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Bernardinho cita desilusões em finais, mas vê Praia como favorito

Carolina Canossa

13/04/2018 15h00

Sesc-RJ cresceu na reta final da Superliga (Foto: Marcos de Paula / Sesc-RJ)

A despeito do alto investimento das últimas temporadas, o Dentil/Praia Clube ainda busca um título nacional de primeira linha. Enquanto isso, o Sesc-RJ alcança sua 14a final consecutiva de Superliga, com dez títulos no período (que se uniram aos dois conquistados no fim dos anos 90, quando o time ainda era sediado no Paraná). Mesmo assim, o técnico Bernardinho mais uma vez tratou de jogar o favoritismo de uma decisão para o rival.

"A equipe de Uberlândia acabou a temporada (regular) em primeiro lugar, é um grupo muito forte, um investimento muito alto, foram formados para ganhar um título. E já vem buscando isso há muito tempo, sem êxito", comentou o treinador, lembrando que o time do Triângulo Mineiro ficou no quase duas vezes nesta temporada. "Elas fizeram uma temporada regular, mas tiveram uma sucessão de desilusões nas finais. Tanto no Mineiro como na Copa Brasil não conquistaram os títulos, apesar de, na minha opinião, serem favoritas. E partem como tal", destacou.

Na visão dele, até a semifinal disputadíssima contra o Vôlei Nestlé, encerrada apenas no quinto e último jogo, pode significar um aspecto positivo para o Praia.

"O time delas chega, inclusive, com mais ritmo depois de cinco partidas muito duras contra Osasco. Demonstraram muita força na semifinal. Já nós mostramos consistência para derrotar o Minas em três jogos. Tem o lado de poder recuperar um pouco as jogadoras, mas também tem o outro lado de você não ter tanto ritmo quanto elas. Não sei, na balança, o que fará mais diferença, mas certamente o nível de confiança que o Praia chega depois dessa vitória na semi preocupa", analisou.

Olhando o próprio grupo, Bernardinho comemorou o fato de o Sesc estar na disputa do título depois de meses muito complicados, com jogadoras importantes, caso das duas Gabis e de Juciely, passando boa parte do tempo no departamento médico. "Tivemos uma temporada positiva até por conta de tantas lesões que sofremos, pois soubemos resistir e chegar a mais uma final", comemorou.

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A experiente líbero Fabi ressaltou a união do elenco por conta de tantas turbulências. "Isso fez com que a gente dependesse muito mais uma da outra, do grupo mesmo. Com a ausência de algumas grandes jogadoras, como a Jucy, Gabizinha e até mesmo Monique na reta final, tivemos que dividir a responsabilidade de forma mais homogênea. Isso fez com que a gente, como time, crescesse bastante. Conseguimos nos superar e chegamos a mais uma decisão com um time unido, coeso. A gente sabe da qualidade do Praia, elas têm um ótimo elenco e fizeram a melhor campanha, mas a gente vai tentar jogar de igual para igual. Não vamos baixar a guarda", avisou.

Pela primeira vez na história, a Superliga será decidida em dois jogos. Em caso de uma vitória para cada lado, independente dos placares, o título ficará com o vencedor de um set extra, o "Golden Set", programado para ser jogado logo após a segunda partida. Enquanto o primeiro duelo terá lugar às 10 horas deste domingo (15), na Arena Carioca I, Rio de Janeiro, o confronto derradeiro será no outro domingo, dia 22, em Uberlândia.

Sobre a autora

Carolina Canossa - Jornalista com experiência de dez anos na cobertura de esportes olímpicos, com destaque para o vôlei, incluindo torneios internacionais masculinos e femininos.

Sobre o blog

O Saída de Rede é um blog que apresenta reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Nosso objetivo é debater o vôlei de maneira séria e qualificada, tendo em vista não só chamar a atenção dos fãs da modalidade, mas também de pessoas que não costumam acompanhar as partidas regularmente.

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