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Com fundo de quadra impecável, Brasil volta a vencer na Liga das Nações

Carolina Canossa

30/05/2018 15h19

Com o passe na mão, Roberta acionou em muitas oportunidades as centrais Bia e Carol (Foto: Divulgação/FIVB)

Por Mauro Feola, direto de Apeldoorn (Holanda)

Embalada pela vitória contra a Coreia do Sul, a seleção feminina voltou a vencer pela Liga das Nações. A vítima desta quarta-feira (30) foi a Polônia, superada em sets diretos: 25-20, 25-20, 25-23. É interessante perceber como o Brasil comportou-se nesse jogo, pois diferentes aspectos técnicos apresentaram, em seu decorrer, altos e baixos.

Apesar de vencer tranquilamente o primeiro set, o septeto brasileiro presenteou a Polônia com 11 erros, sobretudo, nos contra-ataques. Porém, tais falhas foram sempre por milímetros. Houve uma bola, em determinado momento do set, que Amanda atacou para fora por menos de 1cm, de acordo com a equipe técnica dos desafios aqui de Apeldoorn. Fato é que, como nesta terça (29), contra a Coreia, a seleção continuou sendo muito efetiva no sistema defensivo. Felizmente, o que funcionou de maneira quase que impecável foi o side out, ou seja, os ataques executados logo após o saque polonês.

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Segundo José Roberto Guimarães, não foi o saque polonês que facilitou a vida da linha de passe brasileira, mas sim o ótimo momento que a equipe está vivendo no quesito passe. De acordo com o treinador brasileiro, o percentual de acerto é bastante alto. Daí o side out funcionar tão bem e Roberta ter feito tantas jogadas rápidas. As estatísticas realmente confirmam: Carol fez 10 pontos de ataque; Bia, 8.

Enquanto o contra-ataque ia se ajustando, chegamos ao terceiro set. Como contra as sul-coreanas, o Brasil perdeu um pouco da concentração, fazendo o sistema defensivo cochilar durante alguns instantes. Nada drástico, a ponto de custar o set novamente: a parcial foi encerrada em 25-23. Devemos destacar do lado polonês uma nova forma de jogar em relação aos dois sets anteriores: a levantadora polonesa, Marlena Plesnierowicz, acionou muito mais as centrais nos primeiros sets, demonstrando o intuito de variar mais a sua distribuição. Já no terceiro set, o nome polonês foi a promissora Malwina Smarzek, de 21 anos, que praticamente fez quase todos os pontos de ataque de sua seleção.

Infelizmente para os torcedores poloneses do ginásio Omnisport, Smarzek não conseguiu com sua performance tascar um set brasileiro. Felizmente para os brasileiros, que compareceram e viram um time que joga em conjunto. Sem dúvida, Tandara pontua acima da média, mas esse ótimo fator não esconde que o jogo brasileiro é dos mais variados e tem-se mostrado um dos melhores dessa Liga das Nações. Nesta quinta (31), o desafio que encerra a terceira semana se competição será contra a Holanda, dona da casa, a partir das 14h30 (horário de Brasília).

Sobre a autora

Carolina Canossa - Jornalista com experiência de dez anos na cobertura de esportes olímpicos, com destaque para o vôlei, incluindo torneios internacionais masculinos e femininos.

Sobre o blog

O Saída de Rede é um blog que apresenta reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Nosso objetivo é debater o vôlei de maneira séria e qualificada, tendo em vista não só chamar a atenção dos fãs da modalidade, mas também de pessoas que não costumam acompanhar as partidas regularmente.

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