Topo

Saída de Rede

Mundial de Clubes de vôlei pode sofrer mudanças drásticas em 2019

Janaína Faustino

14/02/2019 14h56

O italiano Trentino é o maior vencedor da história do Campeonato Mundial de Clubes, com 5 títulos (Foto: Divulgação/FIVB)

Disputado desde 2009 com a presença de representantes de diversos continentes, o Campeonato Mundial de clubes deve passar por alterações importantes em breve. Em entrevista exclusiva ao Saída de Rede, Andrey Souza, presidente da Associação de Clubes de Vôlei brasileiro (ACV), revelou que há grandes chances de o torneio se transformar em uma partida única entre o campeão europeu e o campeão das Américas.

"Teoricamente, a Federação Internacional não realizará mais o Mundial de Clubes. (…). Eles vão fazer apenas um jogo entre o campeão europeu e o campeão do continente americano. Não haverá mais aquela competição com vários jogos em dois grupos. Acredito que será o mesmo formato para o masculino e o feminino", comentou o dirigente, que também foi um dos organizadores da Copa Libertadores de vôlei, cuja primeira edição foi encerrada nesta quarta-feira (13).

No formato atual, o certame ocorre com duas chaves de 4 equipes cada, em que os times se enfrentam entre si. Os dois primeiros colocados de cada grupo se classificam para as semifinais e a respectiva final. Os integrantes destes grupos, porém, tem mudado ao longo do tempo: se antes haviam times de todos os continentes, nos últimos anos a FIVB tem priorizado a distribuição de convites, na tentativa de melhorar o nível técnico e também atrair mais atenção à disputa.

Leia mais:

Sede dos Sul-americanos, Minas almeja repetir sucesso da Copa Brasil

Experimental, Libertadores do vôlei tem saldo positivo nos bastidores

Trentino conquista o pentacampeonato no Mundial de Clubes

Minas perde para o turco VakifBank e fica com o vice-campeonato no Mundial

Andrey Souza afirma também que, em função de todas estas mudanças, este seria o momento propício para a construção de uma parceria entre a Confederação Sul-Americana de Vôlei (CSV), a ACV e a ACLAV (Associação de Clubes da Liga Argentina), organizadoras da Copa Libertadores, com o objetivo de promover uma fusão entre os campeonatos.

Procurada pelo Saída de Rede, a FIVB não se manifestou até a publicação desta reportagem. Criado em 1989, o Mundial masculino de clubes foi disputado até 1992, quando acabou interrompido por falta de apoio e voltando somente 17 anos depois – a disputa feminina, por sua vez, teve suas primeiras edições realizadas em 1991, 1992 e 1994, ano em que também foi suspensa até voltar a ser realizada em 2010. Juntando essas duas fases, o Brasil soma seis títulos no torneio, sendo três entre os homens (Sada Cruzeiro em 2013, 2015 e 2016) e três entre as mulheres (Sadia em 1991, Leite Moça Sorocaba em 1994 e Osasco em 2012).

*Colaborou Carolina Canossa

**Post atualizado às 21h40 de 15/02

Curta o Saída de Rede no Facebook!

Siga-nos no Twitter: @saidaderede

Sobre a autora

Carolina Canossa - Jornalista com experiência de dez anos na cobertura de esportes olímpicos, com destaque para o vôlei, incluindo torneios internacionais masculinos e femininos.

Sobre o blog

O Saída de Rede é um blog que apresenta reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Nosso objetivo é debater o vôlei de maneira séria e qualificada, tendo em vista não só chamar a atenção dos fãs da modalidade, mas também de pessoas que não costumam acompanhar as partidas regularmente.

Blog Saída de Rede