Bruno na expectativa do título da Liga Mundial: “Está batendo na trave há muito tempo”
Curitiba (PR) – Brasileiros e franceses se enfrentam neste sábado, a partir das 23h05, na quadra montada na Arena da Baixada, para decidir a Liga Mundial 2017. Nas cinco vezes anteriores em que recebeu a competição (1993, 1995, 2002, 2008 e 2015), o Brasil, maior vencedor do torneio, com nove conquistas, venceu apenas a primeira.
Para Bruno, campeão olímpico ano passado, no Rio, a possibilidade de levantar o troféu diante da torcida é mais um estímulo para bater o time francês. "Vencer no Brasil é uma coisa difícil até de explicar. Pode ser um dia muito especial, esse deca está batendo na trave há muito tempo", lembrou o levantador, capitão de uma seleção não conquista a Liga Mundial desde 2010 e que foi quatro vezes vice-campeã nesse período de jejum.
"A gente tem sentido esse calor da torcida, é sensacional. Com certeza, daria confiança pra saber que a gente está no caminho certo. Tem alguns jovens jogadores que nunca tinham passado por esse momento (o líbero Thales, o ponta Rodriguinho e o central Otávio), enquanto, pra outros, é um momento de afirmação", projetou Bruno.
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Titular na final do ano passado, em Cracóvia (Polônia), contra a Sérvia, o líbero Tiago Brendle não atuou nas duas primeiras partidas da fase final, mas participou das semifinais. "O trabalho está sendo feito para poder conquistar esse título. Estou bastante motivado", garantiu o defensor.
"Ano passado, conseguimos só a prata e este ano eu quero o ouro. Estou muito feliz de poder disputá-lo", disse Brendle, que se revezou com Thales nos três últimos sets contra os Estados Unidos.
Evolução
A atuação diante dos EUA, nas semifinais, foi recebida pela equipe comandada pelo técnico Renan Dal Zotto como sinal de evolução do time. Se o Brasil errou 26 vezes contra o Canadá e 37 ante a Rússia, frente aos EUA foram 19 os erros cometidos. Além disso, o bloqueio mostrou efetividade, amortecendo muitos ataques dos norte-americanos, e o ataque, de carona no bom rendimento dos centrais, obteve 51% de aproveitamento.
"A gente diminuiu muito o número de erros, aproveitou as oportunidades nos passes bons, que estava desperdiçando em alguns momentos. Acredito que hoje (ontem) nossa primeira bola foi fantástica, Lucão e Maurício Souza deram show à parte, Wallace jogou muito bem novamente", elogiou o ponteiro Lucarelli.
"Acredito que a equipe toda foi muito regular. Talvez em um ou dois momentos em que eles sacaram muito bem foi que cometemos alguns erros desnecessários. Mas acho que a equipe teve um padrão muito bom", comentou o central Éder.
França
Os rivais na decisão não se enfrentaram ainda este ano, mas se conhecem muito bem, especialmente porque as duas equipes mudaram pouco em relação às últimas temporadas – no caso francês, a mudança mais acentuada foi a entrada do jovem oposto Stephen Boyer no lugar de Antonin Rouzier, que não pretende mais atuar pela seleção.
"A gente conhece bastante o time deles. É muito jogueiro, de muito volume, erra pouco. A gente não pode se dar o luxo de errar muito contra um time assim, senão, a gente acaba facilitando pra eles fazerem ponto sem fazer força", alertou Éder.
A França chega à final da Liga Mundial com a melhor campanha da competição, com 11 vitórias em 12 partidas. Além da força de Boyer no ataque, da qualidade de jogadores como o líbero Jenia Grebennikov, o levantador Benjamin Toniutti e o central Kevin Le Roux, a equipe conta com a volta do ponteiro Earvin N'Gapeth.
MVP da Liga Mundial 2015 e uma das maiores estrelas do voleibol mundial, N'Gapeth esteve ausente de quase toda a fase classificatória por conta de uma lesão. Em Curitiba, ainda que um pouco fora de forma, atuou normalmente – marcou 24 pontos contra o Canadá, nas semifinais, sendo o maior pontuador do jogo.
"Pra final, seria muito bom a gente voltar a sacar o nosso melhor, porque a França tem uma linha de passe muito boa e, se não entrar (o viagem), ser inteligente como foi (contra os EUA) e não rifar o saque", disse Lucarelli.
O histórico recente dos duelos entre as atuais gerações das duas equipes tem alguns jogos decisivos. Embora a França tenha levado a melhor na Liga Mundial de 2015, no Maracanãzinho, quando derrotou o Brasil e arrancou para o título, o retrospecto é favorável à seleção brasileira. "Na Olimpíada e na Liga Mundial 2016, a gente tirou (a França). É sempre um jogo complicado, 3 a 2, (com placar) lá em cima, grandes jogadores dos dois lados", comentou Lucão.
Será a segunda vez que as duas seleções disputam a final do torneio – na primeira, em 2006, em Moscou, no auge do domínio brasileiro no voleibol masculino, o time então dirigido pelo técnico Bernardinho perdeu as duas primeiras parciais, mas venceu por 3-2. O duelo em Curitiba terá transmissão da TV Globo e do SporTV.
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