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No VakifBank, saem Sheilla e duas holandesas, entra a revelação Ting Zhu

João Batista Junior

06/05/2016 22h04

Anne Buijs, Sheilla e Robin de Kruijf deixam o VakifBank, com o fim da temporada. Imagem: VakifBank Spor Kulübü

Anne Buijs, Sheilla e Robin de Kruijf deixam o VakifBank, com o fim da temporada (foto: VakifBank Spor Kulübü)

Campeão da Liga Turca feminina, título conquistado no último sábado (30.4), o VakifBank movimentou o mercado esta semana. Na quinta-feira, o clube anunciou que não renovaria contrato com as holandesas Anne Buijs (ponteira) e Robin de Kruijf (central), nem com a oposta brasileira Sheilla, para então, nesta sexta, divulgar a contratação da ponta chinesa Ting Zhu.

Se Kruijf e Bujis foram titulares da equipe em quase toda a temporada, Sheilla, em seu segundo ano de contrato, teve uma jornada bem difícil.

Preterida pelo técnico Giovanni Guidetti, que escolheu Lonneke Slöetjes como titular da saída de rede do Vakif, a bicampeã olímpica atuou em pouquíssimas partidas. No campeonato nacional, ela só entrou em quadra em dez dos 28 jogos do time – nenhum deles no Final Four. Na Liga dos Campeões, até participou da decisão, na derrota para o Pomì Casalmaggiore, mas jogou apenas em metade dos 12 compromissos da equipe.

Nova contratada do VakifBank, Ting Zhu ganhou o prêmio de melhor jogadora da Copa do Mundo 2015 - Foto: FIVB

Ting Zhu premiada como MVP da Copa do Mundo 2015 (foto: FIVB)

Ting Zhu, por outro lado, é uma jogadora que rapidamente ganhou espaço no cenário do vôlei internacional e assumiu um protagonismo que não combina com a idade que tem. A atacante vai muito além de ser uma das promessas do esporte, ela é, com 21 anos, um dos maiores destaques deste ciclo olímpico do vôlei.

A ascensão meteórica de Ting Zhu começa com o prêmio de MVP no Mundial Junior que a China conquistou em 2013, passa pelo prêmio de melhor atacante do Mundial da Itália, em 2014 – no improvável vice-campeonato obtido por sua jovem seleção -, e chega ao diploma de melhor jogadora da Copa do Mundo adulta, no ano passado, campeonato que valeu um troféu na estante e um carimbo olímpico no passaporte para as chinesas. De quebra, essa Copa do Mundo quebrou um longo jejum chinês, que não vencia um torneio intercontinental nas categorias principais desde o ouro em Atenas 2004.

Não bastassem as premiações que já tem, a ponteira que vai jogar no VakifBank terá, no currículo, uma participação olímpica. E ninguém se espante se, muito por conta dela própria, a atacante recém-contratada também chegar à Turquia com uma medalha conquistada em agosto, no Maracanãzinho.

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Sobre a autora

Carolina Canossa - Jornalista com experiência de dez anos na cobertura de esportes olímpicos, com destaque para o vôlei, incluindo torneios internacionais masculinos e femininos.

Sobre o blog

O Saída de Rede é um blog que apresenta reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Nosso objetivo é debater o vôlei de maneira séria e qualificada, tendo em vista não só chamar a atenção dos fãs da modalidade, mas também de pessoas que não costumam acompanhar as partidas regularmente.

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