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Fora do Mundial, Luizomar sonha com um 2º ano melhor na seleção do Peru

Carolina Canossa

06/11/2017 04h00

Luizomar trabalha para levar seleção do Peru de volta à elite do vôlei (Foto: Divulgação/FIVB)

A meta inicial não foi alcançada. Ainda assim, Luizomar de Moura não desanima. Em sua primeira temporada à frente da seleção peruana de voleibol, o treinador não conseguiu levar a tradicional equipe sul-americana de volta ao Campeonato Mundial de vôlei. As duas vagas destinadas à América do Sul ficaram com Brasil e Argentina.

De acordo com o profissional, que também comanda o Vôlei Nestlé na Superliga brasileira, a condição física das atletas andinas foi um dos principais fatores que pesaram contra. "Levei um preparador físico, Rafael Rocamora, para conscientizá-las do quanto precisam se cuidar para jogar em alto rendimento, até porque não são jogadoras tão grandes. Encontrei uma equipe mal fisicamente, principalmente para os parâmetros que trabalhamos no Brasil. Nestes quase cinco meses que estive lá, foi fantástica a mudança de comportamento e o comprometimento das jogadoras. Isso pode nos dar um segundo ano melhor", planeja o treinador, que deixou diretrizes para os treinadores peruanos, de olho em seu principal objetivo: os Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020. "A Liga nacional deles é bem abaixo da brasileira, mas espero que, com os técnicos cuidando melhor das atletas selecionáveis, em abril pegaremos um time melhor do que encontramos este ano. Estou entregando uma equipe mais profissional e preparada e eles sabem disso", avisou.

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Terceiro colocado no Sul-americano, realizado em agosto, o Peru teve uma nova chance de ir ao Mundial em um torneio disputado no meio de outubro na cidade de Arequipa. Porém, com duas derrotas em três jogos (3-0 sobre o Uruguai, 3-0 ante a Colômbia e 3-1 contra a Argentina), acabou fracassando no quadrangular.

Sendo assim, foi preciso trabalhar em uma nova programação para 2018. "Seria fantástico irmos ao Campeonato Mundial não pelo resultado, mas para elevarmos o nível de competição dessas jogadoras. Agora, vamos ter que tentar participar de alguns outros torneios, fazer uma boa Copa Pan-americana, a segunda divisão da nova Liga Mundial (que passará a se chamar Liga das Nações) e trazer equipes para rodar bastante este time", destacou Luizomar, que tem como uma das inspirações o trabalho desenvolvido pelo compatriota Marcos Kwiek na República Dominicana. "O Marquinhos faz um trabalho fantástico lá e com jogadoras de muito potencial físico. Eu ainda estou procurando jogadoras assim no Peru. Então, há um trabalho grande e parecido com o que eu fazia nas seleções de base, o de identificar e garimpar talentos para trabalharmos sem pressa", explicou.

Prata na Olimpíada de Seul em 1988, além de vice-campeã do Mundial de 1982 e bronze no de 1986, a seleção feminina de vôlei do Peru busca encerrar em Tóquio 2020 um hiato de 20 anos sem participar da competição mais importante do mundo esportivo. No Mundial, a última participação da equipe foi em 2010, quando o time ficou com a 15ª colocação entre 24 participantes.

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Sobre a autora

Carolina Canossa - Jornalista com experiência de dez anos na cobertura de esportes olímpicos, com destaque para o vôlei, incluindo torneios internacionais masculinos e femininos.

Sobre o blog

O Saída de Rede é um blog que apresenta reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Nosso objetivo é debater o vôlei de maneira séria e qualificada, tendo em vista não só chamar a atenção dos fãs da modalidade, mas também de pessoas que não costumam acompanhar as partidas regularmente.

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