Fabíola merece estar na Olimpíada, mas não pode ser levada a qualquer custo
Demorou, mas Annah Vitoria nasceu. Segunda filha da levantadora Fabíola, a nenê veio ao mundo cerca de dez dias depois do inicialmente programado. Tal atraso estava gerando angústia em parte da torcida. Afinal, o tempo é curto para que a jogadora esteja em condições de defender o Brasil na Olimpíada do Rio de Janeiro.
O técnico José Roberto Guimarães já deixou claro: se conseguir se recuperar a tempo, a vaga de segunda levantadora do time nacional é dela. O primeiro obstáculo, ter um parto normal, foi vencido. Caso tivesse que recorrer a uma cesariana, Fabíola não teria tempo de recuperação e estaria fora dos Jogos.
Ao conversar com jornalistas durante o lançamento do novo uniforme da seleção brasileira, em 19 de abril, Zé fez questão de ressaltar o "físico privilegiado" de Fabíola, o que a permitiria transformar a quarentena pós-parto em um período de 30 dias ou até mesmo três semanas antes de voltar aos treinos. "Estamos muito ansiosos para ver o que vai acontecer, pois ela é uma jogadora importante, que atuou fora do Brasil nas duas últimas temporadas e está pronta para disputar os Jogos Olímpicos", declarou, à época.
Tamanha experiência, que ainda inclui passagens por quase todos os principais times brasileiros, é um ponto positivo para a brasiliense de 33 anos. Afinal, Olimpíada é um torneio extremamente difícil, ainda mais quando jogado em casa. Suas possíveis substitutas, Roberta e Naiane, possuem bastante talento, só que são incógnitas: até que ponto aguentariam uma pressão desse tamanho? Pode ser que reajam muito bem, mas é um risco.
Zé Roberto: possibilidade de levantadora inexperiente no Rio não preocupa
Além disso, Fabíola possui entrosamento com todas as atacantes da seleção, já que tem defendido o time nacional com constância desde 2009. Em 2012, seu corte às vésperas da Olimpíada de Londres foi encarado com surpresa por quem gosta de vôlei. A mágoa ficou, ainda mais pelo anúncio ter ocorrido ainda no aeroporto, quando as jogadoras voltavam do Grand Prix. Mas isso já é passado.
Por outro lado, não dá para levar Fabíola a qualquer custo. Por mais que Zé queira compensar uma possível injustiça que tenha cometido há quatro anos, é preciso ter certeza que a atleta esteja bem, o que inclui ter ritmo de jogo – vale lembrar que ela não atua desde 14 de dezembro. Mesmo que a tendência seja o Brasil ter Dani Lins como titular, a conquista de Londres 2012 mostrou que a reserva precisa estar em plenas condições de entrar a qualquer momento. Para quem não se lembra, na ocasião, as brasileiras estiveram muito perto de uma eliminação na primeira fase e só deslancharam quando a própria Dani substituiu Fernandinha.
CURTA O SAÍDA DE REDE NO FACEBOOK!
Por meio de uma rede social, Fabíola se mostrou animada: "Estou realizando dois sonhos. Um é o de ser mãe novamente, mas sonho profissional que é o olímpico ainda não realizei. E estou em busca dele. Só depende de mim". Que Zé Roberto faça a escolha mais adequada à seleção.
————-
Receba notícias de vôlei pelo Whatsapp
Quer receber notícias no seu celular sem pagar nada? 1) adicione este número à agenda do seu telefone: +55 11 96180-4145 (não esqueça do "+55″); 2) envie uma mensagem para este número por WhatsApp, escrevendo só: giba04
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.