Posto de revelação da Superliga feminina tem “duelo” entre Edinara e Leyva
Mais de um quarto dos votantes da pesquisa realizada pelo Saída de Rede no início desta edição da Superliga apontaram que a atacante Edinara seria a revelação do campeonato. Após oito rodadas da competição, as expectativas dos técnicos e das capitãs das equipes tem se confirmado: a jogadora do Hinode Barueri aparece entre as maiores pontuadoras do torneio, tanto no número total de anotações quanto na média por set – ela só perde para Tandara nos dois critérios.
Porém, se o assunto for eficiência no ataque, a peruana Ángela Leyva, do Vôlei Nestlé, tem demonstrado que pode ocupar o lugar que hoje é de Edinara.
Veja como estão as estatísticas das "candidatas" a revelação da Superliga feminina.
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Edinara
Destaque do São Caetano na temporada passada e com a experiência na bagagem de defender a seleção brasileira principal este ano, Edinara foi para o Hinode Barueri e tem sido, até esta altura da Superliga feminina, a mais bem sucedida entre as jovens jogadoras da competição.
Sob o comandado do técnico Zé Roberto Guimarães, a atacante figura como segunda maior pontuadora da competição, com 147 acertos (média de 4,9 pontos por set). Em metade das oito partidas que disputou, chegou a marcar 20 ou mais pontos – inclusive, contra Vôlei Nestlé e Sesc.
O ponto de interrogação na sequência da temporada de Edinara é como será seu rendimento quando tiver de dar lugar a Katarzyna Skowronska? Pois é bem provável que quando a oposta polonesa estiver física e tecnicamente apta para jogar, a brasileira seja deslocada para a entrada de rede, o que lhe deve ensejar, inclusive, obrigações no passe.
Ángela Leyva
Atuando numa liga estrangeira pela primeira vez, a ponteira peruana Ángela Leyva tem bom percentual no ataque, com 41% de aproveitamento nas cortadas. A título de comparação, Edinara tem 39,6% de eficiência nesse quesito, mas é preciso ressalvar que a oposta do Barueri tem sido a bola de segurança do time, enquanto a osasquense mais acionada é Tandara.
Por conta dos Jogos Bolivarianos, disputados na Colômbia, Leyva, que estreou apenas na terceira rodada da Superliga, não jogou contra o Bauru no último dia 14 e ficou no banco quase todo tempo diante do Camponesa/Minas. Isso implica dizer que jogou, mesmo, contra São Caetano, Pinheiros, Fluminense e Brasília, e que seu maior desafio desde que chegou ao Brasil deve ser nesta sexta-feira, quando Osasco visita o líder Praia Clube, em Uberlândia, jogo que começa às 21h30 (horário de Brasília).
Sabrina
Escolhida por 7% dos entrevistados como principal candidata ao posto de revelação da Superliga feminina, a oposta Sabrina, do São Cristóvão Saúde/São Caetano, não tem conseguido manter, contra as equipes de menor investimento, o rendimento que teve contras alguns os grandes times do torneio.
Dos 72 pontos que marcou no campeonato, a jogadora fez 13 na vitória sobre o Minas, 15 no revés contra o Osasco e 12 na derrota para o Sesc – nada mal, se pensar que a ponteira Fernanda Tomé é quem mais bolas recebe pela equipe. Contudo, diante do Sesi marcou apenas seis pontos, com menos de 30% de aproveitamento no ataque, e só pontuou em duas cortadas das 14 que tentou contra o Pinheiros.
Lyara
Com passagens pela base da seleção brasileira, inclusive foi vice-campeã mundial sub-20 em 2015 e atuou pela seleção sub-23 este ano, a levantadora Lyara tem tido a chance, no São Cristóvão Saúde/São Caetano, de jogar como titular na Superliga.
Numa temporada de muito aprendizado, a armadora, se ainda está evoluindo na precisão dos levantamentos, tem demonstrado boa distribuição de jogadas (gosta de acionar o meio de rede, quando tem o passe na mão). Além disso, não tem sido raro vê-la aventurar-se nas bolas de segunda: dos 24 pontos que anotou na Superliga, 11 foram no ataque em 21 tentativas.
Karol Tormena
Titular da saída de rede do Camponesa/Minas nestas primeiras rodadas da Superliga, Karol Tormena não teve um bom início no nacional. A ponta/oposta tem participado da linha de recepção da equipe e tem tido um rendimento fraco no ataque: menos de um quarto das bolas que ela atacou (23,4%) se converteram em ponto para as minastenistas.
No jogo passado, na virada por 3-2 sobre o Osasco, ela começou jogando nas duas primeiras parciais, mas acabou cedendo lugar à norte-americana Destinee Hooker.
Vivian
Curiosamente, das seis jogadoras apontadas como possíveis revelações do nacional deste ano, apenas a central Vivian, do Renata Valinhos/Contry, não tem 21 anos: com 26, idade que podemos considerar um tanto como "avançada" para o posto, a jogadora de meio de rede tem tido 51% de eficiência no ataque e crescido nos números de bloqueio. Depois de marcar um ponto por jogo nesse quesito nas seis primeiras rodadas, obteve quatro anotações nesse fundamento contra o Fluminense e três diante do Pinheiros, nos dois últimos compromissos do time.
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