Taubaté e Sesi a um passo da final da Superliga

A segunda partida da série melhor de cinco que decide a semifinal da Superliga masculina 2017/2018 deixou as equipes paulistas a uma vitória da decisão. Em casa, o EMS Taubaté Funvic demonstrou superioridade diante do Sada Cruzeiro. No Rio de Janeiro, o visitante Sesi-SP jogou de forma equilibrada e viu o Sesc-RJ abusar dos erros. Dois confrontos definidos em sets diretos. Agora, o terceiro (Sesi) e o quarto colocado (Taubaté) na fase classificatória estão perto da final. Veja como foram os dois jogos desta terça-feira (10):

Wallace foi o maior pontuador do confronto (Rafinha Oliveira/EMS Taubaté Funvic)

EMS Taubaté Funvic 3-0 Sada Cruzeiro (25-21, 25-22, 25-23)
Se você não viu o jogo, não se engane: as parciais acima passam uma falsa ideia de equilíbrio. O Taubaté sobrou diante do pentacampeão nacional Sada Cruzeiro, para abrir 2-0 na série melhor de cinco jogos, e está a uma vitória de avançar à final. Mesmo nos momentos em que o time mineiro pressionava, a equipe paulista mantinha a calma e a organização. E foi justamente a ausência desses dois fatores que prejudicaram o Sada, além da atuação inspirada do Taubaté – que perdeu o primeiro set da série e venceu as seis parciais seguintes.

A exemplo do primeiro confronto, o oposto Wallace e o levantador Raphael foram os principais nomes do time do Vale do Paraíba. Menção também ao ponta Ivovic, cujo voleibol cresceu na reta final da Superliga. Wallace foi o maior pontuador, somando 26, sendo 21 no ataque, com aproveitamento de 62%. Destaque ainda para o bloqueio do Taubaté, que além dos 10 pontos diretos (um a mais do que o Sada), amorteceu a maioria das bolas pelas pontas, facilitando o trabalho da defesa, possibilitando o contra-ataque.

Pelo lado cruzeirense, vale ressaltar o bom desempenho ofensivo dos centrais Simon e Isac, mas o passe irregular limitou o trabalho do levantador Uriarte. Pelas extremidades, os dois principais atacantes de bolas altas da equipe, o ponta Leal e o oposto Evandro, tiveram atuações opacas – 27% e 21% de aproveitamento na parte ofensiva, respectivamente. Isac, Simon, Leal e Evandro terminaram a partida, pela ordem, com 12, 11, oito e cinco pontos.

Sesi venceu a Superliga uma vez, na temporada 2010/2011 (Marcos de Paula/Sesc-RJ)

Sesc-RJ 0-3 Sesi-SP (27-29, 22-25, 24-26)
Aqui, sim, um jogo disputado, mas a quantidade absurda de erros do time da casa – alguns provocados pelo adversário, é bem verdade – fez a diferença a favor do Sesi-SP. Foram 28 erros cometidos pelo time carioca, contra apenas nove do oponente paulista. Depois de uma vitória no tie break diante da sua torcida no sábado (7), o Sesi ganhou em sets diretos como visitante e agora só precisa de mais um triunfo para chegar à final. Foi a quarta vitória da equipe paulista sobre o Sesc em quatro partidas na competição.

Chamou a atenção a boa relação bloqueio-defesa do Sesi. William fez excelente partida, com uma distribuição balanceada, demonstrando mais uma vez sua categoria. Some-se a isso atuações consistentes do oposto Alan (liquidou a fatura com dois aces), do ponta Lipe e do central Lucão, com 12, 11 e 12 pontos, nesta ordem.

O oposto Paulo Victor, do Sesc, foi o maior pontuador, com 21. Tanto os ponteiros quanto os centrais da equipe não comprometeram, tiveram até momentos de destaque, como o ponta João Rafael no terceiro set, mas a já mencionada quantidade de erros minou as chances do time. O levantador Thiaguinho, um dos melhores da Superliga, estava impreciso, especialmente nas bolas altas, e foi substituído por Everaldo, que ajudou na medida do possível.

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Próximos confrontos:
– Sexta-feira, dia 13, às 21h30, em Contagem (MG), Sada Cruzeiro vs. EMS Taubaté Funvic
– Sábado, dia 14, às 15h, no Rio de Janeiro, Sesc-RJ vs. Sesi-SP

Colaborou João Batista Junior