Franco-atiradoras, japonesas encaram seleção brasileira nesta quarta-feira
Brasil e Japão fecham a terceira rodada do torneio feminino de vôlei da Rio 2016, nesta quarta-feira, a partir das 22h35. Será a quarta Olimpíada consecutiva em que brasileiras e japonesas se enfrentam. O placar nessas últimas ocasiões (primeira fase de Atenas 2004, quartas de final de Pequim 2008 e semifinais de Londres 2012) foi o mesmo: vitória brasileira em sets diretos.
Diferentemente dos dois últimos duelos olímpicos, que já eram em partidas eliminatórias, o time comandado pelo técnico Zé Roberto vai enfrentar uma equipe franco-atiradora. Num grupo com Brasil e Rússia em uma ponta e Argentina e Camarões na outra, o jogo chave para o Japão era contra a Coreia do Sul, e o time foi batido por 3 a 1. Esse resultado, mesmo ainda na estreia, pode ter sacramentado o quarto posto para as nipônicas, o que as coloca em rota de colisão contra o melhor time do outro grupo no mata-mata.
O que mudaria esse destino aparentemente inescapável das japonesas é uma vitória contra brasileiras ou russas. Como o grupo B deve ficar embolado e os confrontos entre segundos e terceiros na próxima fase serão definidos por sorteio, pode ser que um terceiro lugar seja o bastante para um duelo mais simpático do que contra EUA, China ou Sérvia. Daí, nesta quarta-feira, o jogo contra o Brasil faria muita diferença, embora a missão das asiáticas seja das mais árduas.
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Ponto forte
O Japão ainda é um time que joga com velocidade nas pontas. A levantadora Miyashita, substituta de Takeshita, tem sempre boas opções com as atacantes Nagaoka e Saori Kimura. Além disso, como convém ao clichê sobre equipes orientais, é um time que defende bem.
Ponto fraco
Altura. Num voleibol em que a potência dos ataques se torna cada vez maior, uma equipe com média de altura de 1,76m vai na contramão. Para se ter ideia, na seleção brasileira, apenas a ponteira Gabi e a líbero Léia têm menos ou 1,80m, numa equipe com média de 1,84m de altura. Apenas quatro das japonesas têm 1,80m ou mais, e a mais alta, a central Erika Araki, tem 1,86m.
Argentina se esforça, mas é atropelada por um Brasil com fome de ouro
Qual a chance de ganhar do Brasil?
As chances são pequenas, quase remotas, e passam por um dia inspirado das sacadoras japonesas e uma jornada muito ruim das atacantes de ponta do Brasil. No entanto, é bom ter em mente que a fácil vitória brasileira no Grand Prix, há dois meses, no Rio, não serve de parâmetro: quatro das titulares nipônicas naquele dia sequer foram convocadas às Olimpíadas.
Fique de olho
A oposta Miyu Nagaoka, de 25 anos, atua na saída de rede, foi a maior pontuadora do Japão no Pré-Olímpico Mundial e foi a melhor atacante do time na estreia contra a Coreia do Sul, com 19 pontos em cortadas e 41% de aproveitamento, e maior pontuadora contra Camarões, com 16 anotações.
Elenco (em negrito, o provável time titular)
Levantadoras: Miyashita (camisa 2) e Tashiro (20)
Opostas: Nagaoka (1), Sakoda (16)
Centrais: Yamagush (7), Shimamura (9) e Erika Araki (11)
Ponteiras: Saori Kimura (3), Nabeya (6), Ishii (12) e Zayasu (18)
Líbero: Sato (5)
Desempenho no ciclo olímpico
Depois do inédito segundo lugar no Grand Prix de 2014, os resultados do Japão caíram vertiginosamente. Sexto no GP de 2015 e nono no deste ano, a equipe teve uma atuação desastrosa no Mundial da Itália 2014, chegando a perder para Azerbaijão e Croácia e terminando apenas na sétima posição – fora, portanto, até da terceira fase. No Pré-Olímpico, um rendimento fraco e uma vitória num jogo em que as tailandesas reclamaram bastante da arbitragem demonstram que a seleção oriental está muito longe de sonhar em repetir no Rio o pódio de Londres.
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