Sonhando com volta ao topo, Itália mostra força na estreia do Mundial
Por Janaina Faustino
A boa estreia serviu para dar esperanças aos apaixonados tifosi, que têm sofrido com os maus resultados de sua seleção. Em sua 17ª participação na história do campeonato, os tricampeões mundiais lutam para deixar para trás os problemas enfrentados no período mais recente, quando, na temporada 2017 quase foram rebaixados para o segundo escalão ao ocuparem a lanterna na extinta Liga Mundial e quando deram um vexame no Campeonato Europeu, caindo nas quartas de final para a seleção belga. Além disso, neste ano, nem chegaram a disputar a fase final da Liga das Nações, na França, alcançando apenas o 8º lugar. Vale ressaltar, ainda, que o último título da Itália foi justamente o Europeu, em 2005, o que é muito pouco para uma das mais tradicionais escolas de voleibol do mundo.
Deste modo, jogando em casa e contando com o apoio incondicional dos seus torcedores, a seleção italiana iniciou o confronto com o jovem e talentoso levantador Simone Giannelli, o ponteiro cubano naturalizado italiano Osmany Juantorena, o ponteiro Filippo Lanza, os centrais Danielle Mazzone e Simone Anzani, o oposto Ivan Zaytsev e o líbero Massimo Colaci.
A primeira parcial do confronto teve um início bastante equilibrado, com as duas equipes cometendo erros de saque e de ataque. A partir da metade do set, a seleção italiana começou a mostrar mais consistência em quadra, contando com a categoria do levantador Giannelli que fez uma distribuição bastante eficiente, ora com bolas aceleradas pelo meio, ora com inversões difíceis que deixaram os atacantes italianos sem bloqueio. Vale destacar, ainda, a habilidade do levantador com bolas rápidas inclusive para Zaytsev na saída de rede, que costuma atacar bolas mais altas. Assim, o oposto cresceu no ataque, marcando também pontos de bloqueio e de saque.
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A equipe japonesa buscou uma reação no segundo set, sobretudo com o oposto Issei Otake e o ponteiro Yuki Ishikawa, mas o excesso de erros e as deficiências físicas dificultaram as ações dos asiáticos. Mesmo demonstrando empenho e a famosa disciplina tática, o time não conseguiu impor seu ritmo de jogo, caracterizado pela velocidade e pela habilidade dos jogadores. A baixa estatura para os padrões internacionais continua sendo um grande obstáculo ao crescimento da equipe no cenário mundial.
Por outro lado, os italianos mantiveram o bom nível do set anterior e o levantador Giannelli seguiu como destaque, apresentando uma variação admirável de jogadas, deixando todos os jogadores em ótimas condições de ataque. Vale ressaltar a evolução de Juantorena, que passou a assumir o protagonismo nas ações de ataque com Zaytsev, e para os centrais Mazzone e Anzani, que também fizeram pontos importantes. A Itália fechou a parcial em 25 a 21 com um ótimo rali de 30 segundos, o melhor do jogo.
Na terceira e última parcial, muito parecida com a anterior, os japoneses usaram a mesma estratégia, tentando não permitir que a Itália deslanchasse no placar, mas os italianos construíram uma boa vantagem no final do set, demonstrando mais firmeza nas ações de ataque. Zaytsev e Juantorena definiram bolas fundamentais e o bloqueio continuou sendo uma arma eficaz para a Azzurra. É importante mencionar o quanto esses dois jogadores, reconhecidas estrelas do voleibol mundial, são capazes de mudar a Itália de patamar quando estão juntos em quadra. A partir da evolução do ponteiro no jogo, ambos passaram a ditar o ritmo do jogo e foram determinantes para a vitória da seleção italiana por 25 a 23.
O próximo compromisso da seleção italiana será na próxima quinta (13) contra a Bélgica, pelo grupo A. Outro país-sede da disputa, a Bulgária também começou bem, batendo a Finlândia em sets diretos pelo grupo D: 25-21, 25-19 e 25-22. Os búlgaros enfrentam o Irã na próxima rodada, na quinta.
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