Cinco fatores que podem decidir o ouro olímpico no vôlei masculino
Brasil e Itália fazem a final do voleibol masculino na Rio 2016 a partir das 13h15 deste domingo (21). É a sexta final da seleção brasileira, a quarta consecutiva. Se vencer, o Brasil conquistará seu terceiro ouro olímpico. Do lado italiano, esta é a terceira final e se o ouro vier será algo inédito. Os dois países fizeram a final de Atenas 2004, quando a geração de Giba, Ricardinho, Gustavo e Dante venceu por 3-1 – o líbero Serginho é o único remanescente daquele timaço. Em Londres 2012, o Brasil foi prata e a Itália, bronze. São duas tradicionais escolas do voleibol mundial e o duelo promete equilíbrio. O que pode decidir a partida de logo mais? O Saída de Rede aponta cinco fatores para você:
Torcida
Sempre lotando o Maracanãzinho nas partidas da seleção brasileira, a torcida tem sido um fator importante na campanha do time de Bernardinho. Empurraram a equipe nos momentos críticos em todos os jogos, como no intenso quarto set das quartas de final, diante da Argentina.
Bernardinho
Após a Liga Mundial, escrevemos aqui que o Brasil não tem o time ideal, mas o possível. A linha de passe é motivo de preocupação e foi um dos principais motivos para as derrotas diante dos Estados Unidos e da Itália na primeira fase. Para piorar, três atletas tiveram sentiram lesões durante a Rio 2016 (Maurício Souza, Lucarelli e Lipe). Mas a seleção conta com um dos maiores técnicos de todos os tempos, Bernardinho, que estuda seus adversários como poucos e quase sempre é capaz de extrair o melhor de seus atletas, vide a atual seleção, um time sem estrelas, mas eficiente.
Zaytsev e o saque italiano
Reunimos dois fatores em um item deste post. Até as pedras sabem que voleibol é um esporte coletivo, mas seria ingênuo ignorar o fator individual em certos casos, especialmente quando se trata de um craque como o oposto italiano Ivan Zaytsev. Filho de uma lenda do voleibol, o ex-levantador soviético Viatcheslav Zaytsev (campeão olímpico e bicampeão mundial), Ivan começou sua carreira como levantador e só no final da década passada virou atacante, primeiro como ponta, depois na saída de rede (ainda vai para a entrada se preciso, embora não tenha feito isso no Rio). Seu saque é destruidor. Que o digam os americanos, vítimas (mais de uma vez, em diferentes competições) do serviço de Zaytsev. Na semifinal, os EUA venciam por 2-1 e lideravam por 22-19 quando a Itália fez um ponto e seu oposto foi para o saque. O resto é história. Aliás, nenhuma equipe saca melhor do que a italiana e Ivan Zaytsev é o melhor exemplo disso. Ele é o tipo de atleta que pode mudar o rumo de uma partida, numa seleção que conta ainda com o ponta e craque Osmany Juantorena e com o habilidoso levantador Simone Giannelli, também excelentes sacadores. Que o Brasil fique esperto!
Passe brasileiro
Mesmo com o veterano líbero Serginho cobrindo a maior parte da linha de passe, o time fica exposto com os pontas Lucarelli e Lipe, pois ambos estão longe de serem exímios passadores. Mas diante da Rússia, na semifinal, a recepção falhou pouco, permitindo que o levantador Bruno imprimisse velocidade e variação ao jogo. Em razão do eficiente saque italiano, seja ele forçado ou flutuante, o passe brasileiro preocupa, afinal na primeira fase foi o saque da Itália que definiu o rumo da partida, vencida pelos europeus por 3-1. Se o Brasil receber bem, serão grandes as chances de conquistar o ouro no Maracanãzinho.
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