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Substituto do Botafogo, Ponta Grossa estreia na Superliga com um só reserva

Carolina Canossa

18/11/2019 06h00

Estreia do Ponta Grossa chegou a ser adiada em uma semana, mas mesmo assim não conseguiu completar o elenco (Foto: Renato Antunes/Maxx Sports)

Uma situação tão triste quanto inusitada marcou a segunda rodada da Superliga masculina de vôlei, disputada neste fim de semana. Estreando na competição apenas 17 dias depois do anúncio oficial da desistência do Botafogo, o Ponta Grossa Vôlei, substituto da equipe carioca, enfrentou o atual campeão EMS Taubaté Funvic com apenas um reserva.

O resultado do improviso não poderia ser diferente: jogando em casa e contando com diversos jogadores da seleção brasileira, o time paulista não teve dificuldades para vencer por 3 sets a 0, parciais de 25-11, 25-16 e 25-20, em pouco mais de uma hora de partida. "O importante é a forma como nos portamos no jogo. Sabemos dos problemas que o time de Ponta Grossa está enfrentando, lamentamos por isso, mas temos que fazer o nosso trabalho", comentou o central Maurício Souza, eleito o melhor em quadra.

Sem tempo para efetivar a inscrição de todos os atletas, o Ponta Grossa entrou em quadra com o levandor Leo Reis, o oposto Eric, os ponteiros Leo Silva e Gustavo, os meios Diego e Bortolanza (improvisado na posição, já que costuma jogar como oposto) e o líbero Roger. O único reserva à disposição do técnico Fabio Sampaio era o também líbero Mendel, que teve uma rápida participação no segundo set.

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Antes mesmo da estreia, Sampaio havia mostrado ciência das dificuldades que vai enfrentar ao mesmo tempo em que tentou ser otimista ao avalisar as chances de sua equipe na principal competição de clubes de vôlei do país. "Sabemos das nossas limitações, mas a equipe está acreditando no sonho de levar Ponta Grossa ao destaque no vôlei. Vamos lutar jogo a jogo para se manter na elite do esporte e também tentar beliscar uma vaga nos playoffs", destacou.

Correndo contra o tempo para dar o mínimo entrosamento à equipe, o treinador deve em breve contar com as contratações feitas para a súbita participação na Superliga, sendo três delas oriundas do próprio Botafogo: os ponteiros Robinho e Vinicius Cardozo e o central Lucas Salles. Os outros nomes que completarão o elenco da equipe paranaense são o ponteiro Marcos (ex-Suzano), o central Mikael (ex-Araucaria) e o levantador Cesinha (ex-Corinthians).

Vale destacar que a própria participação do Ponta Grossa na atual Superliga é polêmica. Apesar de ser o "herdeiro" da vaga deixada pelo Botafogo por ter ficado em 11o lugar na Superliga passada, quando jogou com o nome de Caramuru, a equipe paranaense não poderia jogar por não ter quitado todas as dívidas com o elenco que defendeu o time na temporada 2018/2019. Porém, conseguiu efetivar a inscrição processando os credores sob alegação de "perda esportiva, por ser prejudicado ao não conseguir fazer acordos jurídicos para pagar o devido no futuro". Situação parecida vive o América Vôlei, que atualmente joga com o CNPJ do Montes Claros, emprestado ao Corinthians/Guarulhos. A equipe ainda tem dívidas pendentes relativas à última Superliga.

O Ponta Grossa volta à quadra na quarta-feira (20), quando recebe a Apan Blumenau para sua primeira partida em casa. Com duas vitórias em dois jogos, Taubaté, Sesc-RJ e Sada Cruzeiro lideram a Superliga no momento. Sesi e Denk Academy Maringá também estão invictos, mas disputaram apenas uma partida até agora.

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Sobre a autora

Carolina Canossa - Jornalista com experiência de dez anos na cobertura de esportes olímpicos, com destaque para o vôlei, incluindo torneios internacionais masculinos e femininos.

Sobre o blog

O Saída de Rede é um blog que apresenta reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Nosso objetivo é debater o vôlei de maneira séria e qualificada, tendo em vista não só chamar a atenção dos fãs da modalidade, mas também de pessoas que não costumam acompanhar as partidas regularmente.

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