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Brasil estreia no Grand Prix pensando em preparação para o torneio mais importante de 2017

Carolina Canossa

07/07/2017 06h00

Apesar do favoritismo, comissão técnica está atenta a armadilhas no Sul-americano (Fotos: Divulgação/CBV)

Antes de mais nada: não, o título não está errado. Por mais que o ano de 2017 não reserve grandes emoções e o Grand Prix seja o torneio de seleções femininas mais famoso do programação anual, a comissão técnica do Brasil não considera a disputa, que começa nesta sexta-feira (7), como a prioridade da temporada. O auge mesmo está programado para 13 a 20 de agosto, no Sul-americano de vôlei feminino, em Cali (Colômbia).

O torneio continental dará uma vaga direta no Campeonato Mundial do ano que vem – esse título entre as mulheres é a grande ausência na vitoriosa história do voleibol brasileiro. Com 19 taças sul-americanas no total, sendo 11 nas últimas 11 edições, o Brasil é favoritíssimo ao ponto mais alto do pódio outra vez, mas o recente crescimento demonstrado pelas seleções argentina e peruana aliado ao momento de renovação nas convocadas inspira cuidados na comissão técnica comandada por José Roberto Guimarães. Não bastasse o vexame de uma derrota no torneio continental, a perda do título implicaria em mais desgaste por conta da disputa de um outro qualificatório em outubro, no Peru.

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"Não adianta nada ir bem no Grand Prix e ficar fora do Mundial nesse primeiro momento", comentou Zé Roberto, que se disse satisfeito com o apresentado pela seleção até o momento em 2017. "É um time tecnicamente bom e o número de erros nos treinamentos estão diminuindo muito. As jogadoras estão correndo muito e se mostrando aguerridas, principalmente nos momentos de mais dificuldade. Todos estes testes contra seleções fortes no Grand Prix serão o momento de detectar qual caminho devemos seguir e o que melhorar", avaliou o treinador.

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Bola de segurança da seleção brasileira neste início de ciclo olímpico, a oposta Tandara ressalta o aumento da qualidade das equipes vizinhas. "A Argentina deve vir mais forte e o Luizomar de Moura (técnico dela no Vôlei Nestlé) está fazendo um trabalho legal com a seleção peruana. São times que podem dar um trabalho a mais", afirmou a atacante. Eleita a melhor jogadora do Montreux Volley Masters, a central Carol complementou: "Vimos na Suíça que a Argentina está jogando mais rápido. E, por ser um campeonato com muitos jogos, o Grand Prix será bom pra gente se desenvolver técnica e mentalmente".

Desde o último fim de semana na Turquia, sede de seu grupo nesta rodada inicial, a seleção brasileira faz sua primeira partida no Grand Prix às 13h30 (horário de Brasília) desta sexta (7) contra a Bélgica. No sábado (8), às 10h30, o adversário será a Sérvia, enquanto no domingo (9), às 13h30, o desafio será contra as donas da casa. Todos os duelos terão transmissão do SporTv. Adenízia e Monique, que por conta de dores foram poupadas dos amistosos contra a Polônia na semana passada, estarão à disposição de Zé Roberto.

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Sobre a autora

Carolina Canossa - Jornalista com experiência de dez anos na cobertura de esportes olímpicos, com destaque para o vôlei, incluindo torneios internacionais masculinos e femininos.

Sobre o blog

O Saída de Rede é um blog que apresenta reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Nosso objetivo é debater o vôlei de maneira séria e qualificada, tendo em vista não só chamar a atenção dos fãs da modalidade, mas também de pessoas que não costumam acompanhar as partidas regularmente.

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