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Brasil testa jogadoras, passa pela Tailândia, mas inconstância permanece

Carolina Canossa

13/06/2018 14h53

Rosamaria conseguiu dividir a responsabilidade ofensiva com Tandara (Foto: Divulgação/FIVB)

Por Daniel Rodrigues

Já classificada para a fase final da Liga das Nações, a seleção brasileira feminina de vôlei entrou em quadra nesta quarta-feira (13) sem grandes responsabilidades. Aproveitando-se da situação tranquila, José Roberto Guimarães optou por rodar mais a equipe e escalou o time titular com Rosamaria na ponta e Carol no lugar de Adenizia. No entanto, o "filme" da partida contra a Bélgica se repetiu: as brasileiras desaceleraram na terceira parcial e só conseguiram vencer a Tailândia, adversário com apenas dois triunfos na competição, no quarto set (25-16, 25-22, 18-25 e 25-13).

O Brasil mostrou grande qualidade de jogo no início e no final do duelo, na primeira e na quarta parcial. Em ambas as ocasiões, houve estabilidade no passe, com as jogadas de meio pelo meio fluindo com naturalidade, além do sistema defensivo funcionando eficientemente. Neste panorama, com a concentração e a agressividade em alta, as centrais pontuaram e corresponderam muito bem e o técnico brasileiro finalmente conseguiu utilizar todas as jogadoras do banco, algo que quase não vinha ocorrendo nos desafios anteriores. Monique, Mara, Macris e a líbero Gabiru foram testadas e responderam bem às expectativas.

Porém, este cenário que gostaria de ser visto mais vezes pelos torcedores brasileiros, não ocorreu no segundo e terceiro set, quando as comandadas de Zé Roberto voltaram a apresentar oscilações, permitindo o crescimento das adversárias. A entrada da experiente ponteira Onuma também foi importante para evolução tailandesa, mas a tradição brasileira e o poderio do bloqueio foram decisivos para a vitória verde e amarela na segunda parcial, apesar das dificuldades.

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O mesmo não ocorreu na sequência, quando a Tailândia continuou crescendo e a recepção brasileira caiu consideravelmente, com Gabi dando lugar a Amanda. Ineficiente e sem agressividade, o saque do Brasil não ofereceu resistência às asiáticas, que com uma excelente distribuição da craque levantadora Tomkom, fecharam o set com autoridade.

Os três pontos somados com a vitória desta tarde foram importantes, mas mais relevante ainda foi ver o time brasileiro atuando mais solto quando Gabi e Suelen dominaram o fundo de quadra, além da atuação contundente de Rosamaria. A atleta, mesmo sem ser tão testada no passe, foi responsável por 18 pontos do Brasil, conseguindo dividir a responsabilidade com a oposto Tandara, que anotou 14. Com mais ritmo de jogo e ganhando confiança, Rosa pode e deve ser uma opção interessante nos próximos compromissos de nossa seleção.

As brasileiras encerrarão a participação na fase classificatória da Liga das Nações na tarde desta quinta-feira (14), quando voltam à quadra para enfrentar a Itália, dona da casa, às 15h (Brasília).

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Sobre a autora

Carolina Canossa - Jornalista com experiência de dez anos na cobertura de esportes olímpicos, com destaque para o vôlei, incluindo torneios internacionais masculinos e femininos.

Sobre o blog

O Saída de Rede é um blog que apresenta reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Nosso objetivo é debater o vôlei de maneira séria e qualificada, tendo em vista não só chamar a atenção dos fãs da modalidade, mas também de pessoas que não costumam acompanhar as partidas regularmente.

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