Renan usa exemplo do feminino para evitar surpresas no Pré-Olímpico
Às vésperas da estreia da seleção masculina de vôlei no Pré-Olímpico, na cidade de Varna, na Bulgária, o técnico Renan Dal Zotto se mostra cauteloso. Atento aos resultados do torneio no naipe feminino, em que algumas potências, como Estados Unidos, Rússia e, especialmente, o Brasil, estiveram em apuros, correndo riscos reais de desclassificação no campeonato que distribuiu vagas de forma antecipada para a Olimpíada do ano que vem, o treinador acredita que qualquer deslize pode ser fatal.
Por isto, para ele, a concentração diante de rivais tecnicamente mais limitados, como Porto Rico e Egito, e contra a imprevisível Bulgária – adversários do Brasil na chave A –, será um fator determinante para as pretensões da equipe no quadrangular. "A própria história nos mostra que qualquer queda de atenção em qualquer jogo pode custar muito caro. Independentemente do adversário, o Brasil tem que entrar sempre 100%. No Pré-Olímpico feminino quase aconteceram surpresas e tudo isso serve de exemplo", advertiu.
"Porto Rico vem de um campeonato importante, que é o Pan-Americano, o Egito esteve no nosso grupo do Mundial no ano passado e conhecemos bem, e a Bulgária, a anfitriã, também é um time igualmente complicado. É um jogo por vez, uma decisão por vez, e para nós, os Jogos Olímpicos começam na sexta-feira", reiterou o treinador, apontando que a superioridade brasileira terá que ser demonstrada dentro da quadra.
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Segundo Renan, o fato de a seleção masculina ter vencido na semana passada o tradicional torneio amistoso Memorial Wagner – que serviu de preparação para este classificatório olímpico –, superando a Sérvia em sets diretos e os donos da casa, atuais bicampeões mundiais, por 3 a 1, foi fundamental para dar confiança ao grupo. Ainda mais depois da quarta colocação obtida na Liga das Nações, campeonato que abriu a temporada, onde o time perdeu o bronze exatamente para a equipe B dos poloneses.
"Claro que é sempre importante vencer um torneio internacional, principalmente no nível que foi este, com grandes forças mundiais, como Polônia e Sérvia, e Finlândia, que, apesar de não ser reconhecida mundialmente como uma grande força, é, sim, uma boa seleção. A ideia principal era justamente dar ritmo de jogo e chegar bem nesse Pré-Olímpico, e claramente o time cresceu depois da Liga das Nações e de um período de treinamento em Saquarema. A equipe ganhou uma nova forma e evoluiu bastante e, por isso, foi muito positiva a participação no Memorial Wagner", elogiou.
Em termos táticos, o treinador ressaltou um salto de qualidade, sobretudo na recepção do saque balanceado, um tormento para a seleção brasileira ao longo da Liga das Nações e, notadamente, no Final Six. "Tivemos algumas dificuldades na fase final com o saque flutuante e essas semanas de treinamento serviram para ajustar algumas coisas. Agora jogamos justamente contra essa mesma Polônia e vimos que está equilibrado", destacou.
"Todos podem ter algum tipo de instabilidade em algum momento, mas fato é que conseguimos dar uma equilibrada e o jogo está acontecendo naturalmente. Ficamos confortáveis em dizer que através de treinamento conseguimos ajustar esse fundamento. Vale salientar que o saque flutuante que antes era usado para diminuir a margem de erro, hoje é um saque de risco também", complementou Renan, sugerindo uma tendência de mudança no padrão de jogo de muitas seleções, que vêm abrindo mão do viagem para apostar no serviço mais tático.
O primeiro compromisso do Brasil será nesta sexta-feira (9), às 11h, contra Porto Rico. Logo em seguida, no mesmo horário do sábado (10), os atuais campeões olímpicos encaram os egípcios. Fechando o quadrangular, o time enfrenta a Bulgária em partida programada para as 14h30 de domingo (11). Todos os jogos terão transmissão do SporTV2. Quem não confirmar a vaga neste Pré-Olímpico terá outra chance nas repescagens continentais que acontecem em janeiro.
*Colaborou Carolina Canossa
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