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Brasil desperdiça chances individuais em "jogo-treino" contra a Itália

Carolina Canossa

14/06/2018 21h21

Monique foi a maior pontuadora do Brasil nesta quinta, mas não se mostrou uma opção confiável na ausência de Tandara (Foto: Divulgação/FIVB)

Diante de um adversário já eliminado e com a classificação para a fase final da Liga das Nações assegurada desde o começo da rodada, restou ao técnico José Roberto Guimarães continuar a testar opções no duelo contra a Itália, realizado nesta quinta-feira (14) em Eboli. E, com Monique jogando o tempo inteiro na saída de rede e Rosamaria novamente substituindo Gabi a partir da segunda parcial, a seleção brasileira feminina de vôlei foi derrotada por 3 sets a 2, parciais de 22-25, 25-20, 17-25, 25-19 e 15-12.

Trata-se da terceira derrota verde-amarela na competição, mas, ao contrário do revés diante da Alemanha na estreia, não há muito o que lamentar coletivamente. O único fator que estava em jogo era a segunda colocação na tabela, que acabou perdida para a Sérvia, mas o posicionamento não fez muita diferença em relação ao nível dos rivais na disputa pelas duas vagas na semifinal: China e Holanda, times que possuem força semelhante a Estados Unidos e Turquia, os dois componentes do outro grupo.

Independente de o Brasil conseguir repetir ou não o título do Grand Prix em 2017, o mais importante está assegurado: outra semana de bons testes contra as melhores equipes à disposição, sempre de olho no torneio mais importante da temporada, o Mundial do Japão, que começa em 29 de setembro, uma taça inédita para a seleção.

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Individualmente, oportunidades foram desperdiçadas nesta quinta. É o caso de Monique, que apesar de ter sido a maior pontuadora do Brasil (16 pontos) virou apenas 33,3% das bolas que recebeu. Até o momento, a jogadora do Sesc RJ não se mostrou uma opção confiável para a ausência de Tandara. Já Rosamaria, que contra a Tailândia, havia dividido a responsabilidade com a oposta titular, não conseguiu repetir o desempenho e terminou o jogo com apenas nove pontos.

A entrada de Paola Egonu deu a base ofensiva para a Itália terminar bem sua participação na primeira edição da Liga das Nações, mas o time segue sendo uma incógnita para o Mundial, ainda mais instável que o Brasil. Zé Roberto, comissão técnica e jogadoras agora partem para o Japão, onde farão um período de treinamento antes do início da fase final, em 27 de junho, na China. A pausa é uma ótima oportunidade para trabalhar as deficiências da equipe, como o passe e a "Tandaradependência", com mais calma. Na busca pelo título, os Estados Unidos aparecem hoje como os grandes favoritos, mas não se pode descartar uma nova taça brasileira.

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Sobre a autora

Carolina Canossa - Jornalista com experiência de dez anos na cobertura de esportes olímpicos, com destaque para o vôlei, incluindo torneios internacionais masculinos e femininos.

Sobre o blog

O Saída de Rede é um blog que apresenta reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Nosso objetivo é debater o vôlei de maneira séria e qualificada, tendo em vista não só chamar a atenção dos fãs da modalidade, mas também de pessoas que não costumam acompanhar as partidas regularmente.

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