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Sobe e desce da Superliga tem Fabiana em alta e Osasco pressionado

João Batista Junior

12/12/2016 06h00

Fabiana foi fundamental para vitória do Praia sobre o Osasco, de Dani Lins (foto: João Pires/Fotojump)

Fabiana foi fundamental para vitória do Praia sobre o Osasco, de Dani Lins (foto: João Pires/Fotojump)

Depois de um certo marasmo nas rodadas iniciais, a Superliga teve uma semana das mais animadas, com tie break em Uberlândia e na Vila Leopoldina, jogo bem disputado no Rio.

Veja como foi o sobe e desce da rodada, que teve também o desabafo de um campeão olímpico nas redes sociais.

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SOBE

Fabiana
O Dentil/Praia Clube vinha de uma derrota em casa (3 a 0 para o Brasília), tinha o desfalque da norte-americana Alix Klineman e tinha o Vôlei Nestlé pela frente. Sorte que, além de um dia inspirado de ponteira Ellen, a equipe de Uberlândia contava com a volta da central Fabiana.

Lesionada, a meio de rede e capitã da seleção brasileira havia desfalcado o Praia Clube nas duas rodadas anteriores. De volta, mesmo "sem se sentir 100%", como ela própria afirmou, Fabiana marcou 17 pontos, sendo 13 no ataque, três no bloqueio e um no saque, fundamento em que infernizou a vida das osasquenses.

Jogão no Rio
A partida envolvia as líderes e as vice-líderes da Superliga feminina e não decepcionou. Mais do que simplesmente oferecer resistência ao adversário, o Terracap/BRB/Brasília forçou o Rexona-Sesc a justificar seu favoritismo ao título. Com elogiada relação entre bloqueio e defesa, o time brasiliense sempre obrigava as cariocas a atacarem uma bola a mais nos ralis.

As bloqueadoras brasilienses levaram larga vantagem sobre as rivais (14 pontos a 8), mas as atacantes do Rio, especialmente Gabi, com 17 pontos em cortadas, e Monique, com 13, fizeram a diferença.

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Sesi e Sada Cruzeiro disputaram cinco sets no sábado (Helcio Nagamine/Divulgação Fiesp)

Sesi e Sada Cruzeiro disputaram cinco sets no sábado (Helcio Nagamine/Divulgação Fiesp)

Sada Cruzeiro
Nas duas últimas semanas, os adversários mais próximos do Sada Cruzeiro
sofreram reveses e ficaram um pouco mais distantes do imperturbável campeão mundial. A equipe mineira lidera invicto o campeonato com 26 pontos e nove vitórias, seis pontos e duas vitórias à frente do Sesi, segundo colocado, que tem um jogo a menos – vai enfrentar o Brasil Kirin, quarta-feira, em Belém, em jogo atrasado da oitava rodada. E até que a tabela reservava dois bons testes para o time celeste na semana que passou.

Na quinta-feira, o Sada Cruzeiro foi a Montes Claros, que vinha embalado por vitórias sobre a Funvic/Taubaté e o Brasil Kirin, e venceu por 3 sets a 0. No sábado, no ginásio da Vila Leopoldina, em São Paulo, no melhor teste que teve até aqui, bateu o Sesi no tie break.

DESCE

Vôlei Nestlé
Dado o pesado investimento que faz no voleibol, não dá para dizer que o Vôlei Nestlé não chegue pressionado para o clássico diante do Rexona-Sesc, terça-feira, em Osasco, pela décima rodada da Superliga. O time está na terceira posição, um ponto atrás do Praia Clube, um à frente do Terracap/BRB/Brasília.

Na sexta-feira, diante de um Praia Clube sem a norte-americana Alix Klineman, a equipe osasquense – que também já foi batida pelo Brasília – poderia ter alcançado a vice-liderança, mas se perdeu em erros em momentos decisivos do quarto e quinto sets. Resultado: mesmo levando vantagem em todos os fundamentos de pontuação (63 a 56 no ataque, 17 a 11 no bloqueio, 9 a 5 em aces), foi derrotado por 3 a 2 em Uberlândia, justamente por ter cometido 34 erros contra 19 do time anfitrião.

Caramuru/Castro
Estreante da atual temporada da Superliga, o Caramuru Vôlei/Castro, do Paraná, ainda não sabe o que é vencer no campeonato nacional. Com nove derrotas e apenas dois pontos na conta, o time já parece fadado à luta contra o rebaixamento, muito longe de qualquer pretensão de chegar aos playoffs – o São Bernardo, oitavo, tem nove pontos e três vitórias.

Até que o time de Castro esteve perto de ganhar sua primeira partida na Superliga: na quarta-feira, em casa, pela oitava rodada, o Caramuru perdia por 2 a 0 para o Minas Tênis Clube, mas reagiu, levou a peleja para o tie break e só foi batido com um 18-16 no set desempate.

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Lebes/Gedore/Canoas
Pensando em termos de classificação para os playoffs, a situação do Lebes/Gedore/Canoas é preocupante, mas não desesperadora: o time está na décima posição, com nove pontos, um a menos que o Minas, sétimo, e só atrás de São Bernardo e Bento Vôlei/Isabela por causa do número de vitórias – duas contra três dos rivais. Porém, as atuações do time na competição têm sido desalentadoras.

Reprodução: Twitter

Reprodução: Twitter

Depois de enfrentar as duas equipes paranaenses – últimas colocadas na tabela –, o Canoas foi para o confronto de sábado, contra o São Bernardo, em casa, com duas vitórias consecutivas. Parecia que era o momento ideal para embalar na competição, no entanto, a realidade foi dura com a expectativa: os visitantes venceram por 3 sets a 1, com 23 pontos do oposto Gabriel Cândido, chegaram ao G8 e frearam o crescimento da equipe gaúcha.

Supervisor do Canoas e campeão olímpico em 2004, Gustavo Endres chegou a usar o termo "envergonhado", no twitter (@Gustavollei), para expressar seu descontentamento com o voleibol jogado pela equipe.

Sobre a autora

Carolina Canossa - Jornalista com experiência de dez anos na cobertura de esportes olímpicos, com destaque para o vôlei, incluindo torneios internacionais masculinos e femininos.

Sobre o blog

O Saída de Rede é um blog que apresenta reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Nosso objetivo é debater o vôlei de maneira séria e qualificada, tendo em vista não só chamar a atenção dos fãs da modalidade, mas também de pessoas que não costumam acompanhar as partidas regularmente.

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