Topo

Saída de Rede

Carol Solberg não desiste: "Difícil, mas vamos até a última oportunidade”

Janaína Faustino

23/07/2019 11h56

Mesmo em desvantagem na corrida olímpica brasileira, Carol Solberg e Maria Elisa ainda têm chances (Fotos: Divulgação/FIVB)

"O Circuito Mundial não nos permite muito tempo nem para comemorações nem para frustrações". A frase de Carol Solberg é bastante elucidativa acerca da montanha-russa de emoções vivida por ela e sua parceira Maria Elisa no Circuito Mundial de vôlei de praia e, consequentemente, na corrida olímpica brasileira.

Depois de conquistar no domingo retrasado o vice-campeonato na etapa cinco estrelas de Gstaad, na Suíça – sendo derrotada na final pelas norte-americanas vice-campeãs mundiais Klineman e Ross –, a dupla foi eliminada pelas compatriotas Talita e Taiana no country-cota da etapa quatro estrelas de Espinho, em Portugal. Ou seja, o time caiu antes mesmo de chegar à primeira fase. Para Carol, contudo, o foco deve ser na disputa.

"O Circuito Mundial não nos permite muito tempo nem para comemorações nem para frustrações. Assim como tivemos que virar rápido a chave de Gstaad, também viramos com Espinho. Claro que fica uma tristeza e um desapontamento, mas o mais importante é que tiramos lições disso. Desde então já estamos focadas aqui em Tóquio", afirma a atleta, que jogará a etapa quatro estrelas da capital japonesa, um evento-teste para os Jogos Olímpicos de 2020, a partir desta quarta-feira (24).

Leia mais:

Tóquio 2020: etapa em Portugal acirra disputa entre brasileiros por vagas

Ingressos para o Pré-Olímpico feminino em Minas Gerais já estão à venda

"Nossa missão é difícil, não tivemos um bom início, mas a disputa está aberta e vamos buscar esse objetivo até a última oportunidade. Mais do que ninguém a gente sabe que o jogo é jogado. Então vamos olhar para frente e buscar construir o que desejamos", complementa.

Com o resultado negativo, as cariocas saíram zeradas do torneio – permaneceram com 3.370 –, perdendo a chance de se aproximar das rivais Ágatha e Duda, que abriram grande vantagem na disputa por um lugar na Olimpíada do ano que vem. Ao terminar em quarto lugar na competição, a dupla levou 560 pontos, somando 4.390. Com os 640 pontos obtidos com o bronze em Espinho, Ana Patrícia e Rebecca seguem na ponta da corrida olímpica com 4.900.

Fazendo coro com sua parceira, Maria Elisa ainda chamou a atenção para as dificuldades da logística com o calendário apertado.

A dupla está se preparando para a estreia na etapa quatro estrelas de Tóquio, no Japão, nesta quarta-feira (24)

"Com certeza não é uma situação muito tranquila jogar o country-cota depois de sair de uma final em que a gente teve que pegar as malas e descer três horas de carro de Gstaad, ir direto para o aeroporto e chegar à noite no dia seguinte. Era o nosso único dia de descanso. Não tinha como bater uma bola porque a areia lá é muito diferente, tem muito vento. Então a gente já chegou muito cansada para jogar praticamente na terça-feira [dia da eliminação]. A situação do country-cota é muito difícil para todo mundo porque os times do Brasil são muito bons. Você tem que estar muito bem e depois de uma final fica difícil, né?", destaca.

No entanto, apesar da desvantagem na corrida, Maria Elisa também mantém o otimismo. "O nosso time ainda tem algumas etapas esse ano para se recuperar e talvez mais uma no ano que vem. A gente está embalada para isso. Queremos muito essa vaga. Dependendo desses resultados, temos grandes chances sim. Mesmo elas estando à frente, continuamos com possibilidades. Vamos tentar agarrar essa oportunidade de fazer bons resultados com toda a nossa força", finaliza.

O critério da corrida olímpica brasileira definido pela Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) preconiza que cada dupla pode somar os dez melhores resultados obtidos nas etapas quatro e cinco estrelas do Circuito Mundial e no Campeonato Mundial. Até o momento, foram disputadas oito etapas femininas. Cada país poderá ser representado em Tóquio somente por 4 duplas (duas femininas e duas masculinas).

VEJA COMO ESTÁ A CORRIDA OLÍMPICA BRASILEIRA:

FEMININO

1) Ana Patrícia/Rebecca – 4.900 pontos

2) Ágatha/Duda – 4.390 pontos

3) Carol Solberg/Maria Elisa – 3.370 pontos

4) Fernanda Berti/Bárbara Seixas – 2.970 pontos

5) Talita/Taiana – 2.530 pontos

MASCULINO

1) Evandro/Bruno Schmdit – 4.640 pontos

2) Alison/Álvaro Filho – 3.830 pontos

3) André Stein/George – 3.520 pontos

4) Pedro Solberg/Vitor Felipe – 2.800 pontos

5) Guto/Saymon – 1.900 pontos

Colaborou Carolina Canossa

Ouça o Voleicast, o podcast de vôlei do Saída de Rede

Curta o Saída de Rede no Facebook!

Siga-nos no Twitter: @saidaderede

Sobre a autora

Carolina Canossa - Jornalista com experiência de dez anos na cobertura de esportes olímpicos, com destaque para o vôlei, incluindo torneios internacionais masculinos e femininos.

Sobre o blog

O Saída de Rede é um blog que apresenta reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Nosso objetivo é debater o vôlei de maneira séria e qualificada, tendo em vista não só chamar a atenção dos fãs da modalidade, mas também de pessoas que não costumam acompanhar as partidas regularmente.

Blog Saída de Rede