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Drussyla agradece chance e diz: "Sempre sonhei com essa oportunidade"

Carolina Canossa

23/04/2017 18h28

Drussyla, que quase foi para o vôlei de praia, acabou eleita a melhor da final (Foto: foto: Guilherme Cirino/Instagram @guilhermectx)

Aos 20 anos, ela alcançou um outro patamar na carreira. Peça fundamental na virada da série semifinal contra o Camponesa/Minas, a ponteira Drussyla provou na decisão da Superliga, neste domingo (23), que é uma aposta segura entre os nomes que lutam para se consolidar na nova geração do voleibol brasileiro.

Depois de um primeiro set instável na recepção, a jovem teve o mérito de retomar o equilíbrio e voltar para o jogo. Fez o "feijão com arroz" quando foi alvo do saque do Vôlei Nestlé e virou bolas importantes no ataque, assumindo o lugar de Gabi, que foi sumindo no decorrer da partida. Acabou eleita a melhor do jogo.

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"Foi um ano de muita entrega, muita vontade. Sempre sonhei com essa oportunidade e graças a Deus ela apareceu", comemorou a atleta, que destacou o apoio da comissão técnica e das companheiras na reta final da Superliga. "Foi difícil conquistar a confiança do Bernardo. No início da temporada a gente conversou, ele disse que as oportunidades poderiam surgir, mas que eu tinha que ter calma, paciência e consciência do meu papel em quadra. Que eu não tinha que carregar o peso sozinha, mas sim ajudar ao time. Consegui crescer durante a temporada, ir ganhando confiança, com todo mundo me ajudando muito", afirmou.

Campeã mundial sub-23 em 2005, Drussyla chegou ao Rexona dois anos antes. É mais uma das apostas do técnico Bernardinho, que a viu no Fluminense e lhe convenceu a deixar o vôlei de praia, modalidade que praticou e cogitou seriamente em seguir.

Tímida, ela estava um tanto quanto "perdida" durante a festa do título. "Ainda não caiu a ficha. É o meu primeiro título jogando. Ano passado, eu entrava de vez em quando, fazia um saque, uma defesa e saia e agora é muito importante para a minha carreira ir assumindo essa responsabilidade aos poucos e esse time tem me passado muita confiança", relatou.

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E como não sentir tamanha responsabilidade? Drussyla responde com uma simplicidade inocente a esta questão. "Por tudo que todas as minhas companheiras e a comissão técnica falam comigo, eu não sinto essa responsabilidade toda que imaginam que eu tenho. Eu entro em quadra, me divirto, e vou com a minha vontade e a minha coragem. Faço de tudo para ir adquirindo a confiança necessária ao longo do jogo e tem dado certo", comentou a atleta.

Apesar da felicidade pelo título, Drussyla e suas companheiras de equipe terão pouco tempo de descanso: dois dias. Isso porque o time ainda tem um compromisso nesta temporada, o Mundial de clubes, que será disputado de 8 a 14 de maio no Japão.

Melhores da disputa

Apesar do título, o Rexona não contou com nenhuma jogadora entre os destaques individuais da Superliga. A lista, baseada nas estatísticas colhidas ao longo da competição, ficou assim:

Maior pontuadora – Tandara (Vôlei Nestlé)
Saque – Tandara (Vôlei Nestlé)
Ataque – Hooker (Camponesa/Minas)
Bloqueio – Mara (Camponesa/Minas)
Recepção – Tássia (Dentil/Praia Clube)
Defesa – Castillo (Genter/Vôlei Bauru)
Levantadora – Macris (Terracap/BRB/Brasília)
Craque da Galera – Tandara (Vôlei Nestlé)

Sobre a autora

Carolina Canossa - Jornalista com experiência de dez anos na cobertura de esportes olímpicos, com destaque para o vôlei, incluindo torneios internacionais masculinos e femininos.

Sobre o blog

O Saída de Rede é um blog que apresenta reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Nosso objetivo é debater o vôlei de maneira séria e qualificada, tendo em vista não só chamar a atenção dos fãs da modalidade, mas também de pessoas que não costumam acompanhar as partidas regularmente.

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