Bernardinho – Blog Saída de Rede http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br Reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Tue, 31 Dec 2019 12:02:55 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 De olho na Olimpíada, Drussyla põe placa na canela para diminuir incômodo http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/12/20/de-olho-na-olimpiada-drussyla-poe-placa-na-canela-para-diminuir-incomodo/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/12/20/de-olho-na-olimpiada-drussyla-poe-placa-na-canela-para-diminuir-incomodo/#respond Fri, 20 Dec 2019 19:12:28 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=19542

Drussyla deve voltar a jogar pelo Sesc ainda em janeiro (Fotos: Marcio Rodrigues/ACE)

Considerada um dos melhores nomes da nova geração do voleibol brasileiro, a ponteira Drussyla Costa tem, há mais de um ano, enfrentado dificuldades para render seu melhor em quadra devido a uma fratura por estresse na canela direita. Perdeu, por exemplo, a maior parte da temporada 2018/2019 de clubes e, ainda que o tratamento realizado junto à equipe médica do Sesc-RJ a tenha permitido voltar a jogar regularmente, a permanência de um incômodo na região a fez optar pela colocação de uma placa neste sábado (21), no Rio de Janeiro.

De acordo com Ney Pecegueiro, médico do Sesc e responsável pelo procedimento, a intervenção dará à atleta mais segurança em treinos e jogos. Por se tratar de algo simples, a expectativa é que ela volte a se exercitar em duas semanas e consiga jogar ainda em janeiro – como no período a Superliga fará uma pausa de fim de ano, ela pouco desfalcará à equipe desta forma.

“A Drussyla teve uma fratura por estresse na última temporada, iniciou tratamento, teve uma cicatrização e ficou bem. No entanto, constatamos que ficou um tecido de cicatrização no local da lesão, e isso gera um incômodo quando ela é muito exigida em treinos e jogos. Temos acompanhado sempre de perto a atleta, e é bom que fique claro que não é nada que a incapacite. Mas conversamos, todos, comissão técnica, atleta e área médica, e chegamos a conclusão que seria benéfico fazer esse procedimento no recesso de final de ano. Ela joga e treina normalmente, mas o procedimento visa deixar a atleta sem nenhum incômodo”, explicou Ney.

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Drussyla, por sua vez, afirmou que a decisão pela pequena cirurgia se deu porque ela quer “voltar a jogar zerada” – além dos compromissos profissionais com o Sesc, a jogadora também almeja estar na lista de 12 convocadas para a Olimpíada de Tóquio, no meio do ano que vem.

“Será muito bom e ainda previne qualquer tipo de nova lesão no mesmo local. Confio demais no trabalho da comissão técnica e no Dr. Ney. Ele sempre me tratou como paciente mesmo, não como uma jogadora do time. Sempre vi o cuidado com que ele tratou muitas outras atletas e comigo não tem sido diferente. Vai dar tudo certo, logo estarei de volta e espero seguir ajudando o time nesta Superliga”, comentou.

Jogadora, que começou na praia, sonha em defender a seleção na Olimpíada de Tóquio

Técnico do Sesc-RJ, Bernardinho ressaltou o cuidado com a integridade física e o respeito aos anseios olímpicos de Drussyla. “Decidimos utilizar esse recesso, que será maior para nós por termos adiantado algumas partidas, para dar à atleta a possibilidade de mostrar seu potencial pleno. É claro que é ótimo para o Sesc RJ contar com ela, mas existe o sonho pessoal, dela eventualmente vir a defender o Brasil nos Jogos Olímpicos. Queremos, obviamente, equilibrar isso tudo, deixá-la íntegra, confortável e com plenas condições de trabalho. Esse é nosso papel”, afirmou.

Com o procedimento realizado no sábado (21), Drussyla não estará em quadra no domingo (22), quando o Sesc-RJ enfrentará o Valinhos, no Tijuca Tênis Clube, às 11 horas. Será o último compromisso do ano da equipe carioca. O retorno à competição será no dia 17 de janeiro, quando o Sesc receberá o Curitiba Vôlei.

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Praia Clube repete na Superliga falhas que mostrou no Mundial de Clubes http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/12/20/praia-clube-repete-na-superliga-falhas-que-mostrou-no-mundial-de-clubes/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/12/20/praia-clube-repete-na-superliga-falhas-que-mostrou-no-mundial-de-clubes/#respond Fri, 20 Dec 2019 09:00:09 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=19521

Equipe de Paulo Coco teve um desempenho oscilante no Mundial de Clubes (Foto: Divulgação/FIVB)

O placar de 3 a 0 (parciais de 25-21, 25-14 e 26-24) decepcionou o torcedor que esteve presente na Arena Praia, em Uberlândia (MG), para acompanhar o clássico entre Dentil Praia Clube, o time da casa, e Sesc-RJ nesta semana. O confronto, válido ainda pela sétima rodada da Superliga feminina de vôlei em função da participação mineira no Mundial de Clubes, acabou decretando o primeiro revés da equipe de Paulo Coco na competição.

Com o resultado, o grupo, que começou a temporada de forma assertiva, ganhando a Supercopa e o Campeonato Mineiro 2019, caiu para a quarta colocação na tabela da Superliga, somando 18 pontos em sete partidas disputadas (seis vitórias e uma derrota).

No primeiro duelo pós-Mundial, a equipe de Paulo Coco chegou a vencer com desenvoltura o Sesi Bauru em sets diretos. A dominicana Brayelin Martínez, recém-chegada, e a norte-americana Nicole Fawcett foram as maiores pontuadoras com 16 e 15 acertos, respectivamente. Contudo, a vulnerabilidade, a quantidade de erros (21 contra apenas 12 do Praia) e as falhas na recepção bauruense acabaram colaborando para o resultado.

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Já contra o Sesc, um adversário que tem apresentado campanha bem mais sólida do que Bauru, o que surpreendeu os torcedores do Praia não foi exatamente a derrota, algo natural diante de uma equipe que, apesar das mudanças para este ano, permanece entre os candidatos ao título. O que causou espanto foi a maneira como o time foi derrotado em casa.

Obviamente, esperava-se que o Sesc jogasse a partida em Uberlândia com “a faca entre os dentes”, uma vez que o grupo vinha de uma derrota também dolorosa em sets diretos para o Itambé Minas dentro da casa do rival. Apesar desta expectativa, o Praia, sem continuidade e poder de reação, pouco produziu e foi facilmente batido pelas cariocas.

Um dos aspectos que mais evidenciaram a fragilidade mineira no jogo foi o rendimento na virada de bola. Enquanto o time vice-campeão brasileiro anotou apenas 34 pontos no ataque, a equipe de Bernardinho fez 47. A maior pontuadora do duelo foi a oposta Tandara Caixeta com 17 acertos. Pelo lado praiano, Fawcett anotou 14.

Ocorre que a falta de consistência no fundamento e as falhas nas tomadas de decisão em momentos-chave são problemas que já tinham aparecido no Mundial, torneio em que as mineiras terminaram na 6ª posição. Apenas para exemplificar, a ponteira Fernanda Garay anotou 3 pontos no jogo de estreia contra o turco VakifBank. A oposta Fawcett fez 8. O mesmo aconteceu diante do italiano Novara.

Equipe sucumbiu em casa diante do Sesc (Foto: Divulgação/Dentil Praia Clube)

Garay, que vinha recuperando a melhor forma física após lesão, acabou sofrendo uma fratura no nariz durante a competição na China, passou por cirurgia aqui no Brasil e só retornará à equipe no ano que vem. Com isso, sem ter com quem dividir a responsabilidade pela virada de bola, a dominicana Martínez foi – durante o Mundial – e continua sendo a atleta mais decisiva de modo geral, mesmo improvisada na entrada de rede.

Tanto que entre as atacantes de ponta do time, ela é a que tem maior percentual de aproveitamento de ataque nas estatísticas da Superliga (está em 5º lugar com 54%, tendo pontuado 85 vezes em 158 tentativas). A outra representante é a central Carol, que colocou 44 bolas no chão das 74 recebidas e está na 3ª posição.

Apesar da melhora esboçada na reta final do Mundial, quando a chance de pódio já havia escapado, a irregularidade nos fundamentos – o bloqueio, a recepção e a defesa também têm deixado a desejar – segue comprometendo o padrão de jogo da equipe do Triângulo Mineiro. Fato é que o time de Paulo Coco tem enorme potencial a ser desenvolvido no decorrer desta Superliga. A expectativa, portanto, é que o conjunto retome o caminho das boas apresentações, “dê liga” e faça jus ao investimento feito para esta temporada.

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Com tie-break arrasador, Sesc bate Osasco no clássico e segue invicto http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/11/30/com-tie-break-arrasador-sesc-bate-osasco-no-classico-e-segue-invicto/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/11/30/com-tie-break-arrasador-sesc-bate-osasco-no-classico-e-segue-invicto/#respond Sat, 30 Nov 2019 03:10:01 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=19207

Equipe carioca passou por momentos de incerteza na partida, mas venceu o rival em um tie-break espetacular (Foto: Marcio Mercante)

No grande clássico do vôlei brasileiro, válido pela sexta rodada da Superliga feminina, o Sesc-RJ visitou o Osasco Audax na noite desta sexta-feira (29). Até então invictas, as duas equipes fizeram um jogo igual até o quarto set. Mesmo empurrado pela entusiasmada torcida que lotou o José Liberatti, o time de Luizomar de Moura, contudo, viveu um apagão na quinta e última parcial e acabou superado por parciais de 23-25, 25-21, 22-25, 25-21 e 5-15.

A partida ainda marcou o reencontro da levantadora Roberta, hoje titular em Osasco, com o Sesc, clube onde ela atuou durante nove anos. As maiores pontuadoras do jogo foram Tandara e Ana Bjelica, com 22 e 21 acertos, respectivamente.

O saque foi o fundamento mais utilizado como arma ofensiva por ambas as equipes desde o começo do duelo. Em um primeiro set bastante disputado, as donas da casa, entretanto, arriscaram mais e acabaram mostrando maior eficiência, quebrando a recepção carioca. Deste modo, explorando a fragilidade do passe de Drussyla e Amanda, o selecionado osasquense abriu 12 a 6.

As comandadas de Bernardinho, no entanto, não esmoreceram e reagiram a partir da metade do set. As representantes do Rio diminuíram a quantidade de erros, investiram em um serviço mais direcionado e apostaram principalmente nas boas coberturas de defesa que geraram contra-ataques bem aproveitados. A virada de bola também cresceu no fim da parcial, propiciando a reviravolta.

Assim como na etapa anterior, Osasco começou melhor. Mais regular na recepção e no ataque – sobretudo com as ponteira Jaqueline e Ellen -, as paulistas impuseram logo 17 a 10 no marcador. Do outro lado da quadra, o Sesc não se encontrava a fim de reverter novamente a situação.

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Passando por momentos de instabilidade na sua virada de bola com a central Juciely e a oposta Tandara, o grupo visitante também não contou com uma boa performance de Drussyla, que seguiu pecando tanto no passe quanto no sideout ao enfrentar excessivamente o bloqueio – somente neste fundamento, Osasco fez 7 pontos contra 3 do adversário no set.

Em um terceiro set mais equilibrado, o Sesc melhorou o aproveitamento no sistema ofensivo. Os dois times continuaram se sobressaindo na defesa, gerando ralis muito bem disputados. O Rio, contudo, contou com um desempenho mais regular de Tandara e Juciely no ataque. O saque e o bloqueio também acabaram fazendo a diferença a favor da equipe de Bernardinho.

Com tanta rivalidade, a temperatura subiu um pouco na quarta etapa. Em um jogo de alternâncias e muitas provocações de parte a parte, além da tensão com a arbitragem, o Sesc voltou a cometer erros bobos e a sofrer com a virada de bola, parando diversas vezes no bloqueio osasquense. Em oposição, destaque para a sérvia Ana Bjelica, que atuou em sua função de origem – na saída de rede – e foi a bola de segurança de Roberta a partir do terceiro set.

Diante de tanto equilíbrio, esperava-se uma última parcial também bastante parelha. No entanto, iniciando o tie-break de forma espetacular, o Sesc colocou rapidamente 10 a 3 no placar e não deu qualquer chance ao arquirrival no José Liberatti.

Com um saque mais regular e se valendo da performance de uma Juciely inspirada no sideout, as visitantes passaram a tocar em todas as bolas, imprimindo ótimo volume de jogo, o que desestabilizou completamente o ataque osasquense. Com o triunfo, a equipe quebrou a invencibilidade do adversário e manteve a ponta na Superliga feminina.

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Sesc saca melhor, bate Barueri fora de casa e mantém 100% na Superliga http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/11/19/sesc-saca-melhor-bate-barueri-fora-de-casa-e-mantem-100-na-superliga/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/11/19/sesc-saca-melhor-bate-barueri-fora-de-casa-e-mantem-100-na-superliga/#respond Wed, 20 Nov 2019 02:12:44 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=19104

Time carioca venceu a equipe sensação deste início de temporada (Foto: Marcio Mercante)

Um duelo de campeões estaduais movimentou a Superliga feminina 2019/2020 nesta terça-feira (19), colocando frente a frente os dois mais prestigiados treinadores brasileiros. O surpreendente São Paulo Barueri, de José Roberto Guimarães, recebeu o multicampeão Sesc RJ, de Bernardinho, em confronto válido pela terceira rodada da competição.

Até então com 100% de aproveitamento no torneio, os times corresponderam às expectativas e fizeram um bom jogo no ginásio José Corrêa – obviamente, dentro das possibilidades deste começo de temporada, quando as equipes ainda oscilam e buscam o melhor entrosamento. E com um desempenho mais consistente principalmente no saque, a equipe visitante acabou levando a melhor, batendo as donas da casa em sets diretos, com parciais de 24-26, 23-25 e 22-25. Foi o terceiro triunfo consecutivo do time carioca na competição.

Em um confronto bastante tenso e marcado por discussões com a arbitragem, a recepção foi o maior problema do time de Zé Roberto. Castigada pelo bom saque visitante, a linha de passe paulista sofreu muito e praticamente não conseguiu entregar as bolas nas mãos da levantadora Juma que, pressionada, não fez uma distribuição equânime do jogo.

Apesar disso e dos erros de saque, o campeão paulista, correndo atrás do placar até a metade do set, reagiu e manteve o equilíbrio até o final contando especialmente coma  eficiência na virada de bola pelas extremidades, sobretudo com a oposta Lorenne. As falhas no sideout e de combinação da armadora Fabíola com suas atacantes também colaboraram para que o adversário permanecesse vivo na parcial.

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América Vôlei “engrossa” lista de problemas da Superliga masculina

Ouça no Voleicast #13: quem são os favoritos ao título da Superliga feminina 2019/2020?

Ouça no Voleicast #11: Bernardinho e Zé Roberto não são amigos. E daí?

Em ritmo acelerado e com a mesma estratégia de saque, o Sesc abriu rapidamente 9 a 3 no segundo set. Desestabilizado em quadra, o inexperiente time da casa cometeu vários erros bobos – inclusive, na parte final da parcial -, o que favoreceu o crescimento da equipe carioca.

As donas da casa ainda esboçaram nova reação nesta etapa, mas a consistência no ataque e o volume de jogo das adversárias fizeram a diferença. Destaque para a oposta Tandara, que voltou a jogar após um problema abdominal. Mesmo longe de sua melhor forma, a jogadora cresceu e foi a bola de segurança da levantadora Fabíola a partir de então. Ao contrário do oposta de Barueri que, depois de um primeiro set inspirado, passou a ser bem marcada pelo bloqueio carioca e perdeu a efetividade no sideout.

Tentando não permitir que o experiente adversário deslanchasse no marcador, a equipe de Barueri voltou a abusar das falhas no saque, no ataque e no sistema defensivo na última parcial. Com isso, o Sesc, com o ótimo rendimento no sideout de Tandara e da central Juciely (maiores pontuadoras do jogo com 19 e 14 acertos, respectivamente), não precisou se esforçar tanto para vencer o jogo e manter a invencibilidade na Superliga.

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Voleicast: o equilíbrio de forças da Superliga feminina 2019/2020 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/11/12/voleicast-o-equilibrio-de-forcas-da-superliga-feminina-20192020/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/11/12/voleicast-o-equilibrio-de-forcas-da-superliga-feminina-20192020/#respond Tue, 12 Nov 2019 09:00:30 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=19057

Dentil Praia Clube se entrosou rápido e ganhou o Campeonato Mineiro e a Supercopa (Foto: Daniel Nunes/CBV)

Após o pontapé inicial da temporada de clubes 2019/2020 entre os homens, chegou a vez das mulheres. A Superliga feminina, que tem início nesta terça-feira (12), é o tema da 13ª edição do Voleicast, o podcast de vôlei do Saída de Rede. Com 12 equipes participantes, o campeonato será realizado em sistema de todos contra todos em turno e returno. Os oito times mais bem colocados avançam aos playoffs, que serão decididos, incluindo semifinais e finais, em série melhor-de-três.

Logo neste começo de temporada, percebemos que o Dentil/Praia Clube, atual vice-campeão, desponta como um grande candidato a repetir o feito de 2017/2018, quando ganhou o primeiro troféu de sua história. Apesar de ter perdido peças importantes, o clube de Uberlândia se reforçou com a oposta/ponteira dominicana Brayelin Martínez, atleta que já demonstra potencial para ser um dos maiores destaques da competição.

Ao longo do bate-papo, as jornalistas Carolina Canossa e Janaina Faustino ainda exaltaram a força do Sesc-RJ, maior campeão da Superliga, que, depois de ter caído pela primeira vez nas quartas de final da Superliga passada, fez boas contratações, como a oposta Tandara, e certamente buscará reviver momentos áureos.

Ouça mais:

Voleicast #12: o equilíbrio de forças da Superliga masculina 2019/2020

Voleicast #11: Bernardinho e Zé Roberto não são amigos. E daí?

O delicado começo de temporada do Itambé Minas, atual campeão que não poderá contar com nomes fundamentais na exitosa campanha passada, e investiu em outros, como as bicampeãs olímpicas Sheilla (oposta) e Thaisa (meio de rede), também foi abordado.

No programa, comentamos ainda sobre a queda do então favorito Sesi Bauru no Campeonato Paulista, e a emergência do surpreendente São Paulo Barueri, jovem time liderado por José Roberto Guimarães, que acabou de levar o Estadual, tendo capacidade para complicar a vida de algum “grande” na competição.

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Voleicast: Bernardinho e Zé Roberto não são amigos. E daí? http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/10/29/voleicast-bernardinho-e-ze-roberto-nao-sao-amigos-e-dai/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/10/29/voleicast-bernardinho-e-ze-roberto-nao-sao-amigos-e-dai/#respond Tue, 29 Oct 2019 09:00:59 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=18896

Bernardinho e Zé Roberto pouco interagiram na festa de lançamento da Superliga há uma semana, onde também entraram para o Hall da Fama do COB (Fotos: Gaspar Nobrega/Inovafoto/CBV)

Não é segredo para ninguém que acompanha voleibol que os dois principais técnicos brasileiros da modalidade, Bernardinho e José Roberto Guimarães, possuem uma relação distante e fria. Recentemente, por exemplo, o treinador do Sesc-RJ chegou a declarar que não existe chance de uma reconciliação com o colega de trabalho – o auge da briga entre ambos teria sido um pedido de Fernanda Venturini, esposa de Bernardinho, para que o marido analisasse um DVD da seleção durante a Olimpíada de Atenas, em 2004, quando ela era levantadora titular da seleção.

Mas será que a inimizade afeta o voleibol brasileiro? É isto que Carolina Canossa e Janaina Faustino discutem na 11ª edição do Voleicast, podcast dedicado ao vôlei feito pelo Saída de Rede. Para as jornalistas, a resposta é “não” e você vai entender os motivos ouvindo o episódio. No programa, também falamos sobre o lamentável caso de injúria racial envolvendo a americana Deja McClendon, contratação do Itambé/Minas para esta temporada, e o atraso no pagamento de salários que ameaça a participação do Botafogo na Superliga.

É só dar o play abaixo:

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Ouça mais:

Episódio 08 – Copa do Mundo mostra que seleção feminina tem muito a trabalhar até Tóquio 2020

Episódio 10 – Campeão da Copa do Mundo, Renan brilha no comando da seleção masculina

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Bernardinho busca consistência em “temporada de resgate” do Sesc-RJ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/08/31/bernardinho-busca-consistencia-em-temporada-de-resgate-do-sesc-rj/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/08/31/bernardinho-busca-consistencia-em-temporada-de-resgate-do-sesc-rj/#respond Sat, 31 Aug 2019 09:00:25 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=18211

Bernardinho dá instruções à levantadora Fabíola, recém-chegada ao time, durante treino do Sesc (Fotos: Marcio Rodrigues/ACE)

A inegável história de sucesso do Sesc-RJ no voleibol brasileiro foi marcada por um tropeço na última temporada. Pela primeira vez em 22 anos, o projeto, que começou com sede no Paraná e se mudou para o Rio de Janeiro em 2004, não chegou pelo menos à semifinal da Superliga feminina. Mas o que Bernardinho pretende fazer para este ser apenas um capítulo isolado na história do time, que acumula 15 títulos nacionais, sendo 12 Superligas e três Copas Brasil?

Em entrevista exclusiva ao Saída de Rede, o técnico falou sobre os planos para a temporada que está começando agora, além de avaliar o que deu errado nos últimos meses. Para ele, a lesão de Drussyla foi fundamental para que o sistema de jogo não funcionasse da maneira esperada, acarretando uma falta de consistência que se revelou fatal.

“Ano passado algumas jogadoras ficaram muito sob pressão. Tivemos a lesão da Drussyla, que seria uma referência no passe, o primeiro ano da Gabiru efetivamente como líbero e substituindo a Fabi, a maior de todos os tempos na posição, o que é uma herança pesada, e a Kosheleva, que sofria bastante nesse fundamento, como ponteira. Então, tivemos que sacrificar a Monique nessa função”, analisou Bernardinho. “O time ficou menos técnico e sofreu com a consistência, fazendo ótimas partidas e outras muito abaixo”, complementou.

É justamente em busca desta consistência que o elenco para a temporada 2019/2020 foi fechado. Jogadoras que estavam há anos na equipe, caso da levantadora Roberta e da oposta Monique, foram jogar em rivais, enquanto chegaram nomes como a líbero Natinha e da ponteira Amanda, importantes na composição da linha de passe. Ofensivamente, o grande reforço é Tandara, principal atacante brasileira no atual ciclo olímpico. “É uma estrutura diferente que na temporada passada. Temos que buscar esta consistência, pois o que aconteceu foi muito em função de um sistema que acabou não funcionando”, destacou.

Exigente com si próprio, o próprio técnico tem trabalhado intensamente para que os erros de 2018/2019 não se repitam e o time consiga voltar ao pódio na principal competição do país.

Tandara espera, no Sesc-RJ, se preparar para chegar bem à Olimpíada de 2020

“Obviamente um resultado longe da sua meta te faz questionar muito mais, buscar novas formas de fazer e evoluir sempre. Algumas das mudanças foram nossas e outras foram decisões das próprias atletas. Nossa única intenção foi montar um grupo consistente, um time que suporte a pressão que é jogar no Rio de Janeiro saindo da situação adversa que foi a temporada passada. Sabemos que isso é muito difícil, muitas equipes investiram em times igualmente fortes, mas espero que, como nos últimos dois anos, as lesões não condicionem o nosso caminho. Será uma temporada de resgate”, analisou.

Sobre Tandara, Bernardinho destacou sua admiração pela jogadora e ressaltou a motivação da atleta, que estava no voleibol chinês. “É uma jogadora que a gente admirava à distancia e tivemos a chance de trazer no passado, mas acabou não se concretizando. Ela vem de uma lesão séria no tornozelo e foi muito clara: o sonho dela é poder chegar bem na Olimpíada. É motivo de muito orgulho uma jogadora desse nível dizer que nosso trabalho vai ajudá-la nesse processo. A expectativa é a melhor possível e a primeira questão é colocá-la fisicamente bem. Agora é retomar o ritmo de treinamento, o que ela já está fazendo, e a regularidade de voltar a jogar”, afirmou.

A estreia oficial do Sesc-RJ na próxima temporada de clubes será no Campeonato Carioca, em 25 de outubro. Pouco depois, em 11 de novembro, a equipe faz sua primeira partida na Superliga.

Ouça o Voleicast, o podcast de vôlei do Saída de Rede

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15 anos depois, Heller lembra ouro em Atenas: “Batalha contra nós mesmos” http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/08/29/15-anos-depois-heller-lembra-ouro-em-atenas-batalha-contra-nos-mesmos/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/08/29/15-anos-depois-heller-lembra-ouro-em-atenas-batalha-contra-nos-mesmos/#respond Thu, 29 Aug 2019 09:00:55 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=18189

André Heller integrou a seleção brasileira que dominou o vôlei mundial nos anos 2000 (Foto: Divulgação/FIVB)

Há exatos 15 anos, neste mesmo dia 29 de agosto, a seleção brasileira masculina de vôlei conquistou o segundo ouro de sua história na Olimpíada de Atenas, na Grécia. O ano era 2004 e aquela medalha representava o ápice para uma equipe, vista por muitos como a melhor de todos os tempos, que exerceu amplo domínio naquela década, se transformando em uma máquina de produção de títulos em série.

Neste aniversário de 15 anos, o Saída de Rede conversou com um dos “elos”, como ele mesmo coloca, daquele time. André Heller, meio de rede que se sagrou campeão de tudo com aquela geração e hoje atua como embaixador/coordenador do Vôlei Renata, de Campinas, relembrou alguns momentos daquela final contra a Itália, vencida por 3 a 1 (15-25, 26-24, 20-25 e 22-25), e falou, entre outros assuntos, sobre a importância da filosofia de trabalho e excelência implantada entre os atletas para que os objetivos fossem alcançados.

Confira a entrevista abaixo:

Saída de Rede – André, se você entrasse em uma espécie de túnel do tempo e voltasse ao dia daquela final, do que você mais se lembraria? Como foram as horas que antecederam aquela decisão contra uma Itália que tinha jogadores, como os opostos Andrea Sartoretti e Alessandro Fei, e que já tinha dado muito trabalho ao Brasil na fase classificatória [os brasileiros haviam derrotado os italianos apenas no tie-break na fase preliminar]?

André – Naquele momento, a final olímpica significava para nós muito mais do que uma vitória contra a Itália. Porque nós estávamos em um processo desde 2001 de conquistas de todos os campeonatos possíveis. Por mais que tenha acontecido a derrota no Pan-Americano de 2003, a gente encarava a nossa jornada até aquele dia como uma etapa de preparação para a “cereja do bolo”, o “grand finale”, que é o que todos os atletas do mundo almejam: uma medalha de ouro olímpica. Então, na verdade, a nossa maior batalha foi contra nós mesmos porque sabíamos que não éramos melhores do que os italianos, mas estávamos em um momento melhor do que eles.

O nosso período de preparação foi muito intenso e a nossa entrega foi tão grande que acredito que nenhum de nós tinha experimentado algo semelhante até então. Mesmo hoje, acho que nenhum de nós teve uma entrega parecida com aquela até hoje, cada um em sua atividade profissional. Era uma grande batalha, mas a gente tinha noção de que, fazendo o nosso melhor, seria só uma questão de tempo mesmo. Sem qualquer soberba, nós estávamos em um momento melhor e nos considerávamos muito merecedores daquilo tudo.

SdR – Então o nível de confiança estava lá em cima, né?

André – Sim, mas isso não significa que a gente estava com uma crença limitante, pensando ‘ok, nós vamos ganhar’. A confiança era na vitória e no que a gente tinha feito até então. Não era possível fazer melhor do que aquilo. Sendo assim, era só a gente colocar em prática que a gente iria ganhar. O foco total era nisso, na apresentação do nosso melhor e assim aconteceu.

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SdR – Não existia algum tipo de fantasma internamente? Por exemplo, a própria Itália teve grandes seleções nos anos 1990 e nunca chegou ao ouro olímpico. A seleção masculina de Cuba também não chegou quando teve grandes equipes. Não existia esse fantasma de que a Olimpíada, sendo um torneio de tiro curto, se vocês acordassem mal poderia acabar tudo?

André – Nós entramos em um processo – todos nós, atletas e comissão técnica – de alta performance e excelência, mas não em relação aos resultados. Era uma excelência em relação ao que a gente fazia repetidamente todos os dias. E nessa atmosfera que nós construímos não havia espaço para fantasma. Claro que tudo poderia acontecer, mas só considerávamos uma possibilidade que dependia apenas de nós para se tornar realidade. E foi assim que aconteceu.

SdR – E quando você lembra daquele jogo, o que vem à cabeça? Algum lance específico, a preparação? Qual a primeira coisa que vem à sua mente sobre aquele dia?

André – Eu só tenho lembranças gostosas e fico até emocionado. Um jogo com muita alegria, muita confiança. Estávamos todos mais sincronizados do que nunca, a nossa comunicação ia muito além das palavras, os nossos olhares estavam conectados. Acho que essa é a palavra: conectados. Estávamos todos na mesma frequência e com a energia lá em cima, sabendo que tínhamos vivido uma jornada de quatro anos de muita entrega mesmo. Não vou falar de sacrifício porque eu não gosto dessa palavra, mas fizemos muitas escolhas importantes. Era uma corrente muito forte em que cada um de nós representava um elo. A probabilidade de dar errado, por mais que existisse, era muito pequena e a gente sabia disso.

SdR – E essa corrente não quebrou nem quando a Itália ganhou o segundo set, que foi o mais equilibrado daquela final, né?

André – Não, porque a gente tinha conhecimento de que a dificuldade fazia parte do caminho. E estávamos totalmente preparados, pois havíamos treinado quatro anos, enfrentando todo tipo de adversidade.

SdR – Então você poderia dizer que aquele 29 de agosto de 2004 foi o melhor dia da sua vida?

André – Em termos esportivos, sim, sem dúvida nenhuma. É difícil comparar com o nascimento dos filhos e outros eventos pessoais. É complicado comparar e separar. Não tem como me desconectar dessa questão. É muito profundo para mim porque a seleção e o voleibol transformaram a minha vida. E um componente bastante importante dessa transformação foi a medalha olímpica porque ela representa muito mais do que simplesmente uma medalha, um título ou uma conquista.

Ela representa um processo de excelência, doação, dedicação, engajamento. Representa tudo o que eu posso reproduzir e aplicar em outros contextos da minha vida. É como se a gente tivesse uma receitinha nas mãos, sabe? É uma coisa que a gente guarda de entrega, compromisso, saber trabalhar junto, entender como a gente se complementava e se completava. Para mim, isso é muito profundo. Essa medalha olímpica vai muito além.

Parece que eu estou romântico, mas, de alguma maneira, do nosso jeito, nós sentimos amor uns pelos outros lá dentro. Isso não nos impedia de brigar, discutir, ficar bravo um com o outro. Mas, dentro da quadra, com a sincronia, a comunicação… Isso não tem preço e é muito difícil explicar. Eu podia não estar no melhor dos meus dias, mas tinha certeza de que todos os meus outros companheiros me levariam junto. E isso acontecia com todos nós. A gente sabia que a força da equipe era bem maior do que os indivíduos. Era muito especial.

SdR – E isso não foi só um torneio, foi algo que durou muitos anos, né? Abrangeu Olimpíada, Liga Mundial, Campeonato Mundial, Copa do Mundo. Não foi esporádico, foi duradouro.

André – A nossa jornada durou dois ciclos olímpicos, né? E a gente nunca perdeu essa vontade de entregar todos os dias. As pessoas não tinham acesso aos bastidores e o que elas viam pela TV da nossa entrega e preparação, fazíamos em um nível muito superior no dia a dia. Isso permitia que a gente entrasse nos jogos com adversários, torcida e arbitragem, totalmente preparados e confortáveis. Porque a gente tinha se preparado para isso. Esses oito anos foram realmente muito especiais e eu não tenho dúvida de que foi para todos. A maioria não joga mais, mas tenho certeza de que, cada um na sua atividade, tem essa memória muito viva.

O ex-atleta hoje atua como embaixador/coordenador do Vôlei Renata (Foto: Divulgação/André Heller)

SdR – O vôlei é um esporte coletivo onde um depende fundamentalmente do outro para que aconteça uma jogada. Mas, individualmente falando, que conselho você dá para os jovens atletas que te procuram hoje?

André – Vou responder contando o meu caso. Desde o início da minha carreira, eu sabia que não era um talento do voleibol. Não estou brincando. Se você conversar com os meus técnicos vai comprovar isso. Só que em determinado momento da minha carreira eu pensei: ‘ok, eu posso não ter um talento nato, mas eu tenho a capacidade de construir o meu talento através das minhas escolhas’. Então escolhi treinar muito, me capacitar, me preparar, ser bastante disciplinado.

Eu sempre escolhi seguir à risca o que os professores e treinadores me falavam. E isso foi me condicionando, elevando o meu nível até que consegui chegar à seleção brasileira e aconteceu tudo. Então a primeira mensagem que eu gostaria de deixar para todo mundo é que nós somos humanos e não é a maioria de nós que nasce com super talentos. Mas isso não impede que a gente construa o nosso talento e uma caminhada de excelência. E, de novo, excelência não é só um resultado, uma conquista. É o que a gente faz todos os dias repetidamente.

Isso é muito evidente no esporte. Frequentemente jogadores talentosos se perdem pelo caminho. Enquanto que outros, não tão talentosos, mas conscientes do nível de entrega, preparação, disciplina e estudo necessários, seguem em frente. Não tenho dúvida de que esses atletas que possuem esses conceitos bem claros, se sobressaem e até ultrapassam aqueles com talento nato. Tenho certeza porque sou um exemplo disso.

SdR – O Bernardo costuma falar sobre isso.

André – Sim, ele era um talento nato, foi medalhista olímpico e depois se tornou um dos maiores técnicos do mundo, se não for o maior. Então ele também é um caso de construção de talento. Eu acredito muito nisso porque já vi centenas de casos de profissionais que, através das suas escolhas, alcançaram sucesso, excelência e realização. Ao contrário de pessoas de talento que, por uma concepção equivocada de que aquilo é suficiente, acabam ficando para trás.

Colaborou Carolina Canossa

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De volta ao Itambé Minas, clube que a revelou, Sheilla promete ser uma das atrações da temporada 2019/2020 de clubes no Brasil (Foto: Divulgação/MTC)

Enquanto a temporada feminina de seleções segue a pleno vapor com a Liga das Nações, a primeira competição do ano, o mercado permanece agitado entre os principais elencos femininos do país com anúncios oficiais de contratações e manutenção de peças importantes para a temporada 2019/2020. Entre mudanças drásticas e surpresas, a disputa pelo troféu da Superliga promete ser acirrada.

O Itambé Minas, campeão depois de 17 anos, foi um dos clubes que mais precisou se reestruturar após a ótima temporada 2018/2019. De cara, perdeu o técnico italiano Stefano Lavarini, grande responsável pela conquista de quatro dos cinco torneios disputados pelo time de Belo Horizonte. Depois de 2 anos no Brasil, ele optou por retornar à sua terra natal para comandar o Busto Arsizio. Para o seu lugar, o Minas aposta em seu compatriota Nicola Negro, que treinava o Trentino Rosa, equipe da série A2 do vôlei italiano.

Pretendendo repetir o feito da temporada passada, o Minas também investiu nas bicampeãs olímpicas Sheilla e Thaisa. A oposta, que deu uma pausa na carreira após a Rio-2016 para, no ano passado, se tornar mãe de gêmeas, retorna ao vôlei no clube que a revelou. A jogadora ainda manifestou o desejo de voltar a vestir a camisa da seleção brasileira. Entretanto, apesar do talento inquestionável, será necessário observar em quais condições físicas e técnicas a atacante, de 35 anos, voltará às quadras depois de tanto tempo de inatividade.

Vale mencionar que os dirigentes resolveram buscar uma nova opção na saída de rede depois que Bruna Honório, que fez uma ótima temporada com o time azul e branco, precisou se submeter a uma cirurgia para retirada de um tumor benigno no coração. Ainda que esteja tendo uma ótima recuperação, por enquanto não há previsão de volta às quadras.

Thaisa será um dos reforços do Minas para a temporada (Foto: Divulgação/MTC)

Outra revelação do clube, a meio de rede Thaisa também regressa depois de 14 anos. A jogadora, ex-Hinode Barueri, mostrou estar recuperada da grave lesão que sofreu no joelho esquerdo em 2017. Tanto que ultrapassou, na última Superliga, a incrível marca dos mil bloqueios marcados na história da competição. A atleta fará dupla com Carol Gattaz, que teve o contrato renovado. Já as centrais Mara e Mayany, peças igualmente fundamentais na engrenagem ofensiva do Minas, vestirão as camisas de Osasco Audax e Barueri, respectivamente.

Além disso, a equipe teve outras baixas de difícil reposição: a dupla Natália e Gabi, titular na entrada de rede da seleção brasileira e na exitosa temporada minastenista, também deixou a capital mineira. Nesta terça-feira (25), Gabi foi oficialmente anunciada como reforço do multicampeão turco VakifBank, do técnico italiano Giovanni Guidetti, substituindo a chinesa Ting Zhu, que jogará na liga local nesta temporada olímpica.

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Natália também já havia sido confirmada como reforço do Eczacibasi, arquirrival do VakifBank, no lugar da norte-americana Jordan Larson. Para tentar suprir estas carências na entrada, o Minas contratou a venezuelana Roslandy Acosta e a norte-americana Deja McClendon. Por outro lado, de contrato renovado, a levantadora Macris e a líbero Léia continuam no time.

Deste modo, se a equipe campeã nacional teve perdas consideráveis, o vice Dentil Praia Clube conseguiu manter parte significativa de sua base titular, o que pode ser uma vantagem frente ao rival regional em termos de entrosamento e preservação do padrão de jogo.

O clube renovou com o técnico Paulo Coco, as ponteiras Fernanda Garay e Michelle, a central Carol, a oposta norte-americana Nicole Fawcett e a líbero Suelen. Além disso, anunciou a ponteira Pri Daroit, ex-Fluminense, e trouxe de volta a central Walewska e a levantadora Claudinha. Vale lembrar Wal e Claudinha tiveram grande destaque na campanha do primeiro título de Superliga conquistado pelas praianas na temporada 2017/2018.

Walewska retornará ao Dentil Praia Clube, time onde se sagrou campeã nacional na temporada 2017/2018 (Foto: Gisa Alves)

Neste sentido, o time tem muito a ganhar com o retorno da central, uma atleta bastante experiente que ainda pode atuar em alto nível. Já a armadora, ex-Osasco, retorna para a sua sexta passagem pelo Praia no lugar da norte-americana Carli Lloyd, que não rendeu o esperado e defenderá o Eczacibasi ao lado de Natália. Uma perda relevante promete ser a da central bicampeã olímpica Fabiana, que tem proposta do Hisamitsu Springs, do Japão, e não deverá permanecer na equipe aurinegra.

Além disso, a oposta Paula Borgo, atual titular da seleção brasileira na ausência de Tandara, não teve o contrato renovado e assinou com o Fluminense. As ponteiras Ellen e Rosamaria também não ficam em Uberlândia. A primeira atuará em Osasco enquanto que a segunda foi anunciada pelo Perugia, equipe que já viveu tempos áureos na Itália, mas que perdeu espaço e investimentos caindo para a segunda divisão. O time voltou à elite nesta temporada e contratou Rosamaria para jogar como oposta. Esta primeira experiência internacional pode ser uma oportunidade para que ela se firme como jogadora.

Terceiro colocado na última Superliga, o tradicional Osasco também segue o seu processo de montagem do time para a próxima temporada, apostando na reformulação. Sem usufruir do mesmo poderio econômico dos mineiros, investe em peças que lhe conferem razoáveis chances de conquistar uma medalha.

O primeiro anúncio de relevo do time de Luizomar de Moura foi o nome da levantadora Roberta, que está com a seleção brasileira na Liga das Nações. Depois de 9 anos, ela deixou o rival histórico Sesc-RJ para vestir a camisa do time de São Paulo.

Após 9 anos no Sesc, Roberta surpreendeu ao assinar com o arquirrival Osasco (Foto: Reprodução/Twitter)

A equipe ainda renovou com a líbero Camila Brait (será a 12a temporada da jogadora em Osasco) e assinou com as centrais Bia, que também estava no Sesc, e Mara, as ponteiras Ellen e Vanessa Janke, ex-Bauru, além da ponteira/oposta Fernanda Tomé. Com passagem por Balneário Camboriú na última temporada, a meio de rede Adriani Vilvert também chega para compor o elenco.

Os adversários devem permanecer atentos ao Sesi Vôlei Bauru, equipe liderada por Anderson Rodrigues que venceu o último Campeonato Paulista e alcançou o melhor resultado da sua história ao chegar à semifinal da Superliga deixando o Sesc-RJ, de Bernardinho, fora do grupo dos quatro melhores pela primeira vez em 20 anos.

Além de ter mantido a base titular com as centrais Valquíria e Andressa, a líbero Tássia e as ponteiras Gabi Cândido e Tifanny – que também pode atuar como oposta –, o conjunto do interior paulista contratou a meio de rede Mayhara, que atuava no Sesc, a veterana levantadora campeã olímpica Dani Lins, ex-Barueri, e as estrangeiras Polina Rahimova e Sarah Wilhite.

Tifanny renovou o contrato com o Sesi Bauru (Foto: Erbs Jr.)

Rahimova já passou por clubes importantes da Europa e vem para substituir a italiana Valentina Diouf, que deixou o time em baixa após uma temporada bastante irregular. Com 58 acertos, a atleta azeri chegou a ser recordista no número de pontos anotados em uma partida oficial, quando ainda jogava na liga japonesa. Esta marca, entretanto, foi ultrapassada recentemente por sua compatriota Jana Kulan, que fez 60.

Assim, se tiver uma linha de passe mais eficiente e um conjunto menos instável, o Sesi Bauru, com este poderio de ataque, terá todas as chances de ir longe de novo na próxima temporada.

Desejando recuperar o prestígio de outrora, o Sesc, maior campeão da história da Superliga que não chegou sequer à disputa das semifinais na última temporada, optou por uma reestruturação drástica.

Para começar, duas contratações de peso que podem mudar o time de patamar no próximo ano: para a armação, apostou em Fabíola, ex-Bauru, e surpreendeu ao não renovar com Roberta. O time de Bernardinho ainda fechou com Tandara, a melhor oposta do país na atualidade. Será a primeira vez que a atacante trabalhará com o técnico na Superliga.

Tandara, inclusive, estava nos planos do técnico José Roberto Guimarães para participar da fase final da Liga das Nações, na China, mas um edema no músculo reto abdominal a tirou do torneio.

Impossibilitada de jogar as finais da Liga das Nações por causa de um edema abdominal, Tandara é o principal reforço do Sesc-RJ para a próxima temporada (Foto: Divulgação/FIVB)

A oposta Monique, uma das figuras mais identificadas com o projeto, deixou a equipe depois de 5 anos para jogar no Praia ao lado da irmã gêmea Michelle. Outras novidades do Rio de Janeiro são: a meio de rede Lara, ex-Fluminense, para o lugar de Bia; a ponteira Amanda, que volta a defender o projeto onde esteve durante 10 anos; e a líbero Natinha, que atuou em Barueri na temporada 2018/2019.

A chegada da líbero para o lugar de Gabiru representa uma tentativa de dar mais estabilidade à linha de passe do Sesc, um dos maiores problemas enfrentados por Bernardinho no último ano. O Sesc ainda trouxe a central Milka, ex-Barueri, e renovou com a ponteira dominicana Peña, a meio de rede Juciely – um dos símbolos do time – e Drussyla, ponteira que sofreu com problemas físicos e pouco atuou no último ano.

Correndo por fora, o Barueri, de Zé Roberto, perdeu inúmeras jogadoras nesta janela de mercado e, sem grandes recursos, está sofrendo para se reconstruir. Entre os principais nomes, além da chegada da meio de rede Mayany, a talentosa levantadora Juma e a ponteira Tainara permanecem.

O que você está achando da montagem dos principais times para a próxima temporada do vôlei feminino no Brasil? Quem se reforçou melhor? Deixe a sua opinião abaixo!

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Fundamental em Taubaté, Dal Zotto responde críticos com título da Superliga http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/05/12/fundamental-em-taubate-dal-zotto-responde-criticos-com-titulo-da-superliga/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/05/12/fundamental-em-taubate-dal-zotto-responde-criticos-com-titulo-da-superliga/#respond Sun, 12 May 2019 09:00:27 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=16744

Renan assumiu o time de Taubaté apenas em fevereiro (Fotos: Guilherme Cirino/Saída de Rede)

Se há uma unanimidade na conquista inédita da EMS Taubaté Funvic na Superliga masculina, ocorrida já no início da madrugada deste domingo (12), ela atende por Renan Dal Zotto. Todos os jogadores do elenco campeão fizeram questão de ressaltar a importância do treinador da seleção brasileira masculina na campanha da equipe que, em diversos momentos da temporada, parecia fadada ao fracasso.

Renan chegou a Taubaté no fim de fevereiro e, junto de sua comissão técnica, encontrou um time instável, sem base titular e com jogadores rendendo abaixo do esperado. A saída do técnico Daniel Castellani, que não tinha o melhor dos relacionamentos com o elenco, aconteceu logo após a decepcionante quarta colocação na Libertadores do vôlei, onde o time jogou em casa. Chamado após uma passagem interina do diretor Ricardo Navajas no cargo, o treinador deu um padrão de jogo e extraiu todo o potencial de um grupo forte, mas que estava perdido.

Na trajetória rumo ao título da Superliga, Renan não só acabou com a hegemonia do supercampeão Sada Cruzeiro como também superou o forte Sesi, que chegou à final na condição de melhor time do torneio. Tamanho sucesso é simbólico para Dal Zotto, que foi alvo de críticas quando, em janeiro de 2017, aceitou o convite para substituir Bernardinho no comando da seleção mesmo estando há oito anos longe da função de treinador.

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“Esse é um questionamento que sempre surge, mas eu não fui para uma colônia de férias nesse tempo. Eu trabalhei como diretor das seleções brasileiras por três anos, sempre com o Bernardo e o Zé Roberto. Talvez tenha sido uma oportunidade de MBA que ninguém teve”, brincou o treinador, que também trabalhou na gestão do time da Cimed, tricampeão brasileiro entre as temporadas 2007/2008 e 2009/2010 (antes, em 2006, Renan já havia levado a equipe catarinense ao título da Superliga como treinador).

Para Renan, o período como executivo foi fundamental para a nova conquista da Superliga. “A gente conhece voleibol e uma das coisas mais importantes é gestão de pessoas , algo ao qual essa oportunidade que eu tive fora das quadras me agregou muito”, destacou.

Treinador conseguiu dar um padrão de jogo e trabalhar o potencial dos jogadores de Taubaté

ELOGIO A CASTELLANI

Renan ainda fez questão de agradecer publicamente seu antecessor em Taubaté.

“Eu não peguei um time do zero, mas sim um grupo que já estava rodando, com poucas derrotas e uma estrutura montada. Tivemos um ponto de partida e, por isso, agradeço publicamente ao Daniel Castellani pelo trabalho deixado”, afirmou o técnico. Ele ressaltou não quis saber que tipo de problemas havia no time antes de sua chegada. “Eram problemas internos que eu me recuso a conhecer, passei uma régua. Só sei que recebi esses garotos em boas condições, em forma e foi fácil levar a outro patamar”, garantiu.

De acordo com o treinador, foi justamente o gosto por desafios que o fez aceitar a proposta no Vale do Paraíba. “Tem duas coisas que me alimentam demais: os desafios e a pressão. Isso é o que me dá vontade de levantar de manhã e preparar o treinamento, planejar o mês”, assegurou, lembrando que o mesmo aconteceu na seleção, onde, em 2018, conquistou a prata no Campeonato Mundial. “Muitos falaram que eu era maluco e realmente eu fui um pouco, pois era para substituir o Bernardo, um cara que ninguém vai repetir o que ele fez. E está indo legal”, comemorou.

Falando em seleção, Dal Zotto mal terá tempo para comemorar sua mais recente conquista: na segunda (13), ele já se apresenta no Centro de Treinamento de Saquarema para iniciar a temporada 2019 do time nacional, um dia depois de também passar por Taubaté para acertar as bases da temporada 2019/2020, quando tentará o bi da Superliga.

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