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Sob o comando de Sheilla, Brasil despacha a Rússia em três sets

Sidrônio Henrique

07/07/2016 10h41

Sheilla explora o bloqueio russo: oposta teve sua melhor atuação na temporada (fotos: FIVB)

Foi tranquilo, mais fácil do que o esperado e grande parte disso pode ser creditado à fragilidade da linha de passe do adversário, mas houve méritos do lado brasileiro na vitória em sets diretos sobre as arquirrivais russas, com parciais de 25-22, 25-10, 25-21, pelas finais do Grand Prix, em Bangcoc, na Tailândia. Destaque para a oposta Sheilla Castro. O Brasil está na semifinal, que será disputada neste sábado (9), provavelmente contra a Holanda (veja abaixo).

Se na quarta-feira, na vitória por 3-0 sobre a Tailândia, as limitações do oponente davam margem para dúvidas sobre a evolução do time de José Roberto Guimarães, o jogo desta quinta-feira colocou a equipe diante de uma escola com ataque e bloqueio definitivamente superiores aos das tailandesas. Um teste importante, contra uma seleção que está no mesmo grupo do Brasil na Rio 2016, a 30 dias da estreia nas Olimpíadas.

A oposta Sheilla foi o nome da partida diante das russas, maior pontuadora com 14, todos de ataque, onde teve 63,6% de aproveitamento. Foi a melhor atuação da oposta titular do Brasil na temporada. A central Thaisa também se destacou, com 13 pontos, sendo sete no ataque (os mesmos 63,6% de eficiência), quatro no bloqueio e dois no saque. Maior pontuadora da Rússia no jogo e líder em pontos no Grand Prix 2016, a oposta Nataliya Goncharova marcou 12 vezes, com 10 pontos no ataque e uma eficácia de apenas 32,2%, bem marcada pelo bloqueio e a defesa do Brasil. A ponteira Tatiana Kosheleva, principal jogadora russa ao lado de Goncharova, não disputa as finais do GP por causa de dores lombares.

A líbero Léia foi bem mais uma vez no Grand Prix

Equipe pode evoluir
A seleção brasileira foi bem no saque, no passe e na relação bloqueio-defesa, mas ainda há espaço para evolução. O time cometeu erros de execução que não devem ser vistos no próximo mês, no Maracanãzinho, como certos problemas na armação das jogadas. A levantadora Dani Lins teve dificuldade para acertar o tempo de bola das pontas Fernanda Garay e Natália, assim como a pipe com Garay. De qualquer forma, vimos uma equipe mais ajustada do que o Brasil da fase inicial. No rodízio entre as líberos, Zé Roberto optou por Léia, que mais uma vez foi bem, numa briga acirrada pela posição na Rio 2016 com Camila Brait.

Com as duas vitórias, o Brasil ficou em primeiro lugar do grupo. Na outra chave, mais cedo, a Holanda suou para vencer por 3-2 a equipe B da China, depois de ter perdido por 0-3 para os Estados Unidos na estreia. Como dificilmente as americanas serão derrotadas pelas reservas chinesas, nesta sexta-feira (8), é bem provável que a Holanda, do técnico Giovanni Guidetti, seja o adversário do Brasil na semifinal, no sábado. Os EUA, nesse caso, enfrentariam o vencedor de Rússia vs. Tailândia. O SporTV transmite as finais do Grand Prix.

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Sobre a autora

Carolina Canossa - Jornalista com experiência de dez anos na cobertura de esportes olímpicos, com destaque para o vôlei, incluindo torneios internacionais masculinos e femininos.

Sobre o blog

O Saída de Rede é um blog que apresenta reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Nosso objetivo é debater o vôlei de maneira séria e qualificada, tendo em vista não só chamar a atenção dos fãs da modalidade, mas também de pessoas que não costumam acompanhar as partidas regularmente.

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