Sesc supera resistência do Pinheiros e avança às semifinais

Sesc fechou série em 2-0 contra Pinheiros (fotos: Ilan Pellenberg/Sesc RJ)

Quem achava que o Sesc-RJ passaria pelo Pinheiros, nas quartas de final da Superliga, acertou. O duelo da segunda melhor campanha da primeira fase contra o sexteto sétimo colocado na competição foi definido na noite desta sexta-feira, no Rio, com uma vitória do time da casa por 3 sets a 0 (25-22, 25-22, 25-13). O resultado fechou a série em 2 jogos a 0 e pôs o time dirigido por Bernardinho nas semifinais.

Contudo, quem previu que as atuais campeãs brasileiras atropelariam as rivais enganou-se. Seja pela capacidade de reação do time vencido, seja por alguma inconstância no jogo das vencedoras, a série – se não ofereceu grande risco de eliminação ao Sesc – propiciou momentos em que as paulistanas experimentaram o papel de protagonistas.

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O Pinheiros cumpriu o que prometeu em sua campanha na primeira fase: embora tenha vencido apenas nove das 22 partidas que teve na etapa de pontos corridos, foi uma equipe que, mais de uma vez, foi pedra no caminho das grandes – foi ao quinto set com Dentil/Praia Clube e Vôlei Nestlé e venceu o Camponesa/Minas lá na segunda rodada. Diante do Sesc, a missão de avançar nos playoffs parecia ingrata e foi inglória, o que não impediu a equipe treinada por Paulo de Tarso de levar o jogo 1 até um tie break definido em 20-18, nem de emparelhar o marcador das duas primeiras parciais do compromisso que se revelou decisivo.

Com um bloqueio que incomodou o Sesc e um saque que, muitas vezes, tirou o passe da mão da levantadora adversária, pode ser que o Pinheiros conseguisse prolongar um pouco mais a partida, se as atacantes das extremidades da rede estivessem em jornada mais eficiente.

Pinheiros: poder de reação apesar das derrotas

A oposta Bruna Honório e as pontas Mari Cassemiro (que sofreu um entorse no pé, na segunda etapa, mas voltou no set seguinte) e Lana não obtiveram, sequer, 30% de aproveitamento nas cortadas. Maior pontuadora do time no jogo anterior, quando marcou 25 vezes na ocasião, Bruna, inclusive, anotou nesta sexta-feira os mesmos seis pontos de sua suplente, a atacante Ivna, que só entrava em inversões no decorrer das parciais.

O Sesc aproveitou-se dos 21 pontos concedidos em erros pelas adversárias e seguirá na competição, mas deve ficar alerta. Sem uma definidora nata no ataque – o problema tende a ser mais difícil de contornar nesta temporada do que foi ano passado –, o time sofreu um tanto para pôr a bola no chão, especialmente no set de abertura, quando as atacantes hesitavam, até mesmo, quando encontravam bloqueios simples pela frente.

Improvisada já há algumas semanas na saída de rede, por conta da lesão de Monique, a dominicana Yonkaira Peña não repetiu a boa performance do jogo anterior e terminou a partida com um rendimento discreto de 38% no ataque – parecido, inclusive, com o das ponteiras Drussyla (42%) e Gabi (40%).

Sobressaíram-se as jogadoras centrais – especialmente Mayhara, que obteve cinco pontos de bloqueio – e o saque da equipe, já que o Sesc marcou nada menos que nove aces.

Na próxima fase, o time do Rio encara o vencedor do confronto entre Camponesa/Minas e Fluminense. As mineiras têm 1 a 0 na série e, agora, jogam em Belo Horizonte – o jogo 2 às 15h deste sábado, com transmissão ao vivo pela RedeTV! e pelo SporTV.com, e o 3, se necessário, na terça-feira.