Brasil encara grupo da morte no vôlei masculino da Rio 2016
Terminados os Pré-Olímpicos no Japão e no México (os mexicanos confirmaram vaga nesta madrugada), já são conhecidos os 12 classificados para o torneio de voleibol masculino das Olimpíadas do Rio de Janeiro. A vida da seleção brasileira, como se esperava em razão do ranking da Federação Internacional de Vôlei (FIVB), não será nada fácil. Veja as chaves:
Grupo A – Brasil, Itália, Estados Unidos, Canadá, França e México
Grupo B – Rússia, Polônia, Argentina, Irã, Cuba e Egito
Sem a realização de sorteio, a distribuição dos times em dois grupos de seis seleções nas Olimpíadas é feita com base no ranking, utilizando o método serpentina. A referência é a lista de outubro de 2015, divulgada após a Copa do Mundo e os campeonatos continentais.
Como país-sede, o Brasil tem o direito de ser o cabeça de chave do grupo A, independentemente da sua classificação no ranqueamento da FIVB (o Brasil é o primeiro). A distribuição das equipes então é feita de duas em duas a partir da outra chave e segue assim até o time de pior ranking – no caso, México. O curioso é que teremos quatro times europeus na disputa e quatro da Norceca. Apenas o Irã, representante da Ásia nesta edição, é estreante em Jogos Olímpicos.
Além do país-sede, os demais classificados garantiram sua presença nos seguintes qualificatórios:
– EUA e Itália como campeão e vice da Copa do Mundo 2015, respectivamente;
– Cuba venceu o Pré-Olímpico da Norceca (Confederação da América do Norte, Central e Caribe);
– Argentina pela América do Sul;
– Rússia no Pré-Olímpico europeu;
– Egito pela África;
– Polônia, Irã, França e Canadá no qualificatório mundial, que englobou ainda o Pré-Olímpico da Ásia;
– México na repescagem entre um representante da Norceca, um da América do Sul e dois da África.
Seis times na briga pelo ouro
O torneio de vôlei masculino da Rio 2016 promete ser o mais equilibrado de todos os tempos, com seis equipes com chances reais de conquistar o ouro. Quatro delas estão na chave A: Brasil, EUA, França e Itália. Do lado de lá, temos Rússia e Polônia. No bloco dos que podem atrapalhar a vida de algum favorito estão Irã, Argentina e Canadá.
Diante dessa igualdade de forças no seu grupo, o Brasil só terá refresco quando enfrentar a modesta seleção mexicana, que aproveitou a inexplicável chance dada pela FIVB a times do terceiro escalão e vem ganhar experiência no Rio de Janeiro. Excetuando-se o México, só pedreiras. O Canadá está abaixo dos favoritos da chave, mas não pode ser subestimado. Já os confrontos contra EUA, França e Itália devem incendiar o Maracanãzinho. O Saída de Rede traz nesta segunda-feira uma análise dos adversários do time de Bernardinho na primeira fase.
Caso avance às quartas de final, o cruzamento é feito da seguinte forma: o primeiro colocado de um grupo enfrenta o quarto do outro, enquanto segundos e terceiros duelam para ver quem vai às semifinais. Se o Brasil for bem na etapa de grupos, terminando em primeiro ou segundo, deve ter uma partida de quartas de final mais tranquila, encarando iranianos ou argentinos, uma vez que russos e poloneses deverão terminar como os dois primeiros da outra chave. Não que sejam favas contadas a vitória diante do Irã ou da Argentina, mas enfrentar uma dessas seleções seria o melhor cenário possível para chegar à semifinal.
A competição de voleibol masculino começa no dia 7 de agosto e termina no dia 21. Os jogos do Brasil na primeira fase e numa eventual ida às quartas de final devem ser o último do dia, às 22h30.
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