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Sede do grupo da seleção feminina no Pré-Olímpico sai até o começo de março

Carolina Canossa

01/02/2019 17h44

Confederação Sul-americana assumiu os custos da organização do Pré-Olímpico porque quer que Brasil e Argentina se classifiquem ainda em 2019 (Foto: Divulgação/FIVB)

A expectativa tomou conta dos torcedores assim que a FIVB (Federação Internacional de Vôlei) divulgou que a seleção brasileira feminina jogará o Pré-Olímpico de agosto em casa: qual cidade vai sediar a primeira tentativa das bicampeãs olímpicas de se classificar para Tóquio 2020? Segundo a Confederação Sul-americana de vôlei (CSV), organizadora da disputa que também contará com República Dominicana, Camarões e Azerbaijão, a resposta deve sair em breve.

"Até o fim de fevereiro ou começo de março já devemos estar com isso definido", afirmou Tulio Teixeira, vice-presidente da da CSV em entrevista ao Saída de Rede. Quatro estados brasileiros já iniciaram conversas com a CSV para a disputa: Ceará, Minas Gerais, Pernambuco e Rio de Janeiro. A entidade, porém, está aberta para negociações com outros Estados/cidades interessados em abrigar as partidas e descarta a possibilidade de fazer os jogos em algum país vizinho.

Um dos requisitos que tem sido feito aos candidatos é um ginásio grande, que possa abrigar muitos torcedores. "Queremos pelo menos cinco mil lugares, pois assim conseguiremos gerar bilheteria", ressalta Teixeira. Presença de patrocinadores e possibilidade de transmissão dos jogos pela TV também serão fatores a serem considerados.

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A organização do Pré-Olímpico feminino foi parar nas mãos da Confederação Sul-americana após a CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) e as federações dos demais países do grupo da seleção feminina abdicarem do direito de sediar a disputa devido aos custos, que giram em torno de R$ 2 milhões.

Diante disto, a CSV entrou na concorrência, visto que tem interesse que Brasil e Argentina, seus únicos representantes nos torneios de agosto, garantam lugar na Olimpíada ainda este ano. Jogando em casa, teoricamente brasileiros e argentinos aumentam as chances de se classificarem logo, permitindo que a América do Sul ganhe um terceiro representante nos Jogos, já que as últimas vagas em Tóquio 2020 serão definidas em janeiro de 2020, através de Pré-Olímpicos continentais.

A CSV, inclusive, trabalha para trazer o grupo C do Pré-Olímpico feminino para a Argentina (a chave, que conta também com Estados Unidos, Bulgária e Cazaquistão, é a única que ainda não teve o país-sede divulgado até agora). No masculino, também houve uma sondagem neste sentido, mas Bulgária e China exerceram o direito de organizar a disputa respectivamente nos grupos de Brasil e Argentina – o critério estabelecido pela FIVB foi a posição no ranking mundial: quem estivesse na frente, tinha preferência para receber o torneio e assim sucessivamente.

Apesar de não estar diretamente envolvida na organização, a CBV será convidada a ajudar pelos parceiros sul-americanos por conta do know how neste tipo de evento. Vale ressaltar que a entidade que comanda o vôlei brasileiro também gostaria de ver suas seleções garantidas na Olimpíada na primeira oportunidade, pois a disputa de um novo Pré-Olímpico em janeiro acarretaria em um custo extra na preparação dos times nacionais e na interrupção do calendário da Superliga.

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Sobre a autora

Carolina Canossa - Jornalista com experiência de dez anos na cobertura de esportes olímpicos, com destaque para o vôlei, incluindo torneios internacionais masculinos e femininos.

Sobre o blog

O Saída de Rede é um blog que apresenta reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Nosso objetivo é debater o vôlei de maneira séria e qualificada, tendo em vista não só chamar a atenção dos fãs da modalidade, mas também de pessoas que não costumam acompanhar as partidas regularmente.

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