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Quem será o grande campeão da 25ª edição da Superliga masculina de vôlei?

Janaína Faustino

11/05/2019 13h00

Campeão da Superliga masculina sairá neste sábado (11) (Fotos: Ana Patrícia e Gaspar Nóbrega/Inovato/CBV)

Depois de uma fase final marcada pelo equilíbrio, chegou a hora de sabermos finalmente quem será o campeão da 25ª edição da Superliga masculina de vôlei. Neste sábado (11), a partir das 21h30, Sesi-SP e EMS Taubaté Funvic vão travar uma batalha no último jogo da série melhor de cinco em busca da taça na Arena Suzano, em Suzano (SP). A decisão terá transmissão do SporTV2.

Os taubateanos sonham com o primeiro título de Superliga em sua história. Chegaram a disputar a final na temporada 2016/2017, mas foram superados pelo hexacampeão Sada Cruzeiro. Já o Sesi segue em busca do bi, uma vez que foi campeão na edição 2010/2011. Além disso, chegou à decisão em 2014/2015 e na temporada passada, mas também perdeu para a Raposa nas duas oportunidades.

Duas das equipes com os maiores aportes financeiros da temporada, Sesi e Taubaté, entretanto, percorreram caminhos bastante distintos para chegar à final da competição. Enquanto o time da capital navegou em águas para lá de tranquilas na primeira fase, esbanjando regularidade e se classificando para os playoffs na liderança do torneio, o conjunto do Vale do Paraíba garantiu a vaga nos mata-matas na terceira colocação, enfrentando momentos de turbulência com apresentações instáveis, resultados negativos e trocas de técnicos.

Taubaté cresceu muito na reta final da Superliga

A chegada de Renan Dal Zotto, contudo, acabou colocando Taubaté em outro patamar na disputa. O treinador da seleção brasileira conseguiu dar um padrão de jogo e mais consistência ao grupo, além de ter rapidamente definido a equipe titular, interrompendo a série inócua de revezamentos implementada pelo argentino Daniel Castellani no começo da temporada.

Sob o seu comando, a equipe sofreu nas quartas diante do Vôlei Renata, mas se valeu de sua superioridade técnica para avançar às semifinais. E foi justamente na semi que demonstrou mais evolução, quando eliminou com autoridade o papa-títulos Cruzeiro. Assim, o time assumiu definitivamente a condição de um dos favoritos que lhe foi imputada antes mesmo do início da competição em função do elenco formado com nomes como os ponteiros Lucarelli, Facundo Conte e Douglas Souza, além dos levantadores Rapha e Nico Uriarte, entre outros.

O Sesi, por outro lado, não enfrentou grandes dificuldades nos playoffs, conservando o competente padrão de jogo apresentado na fase classificatória. Passou pelo destemido Vôlei Um Itapetininga nas quartas e, logo a seguir, eliminou de maneira categórica o Sesc-RJ, de Giovane Gávio, que no primeiro turno despontava como grande postulante ao troféu da Superliga para depois cair radicalmente de rendimento.

Com Rubinho, um treinador extremamente estudioso, a equipe se destaca pela organização tática, pelo esquema defensivo e pela linha de passe formada por jogadores também experimentados, como Murilo, Lucas Lóh e Lipe. Além disso, o Sesi tem no oposto Alan outro grande trunfo. O jogador aparece como o segundo maior pontuador do campeonato com 470 acertos, mas tem chances de ultrapassar o primeiro colocado Wallace, que tem 480.

Sesi fez a melhor campanha na fase classificatória da competição

Diante de todos estes ingredientes, para o líbero Murilo, do Sesi, a promessa é de mais um jogo igual. "Eu espero que seja uma partida muito bem jogada. As equipes estão bastante equilibradas. Não acho que nenhum time vai ter facilidade no placar. Vai ser um jogo muito pesado, duro e é difícil prever qualquer coisa. Mas acredito que o momento do jogo vai dizer muito", afirma.

"A equipe que conseguir encaixar um bom serviço ou se defender bem dos bons saques adversários, já que esse fundamento é uma arma muito poderosa para qualquer time, vai se sair melhor. Precisamos também aproveitar as boas oportunidades quando nós tivermos. E teremos que manter a tranquilidade e a calma nos momentos difíceis para tentar reverter sem nos afobar ou achar que está tudo perdido", complementou.

Um dos jogadores mais veteranos de Taubaté, o central Lucão enalteceu a experiência e a qualidade do elenco.

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"Nosso time tem jogadores extremamente acostumados a esses momentos de decisão não só em clube como em seleção brasileira. É uma vantagem jogar ao lado de atletas assim porque você sabe que eles vão render. Você acaba não tendo muito o que passar porque só a experiência adquirida por onde eles passaram, já traz essa bagagem grande. O Sesi também é um grupo experiente, acostumado a decisões. E acho que é isso que tem tornado os jogos tão competitivos", comentou.

Em relação ao confronto decisivo, o meio de rede acredita que não haverá surpresas, uma vez que os times se enfrentaram quatro vezes já nesta série final. Para ele, o jogo será decidido nos detalhes e quem cometer menos erros será o campeão.

"As duas equipes tem características diferentes. O Sesi tem um jogo bem regular, erra pouco. Mas, ao mesmo tempo, não força tanto quanto nós. Do nosso lado, sabemos que temos que minimizar os erros para conseguir facilitar as coisas. E precisamos ter uma postura para impor o nosso jogo com agressividade desde o início. Acredito que essa quinta partida não vai fugir muito do que aconteceu nas outras da série. E vai ser um jogo interessantíssimo tanto para quem estiver jogando quanto para quem estiver assistindo", finalizou Lucão.

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Sobre a autora

Carolina Canossa - Jornalista com experiência de dez anos na cobertura de esportes olímpicos, com destaque para o vôlei, incluindo torneios internacionais masculinos e femininos.

Sobre o blog

O Saída de Rede é um blog que apresenta reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Nosso objetivo é debater o vôlei de maneira séria e qualificada, tendo em vista não só chamar a atenção dos fãs da modalidade, mas também de pessoas que não costumam acompanhar as partidas regularmente.

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