Festival de aces e ausência de bloqueio derrubam Brasil na Liga Mundial

Oposto Atanasijevic terminou o jogo com quatro aces (Fotos: Divulgação/FIVB)

Vinte aces. Não, você não leu errado: na vitória por 3 a 1 (19-25, 25-15, 25-21 e 25-22) sobre o Brasil na tarde desta quinta-feira (23) pela Liga Mundial, a Sérvia conseguiu quase um set inteiro só neste fundamento. Fora da Rio 2016, a equipe do leste europeu está voando na busca do melhor título que lhe resta nesta temporada e castigou a linha de passe brasileira diante de sua torcida.

Depois de passar o primeiro set sacando em Lucarelli, em uma malsucedida tentativa de tirar o ponteiro brasileiro no ataque, os sérvios mudaram a tática a partir da segunda etapa, pressionando Lipe. Veio então uma sequência absurda de serviços que tirou qualquer chance de o time de Bernardinho reagir na parcial, encerrada com o absurdo total de nove aces, todos da equipe da casa.

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Ainda que em um ritmo não tão forte, os sérvios continuaram se dando bem com a tática na terceira etapa. Mérito deles, claro, mas toda a linha de passe brasileira esteve abaixo do que pode na partida, a começar pelo líbero Serginho. Em alguns dos aces, a tentativa de defesa se resumiu aos chamados golpes de vista.

Bloqueio brasileiro não esteve bem

Atordoado com tanta pancada, o Brasil também caiu de rendimento no saque e no ataque. Para piorar, o bloqueio verde-amarelo praticamente não apareceu em Belgrado, somando apenas dois pontos, ambos no quarto set – estava tão ruim que quatro dos cinco atacantes sérvios chegaram a pelo menos dez pontos de ataque. É algo a se arrumar até a Olimpíada.

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Se considerarmos que Itália e Polônia são capazes de sacar tão bem como os sérvios, a derrota é preocupante. Por outro lado, cabe destacar que uma das armas do Brasil para evitar esse excesso de aces, Murilo, sequer foi relacionado. De olho na Olimpíada, Bernardinho optou por fazer testes e acabou pagando com a perda da invencibilidade contra um rival que já havia batido Rússia e Polônia em sets diretos nesta Liga e está no auge em 2016.