Seleção masculina estreia em 2018 com Renan de olho em consolidação
Os bons resultados obtidos no ano passado (título na Copa dos Campeões e prata na Liga Mundial) serviram para Renan Dal Zotto mostrar que pode sim manter o Brasil na elite mundial do voleibol masculino. O peso de substituir a longa e vitoriosa Era Bernardinho no time nacional diminuiu, mas o atual comandante da seleção verde-amarela sabe que é preciso ir além.
É justamente atrás dessa consolidação que o Brasil estreia na temporada 2018 nesta sexta-feira (24), às 15 horas (horário de Brasília), pela Liga das Nações masculina, torneio que substitui o Grand Prix. Logo de cara, uma pedreira: a Sérvia, dona da casa e dona de um saque poderoso e jogadores entrosados, que há anos atuam juntos. No fim de semana, dois rivais perigosos: a Itália (11h de sábado), vice-campeã olímpica, e a Alemanha (11h de domingo), vice-campeã europeia.
O grande desafio da temporada está no Campeonato Mundial, programado para setembro na Itália e na Bulgária, mas um bom desempenho na Liga das Nações é fundamental para a confiança de comissão técnica, elenco e torcida. Em um cenário no qual estrangeiros estiveram entre os principais destaques da última Superliga, Renan levou ao Leste Europeu dez dos 12 medalhistas de ouro na Rio 2016. Apenas o ponteiro Ricardo Lucarelli, recuperando-se de uma grave lesão no tendão-de-Aquiles, e o líbero Serginho, aposentado da seleção, ficaram de fora.
Falando em líbero, é na posição a grande novidade promovida pelo treinador. Na verdade, uma velha novidade, com o perdão do paradoxo que a frase contém: um dos principais atacantes brasileiros dos últimos anos, Murilo virou especialista em defesa e voltou atrás na decisão de não defender mais a seleção, tomada após o corte para os Jogos Olímpicos. A convocação dele foi polêmica, já que seu desempenho pelo Sesi, apesar de ok, não foi de encher os olhos. Valeu a liderança e a experiência do jogador, que completou 37 anos no começo do mês.
Assim como o técnico José Roberto Guimarães tem feito com a seleção feminina, Renan também deve promover um rodízio de atletas nesta primeira fase da temporada de seleções. O excesso de deslocamentos (serão 77,4 mil quilômetros somente na fase classificatória) é uma dos pontos que mais demandam atenção.
"Há uma preocupação com este novo modelo de competição. As viagens são intensas e, com isso, é preciso muito cuidado, planejamento e a força do grupo para chegar na reta final em condições de classificação. Aqui, já nesta primeira fase, devemos fazer algumas mudanças para colocar todos os atletas em condição de jogo", afirmou o treinador. Depois dos jogos na Sérvia, a seleção masculina volta ao Brasil, mais precisamente para Goiânia, a fim de jogar contra Coreia do Sul, Japão e Estados Unidos entre 1 e 3 de junho.
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