terminou o campeonato 2016/2017 em quarto lugar. Desta vez, no entanto, Souza e Brendle deixaram a equipe – os dois assinaram com o Sesc para o período 2017/2018.

Maroni, claro, está ciente de que o time está atrasado na corrida pelas contratações e afirmou que pretende fazer o melhor dentro das possibilidades. “Dependendo de como vamos fechar o nosso orçamento, talvez seja possível contratar um estrangeiro, quem sabe”, comentou.

Histórico
A Brasil Kirin manteve parceria com o clube de Campinas por quatro anos, sendo os três primeiros como patrocinador exclusivo. Nos três anos anteriores a entrada da empresa de bebidas, a equipe tinha aporte exclusivo da Medley, do ramo farmacêutico. A melhor colocação do time criado em 2010 foi justamente o vice-campeonato na Superliga 2015/2016.

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Superliga masculina: quem decepcionou e quem foi além do esperado? http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/05/09/superliga-masculina-quem-decepcionou-e-quem-foi-alem-do-esperado/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/05/09/superliga-masculina-quem-decepcionou-e-quem-foi-alem-do-esperado/#respond Tue, 09 May 2017 18:00:53 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=7080

Mineirinho lotado com 14 mil torcedores para a final entre Sada Cruzeiro e Funvic Taubaté (foto: Inovafoto/CBV)

Com o fim da edição 2016/2017 da Superliga masculina, chega a hora daquele balanço que nós, do Saída de Rede, fazemos sobre o desempenho das 12 equipes que disputaram a primeira divisão. Quem cumpriu o que projetou? Quem decepcionou? Quem foi além do esperado? Vejam as nossas conclusões.

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Encerram a Superliga em alta:

Sada Cruzeiro
Precisa explicar? O agora pentacampeão nacional triturou seus oponentes e só perdeu um jogo nas suas 29 partidas porque, com o primeiro lugar da fase de classificação já assegurado, o técnico Marcelo Mendez decidiu colocar os reservas em quadra no final do returno. O time mineiro, que é tricampeão mundial e tetracampeão sul-americano, sobrou na competição. Como observamos aqui outras vezes, quando o Sada Cruzeiro entra em alta rotação as chances do adversário são mínimas.

Funvic Taubaté
Depois de parar duas vezes na semifinal da competição, o time do Vale do Paraíba finalmente chegou a uma decisão da Superliga. Até resistiu bem ao Sada Cruzeiro na final, mas é tarefa ingrata encarar o sexteto liderado por William Arjona, ainda mais diante de 14 mil torcedores no ginásio Mineirinho. O Taubaté contou com os campeões olímpicos Wallace, Éder e Lucarelli, além dos selecionáveis Rapha e Otávio. Teve seus maus momentos no torneio, mas terminou em alta com o vice-campeonato.

Minas Tênis Clube
Apesar do desempenho ruim nas quartas de final – chegou a estar vencendo o Sesi por 2-0, fora de casa, no primeiro confronto, mas desabou e perdeu não só a partida, mas a série sem ganhar um jogo –, o tradicional time de Belo Horizonte teve um saldo positivo: o técnico Nery Tambeiro botou gente nova na roda e mostrou serviço no turno e no returno. O sexto lugar foi de bom tamanho para o Minas, onde se destacaram o central Flávio e o líbero Rogerinho, além do juvenil Felipe Roque, um canhoto prestes a completar 20 anos que surge como uma das maiores promessas do voleibol brasileiro.

JF Vôlei
Pegue a molecada emprestada pelo Sada Cruzeiro e some aí o voleibol de Renan Buiatti, numa de suas melhores temporadas, a ponto de voltar a ser convocado para a seleção. O sétimo lugar foi um resultado modesto, mas até se despedir da Superliga o time de Juiz de Fora exibiu um bom voleibol e certamente foi além de suas pretensões.

Permanecem no mesmo patamar:

Brasil Kirin montou um bom time após correr o risco de acabar (foto: Wander Roberto/Inovafoto/CBV)

Brasil Kirin
Você, leitor, talvez questione: como um clube que no ano anterior havia chegado à decisão e neste caiu na semifinal pode ter permanecido no mesmo patamar? Ora, considere que esse time esteve ameaçado de desmanche, perdeu peças importantes e, ainda que tenha segurado algumas, como o central Maurício Souza e o líbero Tiago Brendle, teve que se recompor com uma estrutura mais simples. Missão cumprida pela equipe de Campinas, sob o comando do competente técnico argentino Horacio Dileo.

Montes Claros Vôlei
O time do norte de Minas Gerais teve uma arrancada muito boa na competição, mas a Superliga é uma maratona, não uma corrida de 100 metros rasos. A equipe foi caindo… Parou nas quartas de final, quando, em tese, poderia ao menos ter incomodado mais o Brasil Kirin – perdeu três jogos em sequência nos playoffs, ganhando apenas um set do oponente. O quinto lugar, resultado obtido ao final do returno, foi um prêmio pelo bom começo no torneio.

Lebes Gedore Canoas
O time treinado por Marcelo Fronckowiak avançou às quartas de final, atingiu sua meta. Dali não tinha como passar, fosse pelo elenco na maioria inexperiente, fosse pela má sorte de ter pela frente o Sada Cruzeiro. Menção honrosa aos dois jogos em que o Canoas arrancou um set, por seus méritos, do adversário multicampeão – resultado dos ajustes promovidos por Fronckowiak, um dos poucos a vencer a Superliga como atleta e como técnico, além de ser um nome respeitado no concorrido mercado europeu, onde trabalhou por seis temporadas e meia.

Copel Telecom Maringá Vôlei
Para quem não lembra, a equipe presidida pelo seu capitão, o genial levantador Ricardo Garcia, quase ficou fora da Superliga por falta de verba. Segurou o patrocinador na última hora e sobreviveu, mas, com poucos recursos, queria apenas evitar o rebaixamento. Deu certo.

Gostinho de frustração:

Contratações de peso e resultados pouco expressivos na equipe do Sesi (foto: Divulgação/Sesi)

Sesi
Numa boa, fizeram aquele auê todo e ficaram nisso? O time investiu bastante, contratou gente de peso, até repatriou dois campeões olímpicos titulares da seleção e… não ganhou nada – nem mesmo o Campeonato Paulista. OK, estamos falando de Superliga, mas o que foi que o Sesi fez digno de nota na competição? Deve ter sido o terceiro lugar mais sensaborão da história do torneio.

Bento Vôlei Isabela
A equipe gaúcha veio para esta edição da Superliga com o mesmo objetivo do Canoas: chegar aos playoffs. No entanto, ficou em nono lugar e saiu mais cedo.

São Bernardo Vôlei
Ginásio vazio, derrotas em série, rebaixamento… O time do ABC paulista já viveu dias bem melhores.

Caramuru Vôlei/Castro
É importante que se aplauda o empenho de um clube sem tradição na modalidade, numa pequena cidade do interior (Castro-PR), que conseguiu chegar à elite do voleibol brasileiro. Mas não podemos esquecer as exibições, algumas bisonhas, do Caramuru. A equipe só ganhou seus primeiros sets na quinta rodada, justamente contra o também fraco São Bernardo, que venceu a partida por 3-2. Rebaixado, despediu-se da Superliga com apenas uma vitória em 22 jogos – diante do adversário do ABC paulista, por 3-1, no returno.

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William pede dispensa da seleção, mas quer voltar ainda este ano http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/04/25/william-pede-dispensa-da-selecao-mas-quer-voltar-ainda-este-ano/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/04/25/william-pede-dispensa-da-selecao-mas-quer-voltar-ainda-este-ano/#respond Tue, 25 Apr 2017 09:00:20 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=6748

Levantador do Sada Cruzeiro, William Arjona foi campeão olímpico na Rio 2016 (fotos: CBV)

William Arjona pediu dispensa da seleção. O levantador do Sada Cruzeiro, campeão olímpico na Rio 2016, contou ao Saída de Rede que pediu ao técnico da seleção, Renan Dal Zotto, para ficar com a família após o encerramento da Superliga 2016/2017. A final do torneio, para a qual o time mineiro está classificado, aguardando a definição do adversário, será no dia 7 de maio, no ginásio Mineirinho, em Belo Horizonte.

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“O Renan falou comigo, disse que queria contar com os campeões olímpicos, mas expliquei a ele que estou há quatro anos sem tirar férias, que preciso de um tempo para ficar com minha família. Eu havia dito a minha mulher (Bruna) que se eles (a família) segurassem a barra de ficar todo aquele período de preparação para a Rio 2016 sem mim, eu compensaria no ano seguinte”, comentou William. O atleta tem dois filhos pequenos: Nina, 3 anos, e Cauã, 2.

Arena da Baixada, em Curitiba, receberá as finais da Liga Mundial 2017

À disposição no segundo semestre
O levantador ressaltou que seu pedido de dispensa foi somente para a convocação para a Liga Mundial. A competição será disputada de 2 de junho a 8 de julho, com as finais na Arena da Baixada (de 4/7 a 8/7), estádio de futebol localizado em Curitiba. “No segundo semestre teremos a Copa dos Campeões e o Sul-Americano, e eu estarei à disposição”, completou.

A ausência do nome do armador do Sada Cruzeiro chamou a atenção numa lista que veio a público na sexta-feira (21), no hotsite da Liga Mundial 2017. Naquela mesma data, o SdR divulgou a informação. Os levantadores na relação de jogadores são Bruno Rezende, do Sesi, Raphael Oliveira, do Funvic Taubaté, e Murilo Radke, do Montes Claros.

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Bruno, na seleção desde meados da década passada, foi campeão mundial em 2010 e olímpico em 2016. Rapha fez seu nome nos tempos áureos do Trentino, da Itália, e foi reserva de Bruno na campanha que culminou com a prata no Mundial 2014. Radke, o menos experiente dos três, vinha sendo chamado pelo ex-treinador Bernardinho e foi titular na seleção B que ficou com a medalha de prata nos Jogos Pan-Americanos 2015, sob o comando de Rubinho.

Renan Dal Zotto foi anunciado como novo técnico da seleção pela CBV em janeiro

“Nem todos serão convocados”
O Saída de Rede questionou a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) se a lista no site da Federação Internacional de Voleibol (FIVB) corresponde aos convocados para a temporada ou se são apenas inscritos – já houve divergência entre a lista apresentada no site em anos anteriores e a convocação anunciada posteriormente. O supervisor da seleção masculina, Fernando Maroni, informou que a relação “é de pré-inscritos” e que “nem todos serão convocados”. Na noite desta segunda-feira (24), o técnico Renan Dal Zotto confirmou os nomes do central Maurício Souza e do líbero Tiago Brendle, ambos do Brasil Kirin, equipe eliminada na semifinal da Superliga no sábado passado.

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Há poucas caras novas na lista do site da Liga Mundial. Dos 21 relacionados, apenas quatro nunca passaram pela seleção A: o ponta Rodriguinho, do Sada Cruzeiro, o líbero Thales, do Lebes/Gedore/Canoas, o central Otávio, do Funvic Taubaté, e o oposto Rafael Araújo, destaque da liga polonesa pelo MKS Bedzin – os dois últimos foram da seleção B do Pan 2015. Entre os veteranos, um velho conhecido que esteve ausente em convocações recentes, o líbero Mário Júnior, do Taubaté, campeão mundial em 2010 e vice em 2014, que segundo o SdR apurou foi bem avaliado pela comissão técnica. No entanto, o preferido é Tiago Brendle, que desde o final do ciclo passado despontava como sucessor de Serginho, decano da posição que se retirou da seleção após o ouro na Rio 2016, quando foi escolhido MVP.

O nome do líbero Mário Júnior está na lista da Liga Mundial

Quase todos os campeões na Rio 2016 mantidos
Dez dos 12 campeões olímpicos no Rio de Janeiro estão na lista dos 21 pré-inscritos para a Liga Mundial. Somente Serginho e William Arjona não aparecem. Como sede das finais do torneio, o Brasil já está assegurado entre os seis finalistas, ou seja, poderia utilizar a fase de classificação para dar experiência aos mais novos. A cada etapa da Liga Mundial, 14 jogadores podem ser inscritos. Se os dez da Rio 2016 confirmarem presença e forem sempre relacionados, sobra pouco espaço para eventuais novidades.

Os doze atletas convidados por Renan Dal Zotto no dia 10 de abril para treinar em Saquarema (RJ), no centro de treinamento da CBV, estão lá desde domingo (23). Desses, quatro estão na relação do hotsite da Liga Mundial 2017: o levantador Murilo Radke, o líbero Thales e os opostos Rafael Araújo e Renan Buiatti – este último do JF Vôlei.

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Destruidor no saque, Sada está na 7ª final consecutiva de Superliga http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/04/22/destruidor-no-saque-sada-esta-na-7a-final-consecutiva-de-superliga/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/04/22/destruidor-no-saque-sada-esta-na-7a-final-consecutiva-de-superliga/#respond Sun, 23 Apr 2017 02:04:02 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=6700

As duas equipes se cumprimentam na rede antes da partida (foto: Washington Alves/Inovafoto/CBV)

O Sada Cruzeiro mostrou, na noite deste sábado (22), porque é o favorito ao título da Superliga 2016/2017. Depois de duas partidas razoavelmente equilibradas diante do Brasil Kirin nos dois primeiros confrontos da série melhor de cinco da semifinal, o time mineiro desmantelou o adversário de Campinas (SP) em sets diretos (25-12, 25-18, 26-24), diante de 2,1 mil torcedores, no ginásio do Riacho, em Contagem (MG). Com isso, a equipe tricampeã mundial e que busca o penta na Superliga alcança sua sétima final consecutiva no torneio mais importante do País, tendo vencido as três últimas.

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Foi um massacre nos dois primeiros sets. Demolidor no saque – foram sete pontos diretos na partida e vários outros em decorrência do passe quebrado do adversário –, o time comandado pelo argentino Marcelo Mendez não deixou o Brasil Kirin jogar. O serviço cruzeirense facilitou, consequentemente, as ações do seu bloqueio e de sua defesa. Já o saque campineiro, eficiente nas duas primeiras partidas, quase não surtiu efeito e a equipe de Leal, Simon e William foi imparável na virada de bola. O Brasil Kirin até ensaiou uma reação na terceira parcial, após relaxamento dos anfitriões, mas o Sada retomou o controle da partida. O time de Campinas ainda empatou o set depois de estar perdendo por 21-24, mas aí o Cruzeiro acabou com o jogo.

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O veterano ponteiro Filipe, presente em todas as finais de Superliga pela equipe, ficou com o troféu Viva Vôlei. Destaque também para o levantador William, outro que esteve em todas as decisões do torneio pelo Cruzeiro, que fez uma excelente distribuição. O ponta cubano naturalizado brasileiro Leal foi o maior pontuador da partida, com 15, seguido pelo oposto Evandro, que marcou 14. Pelo Brasil Kirin, o experiente ponteiro Diogo foi quem mais fez pontos, somando 11.

Erros infantis
A diferença técnica entre os dois times neste sábado foi tão grande que sequer parecia um duelo entre o primeiro e o quarto colocado da fase de classificação. O Brasil Kirin estava perdido em quadra, até mesmo o competente líbero Tiago Brendle cometeu erros infantis. Já o Sada chegou a sua 27ª vitória em 28 jogos na competição, com apenas 13 sets perdidos – a única derrota foi com os reservas em quadra, no final da fase classificatória, com a liderança assegurada, diante do Taubaté.

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O Sada Cruzeiro aguarda a definição da outra série semifinal, entre Sesi e Taubaté, liderada por este último por dois jogos a um. A final será no ginásio Mineirinho, em Belo Horizonte, no dia 7 de maio, às 10h, com transmissão da Rede Globo e do SporTV.

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Embora o Brasil Kirin tenha deixado a competição uma etapa antes da edição anterior, quando foi finalista, está de parabéns. Para quem não se lembra, a equipe atualmente dirigida pelo também argentino Horacio Dileo esteve ameaçado de desmanche antes do início da temporada e perdeu atletas importantes, que ajudaram o time a chegar ao vice-campeonato no ano passado, como o ponta Lucas Lóh e o levantador argentino Demián González. O patrocinador segurou o central Maurício Souza e o líbero Tiago Brendle, entre outros, e apesar das oscilações a equipe terminou a fase de classificação em quarto lugar.

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Bruno e Lucão: a caminho da Itália ou do Sesc http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/04/19/bruno-e-lucao-a-caminho-da-italia-ou-do-sesc/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/04/19/bruno-e-lucao-a-caminho-da-italia-ou-do-sesc/#respond Wed, 19 Apr 2017 17:00:05 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=6579

Lucão e Bruno na apresentação do central no Modena em outubro de 2015 (foto: Modena Volley)

Campeões olímpicos e mundiais, juntos eles têm mostrado algumas das combinações de ataque mais eficientes do voleibol – na seleção ou em clubes. Após uma temporada no Sesi, a dupla formada pelo levantador Bruno Rezende e o central Lucas Saatkamp pode desembarcar novamente no Modena, da Itália. Caso as negociações com o clube europeu não deem certo, o destino do duo deve ser o Sesc, que acaba de vencer a Superliga B e, na temporada 2017/2018, disputará a primeira divisão do voleibol brasileiro, apoiado em um dos maiores investimentos da modalidade.

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Os dois são velhos conhecidos do Modena. Ganharam o título italiano pelo clube na temporada 2015/2016. Uma crise que culminou na perda do principal patrocinador forçou a volta de Bruno e Lucão ao Brasil. A decisão foi tomada levando em conta tanto o lado financeiro quanto o pessoal – o levantador estava há duas temporadas fora do Brasil e o central aguardava o nascimento do primeiro filho. Bruno jogou o final do período 2011/2012 no clube europeu e depois retornou para duas temporadas, de 2014 a 2016. Lucão disputou a última. Além do Modena e do Sesi, os dois jogaram juntos nas extintas equipes Cimed e RJX.

Ponta João Rafael reforçará o Sesc (foto: CBV)

O interesse do Modena na dupla já havia sido abordado pela imprensa italiana, mas as negociações só começaram recentemente. O Sesc, do técnico Giovane Gavio, entra como plano B.

Segundo o Saída de Rede apurou, na próxima Superliga o time carioca terá um orçamento inferior apenas ao do Sada Cruzeiro, equipe tricampeã mundial e que busca o pentacampeonato nacional. O clube mineiro investe aproximadamente R$ 13 milhões por temporada.

Alternativa
Caso Bruno e Lucão voltem ao voleibol italiano, o Sesc teria interesse no levantador Thiaguinho, atualmente no Molfetta, da Itália, e no central campeão olímpico Maurício Souza, do Brasil Kirin. Essa seria a alternativa da equipe carioca se não puder contar com os dois que estão no Sesi.

Ponteiro Maurício Borges interessa ao clube carioca (foto: FIVB)

Quem já acertou com o Sesc, faltando apenas assinar o contrato, é o ponteiro João Rafael, também do Molfetta. Ao lado de Thiaguinho e de Maurício Souza, o ponta fez parte da seleção brasileira B que conquistou a medalha de prata nos Jogos Pan-Americanos 2015, em Toronto, Canadá. Tanto o levantador, na sua primeira temporada na Itália, quanto João Rafael, em seu segundo ano como um dos destaques do Molfetta, estão na lista inicial de 12 atletas convocados pelo técnico Renan Dal Zotto.

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Erros de arbitragem mancham Superliga. O que pode mudar?

Outro ponteiro que despertou o interesse do time do Rio de Janeiro foi mais um integrante daquela seleção B do Pan 2015. É o campeão olímpico Maurício Borges, que está há duas temporadas no Arkas Izmir, da Turquia, sob o comando do técnico canadense Glenn Hoag. Como o treinador quer manter Borges na equipe, ainda não há definição se o ponta fica na Europa ou se volta ao Brasil para o período 2017/2018.

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O Sesc renovou com três atletas que conquistaram a Superliga B: o central Tiago Barth, o oposto Paulo Victor e o levantador Everaldo.

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Erros de arbitragem mancham Superliga. O que se faz para mudar a realidade? http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/04/17/erros-de-arbitragem-mancham-superliga-o-que-se-faz-para-mudar-a-realidade/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/04/17/erros-de-arbitragem-mancham-superliga-o-que-se-faz-para-mudar-a-realidade/#respond Mon, 17 Apr 2017 09:00:12 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=6500

Equipamento de video check sendo utilizado durante o Mundial feminino 2014 (foto: FIVB)

Dizer com precisão onde caiu a bola numa velocidade superior a 100km/h não é fácil. No entanto, não é por isso que as equipes têm que aceitar o erro. Afinal, ninguém se prepara para uma competição com afinco e profissionalismo para ver seu esforço ser comprometido por uma falha da arbitragem.

A Superliga 2016/2017 tem sido marcada por diversas mancadas no apito, atrapalhando várias equipes. Não é por falta de tecnologia: o video check é uma realidade há anos, sendo utilizado em torneios internacionais e em algumas das principais ligas do mundo. Por que então ainda não se tornou uma realidade na Superliga? E os árbitros, são punidos ou ao menos advertidos por suas falhas quando afetam resultados? Passam por reciclagem? O Saída de Rede responde essas e outras perguntas para você a seguir.

Custo
Enquanto japoneses, italianos e poloneses desenvolveram seus próprios sistemas, o Brasil ficou parado. Até foi utilizado, em edições recentes, um aplicativo que indicava se a bola ia dentro ou fora, sem ser capaz de detectar toques no bloqueio ou na rede. Foi dispensado por ser obsoleto e ainda despertava dúvidas quanto à precisão.

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Importar um sistema o torna mais caro. Acrescente aí a logística. Na Polônia, por exemplo, onde 16 times disputam a primeira divisão masculina, são utilizadas oito máquinas, pois esse é o número de confrontos por rodada, com mais um equipamento mantido de reserva. As máquinas são transportadas de acordo com o calendário. Isso implica em custos extras, aumenta o desgaste do equipamento e encarece o seguro. Após uma partida da liga polonesa, em 2012, um kit foi colocado em um carro da federação local, que foi arrombado e o material, roubado. O seguro cobriu o prejuízo.

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Caso aqui haja a opção de cada clube contar com seu video check, isso aumentaria o número de máquinas, representando mais despesas na aquisição em relação a possibilidade de ter equipamentos conforme a quantidade de confrontos por rodada. Em compensação, seriam zerados os custos de transporte durante o torneio. O que valeria mais a pena? Tem mais: a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) compraria os kits e os alugaria? Os times estão dispostos a pagar por isso? Ainda não há resposta para essas indagações.

Ricardo Trade, o Baka, diretor executivo da CBV (Divulgação/CBV)

Palavra da CBV
Entidade que comanda a modalidade no país, a CBV reconhece a importância do video check, mas ressalta que a falta de recursos dificulta a implantação do sistema.

“A gente quer um patrocinador específico tanto para as transmissões online como para a implantação do desafio. Estamos à procura de um fornecedor para essa questão do desafio, um projeto de bola dentro ou fora, toque no bloqueio e toque na rede, de análise disso, para que a gente possa implantar na temporada 2017/2018. Mas isso depende de custo. Vou dar um exemplo: tanto uma empresa de telefonia que quisesse nos ajudar nesse projeto de transmissão em troca de visibilidade assegurada ou uma empresa que nos ajudasse a desenvolver uma tecnologia nacional, que já existe, sendo produzida pela Penalty. Esses seriam parceiros bem-vindos que facilitariam o projeto”, disse ao SdR Ricardo Trade, o Baka, diretor executivo da CBV.

No melhor jogo da semifinal, Taubaté amplia vantagem sobre Sesi

Explicamos: a Penalty, empresa brasileira de material esportivo, está desenvolvendo sua versão do video check. O projeto é bem visto pela CBV, diz outra fonte da entidade. Além de apostar na tecnologia nacional, os custos seriam menores para a Confederação, que não teria de arcar com a importação. Até 2012, era justamente a Penalty quem fornecia bolas para as competições da CBV, que naquele ano assinou contrato com a japonesa Mikasa, renovado em 2016 e que segue até 2020. Se for adiante, o projeto com a companhia brasileira seria específico para o desafio em vídeo.

Câmera posicionada para verificar a linha de fundo (FIVB)

Além da Penalty, outra opção seria recorrer a um fornecedor estrangeiro. Nesse caso, os italianos estão na frente de japoneses e poloneses. O sistema mais utilizado nas competições da Federação Internacional de Vôlei (FIVB) é o do Japão, o mais ágil, mas cujo custo é proibitivo, diz a mesma fonte, sem revelar valores. Já o polonês, embora mais barato do que os outros dois, apresenta muitas falhas. Vem então o da Itália.

CBV diz que desconhece relatório que aponta irregularidades na entidade

O Saída de Rede teve acesso aos valores da empresa italiana DataProject, responsável pelo video check naquele país. Um kit completo, para as linhas, rede e toque no bloqueio, com as câmeras incluídas, sairia por algo equivalente a R$ 100 mil, cada um. É aquele que você pode ver durante as partidas da liga italiana e o mesmo utilizado no Mundial feminino 2014. Se pensarmos em uma unidade por clube, na Superliga masculina e feminina, sem considerar equipamentos de reserva, o investimento seria de R$ 2,2 milhões, pois temos 22 representantes na primeira divisão do voleibol brasileiro – Minas Tênis Clube e Sesc têm equipes nos dois naipes. Coloque ainda na conta o frete e os impostos.

Porém, como você pôde ver nas declarações de Baka, a implantação do video check na Superliga é uma intenção, não uma certeza.

Primeira partida entre Taubaté e Sesi, numa das séries semifinais da Superliga, teve vários erros da arbitragem (Bruno Miani/Inovafoto/CBV)

Arbitragem
A cena é conhecida: o juiz de cadeira ou o segundo árbitro às vezes erram feio. O mesmo vale para os fiscais de linha. Ainda que tais falhas não sejam intencionais, podem afetar seriamente o resultado de uma partida, como ocorreu no terceiro jogo das quartas de final entre Brasil Kirin e Montes Claros. A arbitragem marcou equivocadamente como fora uma bola atacada dentro pelo central Thiago Salsa, do time mineiro, no último lance do primeiro set. Nada garante que o Montes Claros venceria a parcial, mas a equipe sequer teve a chance de lutar, pois a marcação errada encerrou o set em favor do Brasil Kirin.

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Há alguma punição ou advertência quando a falha interfere no resultado? “A Cobrav (Comissão Brasileira de Arbitragem de Voleibol) analisa as arbitragens das partidas e medidas administrativas são tomadas internamente. Conversamos com os árbitros, mostramos onde os mesmos podem e devem melhorar, e algumas vezes os afastamos temporariamente para eles analisarem os fatos ocorridos. Sobre punições e sanções, esses termos são de responsabilidade do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva)”, informou ao SdR Carlos Antônio Rios, presidente da Cobrav, que é vinculada à CBV.

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Ao longo da temporada, aproximadamente 200 profissionais, entre árbitros e fiscais de linha, participam da Superliga, segundo a Comissão. Pelas declarações acima, feitas pelo presidente da Cobrav, os erros não passam em branco, há “conversa”, mas punição… Não é possível dizer se elas ocorrem. Afinal, não é com eles. “Medidas cautelares em que oficiais de arbitragem ficam fora de escala são possíveis como parte da rotina da Cobrav. São procedimentos administrativos internos, sem divulgação dos nomes dos oficiais de arbitragem”, tergiversou Rios.

Carlos Antônio Rios, presidente da Cobrav e ex-presidente da Federação Mineira de Vôlei (Reprodução/Internet)

Questionada sobre reciclagem, a Cobrav afirmou que, antes de toda temporada da Superliga, promove uma reunião entre árbitros internacionais, nacionais e diretores de arbitragem, “na qual são abordadas orientações da FIVB sobre critérios subjetivos, mudanças nas regras e paradigmas da arbitragem”. Nessa reunião, explicou Carlos Antônio Rios, também são analisadas a temporada anterior e traçadas metas para a edição seguinte. “Durante a Superliga, antes e depois de cada partida, o primeiro árbitro se reúne com a equipe envolvida no jogo para a análise do trabalho. A Cobrav também realiza análises das arbitragens com imagens da TV, além de vídeos das próprias equipes”, completou.

O discurso adotado pela CBV aponta para a vontade de mudar. Entretanto, pelo menos enquanto os recursos para a implantação do video check não aparecerem, é provável que sejamos obrigados a conviver com falhas grotescas a cada Superliga.

Colaborou Carolina Canossa

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Brasil Kirin tira sossego do rival, mas Sada Cruzeiro segue firme http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/04/14/brasil-kirin-tira-sossego-do-rival-mas-sada-cruzeiro-segue-firme/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/04/14/brasil-kirin-tira-sossego-do-rival-mas-sada-cruzeiro-segue-firme/#respond Fri, 14 Apr 2017 09:00:45 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=6452

Cruzeiro venceu Brasil Kirin e está a uma vitória da final (fotos: William Lucas/Inovafoto/CBV)

Poucas vezes, nesta temporada da Superliga, o Sada Cruzeiro foi realmente testado ou fustigado. A única derrota da equipe ocorreu em Taubaté, quando o primeiro lugar da fase classificatória já estava assegurado e o sexteto que entrou em quadra mesclava reservas e atletas ainda das categorias de base. No mais, foram 25 vitórias, 18 delas em sets direitos, com flagrante superioridade técnica sobre a concorrência e raras partidas decididas com algum suspense.

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Dentro desse panorama, a recompensa ao esforço do Brasil Kirin, no segundo jogo da série semifinal, foi levar o confronto até o quarto set e, ao menos, tirar os multicampeões do sossego. É pouco para quem precisa vencer três vezes para chegar à final do campeonato, mas é o que o time, que perdeu titulares da temporada passada (Wallace Martins, Demián González e Lucas Lóh), pode fazer.

O Cruzeiro venceu o duelo da noite de quinta-feira, em Campinas, por 3 sets a 1, em parciais de 25-21, 25-19, 21-25, 25-22. A série agora está 2 jogos a 0 e basta uma vitória para que os mineiros cheguem à sétima final consecutiva na competição.

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A partida parecia cumprir um roteiro já bem conhecido: graças a uma virada de bola eficiente e a uma relação bloqueio e defesa que irrita qualquer adversário, o Sada Cruzeiro abriu 2 sets a 0 no placar. Para variar, Leal, que terminou o jogo com 18 pontos no total e aproveitamento de 57% no ataque, comandava a equipe. O ponteiro, no entanto, não brilhava sozinho, já que os centrais Isac e, principalmente, Simón também se destacavam nas cortadas.

Era uma vitória que parecia bem encaminhada, mas o jogo tomou novo rumo quando o Brasil Kirin ganhou o terceiro set.

Bruno Temponi deu trabalho ao bloqueio do Cruzeiro

Se o oposto Rivaldo não estava numa de suas melhores jornadas, os ponteiros Diogo e Bruno Temponi estavam. Com boa atuação no ataque, os titulares da entrada de rede assinalaram 32 pontos para o Brasil Kirin. O saque campineiro passou a perturbar a recepção adversária e William precisou se acostumar rapidamente a jogar sem o passe na mão.

Incomodado com a reação da equipe dirigida pelo técnico Horácio Dileo e vendo a possibilidade de jogar um tie break diante de um rival embalado pela torcida, o Sada Cruzeiro demonstrou nervosismo incomum na quarta parcial, refletido em dois momentos.

Primeiro, logo no início do set, Evandro foi substituído por Alan e discutiu com o técnico Marcelo Mendez, que lhe cobrava por um erro no lance anterior. Depois, na reta final do set, os suplentes mineiros correram para a quadra (!), apontando ao árbitro que a marca da bola no piso indicava um ataque para fora de Diogo.

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O Brasil Kirin, que chegou a estar quatro pontos atrás no marcador da parcial, igualou o placar em 22 a 22, mas sucumbiu. As esperanças da equipe de Campinas no jogo (e talvez na série) acabaram em 50 segundos, que foi o tempo suficiente para Rivaldo errar um saque e o bloqueio do time celeste pontuar duas vezes.

A terceira partida será disputada no próximo sábado, 22, em Contagem (MG), a partir das 21h30. O jogo 2 da outra semifinal, entre Sesi e Funvic/Taubaté, será às 21h30 deste sábado.

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Brasil Kirin resiste, mas Sada Cruzeiro faz a lógica prevalecer http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/04/09/brasil-kirin-resiste-mas-sada-cruzeiro-faz-a-logica-prevalecer/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/04/09/brasil-kirin-resiste-mas-sada-cruzeiro-faz-a-logica-prevalecer/#respond Sun, 09 Apr 2017 09:00:40 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=6281

Sada Cruzeiro venceu a primeira partida da semifinal por 3-1 (foto: Renato Araújo/Sada Cruzeiro)

O Brasil Kirin fez o que estava ao seu alcance, resistiu o quanto pôde, jogou uma de suas melhores partidas esta temporada, mas do outro lado da quadra estava simplesmente o time tetracampeão nacional e tri mundial, Sada Cruzeiro, uma máquina de jogar voleibol comandada pelo argentino Marcelo Mendez. Vitória mineira por 3-1 (25-20, 18-25, 25-22, 25-21) na primeira partida de uma das séries semifinais da Superliga 2016/2017, em Contagem (MG), na noite deste sábado (8). Foi apenas o 12º set perdido pelo Sada em 26 jogos disputados nesta edição.

Em jogo repleto de erros, arbitragem confusa ofusca vitória do Taubaté
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Reedição da final da última Superliga, a partida no ginásio do Riacho teve quase duas horas de duração e o grande número de erros pode ser creditado a agressividade das equipes no saque. As falhas, embora muitas, não ocorreram em uma proporção tão elevada quanto a de quinta-feira (6), pela outra série, em que o Taubaté venceu o Sesi por 3-0 no primeiro confronto.

Leal marcou 17 pontos diante do Brasil Kirin neste sábado (foto: Washington Alves/Inovafoto/CBV)

O serviço foi arma essencial para o Brasil Kirin tentar equilibrar o duelo diante de um adversário do porte do Sada. O time comandado pelo também argentino Horacio Dileo sabia que teria de forçar o erro da recepção cruzeirense para que a bola ficasse longe das mãos do habilidoso levantador William Arjona. Conseguiu ótimas passagens no saque, principalmente com o veterano ponta Diogo e com o central campeão olímpico Maurício Souza – este fechou o segundo set com uma sequência de três aces.

O problema para a equipe de Campinas (SP) é que manter o saque em um nível tão alto por um período longo é missão quase impossível e, além disso, teria de contar com o relaxamento do oponente. É que o Sada havia vencido a primeira parcial com relativa facilidade, apesar de ter cometido 11 erros – foram 35 no jogo. Escaldado após a derrota no segundo set, o time multicampeão tratou de acelerar a partir do terceiro. Não que o Brasil Kirin tenha desistido da partida, pelo contrário, continuou lutando, mas a superioridade cruzeirense era nítida.

Ponta Filipe cresceu na quarta e última parcial (foto: Renato Araújo/Sada Cruzeiro)

Destaques
O oposto Evandro e o ponta cubano naturalizado brasileiro Leal, que recebeu o troféu Viva Vôlei, foram os maiores pontuadores do Sada Cruzeiro e do jogo, tendo marcado 21 e 17 vezes, respectivamente. Evandro virou 18 de 27 tentativas no ataque (66,6%). Pelo adversário, o oposto Rivaldo foi quem mais pontos fez, somando 14. Segundo a assessoria de imprensa do Sada, o ponteiro Filipe teve 71% de aproveitamento no ataque, fundamento no qual marcou 10 pontos – fez ainda dois de bloqueio e um de saque. A estatística na página da competição, fornecida pela Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), infelizmente não traz informações mais detalhadas.

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É difícil imaginar que o time de Dileo possa tirar o Sada Cruzeiro de mais uma final, mas está de parabéns, mesmo se deixar a competição uma etapa antes da edição anterior. Para quem não se lembra, o Brasil Kirin esteve ameaçado de desmanche e perdeu atletas importantes, que ajudaram o time a chegar ao vice-campeonato no ano passado, como o ponta Lucas Lóh e o levantador argentino Demián González. O patrocinador segurou Maurício Souza e o líbero Tiago Brendle, entre outros, e apesar das oscilações a equipe terminou a fase de classificação em quarto lugar.

Favoritismo
O fato de a final ser em jogo único – marcado para o ginásio Mineirinho, em Belo Horizonte, no dia 7 de maio – parece ser o maior problema para o pentacampeonato do Sada. É que em um dia ruim o time poderia (veja bem, “poderia”) cair diante de Sesi ou Taubaté, que duelam na outra semifinal. Em condições normais de temperatura e pressão, o título vai para o Cruzeiro de Evandro, William, Leal, Filipe, Simon, Isac e Serginho. Esta temporada, a equipe sofreu apenas duas derrotas – 2-3 para o Sesi na semifinal da Copa Brasil e 0-3, com os reservas em quadra, para o Taubaté na décima rodada do returno da Superliga.

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Brasil Kirin e Sada Cruzeiro fazem a segunda partida da melhor de cinco nesta quinta-feira (13), às 22h, no ginásio Taquaral, em Campinas, com transmissão da RedeTV e do SporTV. No sábado (15), às 21h30, no ginásio Lauro Gomes, em São Caetano (SP), com SporTV, Sesi e Taubaté se enfrentam pela segunda vez na série – o jogo não será na quadra do time da capital paulista, na Vila Leopoldina, porque o local conta apenas com 800 assentos, quando a competição exige número mínimo de 2 mil lugares a partir das semifinais.

SUPERLIGA FEMININA B

Campeã olímpica, Valeskinha defende o Curitibano (Foto: Wander Roberto/Inovafoto/CBV)

O SporTV confirmou a transmissão da final da Superliga B feminina nesta segunda-feira (10), às 20h. A decisão será entre Hinode/Barueri, equipe treinada pelo tricampeão olímpico José Roberto Guimarães, e o BRH-Sulflex/Curitibano, que tem como técnico Jorge Edson, ex-central campeão olímpico em Barcelona 1992 sob o comando daquele que agora é seu adversário. O time de Zé Roberto, que teve a melhor campanha na fase de classificação, jogará em casa, no ginásio José Corrêa. A equipe paranaense tem como dirigente a ex-ponta romena naturalizada brasileira Cristina Pirv.

A campanha dos finalistas não poderia ser mais distinta. Enquanto o Barueri está invicto no torneio, o Curitibano precisou de superação: depois de perder os primeiros seis jogos, ganhou as quatro partidas do mata-mata e chegou à final.

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Em jogo repleto de erros, arbitragem confusa ofusca vitória do Taubaté http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/04/07/em-jogo-repleto-de-erros-arbitragem-confusa-ofusca-vitoria-do-taubate/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/04/07/em-jogo-repleto-de-erros-arbitragem-confusa-ofusca-vitoria-do-taubate/#respond Fri, 07 Apr 2017 09:00:03 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=6240

Lucarelli voltou a jogar após se recuperar de uma fascite plantar (fotos: Bruno Miani/Inovafoto/CBV)

Mais uma vez os erros de arbitragem roubaram a cena na Superliga 2016/2017. Na primeira partida da série semifinal entre Funvic Taubaté e Sesi, na noite desta quinta-feira (6), a vitória relativamente tranquila da equipe do oposto Wallace e do ponta Lucarelli ficou em segundo plano por causa das falhas dos juízes, algo recorrente no torneio. Jogando em casa, Taubaté ganhou em sets diretos (25-20, 25-22, 25-21), num confronto repleto de erros. Tanto das equipes, em um jogo de baixo nível técnico, quanto da dupla de arbitragem formada por Anderson Caçador (principal) e Luiz Coutinho de Oliveira (segundo juiz). As semifinais são decididas em melhor de cinco – Sada Cruzeiro e Brasil Kirin começam a outra série neste sábado (8), às 20h30, em Contagem (MG), com transmissão do SporTV.

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No final da primeira parcial, liderada com folga por Taubaté, o ponteiro Alan, do Sesi, foi para o saque e engatou uma boa sequência. No último lance, o ponteiro Murilo atacou, a bola bateu no braço do central adversário Otávio, depois na rede e o Sesi fez a cobertura. Porém, o árbitro Anderson Caçador achou que a bola não havia passado e o set terminou ali, em 25-20. Era pouco provável que o Sesi empatasse, afinal a vantagem era grande, mas o erro foi grosseiro.

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No terceiro set, quando o placar marcava 15-15, outra falha da arbitragem gerou uma forte discussão na rede, que resultou em dois cartões vermelhos: um para Lucarelli e outro para Murilo. Após um ataque do Sesi, o time da casa havia dado quatro toques, o que foi ignorado pela dupla de juízes. Mais adiante, Gérson Amorim, assistente técnico do Sesi, xingou um fiscal de linha e recebeu um cartão vermelho. O time da capital paulista, além de não conseguir engrenar seu jogo, estava visivelmente descontrolado, dentro e fora da quadra.

O Sesi parecia perdido em quadra diante do Taubaté

O último erro dos árbitros sequer foi notado. O oposto Theo atacou, a bola tocou no bloqueio e saiu, mas Caçador deu o ponto para Taubaté, que abriu 24-21. Veja bem, o anfitrião teria 23-22 se o juiz tivesse marcado corretamente.

É inaceitável que a Superliga, um dos campeonatos mais importantes do mundo, ainda não utilize o videocheck. Mesmo com o sistema, erros como a não marcação dos quatro toques não seriam evitados. Mas, de qualquer forma, os demais teriam sido corrigidos.

Lucas Lóh recebeu o troféu Viva Vôlei

Falhas em excesso
Outro aspecto que chamou a atenção foi a quantidade absurda de erros das duas equipes: 32 do Sesi e 28 do Taubaté. Em uma partida de 138 pontos, os erros, fossem de ataque, saque, passe ou alguma infração, resultaram em 43,5% do total. Outro exemplo, para efeito de comparação, é que Taubaté marcou no ataque o mesmo número de pontos em erros cometidos pelo Sesi.

Agora imagine qualquer uma dessas duas equipes, com um desempenho assim, tendo que enfrentar o Sada Cruzeiro jogando em alta rotação. Claro que o tetracampeão da Superliga e tri mundial ainda precisa confirmar seu favoritismo diante do aguerrido Brasil Kirin, mas o baixo nível técnico visto nesta quinta-feira em Taubaté serviu também para evidenciar o quanto o time de Leal, Simon e William é superior aos demais.

Destaques
Pela equipe do Funvic Taubaté, os destaques foram o oposto Wallace, o central Éder, os pontas Lucas Lóh e Lucarelli. Este último, embora pouco acionado pelo levantador Raphael, virou bolas importantes – sete em nove tentativas. Lucarelli volta à ativa depois de se recuperar de um estiramento na planta do pé (fascite plantar) direito. Lóh, que virou apenas seis em 31 no ataque (dados do SporTV, não disponíveis nas estatísticas da CBV), mas teve participação relevante no fundo de quadra, ficou com o troféu Viva Vôlei, inicialmente dado por engano a Lucarelli. O meio de rede Éder fez cinco dos oito pontos de bloqueio do Taubaté (o adversário marcou quatro). Coube a Wallace o melhor desempenho ofensivo na partida, com 13 pontos em 23 cortadas. A pontuação dele, toda em ataques, foi a maior do jogo.

Wallace foi o maior pontuador do jogo, marcou 13 vezes

Do lado do Sesi, vale menção ao ponta reserva Gabriel Vaccari, que começou no banco, substituiu Alan e, mesmo sendo bombardeado pelo saque do Taubaté, seguiu firme na recepção, além de ter sido o maior pontuador da sua equipe – marcou oito vezes. O levantador Bruno foi impreciso na armação várias vezes, fazendo uma partida abaixo da média.

No turno e no returno da Superliga 2016/2017, os duelos entre Taubaté e Sesi também haviam terminado em três sets. O primeiro com vitória para o time da capital e o outro para o do interior. O Funvic Taubaté tem a vantagem de disputar três dos possíveis cinco jogos da semifinal em casa por ter sido segundo colocado na fase de classificação, enquanto o Sesi foi terceiro.

As duas equipes se encontram novamente daqui a oito dias, sábado (15), às 21h30, desta vez no ginásio Lauro Gomes, em São Caetano (SP). É que o espaço do Sesi na Vila Leopoldina, na capital paulista, com apenas 800 lugares, não atende a uma exigência da competição para partidas a partir das semifinais, que é ter no mínimo 2 mil assentos.

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Brasil Kirin garante vaga nas semifinais em jogo polêmico http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/03/31/brasil-kirin-garante-vaga-nas-semifinais-em-jogo-polemico/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/03/31/brasil-kirin-garante-vaga-nas-semifinais-em-jogo-polemico/#respond Fri, 31 Mar 2017 03:34:36 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=6083

Brasil Kirin superou Montes Claros em três jogos (foto: João Neto/Vôlei Brasil Kirin)

Pelas quartas de final da Superliga, o Brasil Kirin eliminou o Montes Claros, na noite desta quinta-feira, pela via mais rápida. Assim como Sada Cruzeiro, Funvic/Taubaté e Sesi, o time de Campinas só precisou de três jogos fechar sua série e chegar às semifinais, importando dizer que estes são os mesmos clubes semifinalistas do campeonato passado.

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Por um lugar na final, o Brasil Kirin encara o Sada Cruzeiro. A disputa, que é um duelo de técnicos argentinos (Horacio Dileo pelo time paulista, e Marcelo Mendez pelo lado mineiro), reedita a final da Superliga 2015/2016 e também a Supercopa desta temporada. A vantagem no retrospecto é toda cruzeirense: os tricampeões mundiais venceram os dois confrontos na fase classificatória por 3 a 0, ressaltando que na última rodada do returno, os vice-campeões do ano passado só anotaram 43 pontos (25-20, 25-12, 25-11).

Também vale a lembrança de que o Sada Cruzeiro não teve vida fácil na decisão do ano passado (vitória por 3 a 1 – 23-25, 25-23, 25-18, 30-28), porém, é preciso dizer que titulares daquele time do Brasil Kirin, como o oposto Wallace Martins, o levantador Demian González e o ponteiro Lucas Lóh, não estão mais na equipe.

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A outra semifinal será disputada entre Funvic/Taubaté e Sesi. Os dois decidiram os três últimos campeonatos paulistas e a Copa Brasil deste ano, e o time do interior levou a melhor em todas essas ocasiões. O blog apurou que a tabela das semifinais será divulgada pela CBV nesta sexta-feira.

Classificação
Quarto colocado na classificação da primeira fase, o Brasil Kirin conquistou o direito de enfrentar o Cruzeiro num jogo polêmico, com um erro crucial da arbitragem ainda no primeiro set.

O time de Campinas começou melhor a partida, aproveitando-se de uma boa passagem do oposto Rivaldo no saque contra uma confusa linha de passe visitante. Quando ajustou o bloqueio, Montes Claros chegou à igualdade no placar, mas, num set point do time da casa, a arbitragem marcou erradamente como fora uma bola atacada pelo meio de rede Thiago Salsa.

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A partir daí, as falhas do Montes Claros se avolumaram e o time se perdeu. A equipe marcou 46 pontos contra 38 no ataque, mas cometeu 27 erros contra apenas 15 dos anfitriões, e isso fez a diferença – ainda mais se levar em conta que o terceiro set, bastante equilibrado, contou vários erros do time mineiro no serviço. No final, vitória do Brasil Kirin por 3 sets a 0, com parciais de 26-24, 25-21, 26-24.

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