Ana Bjelica – Blog Saída de Rede http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br Reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Tue, 31 Dec 2019 12:02:55 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Com tie-break arrasador, Sesc bate Osasco no clássico e segue invicto http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/11/30/com-tie-break-arrasador-sesc-bate-osasco-no-classico-e-segue-invicto/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2019/11/30/com-tie-break-arrasador-sesc-bate-osasco-no-classico-e-segue-invicto/#respond Sat, 30 Nov 2019 03:10:01 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=19207

Equipe carioca passou por momentos de incerteza na partida, mas venceu o rival em um tie-break espetacular (Foto: Marcio Mercante)

No grande clássico do vôlei brasileiro, válido pela sexta rodada da Superliga feminina, o Sesc-RJ visitou o Osasco Audax na noite desta sexta-feira (29). Até então invictas, as duas equipes fizeram um jogo igual até o quarto set. Mesmo empurrado pela entusiasmada torcida que lotou o José Liberatti, o time de Luizomar de Moura, contudo, viveu um apagão na quinta e última parcial e acabou superado por parciais de 23-25, 25-21, 22-25, 25-21 e 5-15.

A partida ainda marcou o reencontro da levantadora Roberta, hoje titular em Osasco, com o Sesc, clube onde ela atuou durante nove anos. As maiores pontuadoras do jogo foram Tandara e Ana Bjelica, com 22 e 21 acertos, respectivamente.

O saque foi o fundamento mais utilizado como arma ofensiva por ambas as equipes desde o começo do duelo. Em um primeiro set bastante disputado, as donas da casa, entretanto, arriscaram mais e acabaram mostrando maior eficiência, quebrando a recepção carioca. Deste modo, explorando a fragilidade do passe de Drussyla e Amanda, o selecionado osasquense abriu 12 a 6.

As comandadas de Bernardinho, no entanto, não esmoreceram e reagiram a partir da metade do set. As representantes do Rio diminuíram a quantidade de erros, investiram em um serviço mais direcionado e apostaram principalmente nas boas coberturas de defesa que geraram contra-ataques bem aproveitados. A virada de bola também cresceu no fim da parcial, propiciando a reviravolta.

Assim como na etapa anterior, Osasco começou melhor. Mais regular na recepção e no ataque – sobretudo com as ponteira Jaqueline e Ellen -, as paulistas impuseram logo 17 a 10 no marcador. Do outro lado da quadra, o Sesc não se encontrava a fim de reverter novamente a situação.

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Passando por momentos de instabilidade na sua virada de bola com a central Juciely e a oposta Tandara, o grupo visitante também não contou com uma boa performance de Drussyla, que seguiu pecando tanto no passe quanto no sideout ao enfrentar excessivamente o bloqueio – somente neste fundamento, Osasco fez 7 pontos contra 3 do adversário no set.

Em um terceiro set mais equilibrado, o Sesc melhorou o aproveitamento no sistema ofensivo. Os dois times continuaram se sobressaindo na defesa, gerando ralis muito bem disputados. O Rio, contudo, contou com um desempenho mais regular de Tandara e Juciely no ataque. O saque e o bloqueio também acabaram fazendo a diferença a favor da equipe de Bernardinho.

Com tanta rivalidade, a temperatura subiu um pouco na quarta etapa. Em um jogo de alternâncias e muitas provocações de parte a parte, além da tensão com a arbitragem, o Sesc voltou a cometer erros bobos e a sofrer com a virada de bola, parando diversas vezes no bloqueio osasquense. Em oposição, destaque para a sérvia Ana Bjelica, que atuou em sua função de origem – na saída de rede – e foi a bola de segurança de Roberta a partir do terceiro set.

Diante de tanto equilíbrio, esperava-se uma última parcial também bastante parelha. No entanto, iniciando o tie-break de forma espetacular, o Sesc colocou rapidamente 10 a 3 no placar e não deu qualquer chance ao arquirrival no José Liberatti.

Com um saque mais regular e se valendo da performance de uma Juciely inspirada no sideout, as visitantes passaram a tocar em todas as bolas, imprimindo ótimo volume de jogo, o que desestabilizou completamente o ataque osasquense. Com o triunfo, a equipe quebrou a invencibilidade do adversário e manteve a ponta na Superliga feminina.

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Instável, Minas vence e Praia estreia com tranquilidade no Mundial http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2018/12/04/instavel-minas-vence-e-praia-estreia-com-tranquilidade-no-mundial/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2018/12/04/instavel-minas-vence-e-praia-estreia-com-tranquilidade-no-mundial/#respond Tue, 04 Dec 2018 08:35:26 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=15209

O bloqueio foi uma das armas do Dentil Praia Clube contra o frágil time tailandês (Fotos: Divulgação/FIVB)

Em uma estreia relativamente tranquila no Campeonato Mundial de Clubes de vôlei feminino, o Dentil Praia Clube não teve grandes dificuldades para vencer o inexpressivo Supreme Chonburi, da Tailândia, por 3 sets a 0, com parciais de 22-25, 16-25 e 14-25, na madrugada desta terça-feira (4), em Shaoxing, na China. Com o resultado, o time de Uberlândia somou 3 pontos na tabela de classificação do grupo B. Na outra chave, o Minas Tênis Clube, em uma partida tecnicamente ruim, sofreu muito, mas bateu o aguerrido Volero Le Cannet por 3 sets a 2 (17-25, 25-20, 25-16, 17-25 e 16-14), marcando 2 pontos.

Apesar de ter passado por alguns momentos de instabilidade no passe provocados pelo saque flutuante tailandês, sobretudo no primeiro set, a equipe de Paulo Coco apresentou bom volume de jogo em praticamente toda a partida e teve paciência para impor seu ritmo frente a um adversário cuja força motriz está no sistema defensivo. Seguro, o time soube conter o ímpeto rival mesmo quando as adversárias ameaçavam equilibrar o jogo. Vale mencionar, por outro lado, algumas falhas técnicas cometidas pela levantadora Carli Lloyd, especialmente nesta primeira parcial, com as bolas rápidas de meio com a central Fabiana, apontando ainda a falta de um ajuste mais apurado. No decorrer do confronto, contudo, a construção das jogadas da norte-americana com suas atacantes se deu de maneira menos problemática.

Também procurando forçar o saque, o time do Triângulo Mineiro manteve a regularidade e conseguiu minar a recepção asiática. Com isso, sem o passe nas mãos, a levantadora Poomjaroen não foi feliz na distribuição das jogadas, o que facilitou o bloqueio praiano (foram 10 pontos somente neste fundamento). A armadora Lloyd, em oposição, tirando proveito de uma recepção mais constante a partir da segunda parcial buscou uma distribuição igualitária, pondo todas as suas atacantes para jogar.

Deste modo, em um jogo com vários ralis, as comandadas de Paulo Coco conseguiram se sair bem taticamente e demonstraram concentração para colocar as bolas no chão, contando com a ineficiência do atual campeão asiático na construção dos contra-ataques. Isso porque as tailandesas trabalhavam muito bem na defesa, subindo diversas bolas importantes, mas falhavam em demasia na conclusão. Para se ter uma ideia da fragilidade do time nas ações ofensivas, a maior pontuadora do Chonburi foi a central Thinkaow, com 12 acertos. Já Apinyapong e Srithong, atacantes da entrada de rede, anotaram, juntas, apenas 15 pontos. Pelo lado brasileiro, a ponteira Fernanda Garay e a meio-de-rede Carol foram as maiores pontuadoras, com 13 bolas no chão, cada uma. Logo em seguida, apareceu a oposta norte-americana Fawcett, com 12 pontos (ao total, foram 46 a 32 para o Praia no ataque).

Trentino bate Civitanova, de Bruno e Leal, e é penta no Mundial de Clubes

Má organização e falta de estrutura fazem Superliga passar vergonha

Com um desempenho de altos e baixos ao longo do confronto contra o Le Cannet, o Minas conseguiu vencer por 3 a 2

Na chave A, enfrentando graves problemas na recepção e demonstrando nervosismo, o Minas sofreu bastante na primeira parcial com o saque forçado francês. A armadora Macris, sem o passe A e também oscilando muito na distribuição, precisou se deslocar na quadra em busca da melhor combinação ofensiva. Deste modo, com as bolas altas e mais lentas pelas extremidades, o bloqueio francês funcionou muito bem (foram 4 pontos neste primeiro set e 21 no total contra 12 da equipe brasileira). Além disso, cedendo pontos em excesso ao rival e com dificuldade na virada de bola, as brasileiras chegaram a estar perdendo por 20 a 14, sendo completamente dominadas pelas europeias.

Sacando com mais eficiência, o time de Stefano Lavarini conseguiu vencer o segundo set, utilizando-se também dos erros cometidos pelo rival no ataque e na recepção. Melhor nos contra-ataques, contou ainda com o crescimento da oposta Bruna Honório, que pontuou em momentos complicados da parcial. Pelo lado europeu, a armadora Eva Mori, imprimindo um ritmo de jogo bem acelerado, se valeu muito da força de ataque da jovem oposta cubana Heidy Casanova, que, sobrecarregada, passou a ter mais problemas na virada de bola. Ainda assim, foi a maior pontuadora do jogo com 25 acertos. A mesma contundência nas ações ofensivas e no sistema defensivo foi mostrada na terceira parcial, quando o time de Belo Horizonte chegou a abrir 19 a 12 no placar, ampliando a vantagem sem esforço.

Entretanto, com muitos altos e baixos, as brasileiras favoreceram o crescimento do tradicional Volero, que chegou a marcar 12 a 6 na quarta parcial. Apresentando um jogo tecnicamente muito ruim, o time mineiro se perdeu novamente no passe e pecou no sistema defensivo, o que propiciou o empate francês no confronto. Em um tie-break imprevisível, as comandadas de Lavarini começaram novamente com mais agressividade e virando bolas certeiras com Bruna Honório, que anotou 17 pontos, e principalmente Carol Gattaz, que colocou 19 bolas no chão em todo o duelo, sendo decisiva no set final. Com 14 a 11, o time voltou a oscilar, desperdiçando match points, e permitiu que as europeias empatassem a parcial. Mas, com um ataque de Bruna Honório, o Minas conquistou a vitória, fechando o jogo em 16 a 14.

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Reforço do Taubaté, sérvio Ivovic quer dar título inédito ao clube http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/07/11/reforco-do-taubate-servio-ivovic-quer-dar-titulo-inedito-ao-clube/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/07/11/reforco-do-taubate-servio-ivovic-quer-dar-titulo-inedito-ao-clube/#respond Tue, 11 Jul 2017 09:00:58 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=8243

Atacante de força, Ivovic virá para ajudar o Funvic Taubaté a tentar chegar ao topo do pódio (fotos: FIVB)

Ele foi definido uma vez na Europa como um ponta sérvio que não joga como um deles. É que Marko Ivovic, 26 anos, 1,94m, foge às características do vôlei do seu país, que já teve na entrada de rede nomes como Vlad Grbic, Goran Vujevic e conta com Uros Kovacevic, entre diversos exemplos de refinado controle de bola – o primeiro conjugava habilidade e potência. Mas não se engane, Ivovic faz de seu voleibol calcado na força um caminho para a eficiência. Não à toa foi escolhido o MVP da Liga Mundial 2016, quando a Sérvia faturou o título. Na próxima temporada de clubes, ele vai jogar pelo Funvic Taubaté, atual vice-campeão da Superliga. “Eu soube que ganhar o campeonato nacional seria um título inédito para o time e quero ajudá-lo a chegar lá, quero fazer parte dessa conquista”, disse ao Saída de Rede.

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Ivovic é o tipo de atacante com o qual qualquer técnico gostaria de contar, em que pese sua fragilidade como passador. Sua atitude em quadra lembra a de outros grandes ponteiros, como o cubano Leonel Marshall (ainda em atividade aos 37 anos) ou o búlgaro naturalizado italiano Hristo Zlatanov. Apesar da deficiência na recepção, esses jogadores, caracterizados pelo alcance e potência no ataque, exalavam confiança quando estavam na linha de passe, sem se abater com eventuais erros.

Time forte
“Quando me procuraram e eu ouvi falar do time, do técnico (o argentino Daniel Castellani), dos jogadores e que é um dos clubes mais fortes do Brasil, eu quis fazer parte. Pelo que me informei a respeito da Superliga, nós vamos brigar pelo título, temos condições de vencer”, afirmou o sérvio, que além do ataque destaca-se pelo saque devastador.

Ele já jogou nas ligas francesa, russa e polonesa – seu clube anterior era o Resovia Rzeszow, da Polônia. O atacante foi uma das três opções entre os estrangeiros que o Funvic Taubaté avaliou para contratar para a entrada de rede – os outros eram o argentino Facundo Conte e o americano Taylor Sander, ambos considerados do mesmo nível de Ivovic pela diretoria do clube do Vale do Paraíba, mas descartados por serem mais caros.

O ponta no aquecimento antes de uma partida da Liga Mundial 2017

Passe irregular
“Já conheço alguns jogadores do Taubaté por enfrentá-los na seleção, como Lucarelli, Wallace, Raphael e Thales. O argentino Solé é outro muito bom. Ainda vamos ter alguém que fez história no vôlei como o Dante. Veja quanta gente boa, esses caras estão entre os melhores do mundo nas suas posições. Será ótimo poder fazer parte dessa equipe, treinar e jogar com eles”, elogiou, caprichando na pronúncia dos nomes.

Marko Ivovic não quis comentar uma provável dificuldade extra para o levantador Raphael, em razão de uma linha de recepção que contará com ele e Lucarelli, ambos irregulares no passe, em tese sobrecarregando o líbero Thales. Por outro lado, na parte ofensiva, o Taubaté terá, além dos dois ponteiros, o oposto Wallace completando o trio de atacantes de bolas altas. Sem dúvida, artilharia pesada. É esperar para ver se essa formação funcionará.

Apresentação
O ponta se apresentará ao Funvic Taubaté dias depois do Campeonato Europeu, que será realizado de 24 de agosto a 3 de setembro, na Polônia. “Ainda não há uma data definida para a minha chegada, mas devo estar no Brasil na primeira quinzena de setembro”.

A Superliga já contou, na sua versão feminina, com a presença de quatro sérvias – Brankica Mihajlovic, que jogou pelo antigo Rexona (atual Sesc RJ), e Sanja Malagurski, Tijana Malesevic e Ana Bjelica no Vôlei Nestlé. Entre os homens, o campeão olímpico Vlad Grbic foi do extinto Suzano, na temporada 1997/1998, antes de se consagrar com sua seleção em Sydney 2000. Outro jogador sérvio que esteve na Superliga foi Novica Bjelica, no Minas Tênis Clube.

Marko Ivovic comemora um ponto ao lado do oposto Aleksandar Atanasijevic

Liga Mundial 2017
O ponta Marko Ivovic não escondeu sua tristeza por sair mais cedo das finais da Liga Mundial, em Curitiba. Chorava bastante antes e mesmo durante a entrevista, concedida logo após a derrota por 2-3 para a França, na quinta-feira (6). “Fiquei muito frustrado com a eliminação. Quando começamos a nos preparar, em maio, tínhamos a expectativa de pelo menos ir à decisão. Conseguimos nos classificar para as finais, chegamos aqui confiantes, mas nosso jogo não encaixou, não mostramos nosso melhor voleibol, sacamos mal”.

Ele demonstrou surpresa pelo fato de a seleção sérvia, marcada pela regularidade, ter disputado duas partidas consecutivas jogando abaixo do seu potencial. “Quando perdemos para os Estados Unidos, pensamos ‘OK, foi um dia ruim’, mas aí enfrentamos a França e só conseguimos jogar bem durante dois sets e já estávamos fora quando melhoramos. Não entendo como pudemos cair tanto. Eu me sinto muito mal porque sei que o nosso desempenho ficou abaixo do que poderíamos fazer”.

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Vôlei Nestlé e Rexona têm dia para esquecer no Mundial de Clubes http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/05/10/osasco-e-rexona-tem-dia-para-esquecer-no-mundial-de-clubes/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/05/10/osasco-e-rexona-tem-dia-para-esquecer-no-mundial-de-clubes/#respond Wed, 10 May 2017 07:05:57 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=7099

Eczacbasi se recupera de derrota na estreia com 3-1 sobre o Vôlei Nestlé (fotos: FIVB)

Depois de estrearem com vitória contra times japoneses, as equipes brasileiras se deram mal diante das gigantes do vôlei turco, nesta quarta-feira, pela segunda rodada do Campeonato Mundial feminino de Clubes. Para chegarem às semifinais em Kobe, Vôlei Nestlé e Rexona-Sesc terão de vencer, respectivamente, Volero Zürich e Dínamo Moscou, pela última rodada da fase de grupos, na madrugada de quinta para sexta-feira.

Ficou claro, mais uma vez, o desnível entre o voleibol feminino brasileiro de clubes e o europeu: ter bons valores, como Tandara, Dani Lins e Bia, no caso do time de Osasco, ou Juciely, Fabi, Gabi e uma promissora Drussyla, como tem a equipe carioca, foi suficiente para equilibrar alguns sets, mas não o bastante para frear duas das equipes que mais investiram neste ano.

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O Vôlei Nestlé enfrentou um time que tem oscilado bastante na temporada e que demorou a engrenar na partida. Mas, quando o Eczacibasi VitrA acordou, fechou o jogo com duas rápidas parciais e venceu o vice-campeão da Superliga por 3 sets 1 (25-21, 20-25, 25-16, 25-13).

As osasquenses até tiveram um bom início no confronto. Com um sistema defensivo que propiciou bons ralis no primeiro set e uma virada de bola eficiente no segundo, a equipe brasileira deu a entender que complicaria a vida das campeãs mundiais. Tandara, Bia e, sobretudo, Bjelica tinham, àquela altura, 50% de aproveitamento no ataque cada uma, ao passo que as rivais abusavam dos erros – especialmente no saque.

Contudo, quando o Eczacibasi se ajustou no serviço, o jogo mudou bruscamente: o passe do Vôlei Nestlé quebrou e o time marcou apenas 29 pontos na soma dos dois últimos sets.

Substituta de Kosheleva, que viu todo o confronto do banco de reservas, a ponta Hande Baladin deu sustentação ao fundo de quadra da equipe turca e terminou sendo também uma boa opção no ataque. De carona na pressão do saque, o bloqueio do Eczacibasi também cresceu na partida e matou qualquer pretensão das brasileiras. A ponta Jordan Larson pontuou em 62% das cortadas que efetuou e a oposta sérvia Boskovic, com 17 pontos, um a mais que sua compatriota Bjelica, foi a principal anotadora do confronto.

Vale ressaltar que o sexteto de Istambul chegou a Kobe depois de uma temporada que começou promissora, com um título mundial nas Filipinas, em outubro, e terminou sem que a equipe chegasse a nenhuma outra final – nem da liga turca, nem da Copa da Turquia, tampouco da Champions League.

Para pontuar o momento conturbado do time, a imprensa turca tem noticiado esta semana que o técnico italiano Massimo Barbolini será demitido depois do mundial, seja qual for o resultado, e será substituído pelo brasileiro Marco Aurélio Motta – que foi antecessor de José Roberto Guimarães na seleção brasileira, levou a Turquia às Olimpíadas de Londres 2012 e já treinou o próprio Eczacibasi, em meados da década passada.

Ting Zhu em ação contra o Rexona: ótimo aproveitamento no ataque

VakifBank vs. Rexona-Sesc
O passe e o ataque das campeãs da Superliga sofreram com o saque e o bloqueio das campeãs europeias. Essa frase pode servir como resumo da vitória do VakifBank sobre o Rexona-Sesc por 3 sets a 1 (25-17, 25-15, 20-25, 25-15).

Apenas no terceiro set e na primeira metade do quarto foi que o Rexona conseguiu mostrar um bom voleibol. O sistema defensivo do time brasileiro parou Ting Zhu & cia., e Roberta teve o passe na mão para distribuição as bolas no ataque. Mas ficou só nisso.

Com bloqueadoras de estatura elevada e sacadoras que não hesitaram em caçar Drussyla (que recebeu 40 dos 84 serviços adversários), a equipe turca marcou nada menos que 25 pontos sem atacar ou esperar pelo erro do Rio – 19 pontos de bloqueio e seis aces.

Ting Zhu, que às vezes nem parecia que saltava para atacar, empatou com a também ponta Kimberly Hill como maior pontuadora da partida, com 18 acertos – a diferença é que chinesa teve 56% de aproveitamento no ataque contra 42% da norte-americana. Destaque, ainda, para a central Milena Rasic e a levantadora Naz Aydemir, ambas, respectivamente, com cinco e quatro anotações no bloqueio.

Pelo lado carioca, a jogadora mais regular foi Juciely: se ela (1,84m) e Carol (1,83m) pouco puderam fazer no bloqueio contra atacantes acima de 1,90m de altura, sua eficiência no ataque foi perceptível: foram dez pontos nesse quesito, com 66,6% de aproveitamento.

Às 21h40 da quinta-feira, pelo horário de Brasília, o Rexona-Sesc volta à quadra no Japão para encarar o Dínamo Moscou em jogo que deve valer a segunda vaga do grupo às semifinais. Em seguida, à 0h10 da sexta, é a vez de Osasco e Volero Zürich se enfrentarem, numa partida em que talvez um set baste para que o Volero assegure o primeiro lugar.

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“Pedradas” de sérvia no saque viram arma do Vôlei Nestlé para a final http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/04/19/pedradas-de-servia-viram-arma-do-volei-nestle-para-a-final-da-superliga/ http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/04/19/pedradas-de-servia-viram-arma-do-volei-nestle-para-a-final-da-superliga/#respond Wed, 19 Apr 2017 09:00:33 +0000 http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/?p=6571

Bjelica: pedidos de Luizomar para “respirar” e não sacar tão forte (Foto: Luiz Pires/Fotojump)

Se no ataque a oposta Ana Bjelica não tem conseguido ser a bola de segurança do Vôlei Nestlé, a sérvia deu outro jeito de se destacar na reta final da Superliga feminina de vôlei: graças um saque classificado como “pedrada” pela comissão técnica da equipe, a atacante aparece uma importante arma a ser utilizada na final da disputa contra o Rexona-Sesc neste domingo (23) às 10 horas.

“Ela é uma jogadora que lança muito bem a bola, em projeção, com uma batida já quase dentro da quadra. Além disso, é grande, tem quase 1,90 m de altura, e pega a bola com o braço estendido no ponto mais alto”, analisou o técnico Luizomar de Moura, lembrando que a atleta também erra pouco no fundamento. “Essa regularidade lhe dá confiança para continuar forçando”, complementou.

Erros de arbitragem mancham a Superliga: o que está sendo feito para mudar essa realidade?

Minas perdoa e empurra o “operário” Rexona para mais uma final

Por ter alternado a titularidade ao longo da Superliga com Ana Paula Borgo, Bjelica acumulou menos tentativas de saque que outras atletas e, por isso, não aparece no top 10 do fundamento como a companheira Tandara. Mas os 23 aces e as diversas linhas de passe quebradas em 184 saques realizados acendem um sinal de alerta no Rexona. “Me preocupa muito o saque da Bjelica, que tem mostrado o poder de complicar os ataques adversários, associado a uma capacidade de bloqueio muito grande”, afirmou o técnico Bernardinho.

Um exemplo recente de tal capacidade ocorreu no terceiro set do terceiro jogo da semifinal contra o Dentil/Praia Clube. Graças a três bons saques de Bjelica, o Vôlei Nestlé conseguiu reverter um 23-24 para um 26-24, acabando de vez que o ânimo do time mineiro, que pouco ofereceu resistência na parcial seguinte e acabou eliminado da disputa.

Bloqueio da sérvia também chama a atenção de Bernardinho (Foto: João Pires/Fotojump)

“Eu já tinha um bom saque antes e essa melhora é apenas fruto de treino. Treinamos muito aqui e focamos muito neste fundamento, pois sabemos que no vôlei o saque é uma das coisas mais importantes do jogo”, comenta a simpática estrangeira.

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Os treinos aos quais se refere Bjelica tiveram um propósito em especial: fazer com que ela não se empolgasse tanto com os acertos. Luizomar explica: “No começo, ela era meio “doidinha”. A cada ponto, colocava mais força na bola, que ia quase na placa de publicidade. Hoje, eu falo ‘Calma, respira’, para ela dar uma segurada”. A oposta admite que realmente precisava deste conselho: “Eu realmente tenho um saque muito forte (risos) e às vezes perco o controle da força. Mas tenho um ótimo relacionamento com o Luizomar, então ele pode falar o que for necessário que eu farei”.

Questionada se pode sacar ainda melhor, Bjelica deu uma resposta sucinta: “Claro: na final!”. Resta saber se a sérvia conseguirá cumprir a promessa.

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