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Direitos de transmissão da Globo impedem Brasil de ver vôlei no YouTube

Carolina Canossa

28/06/2016 06h00

Usuário que tenta ver os jogos é surpreendido com mensagem de que o vídeo não foi disponibilizado (Foto: Reprodução YouTube)

Usuário que tenta ver os jogos é surpreendido com mensagem de que o vídeo não foi disponibilizado (Foto: Reprodução YouTube)

A excelente iniciativa da Federação Internacional de Vôlei (FIVB) em passar todos os jogos sob sua organização ao vivo no YouTube não pode mais ser desfrutada por completo pelos fãs de vôlei que moram no Brasil. É que, por conta dos direitos de transmissão pertencentes às Organizações Globo, os duelos da primeira divisão da Liga Mundial e do Grand Prix estão bloqueados para quem acessa a internet no Brasil.

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O fato pegou muita gente de surpresa, pois os "ao vivo" foram suspensos repentinamente após a realização das primeiras rodadas da elite de ambos os torneios, que contaram com transmissão normal. Atualmente, sequer os vídeos com as gravações destas partidas estão disponíveis para os residentes em território brasileiro. O detalhe é que a restrição não se limita aos jogos das seleções de Bernardinho e José Roberto Guimarães, mas a todos os jogos da primeira divisão, incluindo aqueles que Globo e SporTV optam por não colocar em suas respectivas grades de programação.

Questionada sobre o assunto, a FIVB respondeu da seguinte forma: "Acreditamos que seja o bloqueio geográfico do YouTube, respeitando a detenção dos direitos pela TV Globo".

A Globo, por sua vez, também foi procurada, mas ainda não havia dado um retorno até a publicação deste post. Além dos motivos que levaram à tal decisão, perguntamos à emissora se essa postura será mantida até o encerramento dos torneios. Assim que recebermos uma resposta, ela será publicada aqui no blog.

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Enquanto a situação não se define, resta aos brasileiros se programar para ver os jogos pela TV ou se contentar com as edições de melhores momentos e lances de destaque que vem sendo disponibilizados diariamente pela FIVB na internet. Para aqueles cujo interesse vai além dos melhores times do mundo, resta ainda as transmissões dos jogos da segunda e terceira divisão do Grand Prix e da Liga Mundial.

ATUALIZADO, 13h50 (28/16): 

Entendemos que, na condição de empresa, a Globo preze pelo lucro. Sendo assim, caso o esporte não dê o retorno esperado, é normal que perca espaço na programação – nesse caso, quem deve repensar suas estratégias são os dirigentes, muito bem pagos para isso, por sinal.

Por outro lado, permitir que sejam transmitidas algumas partidas que não vão entrar na grade nem da TV a cabo seria uma alternativa de negócio para a própria emissora. Um acordo com a FIVB, por exemplo, poderia fazer com que os próprios patrocinadores da Globo também expusessem suas marcas lá. Assim, todo mundo ficaria feliz. Além disso, liberar pelo menos tais jogos para o público ver na internet não impactaria em nada os negócios da empresa.

Sobre a autora

Carolina Canossa - Jornalista com experiência de dez anos na cobertura de esportes olímpicos, com destaque para o vôlei, incluindo torneios internacionais masculinos e femininos.

Sobre o blog

O Saída de Rede é um blog que apresenta reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Nosso objetivo é debater o vôlei de maneira séria e qualificada, tendo em vista não só chamar a atenção dos fãs da modalidade, mas também de pessoas que não costumam acompanhar as partidas regularmente.

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