Recepção dá a tônica da vitória do Sesc-RJ no clássico contra Osasco
Sem desfrutar do mesmo favoritismo e poderio financeiro de outras épocas, os tradicionais Sesc-RJ e Osasco Audax entraram em quadra nesta sexta-feira (14), no ginásio do Tijuca Tênis Clube, no Rio, dispostos a buscar uma melhor posição na tabela e reverter a campanha irregular que ambas as equipes têm feito neste início de Superliga. Em uma competição que tem se mostrado extremamente equilibrada, os times de Bernardinho e Luizomar de Moura iniciaram o confronto ocupando a quarta e a sexta colocações, respectivamente, na classificação geral. Entretanto, o Sesc se deu melhor em um dos maiores clássicos do voleibol feminino brasileiro, derrotando categoricamente Osasco por 3 sets a 0 (25-19, 25-23 e 25-12). Com o triunfo, as cariocas subiram para o terceiro lugar na classificação, com 15 pontos. A equipe osasquense, por outro lado, permaneceu na mesma posição, com 12.
O treinador Bernardinho escalou a armadora Roberta, as ponteiras Peña e Kosheleva, as centrais Mayhara e Juciely, a oposta Monique e a líbero Gabiru para o jogo. Pelo lado paulista, Luizomar escalou Claudinha no levantamento, Mari Paraíba e Angela Leyva na entrada de rede, Nati Martins e Walewska pelo meio, Hooker na saída e a líbero Camila Brait.
Ambas as equipes iniciaram o duelo procurando construir o jogo em cima de um fundamento em que, curiosamente, os dois times apresentam grande deficiência: o passe. Com um saque forçado principalmente sobre a ponteira peruana Angela Leyva (que até terminou substituída no primeiro set em função dos erros no passe e da hesitação no ataque, voltando no decorrer da partida), as donas da casa desmontaram a recepção adversária, prejudicando bastante a distribuição de jogadas de Claudinha. O time paulista, por outro lado, optou por sacar na oposta Monique, improvisada na recepção carioca, na ponteira Kosheleva e na líbero Gabiru, com o objetivo de minar o passe e, consequentemente, as possibilidades de armação da levantadora Roberta. Com isso, as duas equipes falharam, mas as mandantes se saíram infinitamente melhor nesta estratégia, chegando a abrir 19 a 8 na primeira parcial.
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Sem dúvida, a efetividade do saque merece então ser destacada, já que produziu vários pontos direitos ao longo do jogo, além de ter quebrado o passe de ambas as equipes, facilitando o trabalho de bloqueio. Apesar de terem aprimorado o desempenho no final da primeira parcial, equilibrando a partida no segundo set, as comandadas de Luizomar de Moura seguiram cedendo muitos pontos em erros ao rival, desperdiçando oportunidades de contra-ataque que poderiam ter construído maior vantagem. Deste modo, com muito volume de jogo, as cariocas tiraram proveito das imperfeições e da inconsistência defensiva adversária, que se perdeu em momentos primordiais.
Em uma partida tecnicamente muito ruim, o Sesc-RJ chegou a abrir 13 a 3 no marcador no terceiro set, contando com uma impressionante insegurança do time osasquense. Uma presa fácil na última parcial, a equipe visitante se perdeu completamente ao cometer erros bobos e elementares que favoreciam o trabalho das cariocas. Assim, após os dolorosos reveses para Fluminense e Hinode Barueri, o Sesc se recuperou, demonstrando uma postura mais aguerrida e determinada no clássico, com mais constância no virada de bola e nos contra-ataques. Destaque para a atuação da russa Tatiana Kosheleva, que, apesar de ainda não estar em sua melhor forma, fez um ótimo jogo, pontuando em todos os fundamentos (ela foi a maior pontuadora do confronto, com 14 pontos).
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